16. Viagens
Sou como um barco silencioso que navega
Na majestosa imensidão do infinito
A procura do amor, do saber, mas não aflito
Pois a descrença não é a venda que me cega
Busco no brio que adorna as velhas naus
O que Deus em Sua obra tem escrito
Alguma fórmula que acabe com o conflito
Que transforme em anjos homens maus
Vejo nas gemas, nos breus, nas nebulosas
Que o universo mais parece um mar de rosas
A encher-me os olhos de infinita calma
E nessa busca o coração vai confiante
Pois desse barco, de Jesus fiz comandante
E de Deus o porto seguro da minh’alma