3. Fotógrafo suíço, nascido em Zurique em 1924, local onde iniciou sua
aprendizagem da arte fotográfica.
Em 1947 mudou-se para Nova Iorque, onde colaborou como
fotojornalista e fotógrafo de moda com revistas como a Life, Looke Harper’s
Bazaar.
Entre 1948 e 1952 viajou pela América Latina e Europa, onde se viu
confrontado com realidades sociais diferentes, que abordou em suas imagens
fotográficas de uma maneira subjetiva. Ganhou uma bolsa da Fundação
Guggenheim, o que permitiu-lhe viajar pelos Estados Unidos, experiência que
resultou em sua obra The Americans (1959). Esta obra tinha prefácio do
escritor Jack Kerouac, um ícone da Beat Generation (Geração Beat), movimento
que influenciou profundamente Frank.
Uma das provas do grande talento de Frank é o contraste entre seu
trabalho europeu que era quase luxuoso, graficamente muito
rico, poético, terno. Não há dúvida que sua obra sofreu uma enorme
transformação ao entrar em contato com a cultura americana.
4. Suas fotos passaram a ser secas, enxutas, sem rebuscamento. Criou um
novo estilo. Ele, por assim dizer, se repaginou continuando o mesmo grande artista.
Com o passar do tempo, sua obra se tornou mais flexível, informal, e muito
ligada à ideia de movimento. Realizou composições de forma dinâmica,
desequilibradas, fora de ordem, instáveis, fora de foco, muito claras ou muito
escuras. Por vezes, parecendo que nem sequer olhava o visor ou verificava os
controles da câmera. No entanto, havia aprendido o suficiente sobre a relação entre
tons e escalas para provocar a sensação de peso ou leveza que desejava. Sabia que
as sombras ou os desfoques deveriam ser legíveis, ou até mesmo abstratos, mas
ainda sim expressivos e instigantes.
Depois de uma breve passagem pelo cinema experimental, entre os anos
60 e 70 dedicou-se à fotomontagem realizada por uma técnica de fotografia
instantânea (Polaróide).
Suas obras estão em vários dos mais importantes museus de arte
moderna, ou específicos de fotografia pelo mundo todo. Hoje, Frank vive na Nova
Escócia, Canadá, onde ainda mantém a sua atividade como fotógrafo.
5. Foto do livro“The Americans”, uma das publicações mais relevantes do século XX. É composto por 83
imagens fotografadas entre 1955 e 1956, enquanto Frank viajava pelos Estados Unidos.
6. Pessoas e objetos rotineiros, sujeitos presentes em toda a parte, que passam desapercebidos, são
características marcantes nas fotografias de Robert Frank.
7. Raramente conversava com as pessoas que fotografava. O objeto não era o que mais importava para ele, mas o que
se podia sentir sobre e através dele.
8. “Num Café de beira de estrada, na Carolina do Sul”, 1956
10. Colagem de fotografias e de fotogramas do polêmico filme documentário
"Cocksucker Blues“ ilustram a contracapa do disco do Rolling Stones “Exile on
main Street”, com cenas de bastidores da turnê pela América do Norte,
dirigido por Robert Frank.