O documento resume principais momentos da fotografia erótica entre 1978 e 2005, incluindo o trabalho de fotógrafos como John Swannell, Chris Von Wangenheim e Bob Carlos Clarke na década de 1970, e Helmut Newton, Ellen Von Unwerth e Miroslav Tichý nos anos seguintes.
1. Momentos Memoráveis – Fotografia Erótica
Grupo Z
Amanda Otaki
Ana Franz
Cristielen Souza
Gustavo Riboriski
Mariana Nunes
Skarlett Lenz
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia / ULBRA
Fernando Pires
3. 1978 – O fotógrafo britânico John Swanell (1946) começa a
tirar fotos eróticas do corpo feminino.
• John Swannell é um fotógrafo britânico
nascido em dezembro de 1946.
• Deixou a escola aos 16 anos para se
dedicar ao primeiro trabalho como
assistente, na Vogue Studios, e depois
com David Bailey.
• Desenvolveu seu próprio estilo na
fotografia de moda, beleza e nus, que
foi título de um de seus seis livros e
uma exposição. Suas fotografias foram
publicadas em todo o mundo, incluindo
a Vogue.
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6. 1978 – Chris Von Wangenheim (1942 – 1981), fotógrafo alemão
que trabalhava em Nova York, produz imagens eróticas da
modelo americana Gia Carangi.
• Christoph Von Wangenheim foi um alemão
nascido em 1942. Faleceu em março de
1981.
• Estudou arquitetura por um tempo, mas
desistiu para perseguir seu interesse pela
fotografia. Trabalhou como assistente de
fotografia até 1968, quando começou seu
próprio estúdio e trabalhos para a edição
americana e italiana da revista Harper
Bazaar.
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9. 1979 – Bob Carlos Clarke faz uma série de fotos para ilustrar
o romance erótico Delta de Vênus (1979), de Anais Nin.
• Robert Carlos Clark (1950-2006), fotógrafo nascido na Irlanda, começou a
trabalhar no fim dos anos 1970 com uma série de fotografias feitas para
ilustrar o romance erótico Delta de Vênus, de Anaïs Nin, publicado em 1979.
• Suas séries seguintes, Obsessão (1981) e O verão escuro (1985), valeram-
lhe uma reputação de fotógrafo altamente estilizado de imagem eróticas.
• Carlos Clarke é muitas vezes considerado o sucessor de Newton, e as
críticas ao seu trabalho, assim como as que foram feitas ao de Newton,
dividem-se entre aqueles que o elogiam por celebrar o poder e a sexualidade
feminina e aqueles para quem ele reduz as mulheres a objeto.
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11. 1979 – O fotógrafo de arte americano Ralph
Gibson (1939) produz nus com uma estética
modernista que lembra Edward Weston (1886-
1958)
• Nascido em Los Angeles, Ralph Gibson começou sua
carreira na fotografia sendo assistente de Robert
Frank durante a década de 1960.
• Desenvolveu um estilo gráfico único com contrastes
de preto e branco. Erotic, stark, alusivo geométrico e
surrealista, as imagens de Ralph Gibson oscilam entre
realidade e abstração:
“Abraço o abstrato na fotografia e existo em alguns
pedaços de ordem extraídos do caos da realidade”
• Como uma introspecção, o fotógrafo usa forte luz solar
e sombras para retratar detalhes minimalistas de nus
femininos, ângulos arquitetônicos e mãos sensuais.
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15. 1981- Hemult Newton faz Autorretrato com a esposa June e
modelos. A imagem apresenta uma clara triangulação de
voyeurismo.
• Embora a composição de "Auto - Retrato com a mulher e os
modelos" é claramente fotográfica com o seu ponto de fuga
diagonal incluído, que neste caso é um sinal para a saída - sinal,
Newton adota o recurso pictórico clássico de espelhos.
• O artista usa aqui a reflexão para auto - retratos de trabalho, e,
embora o retrato do título Auto leva-nos a determinar quem
realmente é o próprio objeto da obra, a verdade é que parece
ofuscado pelo seu ambiente na posição submissa e escondendo o
face.
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17. 1983 – Publicação de O mundo de Jan Saudek. O trabalho
combina imagens eróticas e temas de repressão política com a
estética da fotografia do século XIX.
• Um dos artistas tchecos mais conhecido e admirado no ocidente, Saudek
emprega em suas fotos uma estética surrealista muito peculiar, que mistura
sonho e realidade, transformando fotografias em pinturas.
• Em 1983 é publicado “ O mundo de Jan Saudek”, uma verdadeira ode a
humanidade, apesar de carregar uma atmosfera onírica, os trabalhos do
fotógrafo podem ser considerados quase jornalísticos, pois revelam sem
medo de chocar as verdadeiras formas corporais do homem, levando em
conta o disforme, o assimétrico, o bizarro, o estranho, o belo e o feio.
Dualista e erótica, trata-se de uma obra provocativa e um tanto quanto
perturbadora. Seja em preto e branco ou em cores saturadas (Saudek pinta à
mão as fotografias em tom sépia), seu trabalho têm uma atmosfera
nostálgica recheada de elementos contemporâneos. Há certa influência dos
retratos feitos em estúdio por fotógrafos eróticos em meados do século XIX,
bem como das obras do pintor Balthus e do fotógrafo francês Bernard
Faucon.
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22. 1989 - Ellen Von Unwerth (1954) cria imagens de
feminilidade erótica para campanhas publicitárias,
incluindo algumas de Claudia Schiffer para a marca
de jeans Guess.
• Ellen nasceu na Alemanha, em 1954.
• Foi fotografando a modelo Claudia Schiffer, para a marca
Guess, que ficou famosa.
• Suas fotografias de ícones do sexo feminino celebram a
sexualidade e a feminilidade, muitas vezes, explorando
fantasias e fetiches.
• Com o olhar impecável e preciso da fotógrafa, que tem a
capacidade de provocar através do humor um delicioso senso
de voyeurismo.
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25. 1991 - Bettina Rheinms (1952) colabora com
Serge Bramly na produção da série Chambre
close, combina textos ficcionais com fotos
eróticas de mulheres em quartos de dormir.
• A colaboração artística do fotógrafo Bettina Rheims e
escritor crítico de arte Serge Bramly, começou em 1991
com Chambre Close, que Schirmer Mosel está publicando
pela primeira vez.
• Ele vive o contraste estimular entre texto e imagens.
• O tom literária cultivada de ficção "confissões" de
Monsieur X é contra fotografias que falam uma língua
muito mais clara.
• Bettina Rheims tem um comando dessa linguagem, que
fala de erotismo feminino e exibicionismo como ninguém
mais faz.
26. • "Chambre Close" uma série de fotografias onde o protagonista eram
mulheres nuas em habitciones um hotel decorado com antiquados
estofadas.
• No entanto, a coisa interessante sobre esta série são as poses das
modelos: exacerbando o erotismo e sensualidade que refletem
simultaneamente um cofre e um prazer puramente feminino. Sedutora
enquanto poderoso
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30. 1997 – Publicação do polêmico trabalho de
Araki Tóquio: buraco da sorte. O livro
documenta seus encontros pornográficos em
boates japonesas de strip-tease.
• Araki nasceu em Tóquio, em 1940 e é um dos fotógrafos mais ativos do Japão
(e talvez do mundo), com mais de 400 livros publicados. Uma de suas
influências é a obra de Man Ray e é bastante conhecido por temas polêmicos.
Por mais de trinta anos trabalhou em um projeto de mostrar uma Toquio
além de todos os valores morais e tabus.
• Em 1997 lança seu livro “Lucky Hole” ou Buraco da Sorte, na qual buscou
retratar nas mais de 800 fotos um contexto de uma pulsão sexual máxima em
um ambiente ultra-fetichista. As fotografias do livro foram tiradas entre 1983-
1985 em Sinjuku, famoso distrito da luz vermelha de Tóquio, que foi fechada
por ordem do tribunal em 1985.
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34. 1998 – Helmult Newton reúne as Polaroids tiradas ao longo
da carreira e as publica no volume Polamulheres.
• O que é um esboço para o pintor é uma Polaroid para o fotógrafo, ou seja,
a primeira formulação de um conceito, a matéria-prima da imaginação, por
assim dizer.
• Quando Newton publicou uma seleção de suas Polaroids em
Polamulheres em 1992, a subcultura chamou-a de um golpe de gênio.
• Foi a primeira vez que o mestre deixou as pessoas olhar diretamente
sobre seu ombro. Tornamo-nos testemunhas do processo mágico e
frequentemente intenso pelo qual as fantasias eróticas se tornam imagens
acabadas;
• Os estágios preliminares de uma fotografia perfeitamente denominada de
Newton. É notável, se não surpreendente, que mesmo esta "matéria-
prima" possui qualidades muito originais e um charme próprio.
35. 2005 – A Kunsthaus de Zurique exibe imagens eróticas de
mulheres em lugares públicos feitas pelo fotógrafo tcheco Miroslav
Tichý (1926-2011) usando uma câmera de fabricação caseira
• Por mais de 20 anos, a população de Kyjov, cidade da Morávia com pouco mais de 12 mil habitantes,
acompanhou de longe um andarilho, maltrapilho e barbudo, que vagava pelas ruas da República
Checa com câmeras fotográficas caseiras feitas de papelão e outros materiais improvisados.
• Miroslav Tichý buscava em praças, parques, piscinas, estação rodoviária e outros locais públicos,
seu objeto de desejo e obsessão: as formas femininas. Entre as décadas de 60 e 80, Tichý disparou
de forma clandestina cerca de 90 fotos por dia. Depois seguia para sua casa, onde num laboratório
improvisado imprimia as imagens que se espalhavam pelos cômodos.
• Visto ora como excêntrico, ora como louco, a grande maioria de suas “modelos” não tinha
conhecimento que estavam sendo fotografadas, e, outras, não acreditavam que as câmeras feitas de
tubos de papelão eram reais, o que resultava em poses gratuitas. Muita gente pensava que ele
só fazia de conta que fotografava quando o via escondido atrás de arbustos da cidade. A soma dessa
experiência é um acervo gigantesco, que captura uma realidade sensual e onírica, de um artista
pouco convencional. O que se vê são mulheres fotografadas em todos os ângulos, às vezes, em
corpo nu, outras limitadas a pés, pernas, costas, nádegas.