O tempo, elemento integrante da composição visual, leva o olhar do observador a ser realimentado e redirecionado a cada instante.
Com o desenvolvimento das formas de comunicação e expressão ao longo dos séculos, as sociedades puderam experimentar vários modos de fazer arte. Várias finalidades, várias técnicas, algumas tecnologias.
A representação da fala pela escrita trouxe consequências profundas; entre elas a dominância visual em detrimento dos outros sentidos. Esta nova mídia criou a necessidade de desenvolver linguagens adequadas às suas características.
Os computadores possibilitaram a reinterpretação das linguagens existentese o desenvolvimento de linguagens capazes de integrar todas as outras, com um imenso potencial expressivo. As atuais tecnologias da informação e suas mídias, aliadas à linguagem digital, permitiram uma extrema e radical compressão de tempos e distâncias.
A linha de pesquisa deste trabalho está relacionada à experimentação de
possibilidades artísticas e expressivas, através do desenvolvimento de estudos
visuais com bases conceituais da teoria da Gestalt e da Semiótica. São propostas diferentes utilizações do tempo na releitura digital de obras construtivistas, concretistas e da Optical Art, simulando movimento onde este é sugerido como tensão.
A passagem do ponto ao pixel não pode ser feita sem tradução e não deveria ser feita sem interpretação, sem criação.
Dissertação de mestrado apresentada à Universidade de São Paulo em Setembro de 2006.
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