1) O documento discute a evolução das interfaces digitais, desde as telas clássicas até as interfaces interativas de hoje.
2) Apresenta três tipos principais de tela: clássica, dinâmica e em tempo real, inaugurada pelo radar.
3) Discute os conceitos de imediação e hipermediação nas interfaces, entre apagar e destacar os meios de comunicação.
6. Say hello to my little
friend
Lev Manovich
Professor at the Visual
Arts
Department, University of
California - San Diego
(UCSD).
7. Examinando a interface, começando pela
idéia de “tela”.
8. A tela é uma tecnologia muito
anterior às possibilidades recentes
(VR) que tomamos contato hoje, da
Renascença ao cinema do século XX.
9. As soluções de Virtual Reality eram muito comentadas à época.
10. Genealogia da tela.
Classical Screen
A cultura visual do período moderno é
caracterizada por um intrigante fenômeno – a
existência de um outro espaço virtual, um
outro mundo tridimensional fechado por uma
moldura e situado dentro do nosso espaço
normal.
11. A moldura (frame) separa dois
espaços absolutamente
diferentes que de alguma
forma coexistem.
12. As formas de representação ocidental pedem
que o sujeito fique parado.
14. A invenção da perspectiva radicaliza ainda mais
essa relação: o ponto de vista está pronto.
A tela funcionaria como um cofre em uma parede, no qual o
“visível” foi depositado.
15. Herança da pintura: pensar nas proporções e nas
nomenclaturas portrait e landscape usadas hoje.
16. Dynamic screen
A tela que disponibiliza uma imagem que muda
no tempo. A tela do cinema, tv, vídeo.
Impõe uma outro protoloco de
visulização (viewing regime)
entre a imagem e o
espectador.
17. passamos de um mundo estável e estático
(fotografias iniciais) para a “aventura da
viagem”com a imagem em movimento, ainda
que aprisionados.
18. Já aparecia na tela clássica, mas agora
aumenta a noção de “preenchimento
completo da tela pela
imagem”, descarte do espaço
“ao redor” da tela pelo foco que a
mesma requisita. Imersão.
20. Esta relação-protocolo de visualização (tela
é desafiada
quer sua atenção total)
com a chegada da tela do
computador.
21. A tela do cinema resulta de uma evolução de
dispositivos do século 18 e 19.
A tela do computador tem origem
no radar.
Inovação ligada a tecnologias de controle,
espionagem, mapeamento, segurança (militares):
monitor de vídeo, tela de computador, controles.
22. radar
Ao contrário da fotografia
e do cinema (imagens
estáticas, ou imagens
estáticas em seqüência),
vemos pela 1ª vez uma
tela cuja imagem pode
mudar em tempo real,
mostrando mudanças no
referente (posição de
objeto, live vídeo ou
mudança nos dados do
computador).
23. A tela de tempo real é o terceiro tipo de tela,
inaugurada pelo radar.
24. Janelas coexistentes no lugar de uma
única imagem, princípio da Graphical
User Interface (GUI).
25. A concentração da visualização deixa de ser
em apenas uma imagem. Blocos de dados de
texto, imagem, vídeo sugerem que a tela do
computador tem mais a ver com design
gráfico e janelas.
26. Tela interativa
A informação processada passa a ser
representada na tela de tempo real: lugar de
inserir e retirar informação de um computador.
27. Ao mudar algo
na tela,
mudamos algo
na memória do
computador
30. Jay Bolter
Jay David Bolter (born
August 17, 1951) is the
Wesley Chair of New
Media and a professor in
the School of Literature,
Communication and
Culture at the Georgia
Institute of Technology.
31. Richard Grusin
Richard Grusin is a
Professor of English
at Wayne State
University, where he
teaches courses in
film and media
studies, new media
theory, and American
http://premediation.blogspot.com/
Studies.
32. Premissa básica>
Haveria o seguinte contraditório (paradoxo):
nossa cultura teria um simultâneo desejo por
imedação e hipermediação,
a dupla lógica da remidiação.
33. Ou seja>
Nossa cultura desejaria simultaneamente
multiplicar seus mídias e apagar
todos os traços de mídia.
O ato de multiplicar visaria o apagamento,
idealmente.
34.
35. Imediação>
Apagamento: trabalhar a superfície para
apagar as pinceladas.
Tromp L´oeil: exemplo de buscar “enganar” o
olho que acaba reforçando a qualidade do
artista que aparece pelo apuro técnico.
36. Imediação:
o meio desapareceria para nos deixarmos na
presença da “coisa representada”. Mas a
imediação dependeria da hipermediação
(além de coexistir).
38. A hipermediação tem ligação histórica com a
fascinação pela “presença do meio”. Ícones e
letras integram-se desde os manuscritos
medievais.
39. As mídias visuais digitais podem ser melhor
compreendidas pelas formas pelas quais
homenageiam,
rivalizam e revisam a
pintura em perspectiva, fotografia, filme,
televisão e impresso. O que é novo sobre as
“novas mídias” seria a forma particular com
que estes aspectos são tratados entre as
mídias novas e antigas.
40. Opacidade e transparência
As novas mídias sempre andariam entre a
opacidade e a transparência na remidiação
que fazem das mídias anteriores.
Ao ver as formas de representação do
passado, destaca-se as preocupações de
transparecer-se para chegar ao real e o
encantamento com a opacidade do próprio
meio.
41. Discutindo mídia>
As tecnologias da mídia envolvem relações
que podem ser expressas em termos físicos,
sociais, estéticos e econômicos.
Software + Usos + remodelagem = mídia
42. Imediação>
O valor estético da “transparência” visando a
imediação foi trabalhado pelas mídias antigas
perspectiva e
nas técnicas de
apagamento e
automaticidade.
45. O [uso do] grid é a
manifestação mais vívida
do desejo de ordenar
no design.
(Vinh e Boulton, 2007)
46. Imediação>
Automaticidade: tecnologias fotográficas,
cinema e depois televisão. A fotografia se
tornou o aperfeiçoamento da perspectiva
linear. A remoção do artista que ficava entre o
espectador e a realidade da imagem.
47. Imediação>
Mais tarde, a computação gráfica herda o
cartesianismo e a matematização do espaço
convocado pela perspectiva. Aí, é o
programador que é “apagado” da
experiência do software, ele não
“transparece” através da interface
(todos os softwares são
“iguais”).
48.
49. Mediação da mediação
Não se media a experiência externa ,mas sim
outros mídias. Toda nova tecnologia se define
em relação com formas anteriores de
representação.
51. Porém...
A imediação proposta pelos meios seduz as
percepções, mas de fato está amparada em
atos de mediação contínuos (hipermediação).
52. Hipermediação
Hipermediação: fascinação pelos mídias
(meios).
Processo e performance são maiores que o
resultado. Espaço heterogêno, janelizado,
múltiplos atos de representação.
53. Hipermediação
Tecnologias mecânicas de reprodução que
também traziam a hipermediação:
Diorama, phenakistoscope, stereoscope:
internalizavam a transparência da “imagem
em movimento” dentro da estrutura
hipermediada. Mas a vitória foi da maior
transparência (ou ilusão de) dada pela
fotografia.
59. Imediaçao/Hipermediação
A arte explora o sentido da interface, faz com
que ela surja aos olhos do usuário, enquanto a
“engenharia” aperfeiçoa a tecnologia para
que ela desapareça.
60. Imediação / Hipermediação
>>>> Remidiação
a representação de um meio em outro.
Característica definidora das novas mídias.
62. As diferentes TELAS que se
acumulam ao longo do tempo +
a representação de um meio
em outro + 3 facetas da
internet + cultura do
software = INTERFACES
(SOFTWARE, WEB, APPs)
64. preservar para prever
Internet: biblioteca dinâmica
Interfaces da web são efêmeras
As mídias de massa são gatekeepers de seus
conteúdos, as iniciativas são bottom-up.
Oportunidade única de testemunhar as
mudanças, preservar a memória e entender
as lógicas operativas dos sites, prevendo
tendências.
79. Molduras como instrumento de
análise
Zonear territórios da interface pelo
significado que propõem
Organizar a experiência “total”
Molduras que se repetem, somem, se
transformam vão indicando a trajetória
(comportamento) das lógicas operativas de
um site.
84. MO
g
MO
e
MD
MM
1
C
MD
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2
A
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MOe
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MR MP
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MI
N
MO
g
85.
86.
87. TEMPO CRONOLÓGICO = COMPORTAMENTO DO SITE
Lógicas operativas Lógicas operativas Lógicas operativas
capturadas em capturadas em capturadas em
Data X Data y Data z