O documento discute a existência do amor em diferentes espécies e os padrões que os seres racionais impõem para interpretar comportamentos. Questiona se o amor é exclusivo de espécies racionais ou se pode ser sentido por outros animais, e se gestos como beijos significam sempre o mesmo ou dependem do contexto.
1. Padrões Da natureza.
A vida se revela como algo surpreendente e diverso. O amor é sentimento
presente em quase todas espécies, falo isso porque não sei se animais como
crocodilos e borboletas amam, os mamíferos são a prova de sentimento
incondicional e independente de reciprocidade. mas o amor como sentimento é
apenas característica de espécies racionais, impossível de ser sentido por
outra espécie digamos “que agem por extinto” ou pela simples lei da
sobrevivência e proteção da própria espécie?. Quando vejo, por exemplo: um
gatinho lambendo outro dormindo e fazendo suas refeições com outro gato até
um cachorro; seria essas atitudes característica daprova básica de que o amor
existe em todos os níveis intelectuais ou de racionalidade?
Fico sem entender. Um beijo na boca, ora significa a demonstração máxima de
carinho ora de traição, falsidade, como o do imperador romano em Jesus.
Tendemos a entender esse gesto de acordo na maioria das vezes com o
contexto. Um casal,falemos “normal” em uma pracinha se beijando, é amor. Já
um casal “exótico” como, homem com homem, ou mulher com mulher, pode
ser taxado como indecência, desrespeito a normas sociais básicas, exposição
sexual desrespeitosa. Mas vejam só. Para o casal exótico ou normal, o beijo,
se, forem companheiros, (realmente um casal), pode significar várias coisas
como o próprio amor, demonstração de afeto (em publico), simples
necessidade táctil para sentir a presença sentimental do companheiro, dentre
tantas outras interpretações na maioria das vezes positivas. Mas para uma
pessoa que passa e vê, a interpretação pode ser e na maioria das vezes,é,
diferente, porem todas as interpretação possíveis da pessoa que passa e vê,
são interpretações de extremos, como o bem e o mal. Isso dado a
característica racional de generalizar e criar uma história base compreensível,
de um contexto estranho ou uma atitude estranha a sua cultura cotidiana. Pois
o ser racional sempre está a procura de entender o mundo a sua volta.
O simples toque de uma boca com a outra, pode significar e caracterizar um
beijo. Se você tem um casal de cachorros um macho e uma fêmea, e eles
fazem como casais humanos, comem, dormem e brincam juntos. Quando eles
se tocam pela boca, você tende a logo interpretar o ato, como um ato afetuoso
como amor, amor entre os animais. Porem se você vê dois cachorros se
tocando pela boca, tende a ignorar, ou interpretar como ato de higiene sei lá...
Marcamos uma expressão como padrão e vivemos a busca dela. Por exemplo,
a necessidade de se cumprimentar com apertos de mão ( se ocidental) o outro.
É um ato padrão de cordialidade. Se não feito, pode significar em uma das
possibilidades a abertura pequena para um grande pré-conceito.
2. Os seres racionais como nós, traçamos padrões e vivemos a busca dele. Não
aceitamos “o acaso da sorte do aleatório acontecer”. Temos padrões para tudo.
Pra beleza, religião, arquitetura, condição financeira, emocional e até textual
literária.
Observando o documentário diante daquela história apresentada e até
interpretada pelo narrador, vi sair de uma toca na savana africana três
marmotas, uma grande e duas pequenininhas, o narrador logo enfatizou “sai
Pacuama e sua filha acompanhado do seu genro esperando seu sogro que
está caçando na savana ao redor da toca”: legal, inteligente, me fez entender a
dinâmica que no retorno da marmota patriarca que foi caçar, a sua casa, todos
ficam a sua espera do lado de fora. Mas na real. Não poderia ser pacumã e
seus dois filhotes, ou apenas três marmotas uma grande e duas pequenas.
Derepente as duas marmotas se tocam pela boca ao ver o suposto esposo de
Pacuma e logo o narrador não se contem e diz: “ – a felicidade do retorno do
pai da filha de Pacuma a sua casa, faz com que o jovem casal se encha de
alegria e se beijem apaixonadamente, com a concreta possibilidade de
sobrevivência de mais um dia na savana”, fico sem entender não sou biólogo
nem nada relacionado a biologia, sou da área de humanas, mas aquele toque
não poderia significar apenas uma forma de comunicação, ou um simples
tropeço da marmotazinha em uma pedra que culminou no ato final. Cá Já
estou! Eu, procurando outros padrões para entender o mundo a minha volta...
Que tristeza...