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O PENSAMENTO COMPUTACIONAL
E O JORNALISMO
 Kim Pearson em seu artigo “How
  Computacional Thinking is Changing
  Journalism and What’s the Next”afirma que
  os jornalistas atuais precisam “acima de tudo
  dominar os fundamentos do que os cientistas
  começaram a identificar como ‘pensamento
  computacional’”
 Mas o que é PENSAMENTO
    COMPUTACIONAL?
 Pensamento computacional não se trata de
  saber navegar na internet, enviar email,
  publicar um blog, ou operar um processador
  de texto.
 Para      Kim       Pearson,       o     "Pensar
  Computacionalmente" significa criar e fazer uso
  de diferentes níveis de abstração, para entender
  e resolver problemas com mais eficiência.
  Significa pensar algoriticamente e com
  habilidade para aplicar conceitos matemáticos
  como indução para desenvolver soluções com
  mais eficiência, justiça e segurança. Significa
  ainda entender as escalas de conseqüência, não
  apenas as razões de eficiência, mas também as
  razões econômicas e sociais envolvidas.
 Em      outras     palavras,      pensamento
  computacional é saber usar o computador
  como um instrumento de aumento do poder
  cognitivo e operacional humano, ou seja,
  usar    computadores,      e      redes     de
  computadores, para aumentar nossa
  produtividade, inventividade e criatividade.
 O computador não é visto como uma
  ferramenta, mas como um meio expressivo.
 Teoria da Cognição Distribuída
 Estamos em uma época de transição no
  mundo científico, em que o pensamento
  computacional     está      transformando
  profundamente a academia e a indústria.
 Cientista de ontemXcientista de hoje
 A     primeira       etapa     do    “pensar
  computacionalmente” é identificar as tarefas
  cognitivas que podem ser feitas de forma
  mais rápida e eficiente por um computador.
 A segunda etapa é saber programar um
  computador para realizar essas tarefas
  cognitivas
 Mas e o jornalismo?
 Ainda segundo Kim Pearson “existem muitos
  paralelos entre o pensamento computacional
  e as formas de saber que estão embutidos na
  prática do jornalismo.”
 “O jornalismo se tornou uma profissão
  dependente da computação muito antes da
  revolução online que inverteu os modelos de
  negócios que sustentaram a indústria desde a
  década de 1830.
 Os jornalistas investigativos, em particular, têm
  utilizado bases de dados do governo por
  décadas. Eles têm criado bancos de dados desde
  o início de 1990, e não é por acaso que muitos
  dos vencedores do Prêmio Pulitzer ao longo dos
  últimos 15 anos, dependem fortemente de
  relatórios de banco de dados.”
 “...  a transformação digital de apuração e
  disseminação de notícias exige que os jornalistas se
  tornem criadores, e não apenas consumidores de
  tecnologias de computação. Eu não estou dizendo
  que     os    jornalistas   precisam   se    tornar
  programadores. Eu estou dizendo que precisamos
  ser capazes de raciocinar abstratamente sobre o que
  fazemos, compreender toda a parafernália de
  ferramentas computacionais à nossa disposição, e
  colaborar para implantar essas ferramentas com a
  máxima eficiência e eficácia. Isso significa a
  compreensão das estruturas e processos subjacentes
  de criação de mídia. “ (Kim Pearson)
 O que isso significa na prática?
 “Pense em uma das funções básicas de uma
  operação da imprensa local: entregar o maior
  número de notícias quentes possível. Nos
  velhos tempos, um editor diria para o
  diagramador que modificasse a primeira
  página do jornal até dar espaço para uma
  nova manchete juntamente com as
  informações disponíveis no estilo pirâmide
  invertida...”
 “Havia regras - algoritmos, se quiserem - que
  regiam todo o processo, como o fato de que
  o título deveria conter um sujeito e predicado
  além de que devia haver uma data limite, e
  que as fontes deveriam ser confiáveis ​e
  concisas. Agora, visualizem a mesma tarefa
  em uma redação moderna...”
 “Um editor precavido, provavelmente, terá
  trabalhado com um editor de programação do
  site para definir um campo dentro do sistema de
  gerenciamento de conteúdo deste chamado
  "Breaking News". A política mais eficaz seria a de
  restringir as manchetes a 140 caracteres, e
  alimentar o RSS para os títulos ligados ao
  Twitter através de uma API. Da mesma forma, o
  feed do Twitter deve despejar a uma mensagem
  de status no Facebook, assim como aos alertas
  SMS dos assinantes de notícias...”
 “No entanto, suponha que o site de notícias é um site
  hiperlocal, sem uma equipe em tempo integral para
  realmente desenvolver as notícias quentes. Supondo que
  o site local é um membro de uma Agência de Notícias, o
  editor de programação precavido pode criar uma função
  (ou ter um criado) que irá postar uma reportagem que
  atenda aos critérios pré-definidos para uma notícia
  urgente de seu sistema de gestão de conteúdo como um
  rascunho para aprovação,e então alertar o editor. Depois
  de verificar o material, o editor pode liberar a
  reportagem como está ou obter rapidamente um
  conteúdo de valor agregado adicional. O conhecimento
  do editor de estruturas de computação básica e
  processos aumenta a produtividade e a eficiência da
  operação de notícias.”
 Obviamente, o mercado vai responder a
  algumas das nossas perguntas sobre como o
  pensamento computacional acabará por
  transformar a nossa produção e consumo da
  notícia. Ao mesmo tempo, precisamos de
  modelos de avaliação para nos ajudar a
  entender como a criação e apresentação de
 notícias online e informações interativas
 afetarão a aprendizagem, participação cívica
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 Mais do que apurar e escrever bons textos,
  para estas empresas, o novo perfil de
  profissional deverá saber lidar com a grande
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  e utilizar ferramentas de extração, filtragem,
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  tantas outras atividades computacionais
  ainda a serem concebidas.
 A relevância social, essência do jornalismo,
  será sempre a mesma, o que mudam são as
  possibilidades de se trabalhar esta
  característica.
 O jornalista do futuro, além de ser um
  contador de histórias e um produtor de
  conteúdo multimídia, deverá com o auxílio
  do seu pensamento computacional, começar
  a utilizar de forma mais inteligente o infinito
  oceano informacional disponível na rede. Só
  assim conseguirá ser relevante e, por
  consequência, despertará a atenção da sua
  potencial audiência.
 O profissional de comunicação deve entender as
  características peculiares da comunicação em
  rede e todas as suas potencialidades. Já em uma
  segunda fase, não muito distante, novas
  habilidades deverão ser incorporadas ao
  repertório profissional jornalístico, estreitando
  cada vez mais o laço entre as ciências da
  comunicação social e da computação. A
  multidisciplinaridade     poderá      ser     uma
  necessidade vital para a sobrevivência do
  jornalismo.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS

 PEARSON, Kim. How Computacional Thinking
  is changing journalism and what’s the next. In:
  http://www.poynter.org/how-tos/digital-
  strategies/e-media-tidbits/95941/how-
  computational-thinking-is-changing-
  journalism-whats-next. Acessado em
  25/04/2011

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O pensamento computacional e o jornalismo

  • 2.  Kim Pearson em seu artigo “How Computacional Thinking is Changing Journalism and What’s the Next”afirma que os jornalistas atuais precisam “acima de tudo dominar os fundamentos do que os cientistas começaram a identificar como ‘pensamento computacional’”
  • 3.  Mas o que é PENSAMENTO COMPUTACIONAL?
  • 4.  Pensamento computacional não se trata de saber navegar na internet, enviar email, publicar um blog, ou operar um processador de texto.
  • 5.  Para Kim Pearson, o "Pensar Computacionalmente" significa criar e fazer uso de diferentes níveis de abstração, para entender e resolver problemas com mais eficiência. Significa pensar algoriticamente e com habilidade para aplicar conceitos matemáticos como indução para desenvolver soluções com mais eficiência, justiça e segurança. Significa ainda entender as escalas de conseqüência, não apenas as razões de eficiência, mas também as razões econômicas e sociais envolvidas.
  • 6.  Em outras palavras, pensamento computacional é saber usar o computador como um instrumento de aumento do poder cognitivo e operacional humano, ou seja, usar computadores, e redes de computadores, para aumentar nossa produtividade, inventividade e criatividade.  O computador não é visto como uma ferramenta, mas como um meio expressivo.
  • 7.  Teoria da Cognição Distribuída
  • 8.  Estamos em uma época de transição no mundo científico, em que o pensamento computacional está transformando profundamente a academia e a indústria.  Cientista de ontemXcientista de hoje
  • 9.  A primeira etapa do “pensar computacionalmente” é identificar as tarefas cognitivas que podem ser feitas de forma mais rápida e eficiente por um computador.  A segunda etapa é saber programar um computador para realizar essas tarefas cognitivas
  • 10.  Mas e o jornalismo?
  • 11.  Ainda segundo Kim Pearson “existem muitos paralelos entre o pensamento computacional e as formas de saber que estão embutidos na prática do jornalismo.”
  • 12.  “O jornalismo se tornou uma profissão dependente da computação muito antes da revolução online que inverteu os modelos de negócios que sustentaram a indústria desde a década de 1830.  Os jornalistas investigativos, em particular, têm utilizado bases de dados do governo por décadas. Eles têm criado bancos de dados desde o início de 1990, e não é por acaso que muitos dos vencedores do Prêmio Pulitzer ao longo dos últimos 15 anos, dependem fortemente de relatórios de banco de dados.”
  • 13.  “... a transformação digital de apuração e disseminação de notícias exige que os jornalistas se tornem criadores, e não apenas consumidores de tecnologias de computação. Eu não estou dizendo que os jornalistas precisam se tornar programadores. Eu estou dizendo que precisamos ser capazes de raciocinar abstratamente sobre o que fazemos, compreender toda a parafernália de ferramentas computacionais à nossa disposição, e colaborar para implantar essas ferramentas com a máxima eficiência e eficácia. Isso significa a compreensão das estruturas e processos subjacentes de criação de mídia. “ (Kim Pearson)
  • 14.  O que isso significa na prática?
  • 15.  “Pense em uma das funções básicas de uma operação da imprensa local: entregar o maior número de notícias quentes possível. Nos velhos tempos, um editor diria para o diagramador que modificasse a primeira página do jornal até dar espaço para uma nova manchete juntamente com as informações disponíveis no estilo pirâmide invertida...”
  • 16.  “Havia regras - algoritmos, se quiserem - que regiam todo o processo, como o fato de que o título deveria conter um sujeito e predicado além de que devia haver uma data limite, e que as fontes deveriam ser confiáveis ​e concisas. Agora, visualizem a mesma tarefa em uma redação moderna...”
  • 17.  “Um editor precavido, provavelmente, terá trabalhado com um editor de programação do site para definir um campo dentro do sistema de gerenciamento de conteúdo deste chamado "Breaking News". A política mais eficaz seria a de restringir as manchetes a 140 caracteres, e alimentar o RSS para os títulos ligados ao Twitter através de uma API. Da mesma forma, o feed do Twitter deve despejar a uma mensagem de status no Facebook, assim como aos alertas SMS dos assinantes de notícias...”
  • 18.  “No entanto, suponha que o site de notícias é um site hiperlocal, sem uma equipe em tempo integral para realmente desenvolver as notícias quentes. Supondo que o site local é um membro de uma Agência de Notícias, o editor de programação precavido pode criar uma função (ou ter um criado) que irá postar uma reportagem que atenda aos critérios pré-definidos para uma notícia urgente de seu sistema de gestão de conteúdo como um rascunho para aprovação,e então alertar o editor. Depois de verificar o material, o editor pode liberar a reportagem como está ou obter rapidamente um conteúdo de valor agregado adicional. O conhecimento do editor de estruturas de computação básica e processos aumenta a produtividade e a eficiência da operação de notícias.”
  • 19.  Obviamente, o mercado vai responder a algumas das nossas perguntas sobre como o pensamento computacional acabará por transformar a nossa produção e consumo da notícia. Ao mesmo tempo, precisamos de modelos de avaliação para nos ajudar a entender como a criação e apresentação de notícias online e informações interativas afetarão a aprendizagem, participação cívica e a coesão da comunidade.
  • 20.  Mais do que apurar e escrever bons textos, para estas empresas, o novo perfil de profissional deverá saber lidar com a grande quantidade de informação proveniente de diferentes bases de dados (sejam públicas, privadas, abertas, fechadas etc), desenvolver e utilizar ferramentas de extração, filtragem, cruzamento e visualização de dados, entre tantas outras atividades computacionais ainda a serem concebidas.
  • 21.  A relevância social, essência do jornalismo, será sempre a mesma, o que mudam são as possibilidades de se trabalhar esta característica.
  • 22.  O jornalista do futuro, além de ser um contador de histórias e um produtor de conteúdo multimídia, deverá com o auxílio do seu pensamento computacional, começar a utilizar de forma mais inteligente o infinito oceano informacional disponível na rede. Só assim conseguirá ser relevante e, por consequência, despertará a atenção da sua potencial audiência.
  • 23.  O profissional de comunicação deve entender as características peculiares da comunicação em rede e todas as suas potencialidades. Já em uma segunda fase, não muito distante, novas habilidades deverão ser incorporadas ao repertório profissional jornalístico, estreitando cada vez mais o laço entre as ciências da comunicação social e da computação. A multidisciplinaridade poderá ser uma necessidade vital para a sobrevivência do jornalismo.
  • 24. FONTES BIBLIOGRÁFICAS  PEARSON, Kim. How Computacional Thinking is changing journalism and what’s the next. In: http://www.poynter.org/how-tos/digital- strategies/e-media-tidbits/95941/how- computational-thinking-is-changing- journalism-whats-next. Acessado em 25/04/2011