O artigo discute a riqueza das instituições bancárias versus as dificuldades das pequenas e médias empresas. Embora os bancos sejam importantes para o desenvolvimento econômico, eles cobram taxas elevadas dos clientes. O Banco de Portugal deveria regular as ações dos bancos para proteger os consumidores. No entanto, é um problema complexo sem soluções fáceis.
1. 2| DOMINGO
05 • SETEMBRO • 2010 opinião
EDITORIAL
JOÃO FILIPE Diretor
Foto da Semana
A RIQUEZA
ONDE ANDA?
A s entidades bancárias que operam no nosso País
apresentaram os seus resultados recentemente, sendo
mais uma vez bons, ou seja, elevados, o que faz sempre
surgir a “velha” questão: é justo que isto aconteça? Visto que
as PME’s enfrentam graves dificuldades para cumprir os seus
compromissos, porque a carga fiscal sobre estas é muito SEMPRE
pesada, enquanto que as entidades bancárias têm grandes
lucros com taxas reduzidas de IRC. A PENSAR
É uma questão difícil de resolver, uma vez que a banca é NOS MAIS
um forte, possivelmente o maior, aliado do Governo para
o desenvolvimento económico do País. Logo se esta for
PEQUENOS
O primeiro-ministro, José
“apertada” poderá fechar a torneira do crédito. E como Sócrates, no decorrer da
seria depois? Sem os bancos para ajudar? Por isso, este tem cerimónia de inauguração do
primeiro Colégio Rik e Rok,
sido um setor proibitivo em termos de mexidas, ou seja, da Fundação Pão de Açúcar-
ninguém assume o compromisso de o fazer, com exceção -Auchan, na Amadora, no
-
passado dia 31 de agosto.
dos partidos políticos com posições mais extremistas ou Este colégio contempla
os militantes isolados dos partidos maiores. Só que, na uma creche e um jardim-
-de-infância, concebidos
realidade, mesmo o Bloco de Esquerda ou o PCP, que têm ao abrigo do Programa
posições públicas sobre o assunto e bem críticas da situação de Alargamento da Rede
de Equipamentos Sociais
atual, tenho algumas dúvidas de (PARES) e do Programa de
Alargamento da Rede Pré-
que conseguissem fazer alguma -escolar (PARPE).
coisa que têm lançado para o ar.
Há que atentar que a riqueza
Há que dos bancos não vem só de
atentar que estes pagarem mais ou menos
a riqueza impostos, porque quem os faz
dos bancos ricos somos nós, ou melhor,
não vem quem a eles tem de recorrer para
só de estes comprar casa, carro ou para um
pagarem tratamento de saúde. Ora, isto
FOTO: LUSA/TIAGO PETINGA
mais ou tudo tem o seu custo e como os
menos bancos “vendem”, quem compra
impostos, tem de pagar o justo valor.
porque quem O Banco de Portugal poderia
os faz ricos e deveria regular e fiscalizar a
somos nós... ação dos bancos em relação aos
clientes, uma vez que se estes PUB
estiverem a cobrar taxas indevidas ou de forma exagerada
deveriam sofrer fortes sanções. Mas, mais uma vez, digo
que é um problema difícil de resolver, senão tomemos
como exemplo uma taxa que a Caixa Geral de Depósitos
cobra apenas para dar uma informação, se esta exigir ao
funcionário ter de fazer uma pesquisa. Ora se o banco do
Estado faz isto, o que será dos outros?
Tenha uma boa leitura!
Leia a opinião do Bispo EDIR MACEDO na
página 3i, do caderno Folha Centro de Ajuda
ACORDO ORTOGRÁFICO: Informamos os nossos leitores de que já começámos
a aplicar algumas das alterações do Novo Acordo Ortográfico.
FOLHA DE PORTUGAL: ALAMEDA D. AFONSO HENRIQUES,
Nº 35 (ANTIGO CINEMA IMPÉRIO) 1000-123 LISBOA
TEL: 210 300 971 FAX: 210 300 999
Diretor: João Filipe
jf.d@folhadeportugal.pt
Secretariado: Cláudia Pereira
Editor: IURD FOLHA DE PORTUGAL Título registado no ERC com o nº 125046 Propriedade: IURD
Redação: Carla Vaz, Isabel Barbosa , Sara Damásio Sede administrativa: Praceta Professor Francisco Gentil, nº3 - Póvoa de Santo Adrião - Lisboa NIPC: 592001679
Copydesk: Carla Vaz
Paginação: Carlos Paredes, Eliane Rosa Periodicidade: Semanal Impressão: Rafik Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. - Sítio da Bemposta, nº 1, 1A, 1B.
Tratamento de imagem: Bárbara Domingos Longo da Vila - Mafra Tiragem: 50 000 exemplares Distribuição: Gratuita Circulação: Portugal Continental e Ilhas
Correio do Leitor:
geral@folhadeportugal.pt
Publicidade: A FOLHA DE PORTUGAL NÃO SE RESPONSABILIZA NEM PELAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS CARTAS DOS LEITORES,
publicidade@folhadeportugal.pt POIS ELAS NÃO EMITEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL, NEM PELA AUTENTICIDADE DOS ANÚNCIOS PUBLICADOS