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    No costa norte do Brasil, a pesca de peixes e camarões é realizada tanto por frotas artesanais quanto  industriais, sendo que a frota artesanal de peixes emprega redes de emalhar à deriva de grandes extensões (de 2 a 3 km) e  a pesca industrial é feita por um arrastão, que pode ser um pequeno barco aberto com apenas 30 cv ou barcos-fábrica, que por vezes opera 2 ou mais redes ao mesmo tempo com 10.000 cv (7.500 kW). Oliveira  et al . (2007) demonstrou que a piramutaba ( Brachyplatystoma vaillantii ) contribui com 70% em peso para a formação dos desembarques da frota arrasteira, seguida da dourada ( Brachyplatystoma rouseauxii ).  A frota industrial camaroneira atua em alto mar, a profundidades entre 10 e 100m, utilizando redes de arrasto duplo, chamadas de tangones. O presente trabalho tem como objetivo básico investigar alguns fatores que influenciam na  velocidade de arrasto tanto nas embarcações piramutabeira quanto camaroneiras, ocorridas na costa norte do Brasil, levando em conta os aspectos físicos e operacionais das frotas de arrastões, que podem influir na variação da capturabilidade, e conseqüentemente nas interpretações de séries temporais de captura por unidade de esforço (CPUE), além das alterações na dinâmica dessa frota. A investigação constitui-se de caracterização das pescarias e embarcações utilizadas e de uma revisão da literatura especializada, na qual se realizou consultas a artigos científicos selecionados através de busca na revista Fisheries Research da plataforma  ScienceDirect , que publica trabalhos nas área de ciências da pesca, além de consultas no Banco de dados da Central do Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS), criado em 2006 em conjunto com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, o Ministério do Meio Ambiente – MMA e a Marinha do Brasil, para verificar a variação espaço-temporal da frota pesqueira de arrasto permissionada para a captura da piramutaba.  a) A frota camaroneira Para pesca de camarões, utiliza-se a pesca de arrasto de tangones (Fig.1), onde as embarcações podem operar com uma ou duas redes de malhas (Fig.2) menores que o arrasto de portas e parelha. Um dos principais fatores que influenciam na velocidade de arrasto da pesca de camarão quando esta é feita sem uso de motor, é a combinação entre vento e corrente na mesma direção. Além disso, o peso do petrecho também influencia, por isso a legislação estabelece peso de no máximo 5 quilos. b) Arrastos em parelha Os arrastões podem ser relativamente pequenos, barcos de 6-8 metros de comprimento (Fig.3), podem operar em parelha , ou seja, dois barcos puxando a mesma rede (Fig.4),  que atua em contato com o fundo, em profundidades que pouco ultrapassam os 40 m.        A  eficiência numa captura pode diminuir com o aumento da velocidade de arrasto. Já o  rendimento esta relacionado à direção e velocidade da corrente de maré. Além disso, pode-se concluir também que na presença de chuva o rendimento é maior do que na ausência de chuva. Portanto, a  velocidade que o arrasto é rebocado pelas embarcações depende da velocidade de natação da espécie que está a ser alvo, de variáveis abióticas como  chuva, maré e lua  e da arte exata que está sendo usada, mas para a maioria das espécies demersais, com uma velocidade de cerca de 4 nós (7 km / h) é apropriado. Clauzet (2000) realizou análises da atividade pesqueira relacionada a variáveis ambientais em Ubatuba/SP e mostrou que os desembarques pesqueiros amostrados renderam mais durante as fases de lua crescente e na maré baixa, o que mostra a influencia das variáveis ambientais no rendimento pesqueiro. BARTHEM, R . B.  Informe del Taller Regional sobre Manejo de las Pesquerias de Bagres Migradores Del   Amazonas: Anexo D - Situação do Manejo das Pescarias dos Grandes Bagres Amazônicos no Brasil.   Iquitos, Peru, 1999. p. 11-21. CLAUZET M (2000)  Ecologia da Pesca Artesanal de uma Comunidade Caiçara de Ubatuba (SP) .   Relatório de Iniciação Científica PUC-SP. FAPESP. 87 pp. DAHM, E.; H. WIENBECK, C.; W. WEST, J.; VALDEMARSEN, W.; O’NEILL, F. G.  On the influence of towing speed and gear size on the selective properties of bottom trawls.   Fisheries ResearchVolume 55, Issues 1-3, March 2002, Pages 103-119. OLIVEIRA, D. M.; FRÉDOU, T. & LUCENA, F. A pesca no Estuário Amazônico: uma análise uni e multivariada.  Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi , v. 2, n. 2,  2007. SOMERTON, D. A.; WEINBERG, K. L.  The affect of speed through the water on footrope  contact of a survey trawl.   Fisheries Research Volume 53, Issue 1, September 2001, Pages 17-24.  FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE ARRASTO PARA MAIOR EFICIÊNCIA E RENDIMENTO NA CAPTURA Aguiar 1 , R. S.; Monteiro 2 , T. P. S.;   Cruz 3 , A. C. R.; Boulhosa 4 , A. M.; Silva 5 , I. M. C.; Furtado-Júnior 6 , I.     Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA. Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Montese  Cep: 66.077-901 Cidade: Belém-Pará-Brasil 1 Bolsista REUNI/UFRA, rogerio.aguiar@itec.ufpa.br  2 Graduanda de Engenharia de Pesca/UFRA, tati_paty29@hotmail.com 3 Graduanda de Engenharia de Pesca/UFRA, eng_anacarolina@yahoo.com.br 4 Bolsista PIBIC/UFRA, amanda.boulhosa@ufra.edu.br 5 Bolsista REUNI/UFRA, isabelle.chagas@hotmail.com 6 Professor UFRA, juniorivan@hotmail.com Figura.3 Embarcação para arrasto em parelha  Figura.4 Arrasto em parelha FONTE: Arquivo Pessoal  FONTE: Google Imagem Os resultados do estudo indicam que o contato com o fundo e, portanto, a eficiência de arrasto, não é independente da velocidade de arrasto. Isto implica que a redução da variância da CPUE, por exemplo, pode ser obtida se a velocidade de reboque da embarcação for padronizado para a velocidade através da água ao invés de velocidade sobre o solo ( SOMERTON, 2001 ), haja vista que  conforme a pesca se desenvolve, a CPUE declina à medida que aumenta o número de pescadores participantes das capturas ou à medida que são utilizadas maiores quantidades de redes. Segundo o PREPS referentes à frota piramutabeira de 2008 e a INMET (2008), entre os meses de março a junho, em Belém-PA, no período de chuvas a tendência de diminuição da precipitação média de 450 mm para 150 mm, as operações de pesca estão concentradas nas proximidades da costa do Amapá. No entanto, entre o período de junho a setembro, quando a precipitação fica em torno de 125 mm, observou-se que à medida que o volume das chuvas diminui, a frota piramutabeira industrial desloca suas operações para áreas mais próximas à costa.  Figura 1 Embarcação com tangones  Figura 2 Visualização das redes de malhas FONTE: Google Imagem  FONTE: Google Imagem  INTRODUÇÃO CONCLUSÕES MATERIAL E MÉTODOS  REFERÊNCIAS RESULTADOS E DISCUSSÃO

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  • 1.     No costa norte do Brasil, a pesca de peixes e camarões é realizada tanto por frotas artesanais quanto industriais, sendo que a frota artesanal de peixes emprega redes de emalhar à deriva de grandes extensões (de 2 a 3 km) e a pesca industrial é feita por um arrastão, que pode ser um pequeno barco aberto com apenas 30 cv ou barcos-fábrica, que por vezes opera 2 ou mais redes ao mesmo tempo com 10.000 cv (7.500 kW). Oliveira et al . (2007) demonstrou que a piramutaba ( Brachyplatystoma vaillantii ) contribui com 70% em peso para a formação dos desembarques da frota arrasteira, seguida da dourada ( Brachyplatystoma rouseauxii ). A frota industrial camaroneira atua em alto mar, a profundidades entre 10 e 100m, utilizando redes de arrasto duplo, chamadas de tangones. O presente trabalho tem como objetivo básico investigar alguns fatores que influenciam na velocidade de arrasto tanto nas embarcações piramutabeira quanto camaroneiras, ocorridas na costa norte do Brasil, levando em conta os aspectos físicos e operacionais das frotas de arrastões, que podem influir na variação da capturabilidade, e conseqüentemente nas interpretações de séries temporais de captura por unidade de esforço (CPUE), além das alterações na dinâmica dessa frota. A investigação constitui-se de caracterização das pescarias e embarcações utilizadas e de uma revisão da literatura especializada, na qual se realizou consultas a artigos científicos selecionados através de busca na revista Fisheries Research da plataforma ScienceDirect , que publica trabalhos nas área de ciências da pesca, além de consultas no Banco de dados da Central do Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS), criado em 2006 em conjunto com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, o Ministério do Meio Ambiente – MMA e a Marinha do Brasil, para verificar a variação espaço-temporal da frota pesqueira de arrasto permissionada para a captura da piramutaba.  a) A frota camaroneira Para pesca de camarões, utiliza-se a pesca de arrasto de tangones (Fig.1), onde as embarcações podem operar com uma ou duas redes de malhas (Fig.2) menores que o arrasto de portas e parelha. Um dos principais fatores que influenciam na velocidade de arrasto da pesca de camarão quando esta é feita sem uso de motor, é a combinação entre vento e corrente na mesma direção. Além disso, o peso do petrecho também influencia, por isso a legislação estabelece peso de no máximo 5 quilos. b) Arrastos em parelha Os arrastões podem ser relativamente pequenos, barcos de 6-8 metros de comprimento (Fig.3), podem operar em parelha , ou seja, dois barcos puxando a mesma rede (Fig.4), que atua em contato com o fundo, em profundidades que pouco ultrapassam os 40 m.     A eficiência numa captura pode diminuir com o aumento da velocidade de arrasto. Já o rendimento esta relacionado à direção e velocidade da corrente de maré. Além disso, pode-se concluir também que na presença de chuva o rendimento é maior do que na ausência de chuva. 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FAPESP. 87 pp. DAHM, E.; H. WIENBECK, C.; W. WEST, J.; VALDEMARSEN, W.; O’NEILL, F. G. On the influence of towing speed and gear size on the selective properties of bottom trawls. Fisheries ResearchVolume 55, Issues 1-3, March 2002, Pages 103-119. OLIVEIRA, D. M.; FRÉDOU, T. & LUCENA, F. A pesca no Estuário Amazônico: uma análise uni e multivariada. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi , v. 2, n. 2, 2007. SOMERTON, D. A.; WEINBERG, K. L. The affect of speed through the water on footrope contact of a survey trawl. Fisheries Research Volume 53, Issue 1, September 2001, Pages 17-24. FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE ARRASTO PARA MAIOR EFICIÊNCIA E RENDIMENTO NA CAPTURA Aguiar 1 , R. S.; Monteiro 2 , T. P. S.; Cruz 3 , A. C. R.; Boulhosa 4 , A. M.; Silva 5 , I. M. C.; Furtado-Júnior 6 , I.   Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA. Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Montese  Cep: 66.077-901 Cidade: Belém-Pará-Brasil 1 Bolsista REUNI/UFRA, rogerio.aguiar@itec.ufpa.br 2 Graduanda de Engenharia de Pesca/UFRA, tati_paty29@hotmail.com 3 Graduanda de Engenharia de Pesca/UFRA, eng_anacarolina@yahoo.com.br 4 Bolsista PIBIC/UFRA, amanda.boulhosa@ufra.edu.br 5 Bolsista REUNI/UFRA, isabelle.chagas@hotmail.com 6 Professor UFRA, juniorivan@hotmail.com Figura.3 Embarcação para arrasto em parelha Figura.4 Arrasto em parelha FONTE: Arquivo Pessoal FONTE: Google Imagem Os resultados do estudo indicam que o contato com o fundo e, portanto, a eficiência de arrasto, não é independente da velocidade de arrasto. Isto implica que a redução da variância da CPUE, por exemplo, pode ser obtida se a velocidade de reboque da embarcação for padronizado para a velocidade através da água ao invés de velocidade sobre o solo ( SOMERTON, 2001 ), haja vista que conforme a pesca se desenvolve, a CPUE declina à medida que aumenta o número de pescadores participantes das capturas ou à medida que são utilizadas maiores quantidades de redes. Segundo o PREPS referentes à frota piramutabeira de 2008 e a INMET (2008), entre os meses de março a junho, em Belém-PA, no período de chuvas a tendência de diminuição da precipitação média de 450 mm para 150 mm, as operações de pesca estão concentradas nas proximidades da costa do Amapá. No entanto, entre o período de junho a setembro, quando a precipitação fica em torno de 125 mm, observou-se que à medida que o volume das chuvas diminui, a frota piramutabeira industrial desloca suas operações para áreas mais próximas à costa. Figura 1 Embarcação com tangones Figura 2 Visualização das redes de malhas FONTE: Google Imagem FONTE: Google Imagem INTRODUÇÃO CONCLUSÕES MATERIAL E MÉTODOS REFERÊNCIAS RESULTADOS E DISCUSSÃO