O documento discute a necessidade de inovar na gestão cultural para apoiar o desenvolvimento econômico, social e cultural de forma sustentável. A gestão cultural deve sair da obsolescência e passar a ser ativa em soluções e políticas públicas locais que estimulem a criatividade e o empreendedorismo. Isso requer diálogo entre setores e o uso de tecnologia para mapear recursos culturais e conectar pessoas. Equipes capacitadas com experiência em cultura e conhecimento local são essenciais para dar agilidade aos processos
Bonecas de Meia - Economia Criativa no Desenvolvimento Comunitário
INOVAÇÃO NA GESTÃO DA CULTURA SOB OLHAR DA ECONOMIA CRIATIVA
1. INOVAÇÃO NA GESTÃO CULTURAL
Com a conscientização da cultura como vetor de desenvolvimento econômico, social e cultural sendo a criatividade
um dos motores deste movimento, urge repensar a gestão cultural em busca de processos de inovação saindo da
obsolescência de prestador de serviços de eventos do restante da máquina pública e/ou produtor cultural das
manifestações artísticas e/ou da elaboração de políticas públicas que não contribuem para o crescimento e
independência do empreendedor criativo passando a ser gestão ativa em soluções e políticas públicas voltadas
para as necessidades locais visando desenvolvimento sustentável tanto cultural, quanto econômico e social.
Entendendo a cultura na sua conceituação mais ampla, ou seja, cultura é tudo o que compõe o indivíduo, a gestão
cultural atual pede um olhar mais abrangente firmando a identidade e valores simbólicos locais interagindo para o
fomento da criatividade, ampliando repertórios com impacto econômico e social nos mais diversos setores:
arte/setores criativos, patrimônio, urbanismo, indústria, comércio, serviços e outros.
Para que haja interação desta ¨inteligência criativa¨ que está intrínseca em todos estes grupos que embora pareçam
díspares, se entrelaçam na economia da cultura, o diálogo é imprescindível.
A troca de ideias, experiências e vivências compartilhadas considerando-se as singularidades locais são a base de
construção consciente com maiores possibilidades assertivas. Na construção colaborativa eventualmente rumos
necessitam ser realinhados – não há bola de cristal nem receita para o sucesso: tentativas e erros fazem parte do
processo, importante que haja avaliação constante e metas claras voltadas para o bem do território.
Uso da tecnologia atualizada também faz-se imprescindível nesta construção: mapeando, avaliando, trocando
informações, registrando e conectando.
Gestão cultural eficiente e focada exige equipes capacitadas, onde os conhecimentos e experiências se
complementam. Pessoa capacitada aqui não significa necessariamente formação acadêmica e sim experiência e
vivência em atuação na área da cultura, aliando administração e economia e conhecedores das potencialidades
locais, dando agilidade aos processos evitando risco de já nascerem obsoletos pela demora entre compreensão e
ação.
No atual panorama nacional, a gestão cultural é engrenagem importantíssima na quebra de paradigmas , estímulo a
criatividade e troca de conhecimento e experiências para encontrar caminhos inovadores e sustentáveis em busca
de um mundo melhor para vivermos, afinal, é o que todos queremos.