Luís Vaz de Camões (1524-1580) foi um poeta clássico português cujo local de nascimento exato é incerto. Ele escreveu a famosa epopeia "Os Lusíadas" em 1572, que mistura a história de Portugal com mitologia grega e narra as descobertas do navegador Vasco da Gama. Apesar de ter morrido pobre, Camões deixou um legado duradouro como um dos maiores poetas de Portugal.
3. O local de nascimento de Camões é incerto, várias
localidades disputam seu berço. Foi um homem de muitas
mulheres, entretanto, nenhuma foi sua mulher oficial.
Há especulações sobre o que houve com seu olho direito,
mas a teoria predominante foi que este foi ferido enquanto
servia Portugal, na África. Camões também foi preso por
agredir um funcionário real, em 1552.
4. Camões escreveu “Os Lusíadas”, sua maior obra, publicada em 1572.
A obra, mostra claramente, características Renascentistas. O
humanismo das ideias com as expedições marítimas. A obra narra o
heroísmo de Portugal, as descobertas do navegante Vasco da Gama.
Esta epopeia mistura a história portuguesa com histórias de deuses
gregos interferindo na navegação.
A obra é composta de dez cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos que
são decassílabos, com esquema rímico fixo AB AB AB CC.
5.
6. Ao analisarmos Os Lusíadas e notarmos como todos os versos são
perfeitamente decassílabos, como as rimas não falham, analisamos
também o rigor que existia no Classicismo e como era seguido à risca
por Camões. A forma era considerada perfeita, não fugia dos padrões,
possuía ritmo. Essa era a característica mais marcante que o
diferenciava das demais épocas literárias.
7. Apesar de ser lembrado principalmente por Os Lusíadas, Camões
deixou um acervo de obras, composto por peças teatrais, poesias
líricas e épicas e sonetos. Há um soneto muito conhecido de
Camões, utilizado por outros artistas, até as épocas de hoje. E,
como marca camoniana e clássica, possui, obviamente, seus versos
decassílabos, seu esquema de rimas fixos, os dois quartetos e os
dois tercetos. Tudo, como sempre, feito de maneira rigorosa.
Facilmente o soneto, apresentado a seguir, será reconhecido.
8. Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Amor é um fogo que arde sem se ver
9. Embora Camões tenha sido reconhecido por suas obras e servido
Portugal, o poeta morreu em 1580, pobre e sozinho. Luís Vaz de
Camões deixou seguidores até os dias de hoje. Inclusive, o autor
romancista Almeida Garrett, que tinha como influência o nosso
autor clássico, escreveu uma obra chamada Camões.
10. Outras obras de Camões serão postadas no blog A Hermenêutica
(ahermeneutica.wordpress.com), junto com mais explicações e
características da época Clássica, comparações de poesias de épocas
literárias diferentes e mais poesias do Classicismo de poetas
diferentes.
Piscadinha de Camões ;)