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INSTITUTO SANTO
TOMÁS DE AQUINO
ECLESIASTES
Economia, trabalho e
felicidade em Qoelet
 No suor do rosto comerás o teu pão até
que tornes á terra. (Gn. 3,19)
 Em outras palavras, viver dá muito trabalho,
mas pode ser gostoso.
 A trabalheira em busca da satisfação da
vontade é vaidade, perda de tempo, pegar
vento com a mão.
A vida arrochada - vida e
trabalho sob a
dominação babilônica
 Modo de produção e Corvéia.
 O trabalho visava o sustento da família,
para aquisição de bens necessários a
vida.
 Como são tratados os
camponeses, pelos moradores
das cidades hoje?
 Qual a relação das favelas e os
bairros centrais?
 Qual a dependencia das cidades
em relação ao campo?
 Com a dominação babilônica, os
povos conquistados foram
submetidos a novas formas de
trabalho.
Tampando a boca do
trabalhador-economia e
trabalho no império medo-
persa.
 Diarista ou jornaleiro
 Moeda, criada na região da Jônia no séc.
VII a.E.C. e incorporada no reino persa
com o nome de Dario.
 Valor da moeda
 Cambista e agiota
 Comércio: disciplinado pela moeda, protegido
pelo Estado.
 O poder monetário
 Riqueza a vista, injustiça na vida: a
experiência de Qohelet.
Helenismo.
 A relação de trabalho escravizado é de
total alienação.
Para que, se já posso
descansar agora?
Qohelet, a economia e o
trabalho
 A modernidade fez tudo, mas não facilitou
a felicidade.
 A felicidade se alcança no
companheirismo e não na competição em
busca de vantagem
O que acontece debaixo do
sol
Tarefa penosa que Deus deu aos
homens para com ela ficarem
ocupados: pesquisar e
investigar com sabedoria tudo o
que acontece debaixo do céu.
(Ecl 1,13)
 Cada parte do texto é inteira:ou a
gente escolhe ou tira ao acaso.
 Deus trabalhou e criou o Sol.
Debaixo do sol, ou do céu, tudo
muda.
 A criação é o trabalho incessante
de Deus.
 É dom de Deus que a pessoa possa comer e
beber - o trabalho faz o mundo e a
sociedade.
 Qualquer coisa que seus olhos desejam e
seu coração venha a pedir vai ser fruto do
trabalho de alguém.
 Santo Agostinho: "tu nos fizeste para ti,
Senhor, e nosso coração não sossega
enquanto não descansa em ti".
 O trabalho envolve técnica: conhecer o
assunto, saber fazer, saber usar
instrumentos, ferramentas e maquinas
apropriadas.
 Quando a gente se rala e dá certo,
vale a pena: o trabalho faz o ser
humano.
 O trabalho é a atividade voltada
diretamente para a vida.
 Deus fez as pessoas simples, mas
"elas" complicam tudo.
 Tudo é vaidade, porque tudo vale
enquanto dura.
 O trabalho mostra que tudo tem
um dia seu fim, e todo fim, nesta
terra, é um novo começo.
 "nada há de permanente debaixo do sol"
significa: não sobra nada para quem trabalhou.
 Ideologia: ela tem que fazer as pessoas
acreditarem que isso é "natural" ou é "o único
jeito", ou "não dá pra mudar".
 a riqueza não traz felicidade.
 produzir riquezas não dá sentido para a vida.
 o trabalho humano produz sentido.
 A palavra HEBEL em hebraico
quer dizer frágil, vazio, vaidade,
insignificante, sem valor.
 "pura vaidade, não mais que
vaidade", e vão acabar. Deus
permanece entre nós, como um de
nós, nunca vai acabar.
 Debaixo do sol tudo é vaidade e
corrida atrás do vento.
 Acumular riquezas para si é
querer ser Deus: vaidade das
vaidades.
 Dinheiro não é vida é fetiche. fetiche é uma
coisa que apenas representa um poder;
representa a riqueza, mas não é riqueza.
 Dom de Deus: trabalho, vida, alegria,
sabedoria.
Eclesiastes como rito de passagem:
 É um livro que tem força de alcançar pessoas
de todos os tipos, inclusive aquelas que não são
acostumadas à participação regular em
comunidades e grupos religiosos.
 Eclesiastes é próprio para celebrações de
passagem
 Tudo em Eclesiastes é transição,
passagem ligação, meio.
 E a única coisa que ñ é vaidade é
a fé em Deus. Tudo passa só Deus
fica.
Eclesiastes como tentativa
de ligar e dinamizar o
imaginário religioso:
 Eclesiastes propõe uma espécie de
negociação no período pós-exílio. Num
mundo em mudança, não havia como reagir
ao que vinha de fora.
 Aquele era um período de reconstrução
 As diversas culturas gregas e hebraicas
estavam misturadas.
 Eclesiastes cria um novo estilo
literário que abrange tanto a
literatura hebraica quanto a grega.
 É uma tentativa de ligação das
coisas boas e ruins da vida.
Eclesiastes para ler na
liturgia do meio do
caminho:
 O livro é lido em um lugar provisório, no meio do
caminho para abastecer as energias.
 Na festa dos Tabernáculos: festas das tendas.
 E no meio da fugacidade da vida e daquilo que
ela tem de terrível Eclesiastes cria um momento
de gozar a vida.
Eclesiastes vê, julga, celebra
a vida que se passa:
 Eclesiastes é sábio: pensador da
realidade é observador e agente
sobre a realidade.
 Tudo ele analisa e questiona: “que
proveito tem? Para que serve?”
 Muitas vezes as coisas não tem
sentido algum e às vezes tem
sentido e não percebemos.
Eclesiastes como complicador da
vida:
 A mensagem de Eclesiastes é um tapa na
cara de quem acha que a vida é fácil.
 É preciso pegar o meio termo, onde a vida
vivida no dia-a-dia é resolvida, onde se
come, se sofre, se alegra
 Eclesiastes regula o que a religião tem de
fácil e pode ter de enganador.
A solução de Eclesiastes:
Deus está no meio da vida
complicada:
 O que vale a vida se vive e na qual
sobrevive? Não adianta fugir, o que conta
mesmo é a realidade, o momento atual.
 Sua saída diante da realidade é voltar para o
único que resta: Deus.
 A estrutura do livro é teocêntrica
 Deus e a religião são o meio
 Ele critica tudo, e no centro de sua crítica está a
religião: (Ecle 4,17-5,6)
 O Temor de Deus é núcleo intenso do livro e da
vida.
Eclesiastes como versão
bíblica do “Jeitinho
brasileiro”:
 O livro tem tudo a ver com o imaginário
religioso brasileiro
 Tudo se negocia se choca e se relaciona
 O imaginário religioso brasileiro tem como
fundamento o fator Deus.
 representado pelos santos,
espíritos/orixás/divindades.
 O bem e o mal estão misturados.
 O princípio que dinamiza a
estrutura do imaginário religioso
brasileiro é a mistura de crenças.
(tanto na Igreja como no terreiro).
Ambigüidades e mediação
que abalam a estrutura do
imaginário:
 A estrutura que compõe o imaginário religioso
brasileiro requer uma postura de negociação
 o brasileiro busca uma crença porque quer
encontrar um significado para a sua vida
 quer praticar o bem, mas também elabora uma
maneira de lidar com o mal.
 A ambigüidade não é confusão,
mas algo que tem sentido para as
pessoas que buscam religiões com
tais traços.
 Por isso temos um jeitinho
brasileiro de compreender que
dribla as imposições da doutrina
européia sem querer romper, ou
seja, negociamos.
A negociação de Eclesiastes e
do imaginário como
resistência:
 Eclesiastes não impõe uma doutrina, ele parte
da vida como ela é
 O povo brasileiro fica em cima do muro porque
precisa sobreviver.
 O mais importante dessa vida está acontecendo
hoje, e se o povo se sente oprimido, negocia
com o que tem e o que não se tem.

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  • 1. INSTITUTO SANTO TOMÁS DE AQUINO ECLESIASTES
  • 2. Economia, trabalho e felicidade em Qoelet  No suor do rosto comerás o teu pão até que tornes á terra. (Gn. 3,19)  Em outras palavras, viver dá muito trabalho, mas pode ser gostoso.
  • 3.  A trabalheira em busca da satisfação da vontade é vaidade, perda de tempo, pegar vento com a mão.
  • 4. A vida arrochada - vida e trabalho sob a dominação babilônica  Modo de produção e Corvéia.  O trabalho visava o sustento da família, para aquisição de bens necessários a vida.
  • 5.  Como são tratados os camponeses, pelos moradores das cidades hoje?  Qual a relação das favelas e os bairros centrais?  Qual a dependencia das cidades em relação ao campo?
  • 6.  Com a dominação babilônica, os povos conquistados foram submetidos a novas formas de trabalho.
  • 7. Tampando a boca do trabalhador-economia e trabalho no império medo- persa.  Diarista ou jornaleiro  Moeda, criada na região da Jônia no séc. VII a.E.C. e incorporada no reino persa com o nome de Dario.  Valor da moeda
  • 8.  Cambista e agiota  Comércio: disciplinado pela moeda, protegido pelo Estado.  O poder monetário
  • 9.  Riqueza a vista, injustiça na vida: a experiência de Qohelet. Helenismo.  A relação de trabalho escravizado é de total alienação.
  • 10. Para que, se já posso descansar agora? Qohelet, a economia e o trabalho  A modernidade fez tudo, mas não facilitou a felicidade.  A felicidade se alcança no companheirismo e não na competição em busca de vantagem
  • 11. O que acontece debaixo do sol Tarefa penosa que Deus deu aos homens para com ela ficarem ocupados: pesquisar e investigar com sabedoria tudo o que acontece debaixo do céu. (Ecl 1,13)
  • 12.  Cada parte do texto é inteira:ou a gente escolhe ou tira ao acaso.  Deus trabalhou e criou o Sol. Debaixo do sol, ou do céu, tudo muda.  A criação é o trabalho incessante de Deus.
  • 13.  É dom de Deus que a pessoa possa comer e beber - o trabalho faz o mundo e a sociedade.  Qualquer coisa que seus olhos desejam e seu coração venha a pedir vai ser fruto do trabalho de alguém.
  • 14.  Santo Agostinho: "tu nos fizeste para ti, Senhor, e nosso coração não sossega enquanto não descansa em ti".  O trabalho envolve técnica: conhecer o assunto, saber fazer, saber usar instrumentos, ferramentas e maquinas apropriadas.
  • 15.  Quando a gente se rala e dá certo, vale a pena: o trabalho faz o ser humano.  O trabalho é a atividade voltada diretamente para a vida.  Deus fez as pessoas simples, mas "elas" complicam tudo.
  • 16.  Tudo é vaidade, porque tudo vale enquanto dura.  O trabalho mostra que tudo tem um dia seu fim, e todo fim, nesta terra, é um novo começo.
  • 17.  "nada há de permanente debaixo do sol" significa: não sobra nada para quem trabalhou.  Ideologia: ela tem que fazer as pessoas acreditarem que isso é "natural" ou é "o único jeito", ou "não dá pra mudar".
  • 18.  a riqueza não traz felicidade.  produzir riquezas não dá sentido para a vida.  o trabalho humano produz sentido.
  • 19.  A palavra HEBEL em hebraico quer dizer frágil, vazio, vaidade, insignificante, sem valor.  "pura vaidade, não mais que vaidade", e vão acabar. Deus permanece entre nós, como um de nós, nunca vai acabar.
  • 20.  Debaixo do sol tudo é vaidade e corrida atrás do vento.  Acumular riquezas para si é querer ser Deus: vaidade das vaidades.
  • 21.  Dinheiro não é vida é fetiche. fetiche é uma coisa que apenas representa um poder; representa a riqueza, mas não é riqueza.  Dom de Deus: trabalho, vida, alegria, sabedoria.
  • 22. Eclesiastes como rito de passagem:  É um livro que tem força de alcançar pessoas de todos os tipos, inclusive aquelas que não são acostumadas à participação regular em comunidades e grupos religiosos.  Eclesiastes é próprio para celebrações de passagem
  • 23.  Tudo em Eclesiastes é transição, passagem ligação, meio.  E a única coisa que ñ é vaidade é a fé em Deus. Tudo passa só Deus fica.
  • 24. Eclesiastes como tentativa de ligar e dinamizar o imaginário religioso:  Eclesiastes propõe uma espécie de negociação no período pós-exílio. Num mundo em mudança, não havia como reagir ao que vinha de fora.  Aquele era um período de reconstrução  As diversas culturas gregas e hebraicas estavam misturadas.
  • 25.  Eclesiastes cria um novo estilo literário que abrange tanto a literatura hebraica quanto a grega.  É uma tentativa de ligação das coisas boas e ruins da vida.
  • 26. Eclesiastes para ler na liturgia do meio do caminho:  O livro é lido em um lugar provisório, no meio do caminho para abastecer as energias.  Na festa dos Tabernáculos: festas das tendas.  E no meio da fugacidade da vida e daquilo que ela tem de terrível Eclesiastes cria um momento de gozar a vida.
  • 27. Eclesiastes vê, julga, celebra a vida que se passa:  Eclesiastes é sábio: pensador da realidade é observador e agente sobre a realidade.  Tudo ele analisa e questiona: “que proveito tem? Para que serve?”  Muitas vezes as coisas não tem sentido algum e às vezes tem sentido e não percebemos.
  • 28. Eclesiastes como complicador da vida:  A mensagem de Eclesiastes é um tapa na cara de quem acha que a vida é fácil.  É preciso pegar o meio termo, onde a vida vivida no dia-a-dia é resolvida, onde se come, se sofre, se alegra  Eclesiastes regula o que a religião tem de fácil e pode ter de enganador.
  • 29. A solução de Eclesiastes: Deus está no meio da vida complicada:  O que vale a vida se vive e na qual sobrevive? Não adianta fugir, o que conta mesmo é a realidade, o momento atual.  Sua saída diante da realidade é voltar para o único que resta: Deus.
  • 30.  A estrutura do livro é teocêntrica  Deus e a religião são o meio  Ele critica tudo, e no centro de sua crítica está a religião: (Ecle 4,17-5,6)  O Temor de Deus é núcleo intenso do livro e da vida.
  • 31. Eclesiastes como versão bíblica do “Jeitinho brasileiro”:  O livro tem tudo a ver com o imaginário religioso brasileiro  Tudo se negocia se choca e se relaciona  O imaginário religioso brasileiro tem como fundamento o fator Deus.  representado pelos santos, espíritos/orixás/divindades.
  • 32.  O bem e o mal estão misturados.  O princípio que dinamiza a estrutura do imaginário religioso brasileiro é a mistura de crenças. (tanto na Igreja como no terreiro).
  • 33. Ambigüidades e mediação que abalam a estrutura do imaginário:  A estrutura que compõe o imaginário religioso brasileiro requer uma postura de negociação  o brasileiro busca uma crença porque quer encontrar um significado para a sua vida  quer praticar o bem, mas também elabora uma maneira de lidar com o mal.
  • 34.  A ambigüidade não é confusão, mas algo que tem sentido para as pessoas que buscam religiões com tais traços.  Por isso temos um jeitinho brasileiro de compreender que dribla as imposições da doutrina européia sem querer romper, ou seja, negociamos.
  • 35. A negociação de Eclesiastes e do imaginário como resistência:  Eclesiastes não impõe uma doutrina, ele parte da vida como ela é  O povo brasileiro fica em cima do muro porque precisa sobreviver.  O mais importante dessa vida está acontecendo hoje, e se o povo se sente oprimido, negocia com o que tem e o que não se tem.