A presente pesquisa trata-se do movimento social
chamado Fórum Permanente 'Fora Lixão' (FPFL) que
surgiu por causa da instalação do aterro sanitário e suas
irregularidades no município de Marituba (PA). Utiliza-se o
conceito de quadros interpretativos da ação coletiva
(BENFORD; SNOW, 2000): o quadro diagnóstico
(“problema”), previsão (“solução”) e motivacional
(“motivação”). As fórmulas ativistas como funções prejudiciais
dos quadros: o quadro do diagnóstico,
prognóstico e motivacional conforme a subjetividade dos quadros
organizadores. Norteadora: como se desenvolve
coletiva Pergunta os quadros interpretativos da ação do Fórum
Permanente “Fora Lixão” de Marituba?
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Quadros interpretativos da ação coletiva: uma análise sobre o fórum permanente fora lixão (FPFL), Marituba (PA)
1. .
QUADROS INTERPRETATIVOS DA AÇÃO COLETIVA: UMA ANÁLISE SOBRE O FÓRUM
PERMANENTE FORA LIXÃO (FPFL), MARITUBA (PA).
AUTOR: FABRÍCIO TAVARES DE MORAES (PPGSA/UFPA)
Bolsista CAPES. E-mail: fabriciomoraesufpa@gmail.com
ORIENTADOR: PROF. DR. RODRIGO CORRÊA DINIZ PEIXOTO (PPGSA/UFPA)
Objeto e Objetivos
A presente pesquisa trata-se do movimento social
chamado Fórum Permanente ‘Fora Lixão’ (FPFL) que
surgiu por causa da instalação do aterro sanitário e suas
irregularidades no município de Marituba (PA). Utiliza-se o
conceito de quadros interpretativos da ação coletiva
(BENFORD; SNOW, 2000): o quadro diagnóstico
(“problema”), prognóstico (“solução”) e motivacional
(“motivação”). Os ativistas formulam as tarefas nucleares
dos quadros: o enquadramento do diagnóstico,
prognóstico e motivacional conforme a subjetividade dos
organizadores. Pergunta norteadora: como se desenvolve
os quadros interpretativos da ação coletiva do Fórum
Permanente “Fora Lixão” de Marituba?
Objetivo geral: analisar os quadros interpretativos da
ação coletiva do Fórum Permanente "Fora Lixão" de
Marituba.
Objetivos específicos: apontar as demandas levantadas
no fórum permanente; organizar as soluções dos
problemas enfrentados; destacar as motivações da
mobilização.
Imagem 1. Manifestação do Fórum Permanente “Fora Lixão” de
Marituba (PA).
Fonte: Ricardo Amanajás (2017).
Metodologia
O trabalho faz uso da abordagem qualitativa, com os
seguintes procedimentos metodológicos adotados:
entrevistas, pesquisa bibliográfica e documental, bem
como pesquisa de campo.
Resultados e Conclusões
A partir dos resultados obtidos nessa pesquisa, observa-se
pela teoria do processo político (TPP) o fundamento no
contexto político propiciado por momentos favoráveis para
o emergir da mobilização e a sustentação desta ação
coletiva (TARROW, 2009).
Os quadros interpretativos da ação coletiva são acionados
pelos organizadores do movimento social por meio dos
enquadramentos das situações vividas no cotidiano
maritubense e criando identidade coletiva (GOHN, 2013).A
seguir,expõe-se os quadros com as coletas das entrevistas
Quadro 1. O resultado no quadro interpretativo diagnóstico.
Fonte: Autor.
O enquadramento diagnóstico promove o consenso sobre
o problema (o aterro sanitário) e o causador (empresa
Revita). Por consequência, o problema ambiental sofrido
pela população, o crime ambiental e de saúde pública.
Quadro 2. O resultado no quadro interpretativo prognóstico.
Fonte: Autor.
O enquadramento prognóstico reivindica que saia de
Marituba o aterro sanitário irregular e realiza mobilização
da população em prol da urgência dessa solução devido os
riscos eminentes à saúde coletiva dos maritubenses.
Quadro 3. O resultado no quadro interpretativo motivacional.
Fonte: Autor.
O enquadramento motivacional é o dispositivo com
potencialidade de significados atribuídos pelos
componentes do movimento social para compartilhar
injustiças, descontentamentos e emoções.
Portanto, os ativistas buscam organização das causas do
movimento social pela formulação dos enquadramentos
dos quadros. Cabe considerar que ao realizar o
enquadramento na ação coletiva, por meio de ativistas
influentes e atuantes no movimento, o intuito é, também, a
consolidação da identidade coletiva que mobiliza o
entendimento e o significado sobre alguma situação em
comum, assim gerando a organização e a mobilização
para o agir coletivo.
Referências Bibliográficas
GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e redes de mobilizações
civis no Brasil contemporâneo. 7ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
BENFORD, Robert D.; SNOW, David A. Framing processes and social
movements: an overview and assessment. Annual Review Of
Sociology, v. 26, p.611-639, 2000.
TARROW, Sidney. O poder em movimento: movimentos sociais e
confronto político. Petrópolis: Vozes, 2009.