O documento fornece informações sobre instrumentos musicais tradicionais da África e do mundo árabe, descrevendo sua classificação, contexto geográfico e estrutura/funcionamento. São apresentados o mbira e kora da África Subsaariana, o al'oud, māqam e darbuka do mundo árabe.
1. Material
de
apoio
de
Educação
Musical
2012/2013
7º
Ano
Nome:
__________________________________________________
Turma:
____
Músicas
do
mundo
Música
da
África
Subsaariana
No
contexto
cultural
da
África
Subsaariana,
a
música
está
ligada
a
todas
as
coisas
mais
importantes,
para
o
bem-‐estar
das
pessoas.
Todos
têm
uma
parte
ativa
na
vida
musical
da
comunidade.
A
música
é
uma
parte
vital
do
dia-‐a-‐dia,
estando
presente
em
todos
os
momentos
e
acompanhando
todas
as
tarefas
e
momentos
de
pausa.
É
uma
parte
importante
dos
eventos
marcantes
na
vida
das
pessoas
(nascimento,
entrada
na
adolescência,
casamento,
morte…).
É
usada
para
curar
doenças,
trazer
a
chuva
e
nas
danças
religiosas.
Muitas
culturas
africanas
acreditam
que
a
música
serve
como
ligação
com
o
mundo
dos
espíritos.
Mbira
(também
chamado
de
Likembe,
Mbila,
Mbira
Huru,
Mbira
Njari,
Mbira
Nyunga
Nyunga,
Karimba
ou
Kalimba)
Classificação
É
um
instrumento
da
família
dos
idiofones.
Contexto
Geográfico
É
típico
das
zonas
Sul
e
Este
da
África.
Estrutura
e
Funcionamento
É
constituído
por
uma
tábua
de
madeira
na
qual
estão
presas
várias
lâminas
de
metal.
Surge,
muitas
vezes,
encaixado
num
ressoador
de
cabaça.
O
som
é
produzido
beliscando
as
lâminas
com
ambas
as
mãos,
utilizando
os
polegares
e
por
vezes
os
indicadores.
Kora
(também
chamado
de
Corá)
Classificação
É
uma
harpa-‐alaúde,
da
família
dos
cordofones.
Contexto
Geográfico
É
extensamente
utilizada
pelos
povos
da
África
Ocidental
(Guiné,
Guiné
Bissau,
Mali,
Senegal,
Burkina
Faso
e
Gâmbia).
Estrutura
e
Funcionamento
A
kora
é
construída
a
partir
de
uma
cabaça
de
grandes
dimensões
cortada
ao
meio,
coberta
com
pele
de
vaca.
Tem
um
braço
ao
qual
as
cordas
estão
presas
e
duas
hastes,
de
ambos
os
lados
do
braço,
que
permitem
segurar
e
equilibrar
o
instrumento.
O
intérprete
utiliza
o
polegar
e
o
indicador
de
ambas
as
mãos
para
tocar
(utilizando
os
restantes
dedos
para
segurar
o
instrumento,
pelas
duas
hastes).
1/8
2. Música
Árabe
A
música
árabe
tem
uma
longa
história
de
interação
com
muitos
outros
estilos
e
géneros
musicais
regionais.
Há
alguns
géneros
de
música
árabe
que
são
polifónicos,
mas
tipicamente,
a
música
árabe
é
homofónica
e
é
caracterizada
por
um
ênfase
na
melodia
e
ritmo,
por
oposição
à
harmonia.
O
sistema
melódico
árabe
é
baseado
nos
modos
māqam.
A
tónica,
a
dominante
e
a
nota
final
são
geralmente
determinadas
pelo
māqam
usado.
Exemplo:
Māqam
Bayāti
Al’oud
(Árabe,
Curdo
e
Sírio:
ūd;
Persa:
barbat;
Turco:
ud
ou
ut;
Somali:
cuud
ou
kaban)
Classificação
É
um
instrumento
de
cordas,
da
família
dos
cordofones.
Contexto
Geográfico
É
o
instrumento
principal
no
mundo
Árabe,
Somália
e
Djibouti,
e
tendo
um
importância
secundária
na
Turquia,
Irão,
Arménia
e
Azerbaijão.
Estrutura
e
Funcionamento
1
Caracteriza-‐se
pela
ausência
de
trastes
no
braço.
Tem
onze
cordas,
das
quais
dez
se
encontram
emparelhadas
e
a
décima
primeira
fica
sozinha.
A
2
zona
das
cravelhas
é
curvada
para
trás,
num
ângulo
entre
45
e
90
graus.
O
tampo
posterior
é
abaulado.
O
plectro
(palheta)
utilizado
para
beliscar
as
cordas,
é
normalmente
um
pouco
mais
comprido
que
um
dedo
indicador.
Darbuka
(também
chamada
derbak,
durbak,
dunbug
ou
dirbakki)
Classificação
É
um
tambor,
instrumento
de
percussão
da
família
dos
membranofones.
Contexto
Geográfico
É
tocado
por
todo
o
mundo
Árabe
e
é
considerada
um
dos
instrumentos
principais
nos
conjuntos.
Estrutura
e
Funcionamento
Pode
ser
construído
de
barro,
madeira
ou
metal,
com
uma
pele
de
cabra
ou
de
raia.
Na
darbuka
existem
dois
sons
principais:
-‐
O
primeiro
é
chamado
'doum'.
É
o
som
mais
profundo
e
grave,
produzido
percutindo
perto
do
centro
da
pele,
com
a
palma
da
mão
e
os
dedos.
-‐
O
segundo
é
chamado
de
'tek',
é
um
som
mais
agudo
e
é
produzido
percutindo
perto
da
periferia
da
pele,
com
as
pontas
dos
dedos.
1
Peças
metálicas
que
dividem
o
braço
do
instrumento
(por
exemplo
a
guitarra)
na
perpendicular,
e
que
delineiam
a
zona
de
cada
nota.
2
Peças
onde
se
prendem
as
cordas
e
com
as
quais
estas
se
afinam.
2/8
3. Música
da
Índia
Na
cultura
indiana
a
música
está
profundamente
ligada
à
religião.
As
duas
principais
tradições
da
música
clássica
indiana
são
a
carnática,
encontrada
predominantemente
nas
zonas
peninsulares,
onde
a
população
é
maioritariamente
hindu
e
a
hindustaní,
encontrada
nas
regiões
do
norte
e
centro,
onde
existe
uma
maioria
muçulmana.
Transversalmente,
a
cultura
musical
indiana
valoriza
a
justaposição
de
secções
fixas
e
secções
improvisadas.
O
sistema
melódico
indiano
baseia-‐se
nas
rāgas.
As
rāgas
são
séries
de
cinco
ou
mais
notas,
sobre
as
quais
se
constrói
a
melodia.
Estas
estão
associadas
a
diversas
alturas
do
dia
ou
com
as
estações
do
ano.
A
melodia
é
sempre
baseada
numa
rāga.
O
sistema
rítmico
é
baseado
nas
tālas.
Sitar
Classificação
É
um
instrumento
de
corda
beliscada
e
pertence
à
família
dos
cordofones.
Contexto
Geográfico
É
utilizado
em
toda
a
Índia,
mas
é
predominantemente
utilizado
na
cultura
Hindustani,
bem
como
no
Bangladeche
e
no
Paquistão.
Estrutura
e
Funcionamento
O
sitar
pode
ter
21,
22
ou
23
cordas,
6
ou
7
das
quais
são
tocadas
diretamente
e
que
se
3
encontram
sobre
os
trastes.
A
sua
ressonância
vem
de
cordas
simpáticas ,
do
seu
braço
oco
e
da
caixa-‐de-‐ressonância.
Os
trastes
arqueados
do
sitar
são
amovíveis,
permitindo
uma
afinação
pormenorizada
e
as
cordas
simpáticas
passam
por
baixo
deles.
Tabla
Classificação
É
um
instrumento
de
percussão,
pertencente
à
família
dos
membranofones.
Contexto
Geográfico
É
típico
das
zonas
norte
e
centro
da
Índia
e
também
do
Paquistão
e
Bangladeche.
Estrutura
e
Funcionamento
É
constituído
por
dois
tambores
de
tamanhos
e
timbres
diferentes.
As
técnicas
de
toque
envolvem
o
uso
dos
dedos
e
da
palma
da
mão
de
formas
diferentes,
criando
uma
grande
variedade
de
resultados
sonoros.
O
calcanhar
na
mão
é
utilizado
para
aplicar
pressão
ou
um
movimento
deslizante
no
tambor
maior
(bayan),
de
forma
a
obter
uma
alteração
de
altura.
O
tambor
mais
pequeno
é
tocado
com
a
mão
dominante
e
é
chamado
de
dayan.
É
feito
de
uma
peça
cilíndrica,
maioritariamente
de
madeira
de
teca
ou
pau-‐rosa,
oco
até
meio
da
sua
profundidade
total.
O
tambor
é
afinado
para
uma
nota
específica.
A
afinação
é
feita
através
de
pequenos
cilindros
de
madeira
(chamados
ghatta)
que
são
entalados
nas
fitas,
de
modo
facilitar
a
alteração
da
tensão
aplicada
na
pele.
O
bayan
é
tocado
com
a
outra
mão.
Este
tem
um
som
muito
mais
profundo
e
grave
e
pode
ser
feito
de
vários
metais,
sendo
o
latão
é
o
mais
comum.
3
Cordas
simpáticas
são
cordas
auxiliares
que
se
encontram
em
muitos
instrumentos
indianos.
Estas
cordas
não
são
tocadas
directamente,
elas
entram
em
vibração
espontânea
quando
certas
notas
são
tocadas
nas
outras
cordas,
de
acordo
com
o
princípio
da
ressonância
simpática.
3/8
4. Música
da
China
A
música
tradicional
da
China
é
tocada
em
instrumentos
a
solo
ou
em
grupos
de
instrumentos
de
corda
beliscadas
e
de
arco,
flautas
e
vários
pratos,
gongos
e
tambores.
Em
termos
melódicos,
tipicamente
baseia-‐se
em
escalas
pentatónicas.
A
escala
pentatónica
é
semelhante
à
escala
maior
à
qual
sejam
retirados
o
4º
e
o
7º
grau.
Exemplo
de
escala
pentatónica:
Repara
que
as
notas
Fá
e
Si,
que
fazem
parte
da
escala
de
dó
maior,
não
estão
presentes.
Qin
(também
chamado
Guqin)
Classificação
É
um
instrumento
de
cordas,
do
tipo
cítara,
da
família
dos
cordofones.
Estrutura
e
Funcionamento
O
corpo
do
instrumento
é
feito
de
madeira
de
abeto
chinês
e
as
cordas
são
de
seda
enrolada.
O
som
é
obtido
através
do
beliscar
das
cordas,
soltas
ou
afloradas
(para
soarem
os
harmónicos).
É
frequente
o
uso
do
glissando
-‐
deslizar
entre
duas
notas.
O
qin
é
capaz
de
produzir
imensos
harmónicos,
dos
quais
91
são
indicados
por
pequenos
pontos
brancos,
que
se
encontram
marcados
ao
longo
do
corpo
do
instrumento.
Tradicionalmente
o
qin
tem
5
cordas.
Informações
adicionais
De
acordo
com
a
tradição
chinesa,
as
cinco
cordas
do
qin
representam
os
cinco
elementos,
o
metal,
a
madeira,
a
água,
o
fogo
e
a
terra.
Ehru
(também
chamado
de
nanhu)
Classificação
É
um
instrumento
de
corda
friccionada,
da
família
dos
cordofones.
Estrutura
e
Funcionamento
Consiste
de
um
braço
longo,
no
cimo
do
qual
se
encontram
duas
cravelhas
e
em
baixo
tem
uma
pequena
caixa-‐de-‐ressonância,
coberta
na
parte
da
frente
com
pele
de
Pitão.
As
duas
cordas
são
presas
nas
cravelhas
e
na
base.
O
corpo
do
instrumento
é
feito
de
madeira
e
as
cordas
são
de
seda.
Um
ehru
típico
mede
81
cm
de
cima
a
baixo
e
o
comprimento
do
arco
é
também
de
81
cm.
Informações
adicionais
É
tocada
a
solo,
em
pequenos
grupos
e
em
grandes
orquestras.
4/8
5. Música
do
Japão
A
cultura
musical
japonesa
tem
muitas
influências
da
tradição
chinesa.
As
melodias
japonesas
também
se
baseiam,
frequentemente,
em
escalas
pentatónicas
(ver
apontamentos
sobre
a
música
da
China)
mas
não
só.
Em
termos
rítmicos,
a
música
japonesa
caracteriza-‐se
por
ter
muita
flexibilidade
da
pulsação.
Koto
Classificação
É
um
instrumento
de
corda
beliscada,
da
família
dos
cordofones.
Estrutura
e
Funcionamento
O
koto
tem
cerca
de
180
centímetros
de
comprimento
e
é
feito
de
madeira
de
kiri.
Tem
13
cordas
esticadas,
cada
uma
sobre
seu
cavalete.
As
cordas
são
beliscadas
com
os
dedos
polegar,
indicador
e
dedo
médio,
com
uma
espécie
de
dedais/palhetas
que
se
enfiam
nestes
três
dedos.
O
instrumentista
pode
ajustar
a
afinação
do
instrumento,
movendo
os
cavaletes
ou
obter
efeitos
diferentes
pressionando
a
corda,
no
lado
de
lá
do
cavalete.
Shakuhachi
Classificação
É
um
instrumento
de
sopro,
da
família
dos
aerofones.
Estrutura
e
Funcionamento
É
tradicionalmente
feito
de
bambu
e
possui
quatro
orifícios
na
frente
e
um
atrás.
A
produção
do
som
é
feita
soprando
rente
à
entrada
mais
estreita
do
tubo
(como
quando
de
sopra
no
gargalo
de
uma
garrafa
de
vidro).
Muita
da
subtileza
do
timbre
deste
instrumento,
bem
como
a
destreza
do
instrumentista,
está
na
riqueza
do
seu
timbre
e
na
capacidade
de
o
variar.
Informações
adicionais
O
seu
nome
significa
“1,8
Shaku”
(54
cm),
que
tem
a
ver
com
o
seu
tamanho,
shaku
é
uma
unidade
de
medida
antiga.
Este
instrumento
tem
uma
forte
conotação
espiritual.
De
acordo
com
o
budismo
Zen,
é
possível
atingir
a
iluminação
através
da
interpretação
desde
instrumento
(a
prática
do
suizen).
5/8
6. Música
da
Irlanda
A
prática
musical
está
enraizada
na
sociedade
irlandesa
e
a
maioria
das
pessoas
sabem
tocar
pelo
menos
um
instrumento,
frequentemente
ensinado
pela
família.
É
muito
comum
amigos
e/ou
familiares
juntarem-‐se
em
casa
uns
dos
outros
para
fazer
música.
Para
além
disso,
é
muito
vulgar
alguém
começar
a
cantar
uma
canção
tradicional
num
bar
ou
pub
e
acabar
o
bar
todo,
em
peso
a
cantar
em
coro.
A
música
tradicional
irlandesa
inclui
muitos
tipos
de
canções
como
drinking
songs,
ballads
e
laments.
4
Podem
ser
cantadas
a
cappella
(por
exemplo
o
canto
Sean-‐nós)
ou
com
o
acompanhamento
de
vários
instrumentos.
Uma
grande
parte
da
música
tradicional
irlandesa
serve
para
dançar.
Estas
danças
tradicionais
incluem
reels,
hornpipes
(ambos
em
compasso
4/4)
e
jigs
(os
single
jigs
e
double
jigs
são
em
compasso
6/8).
A
interpretação
musical
na
cultura
irlandesa
inclui
improvisação
através
da
ornamentação,
que
obedece
a
regras
específicas.
Uillean
Pipes
Classificação
É
uma
gaita-‐de-‐foles,
instrumento
de
sopro,
da
família
dos
aerofones.
Estrutura
e
Funcionamento
É
inflado
através
de
um
fole,
que
está
preso
à
cintura
e
ao
braço
esquerdo
do
instrumentista.
Neste
tipo
de
gaita-‐de-‐foles,
não
se
sopra
diretamente,
pelo
que
alguns
instrumentistas
conseguem
cantar
enquanto
tocam.
O
que
o
torna
único
é
seu
timbre
doce
e
o
seu
âmbito
alargado,
porque
a
ponteira
tem
duas
oitavas.
Pode
ter
várias
combinações
de
bordões
e
reguladores.
O
conjunto
completo
é
composto
por
três
bordões
e
três
reguladores
e
tem
o
nome
de
full
set.
Regra
geral
o
uillean
pipes
é
tocado
sentado.
Tin
Whistle
(também
chamado
tinwhistle,
whistle,
penny
whistle,
Irish
whistle,
feadóg
ou
feadóg
stáin)
Classificação
É
um
instrumento
de
sopro,
da
família
dos
aerofones.
Estrutura
e
Funcionamento
Pode
ter
vários
tamanhos,
ainda
que
os
mais
utilizados
sejam
os
mais
pequenos,
que
têm
um
som
muito
agudo.
São
normalmente
feitos
de
um
tubo
latão
ou
estanho,
com
seis
orifícios
e
um
bocal,
geralmente
feito
de
plástico.
4
A
cappella
significa
“como
se
faz
na
igreja”
ou
“como
se
faz
na
capela”.
No
vocabulário
musical
significa
o
canto
a
solo
ou
em
grupo,
sem
qualquer
acompanhamento
instrumental.
6/8
7. Música
da
América
Latina
A
música
tradicional
da
América
Latina
está
associada
a
duas
culturas
diferentes.
Por
um
lado
temos
a
cultura
musical
das
tribos
de
índios,
nativos
destas
zonas
geográficas.
Por
outro
temos
a
enorme
variedade
de
influências
e
estilos
criados
pela
chegada
(1492)
e
permanência
de
europeus
(colonizadores)
e
africanos
(escravos).
Para
a
música
dos
índios
é
difícil
fazer
generalizações
dada
a
enorme
variedade.
Na
utilização
de
escalas
existe
um
leque
que
vai
desde
duas
notas
até
mais
de
sete,
mas
as
mais
utilizadas
são
as
pentatónicas.
As
melodias
tendem
a
centrar-‐se
na
repetição
de
pequenas
frases.
Nos
estilos
de
influências
europeias
(particularmente
ibérica)
e
africana,
muitos
estão
ligados
à
dança,
com
movimentos
e
passos
específicos:
-‐
Rumba
é
um
estilo
musical
e
de
dança
cubano.
Tem
influências
africanas
e
espanholas.
É
bailado
do
por
um
ou
dois
dançarinos
e
interpretado
por
um
cantor
principal
e
um
coro.
-‐
Conga
é
um
estilo
cubano,
cantado
e
dançado
com
ritmo
marcado
por
tambores
e
tem
influências
africanas.
-‐
Habanera,
popular
da
Havana,
Cuba;
divide-‐se
em
duas
partes,
de
oito
compassos
cada
e
com
compasso
6/8.
Tem
origem
africana.
-‐
Tango
é
um
estilo
musical
Argentino,
com
influências
africanas
e
espanholas,
forma
binária
e
tocado
por
grupos
que
podem
conter
piano,
flauta,
violino,
guitarra
e
bandoneón
(espécie
de
acordeão).
-‐
Samba
é
um
estilo
musical
brasileiro,
com
influências
africanas.
Tem
normalmente
uma
métrica
binária
e
as
melodias
e
acompanhamentos
são
altamente
sincopados.
No
grupo
se
instrumentos
típicos
contam-‐se
a
cuíca,
bombo,
tarola,
pandeireta,
reco-‐reco
e
guaiá
(espécie
de
maraca).
Flauta
de
Pã
(também
chamada
Siku,
Zampoña
e
Antara)
Classificação
É
um
instrumento
de
sopro
e
pertence
à
família
dos
aerofones.
Contexto
Geográfico
e
Cultural
5
É
um
instrumento
dos
Andes ,
mais
especificamente
desde
a
Colômbia,
através
do
Equador,
Peru,
Bolívia,
norte
do
Chile
e
noroeste
da
Argentina,
sendo
tradicional
das
tribos
de
índios
que
aí
habitam.
Estrutura
e
Funcionamento
É
constituída
por
uma
série
tubos
de
cana
de
bambu,
presos
uns
aos
outros
e
organizados
pelo
seu
comprimento,
em
duas
filas.
Cada
tubo
produz
uma
nota,
de
acordo
com
o
seu
comprimento.
O
som
é
produzido
soprando
rente
à
entrada
do
tubo.
Afinação
As
notas
estão
distribuídas
alternadamente
entre
as
duas
filas
de
tubos.
Cuíca
Classificação
É
um
instrumento
de
percussão
e
pertence
à
família
dos
membranofones.
Contexto
Geográfico
É
um
instrumento
típico
do
Brasil.
Estrutura
e
Funcionamento
O
corpo
do
instrumento
é
geralmente
feito
de
metal
e
tem
uma
pele
esticada
sobre
uma
das
extremidades.
Tem
uma
fina
vara
de
bambu
presa
à
pele,
na
perpendicular,
do
lado
interior.
É
tocado
friccionando
a
vara
com
um
pano
molhado,
enquanto
o
polegar
da
outra
mão
pressiona
a
pele,
junto
ao
local
onde
a
vara
está
presa.
Contexto
Musical
A
cuíca
tem
um
papel
muito
importante
na
instrumentação
do
Samba.
5
Andes
–
extensa
cadeia
montanhosa,
localizada
ao
longo
da
costa
oeste
da
América
do
Sul;
atravessa
todo
o
continente
sul-‐americano
desde
a
Venezuela,
passando
pelo
Chile,
Argentina,
Peru,
Bolívia,
Equador,
Colômbia,
até
à
Patagónia.
7/8
8. Música
e
Tecnologias
A
propagação
do
som
A
influência
do
estado
físico
do
meio
As
ondas
sonoras
propagam-‐se
pela
passagem
da
vibração
de
umas
partículas
para
as
outras.
Quanto
mais
próximas
estiverem
as
partículas,
umas
das
outras,
mais
depressa
o
som
se
propaga.
Em
qual
dos
três
estados
da
matéria
é
que
as
partículas
estão
mais
juntas?
Então,
o
som
propaga-‐se
mais
rapidamente
no
meio
sólido
do
que
no
líquido
e
propaga-‐
se
mais
rapidamente
no
meio
líquido
do
que
no
gasoso.
A
influência
da
temperatura
Quanto
mais
elevada
a
temperatura,
maior
a
velocidade
de
propagação
do
som.
Isto
sucede
pois
as
partículas
entram
a
vibração
mais
facilmente
quanto
mais
elevada
for
a
temperatura.
Vácuo
O
vácuo
é
a
ausência
de
partículas.
Uma
vez
que
o
som
é
vibração,
que
se
propaga
pela
transmissão
dessa
vibração
de
umas
partículas
para
as
outras,
no
vácuo
o
som
não
se
propaga.
Noção
de
altura
e
intensidade
do
som
1. Quanto
mais
rápida
for
a
vibração,
ou
seja,
quanto
mais
frequente,
mais
agudo
é
o
som.
2. Quanto
mais
ampla
for
a
vibração,
mais
forte
é
o
som.
Altura/Frequência
Quanto
mais
frequência
tiver
um
som,
mais
alto/agudo
ele
é.
A
frequência
mede-‐se
em
Hertz
(Hz).
1
Hz
=
1
ciclo
por
segundo
1
ciclo
Quanto
mais
ciclos
por
segundo
(Hz)
tiver
uma
onda
sonora,
mais
agudo
é
o
som.
O
diapasão,
com
o
qual
foram
feitas
as
experiências,
produz
uma
onda
sonora
com
440
Hz
e
corresponde
ao
Lá4.
55
Hz
Lá1
110
Hz
Lá2
220
Hz
Lá3
440
Hz
Lá4
880
Hz
Lá5
Os
seres
humanos
só
conseguem
ouvir,
aproximadamente,
sons
entre
os
20
Hz
e
os
20000
Hz.
Os
cães
ouvem
entre
os
67
Hz
e
os
45’000
Hz.
A
espécie
jamaicana
de
morcegos
ouve
entre
os
2’800
Hz
e
os
131’000
Hz.
8/8
9. Infrassons
–
sons
de
frequência
inferior
a
31
Hz.
Ultrassons
–
sons
de
frequência
superior
a
17’600
Hz.
A
1
s
B
1
s
A
onda
A
tem
2
Hz
e
a
onda
B
tem
4
Hz.
O
som
da
onda
A
é
mais
grave
do
que
o
som
da
onda
B.
Intensidade/Amplitude
Quanto
mais
amplitude
tiver
a
onda
sonora,
mais
forte
é
o
som.
A
intensidade
sonora
mede-‐se
em
decibéis
(dB).
Quanto
mais
decibéis
tiver
um
som,
mais
forte
ele
é.
A
Amplitude
1
s
B
Amplitude
1
s
O
som
da
onda
A
é
mais
fraco
que
o
som
da
onda
B,
porque
a
onda
A
tem
menos
amplitude.
Exemplos:
Sussurrar
30
dB
Conversa
normal
60-‐70
dB
Nível
em
que
a
exposição
mais
longa
pode
resultar
em
perda
de
audição
90-‐95
dB
Limiar
da
dor
125
dB
Nível
em
que
a
exposição
(mesmo
curta)
pode
provocar
danos
permanentes
140
dB
Nas
ondas
sonoras...
A
frequência
da
onda
faz
com
que
o
som
seja
agudo
ou
grave.
A
amplitude
da
onda
faz
com
que
o
som
seja
forte
ou
fraco.
9/8
10. Cuidados
a
ter
com
os
ouvidos
-‐
Não
frequentar
demasiadas
vezes
as
discotecas
(+/-‐
120dB).
-‐
Controlar
a
intensidade
do
som
nas
aparelhagens
sonoras.
-‐
Evitar
o
uso
de
auscultadores,
uma
vez
que
a
saída
do
som
está
em
contacto
direto
com
o
ouvido.
-‐
Usar
protetores
sempre
que
se
estiver
exposto
a
sons
superiores
a
85
dB.
ATENÇÃO
O
ser
humano
tem
cerca
de
15’000
células
auditivas.
Como
estas
não
se
renovam,
corremos
o
risco
de
ir
perdendo
capacidade
auditiva
e,
se
as
agressões
sonoras
continuarem,
poderá
ocorrer
mesmo
a
perda
total
da
audição.
BREVE
HISTÓRIA
DO
REGISTO
FONOGRÁFICO
1877
–
Fonógrafo
de
Edison
• Passou
a
ser
possível
gravar
o
som
num
tambor
cilíndrico
giratório,
coberto
de
folha
de
estanho.
• Capacidade
–
1
minuto.
• Cada
cilindro
só
podia
ser
utilizado
3
a
4
vezes.
1887
–
Gramofone
• Emile
Berliner
substituiu
o
cilindro
do
fonógrafo
por
um
disco
plano.
• O
gramofone
trabalhava
com
um
motor
de
corda.
1896
–
Início
da
comercialização
dos
discos
para
gramofone.
• Inicialmente
eram
feitos
de
metal
ou
vidro
envernizado.
• Mediam
17
cm
de
diâmetro.
• Rodavam
a
uma
velocidade
de
78
r.p.m.
Rotações
por
minuto
• Capacidade
–
2
a
4
minutos.
1897
–
Início
da
utilização
da
baquelite
no
fabrico
dos
discos.
1899
–
Início
do
processo
magnético
de
gravação
do
som
–
Fita
magnética.
• Possibilita
a
realização
de
cortes,
montagens,
correções,
etc.,
nas
gravações.
1920
–
Primeira
gravação
elétrica,
oficial
do
som.
1926
–
Os
discos
passam
de
28
para
30
cm
de
diâmetro.
• Rodavam
a
uma
velocidade
de
33
r.p.m.
• Capacidade
–
4
minutos
em
cada
face.
Finais
da
década
de
1920
–
Surge
o
gira-‐discos.
1931
–
Discos
de
longa
duração
–
LP
(Long
Playing)
• Fabricados
em
resina
sintética.
• Duração
–
25
a
30
minutos
em
cada
face.
• Rodavam
a
33
r.p.m.
• Também
conhecidos
por
discos
de
vinil.
10/8
11.
1935
–
Lançamento,
pela
AEG,
do
magnetofone
no
mercado.
1947
–
Lançamento
no
mercado
do
disco
de
longa
duração
–
LP.
1949
–
Lançamento
pela
RCA
Victor
lança
o
disco
de
45
r.p.m.
–
Single.
• Material
–
Resina
sintética.
• Capacidade
–
cerca
de
7
minutos
em
cada
face.
• Diâmetro
–
17
cm.
1957
–
Aparecimento
dos
discos
estereofónicos.
1963
–
Apresentação
da
cassete,
pela
Philips,
em
Berlim
(Alemanha).
1979
–
Aparecimento
do
disco
compacto
–
CD,
com
12
cm
de
diâmetro.
1982
–
Lançamento
comercial
do
CD
pela
Philips
e
pela
Sony.
11/8