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Ficha e verificação de leitura – acto 1 O 1º acto deste texto dramático é constituído por um total de seis cenas. As cenas têm lugar em Helíria no Palácio do rei Leandro, principalmente no jardim e na sala de banquetes. Logo no inicio, o rei fala com o Bobo e no seu discurso mostra-se atormentado com o sonho que teve, pois considera que se trata de um recado dos Deuses. Na 2ºcena, ficamos a conhecer duas das suas filhas: Amarílis e Hortênsia. Estas mostram-se, desde logo, interesseiras e falsas e terminam a cena envolvendo-se numa grande confusão e insultando-se mutuamente. Na 3ºcena, surge Violeta, atraída por toda aquela barulheira infernal, mas as irmãs dão o assunto por encerrado e pedem-lhe que não se metas, porque são coisas de gente crescida. Seguidamente na 4ºcena surgem os noivos de Amarílis e Hortênsia com o objectivo de marcar os casamentos. O noivo de Amarílis, o Príncipe Felizardo, é do tipo gabarolas, fanfarrão e só pensa no seu dinheiro; O noivo de Hortênsia, o Príncipe Simplício é muito simples, vive na sombra do noivo de Amarílis e apresenta um vocabulário tão simples, que a única frase que profere sem conta é: «Tiraste-me as palavras da boca». O Rei decide comemorar os casamentos das filhas, no dia seguinte com uma grande festa no Palácio. Na cena 5, Violeta caminha só pelo jardim, quando é surpreendida pelo Príncipe Reginaldo, o seu pretendente. Violeta revela o seu sonho ao futuro noivo e diz-lhe que é um mau pressentimento. Sobre o casamento de ambos decidem falar após os festejos do casamento das irmãs.  A cena 6, é apenas o relato dos preparativos para o banquete real.    A 7ºcena é bastante esclarecedora, no que diz respeito ao carácter dos três príncipes, uma vez que os noivos de Amarílis e Hortênsia se mostram apenas preocupadas com a riqueza que irão proporcionar às noivas, enquanto o futuro noivo de Violeta diz ser o rico se todos por ter o amor de Violeta. Nas cenas 8 e 9, o discurso entre as três irmãs sobre o seu futuro, também nos deixa perceber que Amarílis e Hortênsia apenas estão interessadas na riqueza dos noivos, não se ralando, a primeira com a elegância da linguagem do noivo e a segunda com o facto de o noivo ser de tão poucas palavras. A 10ªcena, é umas das mais longas e remete-nos para o interior do palácio, onde irá decorrer a festa de noivado. Esta cena é de grande importância, porque o Rei decide, finalmente, revelar o conteúdo do seu sonho, dizendo que viu o seu manto ser levado pelo vento, a coroa ser arrastada pela fúria das águas e o seu ceptro arrancado pelas forças invisíveis. Na opinião do Rei, os sonhos querem que ele deixe de reinar, por estar velho de mais e não conseguir zelar pelos seus súbditos. O Bobo tem opinião diferente e diz, de forma cómica que «os deuses devem estar loucos!». O Rei anuncia então a sua decisão de entregar o seu reino à filha que demonstrar mais amor por si. Uma a uma, as filhas ajoelham-se diante o pai para manifestarem os seus sentimentos: Amarílis diz «quero-vos mais do que ao sol» Hortênsia diz: «quero-vos mais do que ao ar que respiro e, por último, Violeta, que diz: «Preciso de vós como «a comida precisa do sal». O Rei fica furioso por tal comparação de Violeta e diz-lhe que nunca mais a quer ver. Na cena 11, o Rei manda chamar o escravidão para redigir um documento no qual refere que a partir daquele dia ninguém ouse prenunciar nome de Violeta, que esta seja banida do reino e nunca mais se plantam violetas no seu jardim.  O príncipe Reginaldo assegura ao Rei que esta irá, mas não estará só, pois irão casar e viverem felizes no seu reino. O Rei decide então que o seu reino ficará para as suas outras filhas, dividindo-o em duas partes: Amarílis governará o Norte (pomares, vinhas, pastagens…) e Hortênsia governará o Sul (minas de ferro, cobre, estanho…). Quanto ao Rei viverá 6 meses em cada reino e ficará apenas com o seu fiel Bobo, dispensando o restante. Esta última cena termina com a crueldade das duas irmãs, que discutem sobre quem irá ser a primeira a « aturar o velho». Ficha de verificação da Leitura acto – 2
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