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História – Módulo 14
Manifesto do Partido Comunista
Manifesto do Partido Comunista
Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo. Todas as
potências da velha Europa uniram-se numa santa caçada a esse espectro: o
papa e o czar, Metternich e Guizot, radicais franceses e policiais alemães. [...]
Os comunistas lutam para alcançar os interesses e objetivos imediatos
da classe operária, mas no movimento presente representam ao mesmo tempo
o futuro do movimento. Na França, os comunistas aliam-se ao partido
democrático socialista contra a burguesia conservadora e radical, sem, no
entanto, renunciar ao direito de criticar a fraseologia e as ilusões legadas pela
tradição revolucionária.
Na Suíça, apoiam os radicais, sem desconhecer que esse partido é
formado por elementos contraditórios, metade socialistas democráticos no
sentido francês da palavra, metade burgueses radicais.
Entre os poloneses, os comunistas apoiam o partido que vê numa
revolução agrária a condição da libertação nacional, o partido que
desencadeou a insurreição de Cracóvia em 1846.
Na Alemanha, o partido comunista luta junto com a burguesia sempre
que ela assume uma posição revolucionária, contra a monarquia absoluta, a
propriedade fundiária e a pequena burguesia.
Mas em momento algum o partido comunista cessa de desenvolver nos
operários uma consciência tão clara quanto possível do antagonismo hostil
existente entre burguesia e proletariado, para que os operários alemães
saibam converter as condições políticas e sociais que a burguesia deve
necessariamente criar com a sua dominação, em outras tantas armas contra a
burguesia, a fim de que, imediatamente após terem sido destruídas as classes
reacionárias da Alemanha, possa começar a luta contra a própria burguesia.
História – Módulo 14
Manifesto do Partido Comunista
É sobretudo para a Alemanha que se volta a atenção dos comunistas,
porque a Alemanha se encontra na véspera de uma revolução burguesa,
porque ela levará a cabo esta revolução nas condições mais avançadas da
civilização europeia e com um proletariado infinitamente mais desenvolvido do
que a Inglaterra no século XVII e a França no século XVIII, e, porque, por
conseguinte, a revolução burguesa alemã não poderá deixar de ser o prelúdio
imediato de uma revolução proletária. Numa palavra, em todas as partes os
comunistas apoiam todo movimento revolucionário contra as condições sociais
e políticas existentes.
Em todos esses movimentos, põem em destaque como questão
fundamental do movimento a questão da propriedade, tenha ela alcançado ou
não uma forma mais desenvolvida.
Finalmente, em todas as partes os comunistas trabalham pela união e
pelo entendimento entre os partidos democráticos de todos os países.
Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e suas intenções.
Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a
derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente. Que as classes
dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada
têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos!
(MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes,
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  • 1. História – Módulo 14 Manifesto do Partido Comunista Manifesto do Partido Comunista Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa uniram-se numa santa caçada a esse espectro: o papa e o czar, Metternich e Guizot, radicais franceses e policiais alemães. [...] Os comunistas lutam para alcançar os interesses e objetivos imediatos da classe operária, mas no movimento presente representam ao mesmo tempo o futuro do movimento. Na França, os comunistas aliam-se ao partido democrático socialista contra a burguesia conservadora e radical, sem, no entanto, renunciar ao direito de criticar a fraseologia e as ilusões legadas pela tradição revolucionária. Na Suíça, apoiam os radicais, sem desconhecer que esse partido é formado por elementos contraditórios, metade socialistas democráticos no sentido francês da palavra, metade burgueses radicais. Entre os poloneses, os comunistas apoiam o partido que vê numa revolução agrária a condição da libertação nacional, o partido que desencadeou a insurreição de Cracóvia em 1846. Na Alemanha, o partido comunista luta junto com a burguesia sempre que ela assume uma posição revolucionária, contra a monarquia absoluta, a propriedade fundiária e a pequena burguesia. Mas em momento algum o partido comunista cessa de desenvolver nos operários uma consciência tão clara quanto possível do antagonismo hostil existente entre burguesia e proletariado, para que os operários alemães saibam converter as condições políticas e sociais que a burguesia deve necessariamente criar com a sua dominação, em outras tantas armas contra a burguesia, a fim de que, imediatamente após terem sido destruídas as classes reacionárias da Alemanha, possa começar a luta contra a própria burguesia.
  • 2. História – Módulo 14 Manifesto do Partido Comunista É sobretudo para a Alemanha que se volta a atenção dos comunistas, porque a Alemanha se encontra na véspera de uma revolução burguesa, porque ela levará a cabo esta revolução nas condições mais avançadas da civilização europeia e com um proletariado infinitamente mais desenvolvido do que a Inglaterra no século XVII e a França no século XVIII, e, porque, por conseguinte, a revolução burguesa alemã não poderá deixar de ser o prelúdio imediato de uma revolução proletária. Numa palavra, em todas as partes os comunistas apoiam todo movimento revolucionário contra as condições sociais e políticas existentes. Em todos esses movimentos, põem em destaque como questão fundamental do movimento a questão da propriedade, tenha ela alcançado ou não uma forma mais desenvolvida. Finalmente, em todas as partes os comunistas trabalham pela união e pelo entendimento entre os partidos democráticos de todos os países. Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e suas intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos! (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 1988. Excertos.)