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E STA D O D E M I N A S    ●     T E R Ç A - F E I R A ,           1 9    D E     J U N H O      D E     2 0 1 2



   4                                                                                               POLÍTICA




Dilma Rousseff explica no depoimento ao Conselho de Direitos Humanos em 2001 como
variavam as formas de castigo nos porões de Minas, São Paulo e Rio, onde ela ficou presa




                                                                 Fac-símile de trechos do depoimento de Dilma, comparando a repressão nos estados




             SANDRA KIEFER
                                                   Os sotaques                                                                                                                       três estados . No Rio de Janeiro, levei




N
                                                                                                                                                                                     um ano e um mês (de prisão), por ter




                                                    da tortura
                 o depoimento pessoal                                                                                                                                                militado oito meses. Em Minas, levei
                 prestado à jovem equi-                                                                                                                                              um ano, por cinco anos de militância.
                 pe do Conselho de Di-                                                                                                                                               Por que isso?”, pergunta Dilma, peran-
                 reitos Humanos de Mi-                                                                                                                                               te a jovem equipe do Conedh-MG, en-
                 nas Gerais (Conedh-                                                                                                                                                 viada ao Rio Grande do Sul em 2001, na
                 MG), há uma década,                                                                                                                                                 intenção de tentar convencer a então
Dilma Rousseff teve paciência de com-                                                                                                                                                secretária das Minas e Energia, entre
parar os tipos de tortura e as condições                                                                                                                                             seis outros militantes políticos, a pres-
a que foi submetida nos cárceres onde                                                                                                                                                tar depoimento no processo mineiro.
ficou em Minas Gerais, Rio de Janeiro e                                                                                                                                                  Dilma foi condenada a um ano de
São Paulo, por dois anos e 10 meses, en-                                                                                                                                             prisão no Inquérito Policial Militar
tre 1970 e 1972, durante a ditadura ver-    seguia ficar em pé no chão. Tive de ser      das as mulheres presas no Tiradentes             mente. O delegado Fleury tinha gran-       (IPM) em Minas, pelo artigo 36 (perten-
de-oliva no Brasil. Segundo pincelou        carregada no colo pelo meu tortura-          sabiam que (eu) estava presa: uma,               de poder, que perdeu, depois, para os      cer a organização de luta armada), e a
Dilma, dentro da Penitenciária Barão        dor, o tenente Marcelo (Araújo Pai-          por exemplo, Maria Celeste Martins…”,            militares”, disse. Em Minas, segundo a     um ano e um mês no do Rio. Segundo
de Mesquita, no Rio, ninguém via nin-       xão), com a cabeça apoiada no ombro          relata. A amiga citada nominalmente              presidente, eles trabalhavam em con-       o livro A vida quer é coragem, lançado
guém. “Havia um buraquinho, na por-         dele. Tive ódio de mim nesse dia”, de-       pela presidente faria companhia a Dil-           junto. Ela completa a distinção entre      em janeiro, contando a trajetória de
ta, por onde se acendia cigarro”, contou.   sabafa Emely, que chega a ter pesade-        ma na chamada Torre das Donzelas,                as forças da repressão dos três estados:   Dilma Rousseff, a primeira presidente
O procedimento carioca era semelhan-        los até hoje com este episódio. É o          onde eram abrigadas as presas políti-            “O processo de subordinação da Polí-       do Brasil, o jornalista mineiro Ricardo
te ao mineiro: ela ficava sempre sozi-      mais marcante pinçado de sua longa           cas no Presídio Tiradentes, mais tarde           cia Civil pelo Exército não tinha se       Batista Amaral revela que, “em São
nha, sendo colocada em uma solitária        temporada de quase dois anos na pri-         demolido em São Paulo.                           completado. Já no RJ estava completa-      Paulo, o juiz auditor carregou a mão na
em Juiz de Fora. “Muitas vezes usavam       são, só que no Dops, em BH.                      Outra característica “marcante”, se-         mente alijada a PC: era a Marinha,         denúncia – chamou Dilma de “papisa
em mim palmatória. Usaram em mim               Em São Paulo, a vida nas masmor-          gundo adjetivo empregado na época                Exército e Aeronáutica”.                   da subversão”, “uma das molas mes-
muita palmatória. Em São Paulo, usa-        ras também não era fácil. Pelo menos,        por Dilma, dos interrogatórios de Mi-                                                       tras e um dos cérebros dos esquemas
ram pouco esse método”, explicou.           a então subversiva Dilma tinha a com-        nas é que não eram feitos por milita-            NÚMEROS Como velha e boa militan-          revolucionários postos em prática pe-
    Contemporânea de militância estu-       panhia das outras presas políticas, que      res. Os militares apenas acompanha-              te, em determinado trecho de seu de-       las esquerdas radicais” – e obteve a pe-
dantil de Dilma (codinome Estela) em        dividiam a ala. “Na Oban (Operação           vam. A presidente prossegue: “Em SP,             poimento pessoal, Dilma passa a ques-      na máxima: quatro anos. Em novem-
Belo Horizonte, mas de vertente opos-       Bandeirantes, que mais tarde passaria        era diferente, os militares interroga-           tionar os termos de sua própria conde-     bro de 1972, o Superior Tribunal Mili-
ta, ligada aos movimentos sociais da        a se chamar Doi-Codi), as mulheres fi-       vam e o Dops acompanhava. Em SP,                 nação. Com calo de ativista, Dilma sub-    tar (STM) reavaliou os processos, fixou
Igreja Católica, como a Pastoral de Di-     cavam junto às celas de tortura”, expli-     chegou a ponto da Oban invadir o                 verte os números, questionando a ló-       a pena total em dois anos e um mês e
reitos Humanos, a psicóloga Emely Sa-       ca Dilma em outro trecho do depoi-           Dops. Durante um certo tempo, quem               gica dos militares. “Tive participação     determinou a soltura da ré. Quando
lazar, de 74, confirma o uso da palma-      mento, publicado com exclusividade           controlou a repressão foi a Polícia Ci-          política em três estados: comecei em       desceu a Torre das Donzelas, Dilma ti-
tória em Minas. “Um dia levei tanta,        pelo Estado de Minas, desde domin-           vil, através dos Dops. Na minha época,           Minas Gerais 90% da minha militância.      nha completado dois anos e 10 meses
tanta palmatória, que meus pés e            go. O mesmo ocorria, segundo a presi-        o Dops era muito forte e os órgãos mi-           Só no último ano ficaria a metade (do      no cárcere. No saldo, nove meses além
mãos viraram uma bola. Eu não con-          dente, em outro presídio paulista. “To-      litares se encaixavam subordinada-               tempo) no Rio e SP. Fui condenada nos      da pena imposta pelo tribunal militar.

                                                                                                                                                                                                          LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS




                                                   Anos mais tarde, cheguei a encontrar com o tenente Marcelo
                                                  (Paixão Araújo – que a torturou) em uma festa de casamento.
                                                 Comecei a chorar e não acreditei que estava respirando o mesmo
                                                    ar que ele. Cheguei perto dele e perguntei: ‘Lembra de mim,
                                                   tenente Marcelo?’ Ele fez que não sabia e eu emendei: ‘Quem
                                                        bate, esquece. Quem apanha, não esquece jamais.’”
                                                                          ❚ Emely Salazar, psicóloga, militante estudantil no período da ditadura




Quando Dilma era só mais uma vítima
                                                                                                                                          assinatura não inviabilizou a indeniza-    res.“Anosmaistarde,chegueiaencontrar
                                                                                                                                          ção de R$ 30 mil a Dilma, que receberia    com o tenente Marcelo (Paixão Araújo)
                                                                                                                                          a quantia em março de 2002.                em uma festa de casamento. Comecei a
                                                                                                                                             “Quem entrou com o pedido de inde-      chorar e não acreditei que estava respi-
   Aos 74 anos, Emely Salazar perma-        cesso de Dilma, entre dezenas de ca-         sonhava ser eleita presidente do Brasil.         nização dentro do prazo teve direito a     rando o mesmo ar que ele. Meu marido
nece até hoje na ativa na Faculdade         sos analisados por ela.                         “Tinha de esquecer de assinar logo o          abrir processo. No meio da trabalheira,    (que morreu há 10 anos, de um câncer)
de Medicina da UFMG, onde era mais              “Da turma de esquerda presa naque-       processo da presidente? Só podia ser a           ainda tivemos de convencer os colegas a    memandouficarquieta.Masnãoaguen-
forte a militância política mineira.        la época, quase ninguém conhecia Dil-        Emely”, brinca o filósofo Robson Sávio,          fazer o pedido. Muitos estavam desiludi-   tei.Chegueipertodeleeperguntei:‘Lem-
Ela chegou a ficar quase dois anos          ma. Ela era a namorada do Galeno (jor-       hoje professor da PUC Minas e respon-            dos ou ficavam com medo de falar e de      brademim,tenenteMarcelo?’Elefezque
presa na carceragem do Dops de BH.          nalista Cláudio Galeno Lobato), que sai-     sável na época por colher o depoimento           aquilo virar contra eles. Quer saber?      não sabia e eu emendei: ‘Quem bate, es-
Décadas mais tarde, convidada a pre-        ria do país no sequestro do avião para       de Dilma Rousseff. “Na verdade, todos            Quem sofreu tortura não acredita mais      quece. Quem apanha, não esquece ja-
sidir a Comissão Especial das Vítimas       Cuba e mora hoje na Nicarágua). Ele foi      os ex-militantes tinham a mesma im-              napossibilidadedereparaçãodoEstado”,       mais.Osenhorjácontouparasuafamília
de Minas Gerais (Ceivt-MG), em 2001,        preso ao mudar para o Rio”, justifica        portância histórica. Nosso trabalho não          desabafa Emely. Ela e o então namorado     que foi torturador na ditadura?’”, revela
Emely deu pouca atenção ao proces-          Emely. Além disso, na época Dilma era        era identificar celebridades, mas sim as         de 22 anos, o médico Herculano Mourão      emocionada Emely, que parece uma gi-
so de Dilma. Para se ter uma ideia,         apenas secretária das Minas e Energia no     verdadeiras vítimas da ditadura”, pon-           Salazar, que mais tarde se tornaria seu    gante do alto de pouco mais de um me-
Emely esqueceu-se de assinar o pro-         Rio Grande do Sul, filiada ao PDT, nem       tua Robson, lembrando que a falta da             marido,sofreramnasmãosdetorturado-         tro e meio de altura. (SK)

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Quando Dilma era só mais uma vítima

  • 1. E STA D O D E M I N A S ● T E R Ç A - F E I R A , 1 9 D E J U N H O D E 2 0 1 2 4 POLÍTICA Dilma Rousseff explica no depoimento ao Conselho de Direitos Humanos em 2001 como variavam as formas de castigo nos porões de Minas, São Paulo e Rio, onde ela ficou presa Fac-símile de trechos do depoimento de Dilma, comparando a repressão nos estados SANDRA KIEFER Os sotaques três estados . No Rio de Janeiro, levei N um ano e um mês (de prisão), por ter da tortura o depoimento pessoal militado oito meses. Em Minas, levei prestado à jovem equi- um ano, por cinco anos de militância. pe do Conselho de Di- Por que isso?”, pergunta Dilma, peran- reitos Humanos de Mi- te a jovem equipe do Conedh-MG, en- nas Gerais (Conedh- viada ao Rio Grande do Sul em 2001, na MG), há uma década, intenção de tentar convencer a então Dilma Rousseff teve paciência de com- secretária das Minas e Energia, entre parar os tipos de tortura e as condições seis outros militantes políticos, a pres- a que foi submetida nos cárceres onde tar depoimento no processo mineiro. ficou em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Dilma foi condenada a um ano de São Paulo, por dois anos e 10 meses, en- prisão no Inquérito Policial Militar tre 1970 e 1972, durante a ditadura ver- seguia ficar em pé no chão. Tive de ser das as mulheres presas no Tiradentes mente. O delegado Fleury tinha gran- (IPM) em Minas, pelo artigo 36 (perten- de-oliva no Brasil. Segundo pincelou carregada no colo pelo meu tortura- sabiam que (eu) estava presa: uma, de poder, que perdeu, depois, para os cer a organização de luta armada), e a Dilma, dentro da Penitenciária Barão dor, o tenente Marcelo (Araújo Pai- por exemplo, Maria Celeste Martins…”, militares”, disse. Em Minas, segundo a um ano e um mês no do Rio. Segundo de Mesquita, no Rio, ninguém via nin- xão), com a cabeça apoiada no ombro relata. A amiga citada nominalmente presidente, eles trabalhavam em con- o livro A vida quer é coragem, lançado guém. “Havia um buraquinho, na por- dele. Tive ódio de mim nesse dia”, de- pela presidente faria companhia a Dil- junto. Ela completa a distinção entre em janeiro, contando a trajetória de ta, por onde se acendia cigarro”, contou. sabafa Emely, que chega a ter pesade- ma na chamada Torre das Donzelas, as forças da repressão dos três estados: Dilma Rousseff, a primeira presidente O procedimento carioca era semelhan- los até hoje com este episódio. É o onde eram abrigadas as presas políti- “O processo de subordinação da Polí- do Brasil, o jornalista mineiro Ricardo te ao mineiro: ela ficava sempre sozi- mais marcante pinçado de sua longa cas no Presídio Tiradentes, mais tarde cia Civil pelo Exército não tinha se Batista Amaral revela que, “em São nha, sendo colocada em uma solitária temporada de quase dois anos na pri- demolido em São Paulo. completado. Já no RJ estava completa- Paulo, o juiz auditor carregou a mão na em Juiz de Fora. “Muitas vezes usavam são, só que no Dops, em BH. Outra característica “marcante”, se- mente alijada a PC: era a Marinha, denúncia – chamou Dilma de “papisa em mim palmatória. Usaram em mim Em São Paulo, a vida nas masmor- gundo adjetivo empregado na época Exército e Aeronáutica”. da subversão”, “uma das molas mes- muita palmatória. Em São Paulo, usa- ras também não era fácil. Pelo menos, por Dilma, dos interrogatórios de Mi- tras e um dos cérebros dos esquemas ram pouco esse método”, explicou. a então subversiva Dilma tinha a com- nas é que não eram feitos por milita- NÚMEROS Como velha e boa militan- revolucionários postos em prática pe- Contemporânea de militância estu- panhia das outras presas políticas, que res. Os militares apenas acompanha- te, em determinado trecho de seu de- las esquerdas radicais” – e obteve a pe- dantil de Dilma (codinome Estela) em dividiam a ala. “Na Oban (Operação vam. A presidente prossegue: “Em SP, poimento pessoal, Dilma passa a ques- na máxima: quatro anos. Em novem- Belo Horizonte, mas de vertente opos- Bandeirantes, que mais tarde passaria era diferente, os militares interroga- tionar os termos de sua própria conde- bro de 1972, o Superior Tribunal Mili- ta, ligada aos movimentos sociais da a se chamar Doi-Codi), as mulheres fi- vam e o Dops acompanhava. Em SP, nação. Com calo de ativista, Dilma sub- tar (STM) reavaliou os processos, fixou Igreja Católica, como a Pastoral de Di- cavam junto às celas de tortura”, expli- chegou a ponto da Oban invadir o verte os números, questionando a ló- a pena total em dois anos e um mês e reitos Humanos, a psicóloga Emely Sa- ca Dilma em outro trecho do depoi- Dops. Durante um certo tempo, quem gica dos militares. “Tive participação determinou a soltura da ré. Quando lazar, de 74, confirma o uso da palma- mento, publicado com exclusividade controlou a repressão foi a Polícia Ci- política em três estados: comecei em desceu a Torre das Donzelas, Dilma ti- tória em Minas. “Um dia levei tanta, pelo Estado de Minas, desde domin- vil, através dos Dops. Na minha época, Minas Gerais 90% da minha militância. nha completado dois anos e 10 meses tanta palmatória, que meus pés e go. O mesmo ocorria, segundo a presi- o Dops era muito forte e os órgãos mi- Só no último ano ficaria a metade (do no cárcere. No saldo, nove meses além mãos viraram uma bola. Eu não con- dente, em outro presídio paulista. “To- litares se encaixavam subordinada- tempo) no Rio e SP. Fui condenada nos da pena imposta pelo tribunal militar. LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS Anos mais tarde, cheguei a encontrar com o tenente Marcelo (Paixão Araújo – que a torturou) em uma festa de casamento. Comecei a chorar e não acreditei que estava respirando o mesmo ar que ele. Cheguei perto dele e perguntei: ‘Lembra de mim, tenente Marcelo?’ Ele fez que não sabia e eu emendei: ‘Quem bate, esquece. Quem apanha, não esquece jamais.’” ❚ Emely Salazar, psicóloga, militante estudantil no período da ditadura Quando Dilma era só mais uma vítima assinatura não inviabilizou a indeniza- res.“Anosmaistarde,chegueiaencontrar ção de R$ 30 mil a Dilma, que receberia com o tenente Marcelo (Paixão Araújo) a quantia em março de 2002. em uma festa de casamento. Comecei a “Quem entrou com o pedido de inde- chorar e não acreditei que estava respi- Aos 74 anos, Emely Salazar perma- cesso de Dilma, entre dezenas de ca- sonhava ser eleita presidente do Brasil. nização dentro do prazo teve direito a rando o mesmo ar que ele. Meu marido nece até hoje na ativa na Faculdade sos analisados por ela. “Tinha de esquecer de assinar logo o abrir processo. No meio da trabalheira, (que morreu há 10 anos, de um câncer) de Medicina da UFMG, onde era mais “Da turma de esquerda presa naque- processo da presidente? Só podia ser a ainda tivemos de convencer os colegas a memandouficarquieta.Masnãoaguen- forte a militância política mineira. la época, quase ninguém conhecia Dil- Emely”, brinca o filósofo Robson Sávio, fazer o pedido. Muitos estavam desiludi- tei.Chegueipertodeleeperguntei:‘Lem- Ela chegou a ficar quase dois anos ma. Ela era a namorada do Galeno (jor- hoje professor da PUC Minas e respon- dos ou ficavam com medo de falar e de brademim,tenenteMarcelo?’Elefezque presa na carceragem do Dops de BH. nalista Cláudio Galeno Lobato), que sai- sável na época por colher o depoimento aquilo virar contra eles. Quer saber? não sabia e eu emendei: ‘Quem bate, es- Décadas mais tarde, convidada a pre- ria do país no sequestro do avião para de Dilma Rousseff. “Na verdade, todos Quem sofreu tortura não acredita mais quece. Quem apanha, não esquece ja- sidir a Comissão Especial das Vítimas Cuba e mora hoje na Nicarágua). Ele foi os ex-militantes tinham a mesma im- napossibilidadedereparaçãodoEstado”, mais.Osenhorjácontouparasuafamília de Minas Gerais (Ceivt-MG), em 2001, preso ao mudar para o Rio”, justifica portância histórica. Nosso trabalho não desabafa Emely. Ela e o então namorado que foi torturador na ditadura?’”, revela Emely deu pouca atenção ao proces- Emely. Além disso, na época Dilma era era identificar celebridades, mas sim as de 22 anos, o médico Herculano Mourão emocionada Emely, que parece uma gi- so de Dilma. Para se ter uma ideia, apenas secretária das Minas e Energia no verdadeiras vítimas da ditadura”, pon- Salazar, que mais tarde se tornaria seu gante do alto de pouco mais de um me- Emely esqueceu-se de assinar o pro- Rio Grande do Sul, filiada ao PDT, nem tua Robson, lembrando que a falta da marido,sofreramnasmãosdetorturado- tro e meio de altura. (SK)