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AULAS DE DANÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO ESPECTRO 
AUTISTA: O OLHAR DOS PAIS. 
ARRIECHE, Luana Echevenguá. SOUZA, Ana Teresa Garcia de. WOLFF, Silvia 
Susana 
SANTOS, Eleonora C. da Motta. 
Luana_arrieche@hotmail.com 
Iniciação Científica. 
Dança e autismo. 
Palavra Chave: Dança. Autismo. Dançaterapia. 
1.Introdução: A presente pesquisa foi realizada em cima de dados coletados no 
Núcleo de Neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina da Universidade 
Federal de Pelotas, cidade que apresenta um alto índice de autismo e onde 
ocorreu uma intervenção artístico-clínica com aulas de dança para crianças e 
adolescentes do espectro autista. A necessidade da realização desta pesquisa 
com os pais/responsáveis pelas crianças veio a partir do questionamento de qual 
seria a visão dos mesmos sobre as aulas de dança, uma vez que esta arte está 
pouco inserida neste contexto. O objetivo geral do trabalho é estudar a melhor 
forma de inserir a dança no espaço terapêutico com crianças do espectro autista, 
explorando maneiras de melhor possibilitar benefícios para as necessidades dos 
mesmos no âmbito da interação social, linguagem, dificuldade no uso da 
imaginação, visto que este público requer uma urgência de intervenções que 
estimulem seu desenvolvimento. Sendo assim, esta pesquisa contribui para a 
amplitude de campos abarcados pela dança na difusão do tema dança e autismo, 
bem como no que diz respeito aos temas inclusão e diversidade que constam 
como temas transversais delineados nos PCN's1, fazendo relações com a área da 
saúde e trazendo benefícios para a cidade de Pelotas, especificamente para as 
crianças atualmente cadastradas no Núcleo de Neurodesenvolvimento. 
2. Materiais e métodos: Foram selecionados dez pais/responsáveis das 
crianças, com o critério de ser os filhos assíduos nas aulas de dança, para 
participar de uma entrevista que foi gravada em áudio, onde foram respondidas 
17 questões abertas e fechadas. A duração da entrevista foi em média de 20 
minutos para cada um dos entrevistados. Sendo que não foi possível entrar em 
contato com todas as dez famílias, ficando assim a coleta limitada a um número 
menor de entrevistas para fazer a avaliação desejada. Coletamos dados de três 
pais/responsáveis do grupo-controle, e do mesmo número para o grupo-intervenção, 
totalizando seis entrevistados. As questões abrangeram perguntas 
referentes à opinião dos pais/responsáveis sobre a mudança de comportamento 
das crianças onde deveriam avaliar com notas de zero (0) a cinco (5), sendo zero 
quando não houve modificação, e cinco quando houve o máximo de modificação. 
Com a mesma avaliação de nota foram respondidas questões que identificavam 
sua satisfação com as aulas de dança, além de perguntas abertas, referentes a 
conhecimentos sobre dança, depoimento sobre as aulas, e demais observações. 
3: Resultados e Discussão Na análise dos dados, a partir das repostas dadas 
aos questionários, chegamos à conclusão que houve modificação significante de 
1 Parâmetros Curriculares Nacionais. No Brasil, os parâmetros curriculares nacionais são diretrizes 
elaboradas pelo Governo Federal que orientam a educação e são separados por disciplinas.
comportamento no grupo-intervenção, em relação ao grupo-controle. Para que 
pudéssemos visualizar esta diferença, colocamos um limiar de no mínimo três 
pontos no questionário para pesar mudanças significativas nas questões de 
respostas fechadas. Ressaltamos que as mudanças de comportamento do grupo-intervenção 
são: modificação significativa no olhar, contato físico, alegria nas 
aulas e aumento de repertório de movimentos. Durante a análise dos dados foi 
constatado que a alegria alcançou maior grau de modificação para ambos grupos, 
sendo esta um dos maiores motivadores que levaram os pais/responsáveis a 
acreditar na importância e na continuidade de atividades envolvendo dança para 
crianças do espectro autista. Esta modificação foi constatada tanto nas questões 
de respostas fechadas quanto de respostas abertas. Nas questões referentes à 
importância das aulas de dança, atingiu-se cem por sento de respostas positivas 
à relevância das aulas. 
4. Considerações finais: Concluindo, foi analisado que o resultado apontado nos 
questionários (pelos pais) não parece compatível com a realidade do contexto das 
crianças observado nas aulas de dança, sendo que não é possível apontar se 
houve realmente uma modificação tão significativa de comportamento quanto a 
indicada no questionário da entrevista. Trata-se de um restrito número de 
amostras perante o total de indivíduos que participaram da intervenção. 
Subentende-se que o resultado apontado pelas respostas do questionário refere-se 
ao fato de os pais/responsáveis terem necessidade e interesse em que 
aconteçam atividades com essas crianças, independente do tipo, visando a 
quantidade de oferta bem mais que a qualidade destas. Para uma análise de 
resultados mais precisa sobre as modificações ocorridas nos indivíduos autistas 
em estudo, o que aparece é necessidade de criação de um instrumento avaliativo 
mais detalhado por parte dos profissionais da área da dança que, além do olhar 
dos pais, consiga abarcar a avaliação do contexto da aula. 
REFERENCIAS: 
CERRUTO, ELENA. Dançaterapia: “Como?”. 2005, 4f. Disponível em: 
<http://www.associazionesarabanda.it/pdf/articolo4.pdf>. Data de acesso: 20 de 
jun. de 2012. 
FUX, MARIA. Formação em dançaterapia. Tradução Beatriz Canabrava. - São 
Paulo. Summus, 1996. 96f. 
OLIVEIRA, I.M. Contributos de um programa baseado na dançaterapia - 
movimento expressivo no desenvolvimento da comunicação não-verbal em 
crianças e jovens com perturbação do espectro do autismo. 2009, 200f. Mestrado 
em Educação Especial. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10400.5/752> Data 
de acesso: 20 de jun. de 2012 
SILVIA, MICHELINE; MULICK, JAMES. Diagnosticando o Transtorno Autista: 
Aspectos Fundamentais e Considerações Práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 
2009, vol.29, n.1, pp. 116-131 Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? 
pid=S141498932009000100010&script=sci_abstract> Data de acesso: 20 de jun. 
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  • 1. AULAS DE DANÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO ESPECTRO AUTISTA: O OLHAR DOS PAIS. ARRIECHE, Luana Echevenguá. SOUZA, Ana Teresa Garcia de. WOLFF, Silvia Susana SANTOS, Eleonora C. da Motta. Luana_arrieche@hotmail.com Iniciação Científica. Dança e autismo. Palavra Chave: Dança. Autismo. Dançaterapia. 1.Introdução: A presente pesquisa foi realizada em cima de dados coletados no Núcleo de Neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, cidade que apresenta um alto índice de autismo e onde ocorreu uma intervenção artístico-clínica com aulas de dança para crianças e adolescentes do espectro autista. A necessidade da realização desta pesquisa com os pais/responsáveis pelas crianças veio a partir do questionamento de qual seria a visão dos mesmos sobre as aulas de dança, uma vez que esta arte está pouco inserida neste contexto. O objetivo geral do trabalho é estudar a melhor forma de inserir a dança no espaço terapêutico com crianças do espectro autista, explorando maneiras de melhor possibilitar benefícios para as necessidades dos mesmos no âmbito da interação social, linguagem, dificuldade no uso da imaginação, visto que este público requer uma urgência de intervenções que estimulem seu desenvolvimento. Sendo assim, esta pesquisa contribui para a amplitude de campos abarcados pela dança na difusão do tema dança e autismo, bem como no que diz respeito aos temas inclusão e diversidade que constam como temas transversais delineados nos PCN's1, fazendo relações com a área da saúde e trazendo benefícios para a cidade de Pelotas, especificamente para as crianças atualmente cadastradas no Núcleo de Neurodesenvolvimento. 2. Materiais e métodos: Foram selecionados dez pais/responsáveis das crianças, com o critério de ser os filhos assíduos nas aulas de dança, para participar de uma entrevista que foi gravada em áudio, onde foram respondidas 17 questões abertas e fechadas. A duração da entrevista foi em média de 20 minutos para cada um dos entrevistados. Sendo que não foi possível entrar em contato com todas as dez famílias, ficando assim a coleta limitada a um número menor de entrevistas para fazer a avaliação desejada. Coletamos dados de três pais/responsáveis do grupo-controle, e do mesmo número para o grupo-intervenção, totalizando seis entrevistados. As questões abrangeram perguntas referentes à opinião dos pais/responsáveis sobre a mudança de comportamento das crianças onde deveriam avaliar com notas de zero (0) a cinco (5), sendo zero quando não houve modificação, e cinco quando houve o máximo de modificação. Com a mesma avaliação de nota foram respondidas questões que identificavam sua satisfação com as aulas de dança, além de perguntas abertas, referentes a conhecimentos sobre dança, depoimento sobre as aulas, e demais observações. 3: Resultados e Discussão Na análise dos dados, a partir das repostas dadas aos questionários, chegamos à conclusão que houve modificação significante de 1 Parâmetros Curriculares Nacionais. No Brasil, os parâmetros curriculares nacionais são diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que orientam a educação e são separados por disciplinas.
  • 2. comportamento no grupo-intervenção, em relação ao grupo-controle. Para que pudéssemos visualizar esta diferença, colocamos um limiar de no mínimo três pontos no questionário para pesar mudanças significativas nas questões de respostas fechadas. Ressaltamos que as mudanças de comportamento do grupo-intervenção são: modificação significativa no olhar, contato físico, alegria nas aulas e aumento de repertório de movimentos. Durante a análise dos dados foi constatado que a alegria alcançou maior grau de modificação para ambos grupos, sendo esta um dos maiores motivadores que levaram os pais/responsáveis a acreditar na importância e na continuidade de atividades envolvendo dança para crianças do espectro autista. Esta modificação foi constatada tanto nas questões de respostas fechadas quanto de respostas abertas. Nas questões referentes à importância das aulas de dança, atingiu-se cem por sento de respostas positivas à relevância das aulas. 4. Considerações finais: Concluindo, foi analisado que o resultado apontado nos questionários (pelos pais) não parece compatível com a realidade do contexto das crianças observado nas aulas de dança, sendo que não é possível apontar se houve realmente uma modificação tão significativa de comportamento quanto a indicada no questionário da entrevista. Trata-se de um restrito número de amostras perante o total de indivíduos que participaram da intervenção. Subentende-se que o resultado apontado pelas respostas do questionário refere-se ao fato de os pais/responsáveis terem necessidade e interesse em que aconteçam atividades com essas crianças, independente do tipo, visando a quantidade de oferta bem mais que a qualidade destas. Para uma análise de resultados mais precisa sobre as modificações ocorridas nos indivíduos autistas em estudo, o que aparece é necessidade de criação de um instrumento avaliativo mais detalhado por parte dos profissionais da área da dança que, além do olhar dos pais, consiga abarcar a avaliação do contexto da aula. REFERENCIAS: CERRUTO, ELENA. Dançaterapia: “Como?”. 2005, 4f. Disponível em: <http://www.associazionesarabanda.it/pdf/articolo4.pdf>. Data de acesso: 20 de jun. de 2012. FUX, MARIA. Formação em dançaterapia. Tradução Beatriz Canabrava. - São Paulo. Summus, 1996. 96f. OLIVEIRA, I.M. Contributos de um programa baseado na dançaterapia - movimento expressivo no desenvolvimento da comunicação não-verbal em crianças e jovens com perturbação do espectro do autismo. 2009, 200f. Mestrado em Educação Especial. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10400.5/752> Data de acesso: 20 de jun. de 2012 SILVIA, MICHELINE; MULICK, JAMES. Diagnosticando o Transtorno Autista: Aspectos Fundamentais e Considerações Práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.1, pp. 116-131 Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? pid=S141498932009000100010&script=sci_abstract> Data de acesso: 20 de jun. de 2012.