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INICIATIVA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

                     Simulação Dinâmica:
uma ferramenta de análise do desempenho energético de edifícios


                          NOVEMBRO, 2009
ENQUADRAMENTO
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA




É uma das
ferramentas de
optimização do
desempenho
energético
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
          (notas prévias)
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA

• A importância do utilizador (simulador):
      • Capacidade critica de análise de análise dos resultados: as rotinas de cálculo raramente se
        enganam (mas enganam…) mas, nos “softwares” mais avançados, o n.º de variáveis é de
        tal forma relevante que é extremamente fácil haver enganos;
      • Conhecimento profundo de “física dos edifícios” (quer para analisar resultados quer como
        garante da qualidade da introdução de dados);
      • Conhecimento profundo dos sistemas energéticos, em particular no que respeita ao sistema
        de AVAC (funcionamento de cada equipamento, forma como se interligam – esquema de
        princípio – e estratégias de controlo) mas também dos equipamentos de iluminação (ex.: a
        correcta contabilização dos consumos das lâmpadas, incluindo todos os auxiliares – ex.:
        balastros)
      • Domínio das especificidades do programa e dos programas auxiliares (ex.: AUTOCAD).
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA

• A importância dos indicadores:
     • Parciais, como auxiliares de análise dos resultados;

     • Globais, para efeitos de “benchmarking” (como é o caso da classificação energética). Para
       este efeito, o “benchmarking” com base no conceito de “Notional Building” é mais adequado
       (e prudente, pelo menos numa fase inicial) do que o “benchmarking” com valores
       absolutos…
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
              50
                   Iluminação (10W/m2) e equipamentos              40,0
              40
                   Limite DL 79/2006
kgep/m .ano




              30
2




                                                        22,8
              20
                        15,2           15,0

              10


               0
                     Bingos e Clubes Sociais              Escritórios
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
• A importância do “software”:
       • Resultados coerentes com os indicados na ASHRAE 140 (que não se destina a acreditar
         “softwares”, apenas elenca indicadores de desempenho energético obtidos com alguns
         “softwares” de simulação (DOE2, TRNSYS, E+, TRACE, ESP, BLAST, etc.) para um conjunto
         de “edifícios” bem definidos em condições climáticas conhecidas (e portanto, reprodutíveis em
         qualquer “ambiente”).




         Nota: existe uma Norma Europeia com objectivos semelhantes à ASHRAE 140 mas que
         define resultados de referência para um conjunto de modelos e limites máximos para o erro
         admissível.
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
• A importância do “software”:
          • Capacidade para simular detalhadamente e de forma integrada com o edifício os sistemas de
            climatização.




         Sistema ar-água                           Sistema ar-água               Sistema 100% ar
(ar exterior a temperatura neutra)   (ar exterior sem controlo de temperatura)
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA

• A importância do “software”:
     • Edifícios de grande dimensão, com centrais de produção de energia térmica complexas:
             • controlo e sequenciação de chillers;
             • curvas de rendimento em função das condições de carga e das temperaturas;
             • circuitos primários (ex.: isolamento hidráulico de chillers que não estão a funcionar);
             • circuitos de condensação;
             • …
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA
SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA

• A importância do “bom-senso”:
     • A regra dos 80 / 20 (80% do conhecimento sobre o desempenho energético de um edifício
       consegue-se com os primeiros 20% de esforço. Para atingir os restantes 20% de
       conhecimento é necessário um esforço muito superior, que na esmagadora maioria dos
       casos não se justifica);
     • O “segredo” está em ser capaz de saber quais as simplificações que se podem fazer e quais
       as que não se podem… mais uma vez, A IMPORTÂNCIA DO UTILIZADOR !
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
                 Corpos A e B                       Material   Resistência térmica [m2.K/W]
                                Reboco de cal
Parede Exterior - 1             Alvenaria granito                         0.23
                                Reboco de cal
                                Reboco de cal
Parede Exterior - 2             Alvenaria granito                         0.16
                                Reboco de cal
                                Telha
                                Camada de ar
Cobertura exterior              Camada impermeabilizante                   2.25
                                Roofmate
                                Contraplacado
                                Soalho de madeira
Pavimento exterior              Argamassa de consolidação                  0.20

                                Betão
                                Soalho de madeira
                                Lã de rocha
Pavimento interior                                                         1.90
                                Camada de ar
                                Pladur
                                Reboco de cal
Parede interior - 1             Alvenaria granito                         0.11
                                Reboco de cal
                                Pladur
Parede interior - 2             Camada de ar                              0.61
                                Pladur
“CASE STUDY”
                     Corpo C                       Material   Resistência térmica [m2.K/W]
                               Granito
                               Camada de ar
Parede Exterior - 1            Wallmate                                  1.70
                               Betão
                               Reboco de cimento
                               Reboco sintetico
                               Wallmate
Parede Exterior - 2                                                      1.59
                               Betão
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                               Granito
                               Camada de ar
                               Tela betuminosa
                               Roofmate
Cobertura exterior                                                       3.77
                               Betão
                               Camada de ar
                               Lã de rocha
                               Gesso cartonado
                               Marmorite + Betonilha
Pavimento exterior             Floormate                                  1.17
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                               manta acústica
                               Betão
Pavimento interior                                                       1.61
                               Camada de ar
                               la de rocha
                               gesso cartonado
                               Reboco de cimento

Parede interior                Tijolo de 11cm                             0.18
                               Reboco de cimento
“CASE STUDY”
• Condições de funcionamento (horários, densidades de ocupação, etc.):
       • definidas pelo “dono-de-obra” (que neste caso também será o utilizador);
       • temperatura de utilização (controlo em “dead-band” dos 20 ºC aos 25 ºC);
• Sistema de Iluminação:
       • avaliação de elementos de projecto;
       • 15 W/m2;
       • controlo manual local controlo temporizado (GTC);
• Sistema AVAC:
       • “Chiller” (ar-água) + caldeira;
       • Primários (caudal constante) / secundários (caudal variável para a água fria, caudal constante
         para a água quente);
       • 4 tubos;
       • 100% ar nos auditórios e galerias (UTA’s)
       • Ar-água nos escritórios (UTAN e VC’s)
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
“CASE STUDY”
      80
                                                 69

                                                             Δ = 22%
      60                                                                   54
tep




      40      35
                       Δ = 37%
                                     22
      20



       0
           Caso Base             Caso Final   Caso Base              Caso Final

                   Condições reais                    Condições nominais
CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
• A eficiência energética é uma vertente fundamental da sustentabilidade: um
  edifício não se pode dizer sustentável se não for energeticamente eficiente;

• No entanto, importa estar consciente de que a sustentabilidade não se
  esgota na eficiência energética: um edifício não se pode considerar
  sustentável só porque é energeticamente eficiente;

• As outras vertentes da sustentabilidade – utilização eficiente do recurso
  água, minimização dos impactos ambientais associados aos materiais de
  construção, de materiais, minimização de impactos locais, etc. são
  igualmente relevantes e não há nenhuma razão para não serem igualmente
  consideradas.
CONCLUSÕES
• As ferramentas de simulação dinâmica são uma ferramenta eficaz na
  selecção das intervenções para a eficiência;

• Têm é de ser bem utilizadas (senão corre-se o risco de se transformarem
  numa perda de tempo e de recursos):
   • bons indicadores para permitir uma análise expedita de resultados e um “benchmarking”
     eficaz;
   • bons programas de cálculo, em particular no que respeita à interligação entre o edifício e
     os sistemas AVAC;
   • utilizadores competentes, com profundo “know-how” de física de edifícios,
     sistemas energéticos de AVAC e iluminação, etc..
Ferramenta de análise do desempenho energético de edifícios usando Simulação Dinâmica

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Ferramenta de análise do desempenho energético de edifícios usando Simulação Dinâmica

  • 1.
  • 2. INICIATIVA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Simulação Dinâmica: uma ferramenta de análise do desempenho energético de edifícios NOVEMBRO, 2009
  • 6. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA É uma das ferramentas de optimização do desempenho energético
  • 8. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância do utilizador (simulador): • Capacidade critica de análise de análise dos resultados: as rotinas de cálculo raramente se enganam (mas enganam…) mas, nos “softwares” mais avançados, o n.º de variáveis é de tal forma relevante que é extremamente fácil haver enganos; • Conhecimento profundo de “física dos edifícios” (quer para analisar resultados quer como garante da qualidade da introdução de dados); • Conhecimento profundo dos sistemas energéticos, em particular no que respeita ao sistema de AVAC (funcionamento de cada equipamento, forma como se interligam – esquema de princípio – e estratégias de controlo) mas também dos equipamentos de iluminação (ex.: a correcta contabilização dos consumos das lâmpadas, incluindo todos os auxiliares – ex.: balastros) • Domínio das especificidades do programa e dos programas auxiliares (ex.: AUTOCAD).
  • 12. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância dos indicadores: • Parciais, como auxiliares de análise dos resultados; • Globais, para efeitos de “benchmarking” (como é o caso da classificação energética). Para este efeito, o “benchmarking” com base no conceito de “Notional Building” é mais adequado (e prudente, pelo menos numa fase inicial) do que o “benchmarking” com valores absolutos…
  • 13. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA 50 Iluminação (10W/m2) e equipamentos 40,0 40 Limite DL 79/2006 kgep/m .ano 30 2 22,8 20 15,2 15,0 10 0 Bingos e Clubes Sociais Escritórios
  • 14. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância do “software”: • Resultados coerentes com os indicados na ASHRAE 140 (que não se destina a acreditar “softwares”, apenas elenca indicadores de desempenho energético obtidos com alguns “softwares” de simulação (DOE2, TRNSYS, E+, TRACE, ESP, BLAST, etc.) para um conjunto de “edifícios” bem definidos em condições climáticas conhecidas (e portanto, reprodutíveis em qualquer “ambiente”). Nota: existe uma Norma Europeia com objectivos semelhantes à ASHRAE 140 mas que define resultados de referência para um conjunto de modelos e limites máximos para o erro admissível.
  • 15. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância do “software”: • Capacidade para simular detalhadamente e de forma integrada com o edifício os sistemas de climatização. Sistema ar-água Sistema ar-água Sistema 100% ar (ar exterior a temperatura neutra) (ar exterior sem controlo de temperatura)
  • 16. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância do “software”: • Edifícios de grande dimensão, com centrais de produção de energia térmica complexas: • controlo e sequenciação de chillers; • curvas de rendimento em função das condições de carga e das temperaturas; • circuitos primários (ex.: isolamento hidráulico de chillers que não estão a funcionar); • circuitos de condensação; • …
  • 18. SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DINÂMICA • A importância do “bom-senso”: • A regra dos 80 / 20 (80% do conhecimento sobre o desempenho energético de um edifício consegue-se com os primeiros 20% de esforço. Para atingir os restantes 20% de conhecimento é necessário um esforço muito superior, que na esmagadora maioria dos casos não se justifica); • O “segredo” está em ser capaz de saber quais as simplificações que se podem fazer e quais as que não se podem… mais uma vez, A IMPORTÂNCIA DO UTILIZADOR !
  • 23. “CASE STUDY” Corpos A e B Material Resistência térmica [m2.K/W] Reboco de cal Parede Exterior - 1 Alvenaria granito 0.23 Reboco de cal Reboco de cal Parede Exterior - 2 Alvenaria granito 0.16 Reboco de cal Telha Camada de ar Cobertura exterior Camada impermeabilizante 2.25 Roofmate Contraplacado Soalho de madeira Pavimento exterior Argamassa de consolidação 0.20 Betão Soalho de madeira Lã de rocha Pavimento interior 1.90 Camada de ar Pladur Reboco de cal Parede interior - 1 Alvenaria granito 0.11 Reboco de cal Pladur Parede interior - 2 Camada de ar 0.61 Pladur
  • 24. “CASE STUDY” Corpo C Material Resistência térmica [m2.K/W] Granito Camada de ar Parede Exterior - 1 Wallmate 1.70 Betão Reboco de cimento Reboco sintetico Wallmate Parede Exterior - 2 1.59 Betão Reboco de cimento Granito Camada de ar Tela betuminosa Roofmate Cobertura exterior 3.77 Betão Camada de ar Lã de rocha Gesso cartonado Marmorite + Betonilha Pavimento exterior Floormate 1.17 Betão Marmorite + Betonilha manta acústica Betão Pavimento interior 1.61 Camada de ar la de rocha gesso cartonado Reboco de cimento Parede interior Tijolo de 11cm 0.18 Reboco de cimento
  • 25. “CASE STUDY” • Condições de funcionamento (horários, densidades de ocupação, etc.): • definidas pelo “dono-de-obra” (que neste caso também será o utilizador); • temperatura de utilização (controlo em “dead-band” dos 20 ºC aos 25 ºC); • Sistema de Iluminação: • avaliação de elementos de projecto; • 15 W/m2; • controlo manual local controlo temporizado (GTC); • Sistema AVAC: • “Chiller” (ar-água) + caldeira; • Primários (caudal constante) / secundários (caudal variável para a água fria, caudal constante para a água quente); • 4 tubos; • 100% ar nos auditórios e galerias (UTA’s) • Ar-água nos escritórios (UTAN e VC’s)
  • 28. “CASE STUDY” 80 69 Δ = 22% 60 54 tep 40 35 Δ = 37% 22 20 0 Caso Base Caso Final Caso Base Caso Final Condições reais Condições nominais
  • 30. CONCLUSÕES • A eficiência energética é uma vertente fundamental da sustentabilidade: um edifício não se pode dizer sustentável se não for energeticamente eficiente; • No entanto, importa estar consciente de que a sustentabilidade não se esgota na eficiência energética: um edifício não se pode considerar sustentável só porque é energeticamente eficiente; • As outras vertentes da sustentabilidade – utilização eficiente do recurso água, minimização dos impactos ambientais associados aos materiais de construção, de materiais, minimização de impactos locais, etc. são igualmente relevantes e não há nenhuma razão para não serem igualmente consideradas.
  • 31. CONCLUSÕES • As ferramentas de simulação dinâmica são uma ferramenta eficaz na selecção das intervenções para a eficiência; • Têm é de ser bem utilizadas (senão corre-se o risco de se transformarem numa perda de tempo e de recursos): • bons indicadores para permitir uma análise expedita de resultados e um “benchmarking” eficaz; • bons programas de cálculo, em particular no que respeita à interligação entre o edifício e os sistemas AVAC; • utilizadores competentes, com profundo “know-how” de física de edifícios, sistemas energéticos de AVAC e iluminação, etc..