1. Boletim Especial
Greve de Bancários e
Trabalhadores dos Correios
Set / Out - 2011
Todo apoio às greves dos trabalhadores
dos Correios e dos bancários
Fotos: Agência Brasil
H á vários dias os trabalhadores dos
Correios realizam uma de suas
maiores greves. Nossa central, a CSP
Conlutas, tem estado ao lado de cada
piquete, de cada mobilização, assem
bleia ou passeata e temos sentido
uma enorme disposição dessa cate
goria. Temos nos dedicado a construir
apoiar e fortalecer também a greve
dos bancários, que iniciou esta sema
na e já atinge 25 estados e o DF.
Fortalecer a luta e a unidade en-
tre as categorias mobilizadas Mais
do que nunca é necessário fortalecer
essas greves. A cada dia a indignação
dessas categorias aumenta, tendo em Bancários e trabalhadores dos Correios entraram na greve com disposição de luta
vista o forte ataque do Governo Fede
ral, da Empresa Brasileira de Correios nistro das Comunicações, Paulo Ber Bancários - Mais uma vez, a públicos como CEF (Caixa Econômica
e Telégrafos e agora dos banqueiros nardo, que vem tratando de maneira mobilização se inicia enfrentando a Federal) e Banco do Brasil.
contra os trabalhadores. sórdida a categoria. Publicam núme ganância dos banqueiros, que se re Os bancos obtiveram lucros acima
Essa ofensiva se explica, em pri ros e declarações que menosprezam cusam a atender as reivindicações da de R$ 27,4 bilhões no primeiro semes
meiro lugar, pela política econômica a greve, determinam o corte de pon categoria. Isto também se explica pela tre e têm plenas condições de atender
do Governo Dilma que visa garantir to dos trabalhadores e, como fazem conivência de Dilma que, assim como as reivindicações da categoria. Os
os seus compromissos com o paga os mais truculentos patrões do setor fez Lula, abandona os bancários e os bancários querem reajuste de 12,8%
mento dos juros e serviços da dívida privado, dizem que não negociam em submete as chantagens, arrogância e (5% de ganho real mais a inflação do
pública em detrimento do arrocho sa greve. Um verdadeiro absurdo! ameaças da Fenaban. Além disso, sua período), valorização do piso, maior
larial, do aumento da exploração e da Os trabalhadores dos Correios que postura intransigente em relação ao participação nos lucros, mais contrata
criminalização dessas lutas. rem reposição da inflação (7,16%), a re corte de ponto e a negação de seu go ções, fim da rotatividade, combate ao
Ecetistas - Na greve, os trabalha posição das perdas salariais de 24,76%, verno em negociar com categorias em assédio moral, fim das metas abusivas,
dores ecetistas tem se enfrentado de 1994 a 2010, piso salarial de R$ greve. Omitindose, conscientemente, mais segurança, igualdade de oportu
diretamente com o presidente da em 1.635 entre outras reivindicações. frente ao fato de que ao menos 40% nidades e inclusão bancária sem preca
presa, Wagner Pinheiro, e com o mi Além de lutar contra a privatização. da categoria é funcionária de bancos rização, entre outros itens.
Os trabalhadores dos Correios querem reposição da inflação Os bancários lutam por 12,8%, valorização do piso, maior
(7,16%), a reposição das perdas salariais de 24,76%, participação nos lucros, mais contratações, combate ao assédio
de 1994 a 2010, piso salarial de R$ 1.635 entre outras moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de
reivindicações. Além de lutar contra a privatização. oportunidades e inclusão bancária sem precarização.
Divulgação
Aumento real já!
Se o Brasil cresceu, trabalhador quer o seu
O s Correios, os bancos, a Petrobras, as mon
tadoras, a construção civil, o setor de mi
neração e inúmeros outros setores do empre
política, reflete uma compreensão de que “se o
Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”. É tam
bém uma luta contra a sobrecarga de trabalho,
sariado brasileiro seguem comemorando lucros uma luta contra a privatização da ECT, contra a
recordes. Enquanto o governo lhes dá bilhões falta de segurança nos locais de trabalho pra exigir
em isenção de impostos, anuncia cortes de aumento real já. Por isso, seguiremos ombro a om
R$ 50 bilhões no orçamento, nega reajustes bro fortalecendo essas greves e exigindo que o go
aos servidores públicos e aumenta em R$ 10 verno e os banqueiros atendam as reivindicações
bilhões seu compromisso com o tal superávit dos trabalhadores.
primário, ou seja, mais dinheiro para a banca O caminho para a vitória é unir os ecetistas, os
internacional às custas do sacrifício dos traba bancários e os petroleiros (que também já iniciaram
lhadores. suas mobilizações) numa mesma batalha, afinal to
A greve dos trabalhadores dos Correios e dos se enfrentam com os interesses dos banqueiros
também dos bancários é uma resposta a essa e a política econômica do Governo Dilma.
2. Petroleiros, bancários e ecetistas: mesma classe, uma só luta
Derrotar a política econômica de
Dilma e avançar em conquistas Agência Brasil
N a última semana os trabalhado
res dos Correios, os bancários
e os petroleiros, no Rio de Janeiro,
mostraram o caminho quando rea
lizaram uma manifestação unitária.
Agora, em São Paulo, milhares de
grevista ecetistas e trabalhadores
dos bancos públicos e privados
também se juntaram em um ato
exigindo do governo, das empresas
e dos banqueiros o atendimento
imediato de suas reivindicações.
A CSPConlutas é parte dessa
movimentação e faz um chamado a
todas as direções das categorias em
luta para que busquemos intensificar
e reproduzir essas iniciativas para for
talecer o enfrentamento com o go
verno, as empresas e os banqueiros e
arranquemos as nossas conquistas.
Concordamos com os com
panheiros da FNTC (Frente Na
cional dos Trabalhadores dos Cor
reios), da FNP (Federação Nacional
dos Petroleiros) e do MNOB (Mo
vimento Nacional de Oposição
Bancária). Eles afirmam que “a
maioria das direções dos sindicatos A unificação fortalecerá a luta
governistas (CUT e CTB) de início
Sindicato dos Petroleiros Al/SE
dos bancários, trabalhadores
atuaram para evitar as greves, mas
da ECT e petroleiros
a disposição de luta dos trabalha
dores, somado a intransigência do do movimento. Manter e unificar
governo e a ganância dos banquei as greves para derrotar a política
ros impôs o caminho da paralisa econômica de Dilma e dos ban
ção, da luta e da ação direta. queiros e avançar no atendimento
Agora é hora de apostar todas imediato das reivindicações dos
as fichas na mais ampla unidade trabalhadores.
É o momento de defender os direitos da mulher trabalhadora
SindMetalSJC
O salário das mulheres não cres
ceu com o mesmo ritmo do
aumento de seu trabalho. Desde
“auxílio educação” após um perío
do determinado.
Essa batalha é muito importan
2007, quanto mais precarizado o te, porque a dificuldade em garan
trabalho, mais mulheres são inte tir a matrícula dos filhos (as) em
gradas ao dito mercado de trabalho. creches ou escolas é um dos maio
O machismo e o preconceito fazem res motivos que faz as mulheres
com que as mulheres tenham as largarem o emprego. Essa situação
piores condições de trabalho e os não pode continuar!
piores salários, além de estarem su A primeira presidenta mulher do
jeitas a situações de assédio moral e país, Dilma Rousseff, está tratando
sexual nos locais de trabalho. as trabalhadoras com muito des
Combinar esse trabalho duro respeito. Além de não garantir o re
com as responsabilidades domésti ajuste dos trabalhadores, entregou
cas, que são impostas às mulheres os Correios à iniciativa privada e os
é muito difícil. Estas realizam todos bancários às chantagens da Fena
os dias uma dupla jornada de tra ban. Pior, quanto às demandas es
Neste momento de greve, a mulher trabalhadora
balho e sem receber nada por isso pecíficas da mulher trabalhadora, o
também tem de lutar e defender seus direitos
e sem ter nenhum direito a mais. grau de submissão as exigências do
Nessa campanha, as categorias mercado financeiro internacional é tem condições de fazer as greves res. Precisamos unir mulheres e ho
em luta devem reivindicar o “auxí tão grande, que isso nem passa na ficarem cada vez mais forte. Não mens contra o governo, verdadeiro
lio creche” para seus filhos e filhas cabeça da presidenta. podemos deixar o machismo e o inimigo que discrimina as mulheres
e a transformação desse auxílio em A força da luta das mulheres preconceito dividir os trabalhado e explora todos os trabalhadores.