SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Boletim Especial
                                                                                                                                         Greve de Bancários e
                                                                                                                                   Trabalhadores dos Correios
                                                                                                                                                     Set / Out - 2011




      Todo apoio às greves dos trabalhadores
           dos Correios e dos bancários
                                                                                                                                                        Fotos: Agência Brasil


H     á vários dias os trabalhadores dos
      Correios realizam uma de suas
maiores greves. Nossa central, a CSP­
Conlutas, tem estado ao lado de cada
piquete, de cada mobilização, assem­
bleia ou passeata e temos sentido
uma enorme disposição dessa cate­
goria. Temos nos dedicado a construir
apoiar e fortalecer também a greve
dos bancários, que iniciou esta sema­
na e já atinge 25 estados e o DF.
     Fortalecer a luta e a unidade en-
tre as categorias mobilizadas ­ Mais
do que nunca é necessário fortalecer
essas greves. A cada dia a indignação
dessas categorias aumenta, tendo em                                           Bancários e trabalhadores dos Correios entraram na greve com disposição de luta
vista o forte ataque do Governo Fede­
ral, da Empresa Brasileira de Correios     nistro das Comunicações, Paulo Ber­            Bancários - Mais uma vez, a          públicos como CEF (Caixa Econômica
e Telégrafos e agora dos banqueiros        nardo, que vem tratando de maneira         mobilização se inicia enfrentando a      Federal) e Banco do Brasil.
contra os trabalhadores.                   sórdida a categoria. Publicam núme­        ganância dos banqueiros, que se re­          Os bancos obtiveram lucros acima
      Essa ofensiva se explica, em pri­    ros e declarações que menosprezam          cusam a atender as reivindicações da     de R$ 27,4 bilhões no primeiro semes­
meiro lugar, pela política econômica       a greve, determinam o corte de pon­        categoria. Isto também se explica pela   tre e têm plenas condições de atender
do Governo Dilma que visa garantir         to dos trabalhadores e, como fazem         conivência de Dilma que, assim como      as reivindicações da categoria. Os
os seus compromissos com o paga­           os mais truculentos patrões do setor       fez Lula, abandona os bancários e os     bancários querem reajuste de 12,8%
mento dos juros e serviços da dívida       privado, dizem que não negociam em         submete as chantagens, arrogância e      (5% de ganho real mais a inflação do
pública em detrimento do arrocho sa­       greve. Um verdadeiro absurdo!              ameaças da Fenaban. Além disso, sua      período), valorização do piso, maior
larial, do aumento da exploração e da          Os trabalhadores dos Correios que­     postura intransigente em relação ao      participação nos lucros, mais contrata­
criminalização dessas lutas.               rem reposição da inflação (7,16%), a re­   corte de ponto e a negação de seu go­    ções, fim da rotatividade, combate ao
     Ecetistas - Na greve, os trabalha­    posição das perdas salariais de 24,76%,    verno em negociar com categorias em      assédio moral, fim das metas abusivas,
dores ecetistas tem se enfrentado          de 1994 a 2010, piso salarial de R$        greve. Omitindo­se, conscientemente,     mais segurança, igualdade de oportu­
diretamente com o presidente da em­        1.635 entre outras reivindicações.         frente ao fato de que ao menos 40%       nidades e inclusão bancária sem preca­
presa, Wagner Pinheiro, e com o mi­        Além de lutar contra a privatização.       da categoria é funcionária de bancos     rização, entre outros itens.


   Os trabalhadores dos Correios querem reposição da inflação                              Os bancários lutam por 12,8%, valorização do piso, maior
      (7,16%), a reposição das perdas salariais de 24,76%,                              participação nos lucros, mais contratações, combate ao assédio
     de 1994 a 2010, piso salarial de R$ 1.635 entre outras                              moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de
        reivindicações. Além de lutar contra a privatização.                                  oportunidades e inclusão bancária sem precarização.

                                                                                                                                                          Divulgação



                                             Aumento real já!
           Se o Brasil cresceu, trabalhador quer o seu
      O     s Correios, os bancos, a Petrobras, as mon­
            tadoras, a construção civil, o setor de mi­
      neração e inúmeros outros setores do empre­
                                                            política, reflete uma compreensão de que “se o
                                                            Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”. É tam­
                                                            bém uma luta contra a sobrecarga de trabalho,
      sariado brasileiro seguem comemorando lucros          uma luta contra a privatização da ECT, contra a
      recordes. Enquanto o governo lhes dá bilhões          falta de segurança nos locais de trabalho pra exigir
      em isenção de impostos, anuncia cortes de             aumento real já. Por isso, seguiremos ombro a om­
      R$ 50 bilhões no orçamento, nega reajustes            bro fortalecendo essas greves e exigindo que o go­
      aos servidores públicos e aumenta em R$ 10            verno e os banqueiros atendam as reivindicações
      bilhões seu compromisso com o tal superávit           dos trabalhadores.
      primário, ou seja, mais dinheiro para a banca              O caminho para a vitória é unir os ecetistas, os
      internacional às custas do sacrifício dos traba­      bancários e os petroleiros (que também já iniciaram
      lhadores.                                             suas mobilizações) numa mesma batalha, afinal to­
           A greve dos trabalhadores dos Correios e         dos se enfrentam com os interesses dos banqueiros
      também dos bancários é uma resposta a essa            e a política econômica do Governo Dilma.
Petroleiros, bancários e ecetistas: mesma classe, uma só luta


              Derrotar a política econômica de
               Dilma e avançar em conquistas                                                                                                      Agência Brasil


N     a última semana os trabalhado­
      res dos Correios, os bancários
e os petroleiros, no Rio de Janeiro,
mostraram o caminho quando rea­
lizaram uma manifestação unitária.
Agora, em São Paulo, milhares de
grevista ecetistas e trabalhadores
dos bancos públicos e privados
também se juntaram em um ato
exigindo do governo, das empresas
e dos banqueiros o atendimento
imediato de suas reivindicações.
    A CSP­Conlutas é parte dessa
movimentação e faz um chamado a
todas as direções das categorias em
luta para que busquemos intensificar
e reproduzir essas iniciativas para for­
talecer o enfrentamento com o go­
verno, as empresas e os banqueiros e
arranquemos as nossas conquistas.
    Concordamos com os com­
panheiros da FNTC (Frente Na­
cional dos Trabalhadores dos Cor­
reios), da FNP (Federação Nacional
dos Petroleiros) e do MNOB (Mo­
vimento Nacional de Oposição
Bancária). Eles afirmam que “a
maioria das direções dos sindicatos                       A unificação fortalecerá a luta
governistas (CUT e CTB) de início




                                                                                                                                                           Sindicato dos Petroleiros Al/SE
                                                           dos bancários, trabalhadores
atuaram para evitar as greves, mas
                                                                     da ECT e petroleiros
a disposição de luta dos trabalha­
dores, somado a intransigência do          do movimento. Manter e unificar
governo e a ganância dos banquei­          as greves para derrotar a política
ros impôs o caminho da paralisa­           econômica de Dilma e dos ban­
ção, da luta e da ação direta.             queiros e avançar no atendimento
    Agora é hora de apostar todas          imediato das reivindicações dos
as fichas na mais ampla unidade            trabalhadores.




É o momento de defender os direitos da mulher trabalhadora
                                                                                                                                                  SindMetalSJC


O     salário das mulheres não cres­
      ceu com o mesmo ritmo do
aumento de seu trabalho. Desde
                                           “auxílio educação” após um perío­
                                           do determinado.
                                               Essa batalha é muito importan­
2007, quanto mais precarizado o            te, porque a dificuldade em garan­
trabalho, mais mulheres são inte­          tir a matrícula dos filhos (as) em
gradas ao dito mercado de trabalho.        creches ou escolas é um dos maio­
O machismo e o preconceito fazem           res motivos que faz as mulheres
com que as mulheres tenham as              largarem o emprego. Essa situação
piores condições de trabalho e os          não pode continuar!
piores salários, além de estarem su­           A primeira presidenta mulher do
jeitas a situações de assédio moral e      país, Dilma Rousseff, está tratando
sexual nos locais de trabalho.             as trabalhadoras com muito des­
    Combinar esse trabalho duro            respeito. Além de não garantir o re­
com as responsabilidades domésti­          ajuste dos trabalhadores, entregou
cas, que são impostas às mulheres          os Correios à iniciativa privada e os
é muito difícil. Estas realizam todos      bancários às chantagens da Fena­
os dias uma dupla jornada de tra­          ban. Pior, quanto às demandas es­
                                                                                                           Neste momento de greve, a mulher trabalhadora
balho e sem receber nada por isso          pecíficas da mulher trabalhadora, o
                                                                                                              também tem de lutar e defender seus direitos
e sem ter nenhum direito a mais.           grau de submissão as exigências do
Nessa campanha, as categorias              mercado financeiro internacional é      tem condições de fazer as greves     res. Precisamos unir mulheres e ho­
em luta devem reivindicar o “auxí­         tão grande, que isso nem passa na       ficarem cada vez mais forte. Não     mens contra o governo, verdadeiro
lio creche” para seus filhos e filhas      cabeça da presidenta.                   podemos deixar o machismo e o        inimigo que discrimina as mulheres
e a transformação desse auxílio em              A força da luta das mulheres       preconceito dividir os trabalhado­   e explora todos os trabalhadores.

Mais conteúdo relacionado

Destaque (15)

Ficha117
Ficha117Ficha117
Ficha117
 
Ficha18
Ficha18Ficha18
Ficha18
 
Rtgqert
RtgqertRtgqert
Rtgqert
 
Ellie and Hannah 4 g
Ellie and Hannah 4 gEllie and Hannah 4 g
Ellie and Hannah 4 g
 
Test
TestTest
Test
 
Ficha31
Ficha31Ficha31
Ficha31
 
Winter wonderland (ltas version)
Winter wonderland (ltas version)Winter wonderland (ltas version)
Winter wonderland (ltas version)
 
Nachbericht stuzubi Hannover 2011.pdf
Nachbericht stuzubi Hannover 2011.pdfNachbericht stuzubi Hannover 2011.pdf
Nachbericht stuzubi Hannover 2011.pdf
 
Ficha134
Ficha134Ficha134
Ficha134
 
Sensus focus interview patrick kiss über social media
Sensus focus interview patrick kiss über social mediaSensus focus interview patrick kiss über social media
Sensus focus interview patrick kiss über social media
 
Felsineo
FelsineoFelsineo
Felsineo
 
Apd Stephen
Apd StephenApd Stephen
Apd Stephen
 
Grafico diario del s&p 500 para el 20 09 2011
Grafico diario del s&p 500 para el 20 09 2011Grafico diario del s&p 500 para el 20 09 2011
Grafico diario del s&p 500 para el 20 09 2011
 
Norwich Airport Banners
Norwich Airport BannersNorwich Airport Banners
Norwich Airport Banners
 
SharePoint: Daten Integration externer Daten ganz einfach und vollständig
SharePoint: Daten Integration externer Daten ganz einfach und vollständigSharePoint: Daten Integration externer Daten ganz einfach und vollständig
SharePoint: Daten Integration externer Daten ganz einfach und vollständig
 

Semelhante a Apoio às greves dos Correios e bancários

Jornal Fiequimetal 13
Jornal Fiequimetal 13Jornal Fiequimetal 13
Jornal Fiequimetal 13Mario Matos
 
Jornal fiequimetal 13
Jornal fiequimetal 13 Jornal fiequimetal 13
Jornal fiequimetal 13 Mario Matos
 
Opinião Greves Região Metropolitana
Opinião Greves Região MetropolitanaOpinião Greves Região Metropolitana
Opinião Greves Região Metropolitanarpsindical
 
Greves região metropolitana
Greves região metropolitanaGreves região metropolitana
Greves região metropolitanaRP-Estudantil
 
Panfleto específico para a Caixa
Panfleto específico para a CaixaPanfleto específico para a Caixa
Panfleto específico para a Caixaoposicaobancariarj
 
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010CSP-Conlutas Correios SC
 
JORNAL DA FRENTE
JORNAL DA FRENTEJORNAL DA FRENTE
JORNAL DA FRENTEIgor Caldas
 
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020RicardoSoares245
 
Boletim maio 2014
Boletim maio 2014Boletim maio 2014
Boletim maio 2014Vicente
 
CSP/Conlutas Greve Geral no Brasil
CSP/Conlutas Greve Geral no BrasilCSP/Conlutas Greve Geral no Brasil
CSP/Conlutas Greve Geral no Brasilcoletivofortalecer
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017sindsprevrj
 

Semelhante a Apoio às greves dos Correios e bancários (20)

Boletim especial privados
Boletim especial privadosBoletim especial privados
Boletim especial privados
 
Jornal Fiequimetal 13
Jornal Fiequimetal 13Jornal Fiequimetal 13
Jornal Fiequimetal 13
 
Jornal fiequimetal 13
Jornal fiequimetal 13 Jornal fiequimetal 13
Jornal fiequimetal 13
 
Opinião Greves Região Metropolitana
Opinião Greves Região MetropolitanaOpinião Greves Região Metropolitana
Opinião Greves Região Metropolitana
 
Greves região metropolitana
Greves região metropolitanaGreves região metropolitana
Greves região metropolitana
 
EDIÇÃO 345
EDIÇÃO 345EDIÇÃO 345
EDIÇÃO 345
 
Panfleto específico para a Caixa
Panfleto específico para a CaixaPanfleto específico para a Caixa
Panfleto específico para a Caixa
 
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010
Boletim CSP-Conlutas SP_Correios Agosto/2010
 
JORNAL DA FRENTE
JORNAL DA FRENTEJORNAL DA FRENTE
JORNAL DA FRENTE
 
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020
Jornal dos Comerciários Agosto/setembro 2020
 
Jornal dos Comerciários - Nº 185 - Fevereiro 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 185 - Fevereiro 2017Jornal dos Comerciários - Nº 185 - Fevereiro 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 185 - Fevereiro 2017
 
Boletim maio 2014
Boletim maio 2014Boletim maio 2014
Boletim maio 2014
 
Boletim 1
Boletim 1Boletim 1
Boletim 1
 
Boletim nº11 Sepe RO-CA 2013
Boletim nº11 Sepe RO-CA 2013Boletim nº11 Sepe RO-CA 2013
Boletim nº11 Sepe RO-CA 2013
 
CSP/Conlutas Greve Geral no Brasil
CSP/Conlutas Greve Geral no BrasilCSP/Conlutas Greve Geral no Brasil
CSP/Conlutas Greve Geral no Brasil
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
 
Tese luta educadora por novos junhos e lições da greve
Tese luta educadora por novos junhos e lições da greveTese luta educadora por novos junhos e lições da greve
Tese luta educadora por novos junhos e lições da greve
 
2531 04 1 de maio
2531 04 1 de maio2531 04 1 de maio
2531 04 1 de maio
 
04372a
04372a04372a
04372a
 

Mais de CSP-Conlutas Correios SC

Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comando
Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comandoQuadro das assembléias de votação da contraproposta do comando
Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comandoCSP-Conlutas Correios SC
 
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011CSP-Conlutas Correios SC
 
Constituição da República do Brasil - Artigo 21
Constituição da República do Brasil - Artigo 21Constituição da República do Brasil - Artigo 21
Constituição da República do Brasil - Artigo 21CSP-Conlutas Correios SC
 
Grito On line - orientações do sintect-pe
Grito On line - orientações do sintect-peGrito On line - orientações do sintect-pe
Grito On line - orientações do sintect-peCSP-Conlutas Correios SC
 

Mais de CSP-Conlutas Correios SC (20)

Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comando
Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comandoQuadro das assembléias de votação da contraproposta do comando
Quadro das assembléias de votação da contraproposta do comando
 
Ctfen 201
Ctfen 201Ctfen 201
Ctfen 201
 
Ctfen 201
Ctfen 201Ctfen 201
Ctfen 201
 
Manual SD web_fev2011
Manual SD web_fev2011Manual SD web_fev2011
Manual SD web_fev2011
 
Ata do xiv consin 1
Ata do xiv consin 1Ata do xiv consin 1
Ata do xiv consin 1
 
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011
Diário do Senado Federal - 27 outubro 2011
 
Constituição da República do Brasil - Artigo 21
Constituição da República do Brasil - Artigo 21Constituição da República do Brasil - Artigo 21
Constituição da República do Brasil - Artigo 21
 
Proposta de Emenda na Constituição
Proposta de Emenda na ConstituiçãoProposta de Emenda na Constituição
Proposta de Emenda na Constituição
 
Informe 107 do PCCS
Informe 107 do PCCSInforme 107 do PCCS
Informe 107 do PCCS
 
SINTECT/VP - 56 Novembro
SINTECT/VP - 56 NovembroSINTECT/VP - 56 Novembro
SINTECT/VP - 56 Novembro
 
Despacho TST
Despacho TSTDespacho TST
Despacho TST
 
CT DERET
CT DERETCT DERET
CT DERET
 
Comparativo entre PCCS
Comparativo entre  PCCSComparativo entre  PCCS
Comparativo entre PCCS
 
SINTECT/VP Nº 55
SINTECT/VP Nº 55 SINTECT/VP Nº 55
SINTECT/VP Nº 55
 
Informe 044 FENTECT
Informe 044 FENTECTInforme 044 FENTECT
Informe 044 FENTECT
 
Ctfen 306 1
Ctfen 306 1Ctfen 306 1
Ctfen 306 1
 
Informe 042 FENTECT
Informe 042 FENTECTInforme 042 FENTECT
Informe 042 FENTECT
 
Greve e parecer jurídico da FENTECT
Greve e parecer jurídico da FENTECTGreve e parecer jurídico da FENTECT
Greve e parecer jurídico da FENTECT
 
Grito On line - orientações do sintect-pe
Grito On line - orientações do sintect-peGrito On line - orientações do sintect-pe
Grito On line - orientações do sintect-pe
 
Ata TST: FENTECT e ECT
Ata TST: FENTECT e ECTAta TST: FENTECT e ECT
Ata TST: FENTECT e ECT
 

Apoio às greves dos Correios e bancários

  • 1. Boletim Especial Greve de Bancários e Trabalhadores dos Correios Set / Out - 2011 Todo apoio às greves dos trabalhadores dos Correios e dos bancários Fotos: Agência Brasil H á vários dias os trabalhadores dos Correios realizam uma de suas maiores greves. Nossa central, a CSP­ Conlutas, tem estado ao lado de cada piquete, de cada mobilização, assem­ bleia ou passeata e temos sentido uma enorme disposição dessa cate­ goria. Temos nos dedicado a construir apoiar e fortalecer também a greve dos bancários, que iniciou esta sema­ na e já atinge 25 estados e o DF. Fortalecer a luta e a unidade en- tre as categorias mobilizadas ­ Mais do que nunca é necessário fortalecer essas greves. A cada dia a indignação dessas categorias aumenta, tendo em Bancários e trabalhadores dos Correios entraram na greve com disposição de luta vista o forte ataque do Governo Fede­ ral, da Empresa Brasileira de Correios nistro das Comunicações, Paulo Ber­ Bancários - Mais uma vez, a públicos como CEF (Caixa Econômica e Telégrafos e agora dos banqueiros nardo, que vem tratando de maneira mobilização se inicia enfrentando a Federal) e Banco do Brasil. contra os trabalhadores. sórdida a categoria. Publicam núme­ ganância dos banqueiros, que se re­ Os bancos obtiveram lucros acima Essa ofensiva se explica, em pri­ ros e declarações que menosprezam cusam a atender as reivindicações da de R$ 27,4 bilhões no primeiro semes­ meiro lugar, pela política econômica a greve, determinam o corte de pon­ categoria. Isto também se explica pela tre e têm plenas condições de atender do Governo Dilma que visa garantir to dos trabalhadores e, como fazem conivência de Dilma que, assim como as reivindicações da categoria. Os os seus compromissos com o paga­ os mais truculentos patrões do setor fez Lula, abandona os bancários e os bancários querem reajuste de 12,8% mento dos juros e serviços da dívida privado, dizem que não negociam em submete as chantagens, arrogância e (5% de ganho real mais a inflação do pública em detrimento do arrocho sa­ greve. Um verdadeiro absurdo! ameaças da Fenaban. Além disso, sua período), valorização do piso, maior larial, do aumento da exploração e da Os trabalhadores dos Correios que­ postura intransigente em relação ao participação nos lucros, mais contrata­ criminalização dessas lutas. rem reposição da inflação (7,16%), a re­ corte de ponto e a negação de seu go­ ções, fim da rotatividade, combate ao Ecetistas - Na greve, os trabalha­ posição das perdas salariais de 24,76%, verno em negociar com categorias em assédio moral, fim das metas abusivas, dores ecetistas tem se enfrentado de 1994 a 2010, piso salarial de R$ greve. Omitindo­se, conscientemente, mais segurança, igualdade de oportu­ diretamente com o presidente da em­ 1.635 entre outras reivindicações. frente ao fato de que ao menos 40% nidades e inclusão bancária sem preca­ presa, Wagner Pinheiro, e com o mi­ Além de lutar contra a privatização. da categoria é funcionária de bancos rização, entre outros itens. Os trabalhadores dos Correios querem reposição da inflação Os bancários lutam por 12,8%, valorização do piso, maior (7,16%), a reposição das perdas salariais de 24,76%, participação nos lucros, mais contratações, combate ao assédio de 1994 a 2010, piso salarial de R$ 1.635 entre outras moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de reivindicações. Além de lutar contra a privatização. oportunidades e inclusão bancária sem precarização. Divulgação Aumento real já! Se o Brasil cresceu, trabalhador quer o seu O s Correios, os bancos, a Petrobras, as mon­ tadoras, a construção civil, o setor de mi­ neração e inúmeros outros setores do empre­ política, reflete uma compreensão de que “se o Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”. É tam­ bém uma luta contra a sobrecarga de trabalho, sariado brasileiro seguem comemorando lucros uma luta contra a privatização da ECT, contra a recordes. Enquanto o governo lhes dá bilhões falta de segurança nos locais de trabalho pra exigir em isenção de impostos, anuncia cortes de aumento real já. Por isso, seguiremos ombro a om­ R$ 50 bilhões no orçamento, nega reajustes bro fortalecendo essas greves e exigindo que o go­ aos servidores públicos e aumenta em R$ 10 verno e os banqueiros atendam as reivindicações bilhões seu compromisso com o tal superávit dos trabalhadores. primário, ou seja, mais dinheiro para a banca O caminho para a vitória é unir os ecetistas, os internacional às custas do sacrifício dos traba­ bancários e os petroleiros (que também já iniciaram lhadores. suas mobilizações) numa mesma batalha, afinal to­ A greve dos trabalhadores dos Correios e dos se enfrentam com os interesses dos banqueiros também dos bancários é uma resposta a essa e a política econômica do Governo Dilma.
  • 2. Petroleiros, bancários e ecetistas: mesma classe, uma só luta Derrotar a política econômica de Dilma e avançar em conquistas Agência Brasil N a última semana os trabalhado­ res dos Correios, os bancários e os petroleiros, no Rio de Janeiro, mostraram o caminho quando rea­ lizaram uma manifestação unitária. Agora, em São Paulo, milhares de grevista ecetistas e trabalhadores dos bancos públicos e privados também se juntaram em um ato exigindo do governo, das empresas e dos banqueiros o atendimento imediato de suas reivindicações. A CSP­Conlutas é parte dessa movimentação e faz um chamado a todas as direções das categorias em luta para que busquemos intensificar e reproduzir essas iniciativas para for­ talecer o enfrentamento com o go­ verno, as empresas e os banqueiros e arranquemos as nossas conquistas. Concordamos com os com­ panheiros da FNTC (Frente Na­ cional dos Trabalhadores dos Cor­ reios), da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) e do MNOB (Mo­ vimento Nacional de Oposição Bancária). Eles afirmam que “a maioria das direções dos sindicatos A unificação fortalecerá a luta governistas (CUT e CTB) de início Sindicato dos Petroleiros Al/SE dos bancários, trabalhadores atuaram para evitar as greves, mas da ECT e petroleiros a disposição de luta dos trabalha­ dores, somado a intransigência do do movimento. Manter e unificar governo e a ganância dos banquei­ as greves para derrotar a política ros impôs o caminho da paralisa­ econômica de Dilma e dos ban­ ção, da luta e da ação direta. queiros e avançar no atendimento Agora é hora de apostar todas imediato das reivindicações dos as fichas na mais ampla unidade trabalhadores. É o momento de defender os direitos da mulher trabalhadora SindMetalSJC O salário das mulheres não cres­ ceu com o mesmo ritmo do aumento de seu trabalho. Desde “auxílio educação” após um perío­ do determinado. Essa batalha é muito importan­ 2007, quanto mais precarizado o te, porque a dificuldade em garan­ trabalho, mais mulheres são inte­ tir a matrícula dos filhos (as) em gradas ao dito mercado de trabalho. creches ou escolas é um dos maio­ O machismo e o preconceito fazem res motivos que faz as mulheres com que as mulheres tenham as largarem o emprego. Essa situação piores condições de trabalho e os não pode continuar! piores salários, além de estarem su­ A primeira presidenta mulher do jeitas a situações de assédio moral e país, Dilma Rousseff, está tratando sexual nos locais de trabalho. as trabalhadoras com muito des­ Combinar esse trabalho duro respeito. Além de não garantir o re­ com as responsabilidades domésti­ ajuste dos trabalhadores, entregou cas, que são impostas às mulheres os Correios à iniciativa privada e os é muito difícil. Estas realizam todos bancários às chantagens da Fena­ os dias uma dupla jornada de tra­ ban. Pior, quanto às demandas es­ Neste momento de greve, a mulher trabalhadora balho e sem receber nada por isso pecíficas da mulher trabalhadora, o também tem de lutar e defender seus direitos e sem ter nenhum direito a mais. grau de submissão as exigências do Nessa campanha, as categorias mercado financeiro internacional é tem condições de fazer as greves res. Precisamos unir mulheres e ho­ em luta devem reivindicar o “auxí­ tão grande, que isso nem passa na ficarem cada vez mais forte. Não mens contra o governo, verdadeiro lio creche” para seus filhos e filhas cabeça da presidenta. podemos deixar o machismo e o inimigo que discrimina as mulheres e a transformação desse auxílio em A força da luta das mulheres preconceito dividir os trabalhado­ e explora todos os trabalhadores.