O documento descreve os recentes protestos e greves na Grécia contra as medidas de austeridade impostas pelo FMI e União Europeia. A classe operária grega realizou uma greve geral em 16 de junho, bloqueando o parlamento e enfrentando a polícia. O documento critica a burocracia sindical por tentar conter os protestos e desviá-los para vias eleitorais em vez de uma revolução.
Grécia em chamas: a classe operária enfrenta o ataque do imperialismo com greves e barricadas
1. Grécia:
Com a GREVE GERAL, com barricadas e rodeando o parlamento, a classe
operária e a juventude explorada enfrentam o ataque.
Enquanto a dívida dos EUA e
o perigo de default grego
fazem tremer as bolsas de
todo mundo; o combate de
barricadas e a greve geral da
classe operária e os
explorados na Grécia põem
em xeque o governo
Papandreu e o plano do
imperialismo. Abaixo o
governo assassino e anti-
operário PASOK! Abaixo
Papandreau e todo seu
gabinete!
A heróica e combativa
classe operária grega segue
lutando em defesa de suas
25% das famílias ficam na rua, 10% de desocupação
conquistas e contra os planos de ataque do FMI, do
crônica e se há eliminado centenas de milhares de
Banco Mundial e da União Européia. Em 16 de
empregos. Agora, volta um novo e superior ataque,
junho, com sua terceira greve geral deste ano, em
que deverão pagar as massas com uma nova onda
unidade com os indignados das praças de todo o
de privatizações em benefício dos polvos
país, com combates de barricadas e cercando a
imperialistas, com ataques à aposentadoria, com
cidadela do poder, a classe operária grega se põe
salários de miséria, com mais fome e desemprego.
em posição de contra-ofensiva e lhe marcar o
Estas condições, de confronto brutal entre as
caminho aos indignados da Espanha e toda Europa.
classes inimigas começam a entrar em instâncias
30 mil trabalhadores empregados,
decisivas. Se a classe operária não dá uma saída, as
desempregados, imigrantes e estudantes combativos
darão os exploradores e não vai ser com mais
enfrentaram a polícia e rodearam essa gruta de
democracia. É por isso que a burguesia já alista as
bandidos do parlamento grego para impedir que os
suas bandas fascistas (armadas e financiadas pelo
deputados votem mais planos de “ajuste”. Abaixo o
grande capital) e prepara golpes
parlamento fantoche das transnacionais
contrarevolucionários e inclusive aos coronéis
imperialistas! Viva o combate dos explorados na
assassinos. Na Grécia, fascismo e comunismo
Grécia e toda Europa! Que se abra a revolução!
começam a ver-se a cara.
Agora sim, a classe operária da Europa
Enquanto, as burguesias imperialistas da
começa a lutar como na Síria, Líbia, Tunísia e Egito.
Europa contam com o serviço da burocracia sindical
Apesar e em contra da burocracia sindical traidora,
de todo o continente que, em meados de maio,
conquistou nas ruas a coordenação da classe
fizeram em Atenas o XII Congresso da Confederação
operária empregada que sai à greve com os jovens e
Européia de Sindicatos. Toda a burocracia foi a
operários imigrantes e sem trabalho, que acampam
Grécia para conter uma nova onda de luta da classe
faz semanas na praça Syntagma e nas praças de
operária e seus combates de barricadas e para que
todo o país. Esse é o exemplo que devem seguir os
esta não se sincronize com Espanha e as revoluções
trabalhadores e os “indignados” na Espanha e nos
no Norte da África e Oriente Médio. Como já fizeram
demais países da Europa.
em 2010 com uma reunião similar em Madri, estes
Há que derrotar os governos burgueses
burocratas social imperialistas, chamados pelo PC,
imperialistas que lhe querem fazer pagar aos
se reúnem para manter divididas as lutas do
explorados a crise que eles geraram salvando da
movimento operário europeu, país por país, e para
falência os bancos e as empresas, endividando as
impor a suas manifestações e greves a consigna de
gerações da classe operária. Há que coordenar a
“retificação” do ataque, impedindo que uma grande
greve geral revolucionária européia JÁ! Abaixo
ação de massas consiga derrubar à reacionária
Maastricht! Que rodem as cabeças da monarquia
unidade européia de Maastricht. Abaixo a
assassina espanhola, da Merkel, Berlusconi,
burocracia sindical pelega da UGT (União Geral
Cameron e da Rainha Isabel II, como rodaram as
dos Trabalhadores, NdT) e das CCOO
de Ben Alí e Mubarak!
(Confederação Sindical de Comissões Operárias,
Estamos frente a uma Grécia rasgada, com
NdT) do Estado espanhol; de ADEDY (Sindicato
os capitalistas tirando fora do pais as divisas, com os
Nacional dos Servidores Públicos, NdT) e GSEE
banqueiros cobrando suas dívidas, enquanto que
2. (Sindicato dos Trabalhadores do Setor Privado, vão, que se vão” e começando a fazer realidade as
NdT) da Grécia! proclamas de unidade internacionalista de “desde a
Estes burocratas traidores reuniram-se na praça Tahrir à praça Sintagma, aqui estamos”.
Grécia porque ali o proletariado e os explorados, que O combate da classe operária e os
pegaram no mesmo momento em que o capital explorados da Grécia junto à luta dos “indignados” do
financeiro internacional largara o ataque, pondo em estado espanhol devem triunfar. Por isso, para
xeque ao regime, o Estado e o governo de conseguir o pão, o trabalho, o salário e deter o
Karamanlis em 2008, já fizeram a experiência com a ataque: Uma só classe, uma só luta! Congresso de
“democracia parlamentar” com que foram desviados trabalhadores empregados e desempregados,
aqueles primeiros ataques. Toda a esquerda operários imigrantes, estudantes em luta, massas
reformista, os anticapitalistas, anarquistas e exploradas para organizar imediatamente uma
renegados do trotskismo, destacando a burocracia greve geral revolucionária européia para
sindical traidora, colocaram à classe operária na enfrentar aos governos imperialistas de toda
armadilha eleitoral para uma troca burguesa. O novo Europa! Viva a unidade da classe operária da
governo Papandreu (PASOK), foi o encarregado de Europa e mundial!
passar os planos de ataque do imperialismo. Ate ali Para unir as filas da classe operária, contra a
querem levar o atual combate dos explorados na política e o programa da burocracia sindical traidora:
Espanha, a eleições “democráticas” para realizar igual trabalho, igual salário, em toda a Europa e ao
mudanças cosméticas no regime. Também, agora, o outro lado do Mediterrâneo! Um só combate da
governo grego quer ser revestido de democrático, classe operária e aos explorados desde Portugal até
para escapar da fúria das massas, chamando a um as estepes russas para expropriar aos
“governo de unidade nacional”. Precisam legitimar as expropriadores! Abaixo Maastricht, a União Européia,
instituições do regime odiado pelas massas para seus governos e monarquias, todos assassinos e
seguir aprofundando o plano de ofensiva contra as espoliadores dos povos oprimidos do mundo!
conquistas da classe operária. Mas, dificilmente o Expropriação dos bancos e de todas as
proletariado grego volte a cair nessa armadilha. transnacionais! A verdadeira resolução dos
Os explorados na Grécia e na Europa têm problemas está no combate pelos Estados Unidos
muito que dizer ainda. Começam, já, a combater Socialistas da Europa!
como na Líbia, Tunísia e Síria ao grito de “que se ANIBAL VERA E ANA R.
Há que esmagar as bandas fascistas!
Na quarta-feira 12 de maio, no dia seguinte da greve geral do dia 11, custodiados pela polícia anti-
motim e demais forças repressivas do estado assassino, 1000 fascistas de “Xrisi Avgi” jogavam-se a uma
caça, um massacre(linchamento) contra trabalhadores imigrantes no centro da cidade de Atenas. Este fato,
que é continuidade das redadas nos bairros operários e de imigrantes e dos ataques às organizações de luta
das massas, deixou como s aldo o assassinato de um jovem de 20 anos, de Bangladesh, esfaqueado pelos
fascistas.
Em 15 de junho, quando as massas rodeavam o parlamento, novamente os fascistas saíram ao
encontro dos trabalhadores e dos jovens combatentes para fazer o trabalho sujo da patronal, do governo e
das transnacionais imperialistas.
A classe operária e suas organizações de luta não podem deixar passar um minuto mais para que os
fascistas sigam atuando. Há que pôr em pé, de maneira
urgente, um comitê de autodefesa único da classe
operária e das organizações em luta. Em cada local de
trabalho, nas assembléias de bairros, em escolas e
universidades, há que organizar a autodefesa e centralizar -
lá. A classe operária grega tem uma grande tradição de luta
contra o fascismo: Frente único de todas as organizações
operárias já para defender do ataque das bandas
fascistas e da polícia assassina! Chamemos aos
soldados rasos que negaram-se nos últimos três anos
de combate a reprimir a seus irmãos de classe e A polícia protege aos fascistas, enquanto estes atacam aos
conquistemos a milícia operária! operários imigrantes.