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Editorial
Na atual situação mundial aprofundaram-
se todas as contradições do período
histórico aberto em 2007 com o crash do
capital financeiro internacional. A quebra do
sistema capitalista imperialista brota à cada
passo por todos os poros.
A dinâmica da crise da economia capitalista,
deste sistema moribundo, poderíamos dizer,
para exemplificar, tomou a forma duma linha
em pendente para abaixo com forma de
serra,     com    pequenos      “respiros”  e
recorrentes crises. Os “respiros” são pelo
parasitismo do capital financeiro que tenta
recrear lucros na especulação, depois de                          Os Primeiros Ministros imperialistas: Papandreu (Grécia),
que estes suga-sangues, que vivem do                                       Sarkozy (França), Merkel (Alemanha).
saque e a espoliação do mundo semicolonial
e da escravatura da classe operária mundial,             impedir o triunfo dos explorados. A burguesia
se gastaram mais de 90 trilhões de dólares em            consegue pelo momento desviar em Egito, tenta
benefícios que o trabalho humano não produziu            conter na Tunísia, cerca as milícias operárias e
ainda. Mas a cada um destes “ciclos de expansão”         populares na Líbia, ataca na Síria, mas estoura a
parasitários termina por afundar mais a economia         “Republica dos Indignados” na Espanha e Grécia
mundial, empurrando a superiores ataques contra os       marca-lhe o caminho de luta a todo o proletariado
explorados e aguçando as disputas inter-                 Europeu. A revolução não se define em um só ato.
imperialistas. Se a revolução proletária internacional   Fascismo e comunismo se verão as caras.
não o resolve, a burguesia o fará com o fascismo e a     Os explorados deram mostras de sobra de sua
guerra.                                                  enorme predisposição ao combate como resposta à
Os enormes combates revolucionários no Norte da          crise imperialista. Mas suas direções - as
África, Oriente Médio e os que começam a se              burocracias, aristocracias operárias e os partidos
desenvolver em Graça e Espanha, se assentam nas          reformistas de todo tipo - conspiram para sustentar a
condições objetivamente revolucionárias abertas pela     cidadela do poder. A refundação da IV Internacional
bancarrota imperialista.                                 de 1938 para derrotar às direções traidoras da classe
O imperialismo concentra suas forças para derrotar a     operária e levar ao triunfo os combates
revolução com golpes contra-revolucionários, frente      revolucionários de massas, é uma tarefa de vida ou
popular, desvios parlamentares e sincroniza o            morte.
acionar das direções traidoras do proletariado para

    Os estados imperialistas em quebra, à beira do default… e as transnacionais amassam
                                          fortunas

No meio do marasmo da economia mundial, os               moeda - e com isso também desvaloriza sua dívida -,
monopólios e transnacionais imperialistas continuam      favorecendo suas exportações e lhe atirando toda
acumulando enormes super-lucros, em primeiro lugar       sua crise ao mundo em forma de inflação com
como resultado de um terrível ataque contra os           milhões de dólares em notas e títulos do tesouro não
explorados do mundo. Em segundo local, graças à          respaldados em produção real.
ruína e o endividamento de todos os estados              Com esta medida a sua vez, EUA garante um maior
imperialistas, que estão em uma aberta quebra            saque do mundo semicolonial. Uma parte da imensa
depois de ter destinado todas suas reservas para         massa de capitais que não encontram um local na
salvar aos super-bancos, utilizando a velha receita      produção para se reproduzir, EUA outorga-a como
de “nacionalizar as perdas e privatizar os lucros”.      empréstimos às “semi-colônias prósperas” como
Hoje EUA conta com uma dívida de 15 trilhões de          Brasil e a Índia, aprofundando assim seu
dólares, que equivale a 98 % de seu PIB. Assim o         endividamento.
imperialismo ianque ficou ao limite da dívida que        Como se isto fosse pouco, Estados Unidos absorve
pode ter o estado segundo sua Constituição. Ante         os dólares constantes e sonantes da China em troca
isto os piratas ianques vêm desvalorizando sua           de títulos do tesouro norte-americano para cobrir seu
                                                                                                             1
déficit fiscal e comercial. O capital financeiro        armamentistas de suas aventuras militares.
transformou ao ex-estado operário numa verdadeira       Enquanto, afundaram às massas norte-americanas
maquila de mão de obra barata à que saqueiam            na pior das crises, com o quite de conquistas, uma
brutalmente apoiada nos massacres do exército           terrível carestia da vida, uma histórica desemprego,
contra-revolucionário de Hu Jintao e os novos           com o recorte dos orçamentos para “ajudas sociais”
empresários “vermelhos” do PC.                          e uma brutal perseguição contra os operários
A charlatanearia barata das direções serventes de       imigrantes que inclui deportações, cárcere, repressão
Obama que afirmam que “China é imperialista”, não       e massacres a mãos dos xerifes fascistas.
resiste os fatos. À brutal escravatura operária na      O imperialismo ianque atirou-lhe toda sua crise ao
China, EUA com seus títulos do tesouro sem valor,       mundo para que a paguem as massas e seus
somou-lhe uma brutal inflação que esfomeia às           competidores imperialistas. Isto criou uma enorme
massas e que exacerba o caminho ao crash do             tensão sobre a Europa imperialista com o acordo de
“milagre chinês”. Mas a classe operária começa a        Maastricht em franca desintegração. A crise deixou
entrar em cena com grandiosas revoltas que              ao nu a ficção de uma moeda comum da maioria dos
concentram todas as contradições da situação            países da Europa, que em realidade era sustentada
mundial, criando as condições para a terceira           por EUA. Os bancos ianques eram os que lhe
revolução chinesa, antes que as potências               prestavam de forma secreta milhares de milhões de
imperialistas dessangram a nação, inclusive             dólares às potências imperialistas menores da
terminando com sua partição se é necessário.            Europa para que possam ser mantido na “zona euro”.
Assim é que todo ponto de desvalorização de EUA e       O crash de Wall Street fez impossível manter esses
toda refinanciação de sua dívida significam a ruína     empréstimos, ao que se somou a quebra dos
de todo país que tenha títulos do tesouro norte-        estados europeus que eram sacudidos a sua vez por
americano, isto é de uma grande parte do planeta. É     fortes mobilizações de massas.
desta forma como os Estados Unidos fazem pesar          O caso mais agudo é o estado grego, cuja dívida
seu status de potência dominante.                       equivale a um 150% de seu PIB. Isto também
                                                        acontece com Inglaterra, Itália, Portugal, Espanha,
Desta maneira é como hoje o capital financeiro de       todos estados quebrados pelo capital financeiro.
Wall Street realiza fabulosos super-lucros, depois de   Alemanha e França sobrevivem sobre a base da
saquear ao estado norte-americano. Primeiro             ruína e a decadência da Europa imperialista, e sobre
puseram-se nos bolsos 700 bilhões de dólares com o      o submetimento e saque de todo o Leste europeu até
resgate dos bancos. A sua vez utilizaram 1 trilhão de   as estepes russas, onde o FMI também meteu suas
dólares da reserva federal emitindo dólares como        garras endividando e quebrando esses estados.
crédito barato para reativar o consumo, ao mesmo
tempo que o estado pagava todas as despesas

             Grécia: o elo mais débil da corrente de domínio imperialista na Europa
                     Aprofunda-se o crash e as disputas inter-imperialistas

A crise desatada em 2007 deixa em manifesto que         países. No entanto também o mesmo Kahn
sobram potências imperialistas. A disputa pelas         negociava secretamente uma fórmula para reciclar a
zonas de influência e os mercados, terá potencia        milionária dívida dos EUA com fundos secretos do
vencedoras e potências vencidas.                        FMI (o que significava que o FMI reconheça como
Vão viver os imperialismos que mais derrotem a sua      “aporte” à dívida norte-americana).
classe operária e consigam afundar a seus               O acordo do FMI com Alemanha prejudicava a
competidores imperialistas para se combinar com         Estados Unidos, quem não podia cobrar a dívida que
novos mercados, isto é o saque das colônias e semi-     o estado grego mantém com eles. EUA não o podia
colônias para que estas paguem a crise e bancarrota     permitir e respondeu detendo à autoridade máxima
capitalista.                                            do FMI por uma causa que lhe cabe a qualquer
Isto é o que está em jogo ante o crash da Grécia que    capitalista: todos eles são exploradores, violadores,
deveio no elo mais débil da corrente de domínio         estafadores, assassinos.
imperialista. Quem paga a crise?                        Desta maneira EUA rompeu este plano e obrigou de
Semanas atrás, esta disputa cobrava-se a cabeça de      fato a Alemanha e ao conjunto da União Européia a
Strauus Kahn, titular do FMI e pré-candidato a          impor um novo ajuste da economia grega
presidente da França pelo Partido Socialista, quem      empurrando a um novo ataque contra as massas.
foi encarcerado acusado de violador. Dias antes de      Hoje a situação da economia grega tem-se aguçado.
sua detenção, Strauss Kahn estava a ponto de            A dívida do estado tornou-se insustentável e já não
fechar com Alemanha um plano de default ordenado        há crédito nem “salvatajem” que impeça o inevitável
da Grécia, para evitar que sua economia estoure         default. Parece ser que o resto das potências
arrastando com ela a Portugal, Irlanda e outros         imperialistas lhe soltaram a mão para que se afunde.
                                                                                                            2
Ante      isto   o    primeiro-ministro   Papandreu,       afundamento e colonização da Grécia. Revolução e
expressando o desespero do conjunto da burguesia,          contra-revolução já se vêem a cara; a burguesia
ofereceu sua demissão, enquanto com uma nova               alista suas bandas fascistas e prepara à casta de
greve geral o 15 de junho, as massas novamente             oficiais dos Coronéis assassinos, mas também a
começam a responder ao ataque para que a crise a           classe operária apresenta batalha brigando como no
paguem os capitalistas.                                    Magreb e Oriente Médio. Este é o caráter dos atuais
Os estados maiores do capital financeiro das               combates de classe.
diferentes potências imperialistas baralham possíveis      Assim de “forte” está o regime capitalista imperialista:
alternativas para a economia grega. Uma é que              todos contra todos, se metem presos, se disputam os
Grécia saia dos acordos de Maastrich e que                 mercados, não podem impedir novas irrupções de
desvalorize sua moeda e portanto afunde o salário          massas. E em frente a esta débâcle, quando é o
do conjunto da classe operária; outra é ir a um            momento de esmagar aos capitalistas, as direções
default (calote) controlado mas dentro dos acordos         da classe operária querem pôr aos explorados à
de Maastrich e o euro com um brutal plano de               defensiva, aos pés dos regimes burgueses e suas
privatizações que se aprofunda com milhares de             instituições. Basta! É o momento de golpear ao
demissões; e outro é que a burguesia com ataques           imperialismo generalizando o combate do Magreb a
fascistas e contra-revolucionários esmague às              toda Europa! É o momento de responder à
massas e esta seria a garantia para novos                  bancarrota imperialista com a revolução socialista!
empréstimos do FMI. Qualquer destas alternativas           Há que expropriar aos expropriadores!
seria o inferno para a classe operária e o



                                CHINA: Viva as revoltas da classe operária!
  O passado fim de semana na China, milhares de trabalhadores que migram do campo à cidade para tentar conseguir
  um trabalho, protagonizaram uma grande revolta na cidade de Zengcheng na província de Guangdon (Cantón),
  incendiando carros de polícia e queimando edifícios oficiais. A repressão do governo deixou a 25 trabalhadores
  detidos.
  Esta revolta dos trabalhadores foi em resposta a que na sexta-feira passada a polícia atacou à vendedora ambulante
  Wang Lianmei de 20 anos que estava grávida. Foi a faísca que acendeu a raiva que têm milhões de trabalhadores
  chineses ante o brutal ataque que comanda o governo de Hu Jintao com superexplotación, repressão e que agora se
  lhe soma uma brutal inflação com uma terrível suba de preços dos alimentos e das moradias.
  Este não foi um fato isolado. Na semana passada na cidade de Chaozhou, localidade da província de Guangdon, o
  operário ceramista Xion de 19 anos, que participava em um protesto por reclamos salariais, recebeu uma ferida de
  arma branca depois de discutir com seu chefe os salários não pagos na fábrica. Os trabalhadores indignados saíram à
  rua a protestar atacando edifícios do governo e incendiando veículos.
  Em abril passado os motoristas de caminhões de Shangai, o maior porto de contentores do mundo, declararam uma
  greve de vários dias para protestar contra a carestia da vida e a alça do preço da gasolina.
  É que a super-exploração dessa verdadeira maquila para as transnacionais imperialistas que é China, junto à brutal
  carestia da vida já não se agüenta mais.
  Este combate da classe operária chinesa estendeu-se também à região de Mongolia onde centos de trabalhadores
  protagonizaram manifestações contra a sobre-exploração dos recursos mineiros.
  Hoje os operários chineses começam a pôr-se de pé como parte das revolucione operárias e socialistas que
  começaram no Norte da África e Oriente Médio.

  Liberdade imediata e incondicional aos trabalhadores chineses presos a mãos do governo Hu Jintao servente do
  imperialismo!
  Viva a heróica luta da classe operária chinesa!
  Pela terceira revolução Chinesa que restaure a ditadura do proletariado sob formas revolucionárias!


    O parasitismo do capital financeiro exacerba o crash, a revolução e a contra-revolução

No meio desta situação e ante a débâcle do sistema         enormes lucros das transnacionais imperialistas
capitalista mundial, o parasitismo se exacerba a           fazem de “locomotiva” da economia mundial ou que
graus extremos. Por momentos, pareceria ser que os         os pequenos nichos de “crescimento”, que são
                                                                                                                   3
tendências contra-restantes à crise como China ou                     provocaram uma terrível carestia da vida e fome para
Índia, podem oferecer alguma perspectiva ao                           os explorados do planeta. Cada ciclo parasitário está
capitalismo    agonizante.    É    uma      verdadeira                baseado em um punhado que se enchem os bolsos
alucinação. A tendência à queda da taxa de lucro faz                  sobre a base de destruição de forças produtivas, de
com que o capital covarde não vá investir ao                          vagas de emprego, de fome e miséria para as
processo produtivo, senão à especulação parasitaria.                  massas!
EUA, no momento de seu mais grave crise de                            A crise mundial à cada momento faz estourar as
recessão, desemprego e dívida, desenvolve novos                       bolhas especulativas, anunciando que o sistema
ramos de produção tecnológicas, que em realidade                      capitalista não consegue reconstituir a taxa de lucro.
geram novas bolhas e sobre-preços. Aí esta o                          O parasitismo atual do capital financeiro está
exemplo de Facebook que dizem vale 7.500 milhões                      alertando que a luta pelos mercados não fará mais
de dólares, quando só conta com um escritório, um                     que aguçar-se. É que estes se encolhem e se
computador e um par de programas. Uma verdadeira                      contraem cada vez mais. Isto empurra a uma maior
farsa!                                                                disputa inter-imperialista pela partilha do mundo e
Com a crise de 2007 estourava primeiro a bolha                        por ver que potencia imperialista se cai do planeta e
imobiliária norte-americana e milhões de operários                    também paga a crise.
ficavam sem casa. Esse estouro produziu o derrube                     No momento atual se preanuncia que sem novas
de todas as bolsas do mundo; Europa afundou-se                        guerras o capital financeiro não poderá reconstituir
porque todos seus bancos estavam comprometidos                        sua taxa de lucro. Por isso, ante o estouro da cada
em Wall Street.                                                       bolha, maiores investimentos vão à indústria de
O capital financeiro não terminava de liquidificar suas               guerra. Esta será o ramo de produção mais
perdas com a grana que recebia dos estados                            importante que se desenvolverá, se o proletariado
imperialistas, que fugia a se refugiar nas                            não o impede com o triunfo da revolução socialista.
commodities. Fizeram subir artificialmente seus
preços açambarcando soja, trigo e milho, e assim

          Contra o ataque dos piratas imperialistas, há que preparar uma contra-ofensiva
                            revolucionária de massas a nível mundial

Desde janeiro até nossos dias, em apenas quase 5                      demonstram que já compreenderam que para
meses, se aconteceram mini-crashes recorrentes e                      comer há que derrotar aos governos e regimes
processos de revoluções em corrente como o aberto                     contra-revolucionários.
no Norte da África e Oriente Médio. Com seu
heroísmo    e     abnegação,    os    explorados

  Correspondente desde a revolução na Tunísia e Líbia para o Organizador Operário Internacional

“... Se a revolução Líbia fracassa, nós sofreremos mais que os líbios”. Quando um pergunta Por que? Eles
respondem “porque Tunísia foi a faísca”…

…Ontem partimos desde a cidade de Dahiba (Tunísia), onde seus habitantes nos brindaram sua imensa hospitalidade. Desde aquela
cidade as milícias líbias recebem armas, em sua maioria rifles de assalto AK-47 e lança-granadas abastecidos pelos próprios
trabalhadores e o povo tunisiano. Também no hospital de Dahiba se atendem aos milicianos feridos pelas bandas armadas de Khadafy.
Enquanto dezenas de famílias tunisianas alojam em suas humildes casas a centos de famílias líbias. A solidariedade internacionalista é
total. Khadafy sabe-o por isso suas tropas bombardeiam a cidade; enquanto a OTAN, o CNT de Bengasi e inclusive o governo interino
tunisino deixam-no correr…
…Os tunisinos, apesar e em contra do governo de transição, dos partidos opositores patronais, da oficialidade do exército, da UGTT e da
“frente 14 de janeiro”, conquistaram um caminho para lutar junto a seus irmãos líbios, ao mesmo tempo que em seu país não cessam as
greves, as mobilizações, as queima de delegacias e os confrontos com a polícia e o exército.
O comentário de todo operário, jovem estudante ou desempregado é que “se a revolução Líbia fracassa, nós sofreremos mais que os
líbios”. Quando um pergunta Por que? Eles respondem “porque Tunísia foi a faísca”…
…É mentira que a OTAN entrega armamento às milícias. O CNT nega-se a prover armas pesadas aos milicianos na frente de batalha. Os
combatentes dizem que as armas –além das que concedem os tunisinos- se conquistam nas batalhas arrancando-as às forças de
Khadafy…
…Hoje cruzamos a fronteira. Agora nos encontramos a uns 50 quilômetros de Zawiyah, ao oeste de Trípoli. Ontem teve intensos choques
com as forças de Khadafy. O palco de batalha foram as montanhas de Nafousa. Mais de cem soldados caíram do bando inimigo. No
entanto os médicos e enfermeiros informam que há quinze milicianos mortos. Há pessoas chorando, mas prima acalma nos operários,
estudantes, pequenos comerciantes, homens e mulheres, jovens e idosos, que dão sua vida à revolução. As tropas de Khadafy fugiram
para a cidade. As montanhas ficaram sob controle das milícias. Apesar da amargura pelos novos mártires, celebra-se saber que o dia
terminou com uma vitória. Trípoli esta mais perto!...


                                                                                                                                          4
Faísca na Tunísia, começa o incêndio na Europa

Hoje a corrente revolucionária do Norte da África e     Mediterrâneo, e com Grécia e Espanha como sua
Oriente Médio começa a penetrar nas ruas da             vanguarda, está muito próximo de iniciar uma
Europa imperialista. O proletariado grego pôs-se de     ofensiva revolucionária. O telão de fundo que
novo de pé como vanguarda da classe operária do         empurra a esta situação é a fenomenal crise do
continente. O 15/6 as massas vêm de protagonizar        capitalismo na Europa. Há que responder ao ataque
uma nova Greve Geral, com 20.000 explorados nas         dos capitalistas em um só combate da classe
ruas, centralizando aos “indignados” com a classe       operária de todo o continente: Greve Geral
operária, combatendo com suas barricadas contra a       revolucionária já em todo Europa para derrotar
polícia assassina, paralisando a produção e             aos governos e regimes imperialistas!
rodeando o Parlamento dos exploradores.                 A tarefa central do imperialismo e as burguesias
Depois que as direções traidoras lhe arrebataram à      nativas é impedir que o combate da classe operária e
classe operária da Grécia seu combate a mais de 8       as massas do Magreb e Oriente Médio penetre na
greves gerais que entre 2009 e 2010 protagonizaram      Europa imperialista, como já começa a acontecer
os explorados para derrotar o ataque dos                com a “República dos Indignados” de Espanha e a
capitalistas, hoje as massas gregas, conquistando a     Greve Geral grega.
unidade dos que lutam nas ruas, começam a brigar        Por isso no momento atual estamos presenciando a
como no Magreb e Oriente Médio ao grito de              resposta do imperialismo e seus agentes (as
“Revolução Européia”!                                   direções traidoras) ante a ofensiva de massas no
Em Espanha o exemplo da Praça do Cairo é                Norte da África, Oriente Médio e Europa.
imitado por milhões de explorados que ocupam            Seu objetivo contra-revolucionário é deslocar os
as principais praças ao grito de “nos tiraram           diferentes elos desta única corrente de combates
demasiado, agora o queremos tudo”. A pelega             revolucionários. Mostra disso são os golpes contra-
burocracia sindical da UGT e as CC.OO. conspira         revolucionários sangrentos contra as massas, como
contra os “Indignados” impedindo que estoure a          na Síria, Iêmen, Bahrein ou Marrocos. Também o é a
Greve geral que é a tarefa imediata para enfrentar o    política de frente popular de submetimento das
ataque de Zapatero e pôr-lhe o pé no peito à            massas revolucionárias a novos governos pseudo-
monarquia assassina do Rei Juan Carlos e a dinastia     democráticos pro-imperialistas como na Tunísia e
dos Borbons imperialistas. Para que a “República        Egito, que tentam desorganizar às massas e
dos Indignados” triunfe: há que seguir o caminho da     submeter-las à burguesia. Por essa via o
classe operária grega! Por comitês de fábrica em        imperialismo procura ganhar tempo para reconstituir
toda Espanha que votem delegados que se                 os regimes e estados que ficaram derrubados e em
coordenem com as praças dos “Indignados” para           crises pela luta revolucionária das massas, como na
impor a unidade das filas operárias e a Greve Geral     Tunísia e Egito.
contra Zapatero, a monarquia e as transnacionais!
Assim a classe operária européia, empurrada pelo
combate dos explorados ao outro lado do

                        Líbia: um combate decisivo do proletariado mundial

Estas políticas de contra-revolução, frente popular e   utilizando a todos seus agentes: ao “fascista”
intervenção imperialista direta, concentraram-se em     Khadafy e ao “democrático” Conselho Nacional de
Líbia. O objetivo é conter, desgastar e expropriar o    Transição.
impulso revolucionário de uma corrente de               O “trabalho sujo” de tentar esmagar às massas
insurreições locais que ameaçava com triunfar em        atribuíram-lho ao chacal Khadafy. No entanto, se os
Trípoli, com terminar de derrubar ao estado e           “generais democráticos” do CNT assumem o poder
desarmar ao exército na cidadela do poder, pondo à      em Líbia sua primeira tarefa será desarmar às
classe operária e os explorados muito próximos da       massas e massacrar a quem se oponha. Seu papel e
tomada do poder.                                        o da OTAN é fazer com que as massas rendam-se e
Hoje a situação em Líbia entrou em um impasse.          não ataquem a propriedade das transacionais.
Para romper a seu favor, os explorados devem unir       Enquanto, as direções reformistas das massas na
seu combate com o de Oriente Médio, o Norte da          região e fundamentalmente da Europa, tentam cercar
África e, fundamentalmente com Europa, para que a       às milícias operárias e populares que combatem sem
chama de Misarrata incendeie todo o Mediterrâneo.       quartel.
Por sua vez, o imperialismo busca romper este           O imperialismo definiu dois planos para derrotar a
impasse e avançar em derrotar a revolução,              revolução em Líbia e redobrar seu domínio e saque

                                                                                                          5
sobre a nação. Um é estabelecer um governo e                  consumidores, de soldados e de vigilância de
regime de protetorado, com a burguesia khadafysta e           Bengasi devem coordenar-se e centralizar as
do CNT baixo as ordens diretas dos generais da                riquezas de toda a indústria alimentícia e
OTAN, tal qual fizeram no Iraque. O outro plano é a           metalúrgica para pôr-la ao serviço da guerra civil.
partição de Líbia, para repartir entre as camariilhas         Para esta tarefa, os únicos aliados das massas
imperialistas. Se a revolução é derrotada, qualquer           insurretas líbias são os operários do Norte da África,
seja o plano que se imponha, em Líbia não virá mais           Oriente Médio, Europa e todo mundo. Há que
democracia, senão dobros e triplos correntes de               generalizar o combate das milícias operárias e
submetimento ao imperialismo.                                 populares de Misarrata a toda a região e que
Para triunfar, as massas devem pôr em pé um                   cruze o Mediterrâneo a Europa! Brigadas
governo provisório revolucionário em toda Líbia               operárias
de trabalhadores, comitês de soldados e as                    internacionais
milícias revolucionárias, que exproprie à                     de todas as
burguesia e ao imperialismo em cada região que                organizações
controle. Este é o único caminho para que voltem a            operárias da
irromper os explorados de Trípoli que estão sob a             Europa,       da
bota de Khadafy, para unificar novamente o combate            Tunísia         e
das massas de toda Líbia. Um governo assim é o                Egito      para
que pode derrotar as tropas do chacal Khadafy,                combater em
enfrentar à OTAN e desconhecer ao CNT burguês,                Misarrata       e
rompendo todos seus acordos com o imperialismo.               todo Líbia!
Fora os oficiais khadafystas das milícias e os                                     Milícia operária e popular em Misarrata, Líbia.
comitês de soldados! Os combatentes devem
eleger a seus chefes no campo de batalha e
renová-los por votação direta. Os comitês de



 Correspondente desde a primeira linha de combate em Misarrata (Líbia) para o Organizador
 Operário Internacional

 “...se a direita chegasse a tomar o controle, junto às tropas da OTAN, quando termine esta batalha, seria o
 começo de outra...”

 …Fomos adentrando-nos na vegetação uns 200 metros e começamos a combater. Responderam-nos, em seguida.
 preparavam uma emboscada. Tínhamo-los em cima. Atacavam-nos sem piedade. Não pudemos manter o domínio do
 terreno nem por um segundo. Os khadafistas disparavam-nos com lança-granadas. Tivemos algumas baixas. Pudemos
 correr e resguardar-nos. Ao final redobramo-nos sem deixar de lutar e pudemos fazê-los retroceder…
 …Já no acampamento, enquanto se curava aos feridos, a dor pelos colegas caídos invadiu o local.
 Um capítulo aparte merece a gente de Misarrata que ante a cada batalha ou enfrentamento se acerca com sua enorme
 solidariedade e amor. Todos tomam tarefas em ajudar com os feridos e em prover-nos de petrechos e alimentos. Muitos
 jovens parceiros que se vão somando à milícia são recebidos por suas mães e famílias…
 …Ao fim posso voltar a contar-lhes sobre os duros confrontos que estamos levando adiante. Amanhã voltaremos a tomar
 guarda… não para defender o terreno que o imperialismo da OTAN nos delimitou, nem para servir a seus sujos
 interesses. Este foi um dos pontos centrais de discussão entre os milicianos, inclusive quando estamos brigamos cotovelo
 a cotovelo e costas com costas na frente de batalha…
 …As conversas e os debates que se armam sobre como a revolução deve jogar ao capitalismo e seus cães, são a cada vez
 mais profundas. Em nosso grupo temos claro que se a direita chegasse a tomar o controle, junto às tropas da OTAN,
 quando termine esta batalha, seria o começo de outra.
 Este sentimento está muito arraigado nos colegas, é que cá sabemos que na linha de fogo não há nem um só desses ex
 servidores públicos que saem nos meios. Nenhum deles esta com seu corpo, enfrentando com as tropas Khadafistas…
 …O alimento demora dias em chegar, se é que chega. O CNT continua boicotando-nos. Enquanto com seus
 bombardeios os khadafistas assediam nossas posições em Misarrata. A cidade esta rodeada, só temos passo e saída pelo
 norte, mas a resistência é heróica. A paixão e o sacrifício crescem nos combatentes da revolução…

 Espero cedo voltar a escrever-lhes. Um forte abraço para todos.

                                                                                                      RM, Correspondente

                                                                                                                               6
Síria: ofensiva de massas, partição do exército e sangrento ataque contra-revolucionário

Na Síria vemos heróicas ações revolucionárias de         condições para a revolução socialista”, de que “as
massas contra o regime assassino da o Assad,             massas carecem de consciência”. As massas
verdadeiro bastião do imperialismo na região             revolucionárias da região demonstram que seu
sustentando ao governo pró imperialista de Siniora       heroísmo e perspicácia são mil vezes mais
no Líbano, que contém às massas palestinas para          poderosos que a estratégia e o programa reformistas
que não destruam ao estado sionista fascista de          das direções do Fórum Social Mundial.
Israel.                                                  Estes processos revolucionários no Magreb e Oriente
Com sua luta, os explorados sírios empurraram a          Médio puseram novamente de pé às massas
milhares de soldados (aos operários e as classes         palestinas, quem desde os campos de refugiados
médias arruinadas do campo e a cidade sob armas),        entram ao combate contra o estado de Israel,
a desconhecer as ordens de seus oficiais contra-         principal   dispositivo   contra-revolucionário      do
revolucionários que os chamavam a reprimir às            imperialismo na região. Desta maneira enfrentam o
massas. Assim aconteceu o 7/6, quando os oficiais        pacto de Hamas e Al Fatah que reconhece a
ordenaram reprimir os funerais dos mártires              existência de Israel sob o plano imperialista dos
assassinados pelo governo, e os soldados se              “Dois Estados”.
negaram, mataram a 120 polícias e se uniram às filas     Os burocratas traidores e os partidos reformistas
dos explorados.                                          conspiram para impedir que o combate de Misarrata
Com milhares de mortos nas ruas, as massas               triunfe em Madri, Atenas, Londres, Roma e Moscou
começam a partir ao exército contra-revolucionário.      como revolução socialista. No entanto, as condições
Abaixo o regime genocida de Al Assad,                    para uma contra-ofensiva generalizada de massas já
sustentado por Obama e todas as potências                estão aqui. Para sincronizá-la e brigar por seu triunfo
imperialistas!                                           derrotando às direções traidoras, há que conquistar
Esta nova mostra revolucionária das massas sírias é      uma Conferência Internacional das Organizações
uma bofetada na cara de todos os “bolivarianos”,         Operárias Revolucionárias e o Trotskismo
stalinistas e renegados do trotskismo que falam de       Principista.
“revoluções democráticas”, que “a burguesia
democrática arma às massas”, de que “não há

                “A crise da humanidade reduz-se à crise de sua direção revolucionária”
       Há que derrotar às burocracias sindicais e partidos reformistas que sustentam ao
                                   imperialismo agonizante

A principal trava que hoje têm as massas são as
direções reformistas que têm a sua frente. Todas as
burocracias sindicais, as aristocracias operárias e as
correntes stalinistas e dos renegados do trotskismo
são uma verdadeira “Santa Aliança” para sustentar
ao capitalismo em crise.
Estas direções traidoras do Fórum Social Mundial e o
V Internacional concentram-se em separar os
combates do proletariado país por país e em destruir
os organismos de auto-organização, democracia
direta e armamento que as massas põem em pé,                  Toxo, das CCOO da Espanha, presidente do Congresso das
como no Magreb e Oriente Médio. Assim querem                 centrais sindicais burocráticas da Europa em Atenas, Grécia.
impedir que surjam os soviets de operários e             reuniu a toda a burocracia das centrais européias,
camponeses, e das classes médias e setores               agente de sua própria burguesia imperialista, com o
populares arruinados. E quando estes surgem,             objetivo de cercar o combate dos explorados
buscam os submeter à burguesia com uma política          espanhóis e sua “República dos Indignados”. Ao
de colaboração de classes, para, com frases doces e      mesmo tempo, como meses atrás o fizesse o Fórum
cantos de sereia, jogar água ao fogo da revolução.       Social Mundial em Dakar, os assim chamados
Desta forma dão-lhe tempo à burguesia de preparar        “Partidos Anticapitalistas”, junto a correntes
suas bandas fascistas e golpes bonapartistas para        stalinistas de Oriente Médio, vêm de se reunir em
esmagar as revoluções que estão em curso.                Marselha (França) para impedir um golpe
Esta pérfida política de colaboração de classes é        sincronizado do proletariado do Norte da África e
centralizada a nível mundial, como fizeram               Oriente Médio com seus irmãos de classe de todo
recentemente no Congresso da Confederação                Europa.
Européia de Sindicatos realizado em Atenas que
                                                                                                                            7
Eles são os responsáveis por dessincronizar às            regimes, como acontece com a greve dos
heróicas massas líbias e a sua milícia em Misarrata e     combativos mineiros do El Tenente em Chile, junto
Bengasi, do heróico proletariado da Tunísia e Egito e     ao combate da juventude estudantil; com os
da classe operária da Europa que hoje se põe de pé!       operários petroleiros e os trabalhadores docentes em
Fora as mãos do reformismo do combate                     Santa Cruz - Argentina, que lutam contra o governo
revolucionário das massas!                                Kirchner, o regime do Pacto Social e os monopólios
Ali estão, por exemplo, as correntes “anticapitalistas”   imperialistas; com os explorados peruanos de
como o NPA francês e o SWP Inglês que, junto a            Arequipa e Puno que protagonizam uma fenomenal
seus satélites ou variantes a nível mundial de            luta contra o saque *imperialista; com os mineiros,
renegados do trotskismo, quando estouram                  fabris e estudantes que em Bolívia rompem com a
revoluções proletárias que derrubam os regimes            direção colaboracionista da COB e a frente popular
capitalistas dizem que “se trata da luta pela             de Morales se pondo novamente à vanguarda do
democracia” ou de “uma nova primavera dos povos”.         combate no continente americano.
São os mesmos que sustentam a Maastricht                  Estas direções afirmam que não há condições
propondo às massas que há que “lutar por uma              “maduras” para o triunfo da revolução proletária, ou
Europa social”, enquanto cinicamente se dedicam           que o requisito econômico para a revolução não
desde seus confortáveis sofás a criticar os “limites”     “chegou ainda”. Estas são as teses reformistas com
do combate dos explorados como em Espanha…                as quais estas direções lhe jogam a culpa às massas
quando eles são inimigos de enfrentar aos governos        de suas próprias traições.
e regimes para derrotar o ataque dos capitalistas         Contra estes traidores do proletariado, o programa
como demonstraram nos combates da classe                  da IV Internacional propõe o que as condições atuais
operária grega. Hoje em Espanha negam-se a brigar         reafirmam: “o requisito econômico prévio para a
em contra da monarquia assassina, a máxima                revolução proletária atingiu já, em termos gerais, o
representante do capital financeiro espanhol.             mais alto grau de maturidade que possa ser
Anticapitalistas? Não; enfermeiros do capitalismo         conseguido sob o capitalismo (…) as crises
agonizante!                                               conjunturais, nas condições da crise social do
Estas são as mesmas direções que no continente            sistema capitalista em seu conjunto, infligem às
americano submeteram à classe operária norte-             massas em seu conjunto privações cada vez
americana a Obama. Apóiam e sustentam aos                 maiores. O desemprego crescente, a sua vez,
governos “bolivarianos” que garantem o saque das          aprofunda a crise financeira do estado (…) a
transnacionais imperialistas e atacam sem piedade à       burguesia mesma já não vê nenhuma saída.”
classe operária. Em Peru, por exemplo, a LIT              Contra todos os sem vergonhas reformistas, desde a
chamou a votar por Humala “contra Fujimori”, como         FLTI afirmamos junto do Programa de Transição: “o
ontem fizeram com Evo Morales os renegados do             obstáculo principal no caminho de transformação
trotskismo como o Partido Obrero da Argentina. São        do estado pré-revolucionário em estado
serventes da fraude da “Revolução Bolivariana” de         revolucionário É O CARÁTER OPORTUNISTA DA
Chávez e Castro, que hoje sustentam ao chacal             DIREÇÃO       PROLETÁRIA:         SUA     COVARDIA
Khadafy e se preparam para restaurar o capitalismo        PEQUENO-BURGUESA              ANTE     A    GRANDE
em Cuba.                                                  BURGUESIA E SUA TRAIDORA ASSOCIAÇÃO
Mas em Latino América também estão a 180° das             COM ELA, AINDA EM SUA AGONIA.”
ações das massas, que empurram por voltar a entrar
em manobras de revolução contra estes governos e

      O novo período aberto com a crise mundial de 2007, de crise, guerras, revoluções e contra-
                       revoluções, não deixará viver em paz aos reformistas
                    Por um Comitê Internacional Refundador da IV Internacional!

A crise mundial do sistema capitalista desatada em        que ver com os verdadeiros processos de
2007 abriu um período de “contra-reformismo”. Os          radicalização de massas, com as revoluções que
partidos reformistas não têm firme o solo sob seus        estão em curso. É que nenhum dos estados maiores
pés porque os capitalistas já não podem conceder à        chamaram a nenhuma das revoluções e insurreições
classe operária pequenas esmolas que eles façam           de massas. Pelo contrário seu programa sempre foi o
passar como reformas ou conquistas do proletariado.       de “pressionar” à burguesia em todas suas variantes,
Os partidos reformistas ficam ao nu ante os olhos da      democratas, muçulmanas, bolivarianas, etc.
vanguarda operária mundial. Quanto mais jogam seu         A tarefa do movimento revolucionário internacional,
papel, os aparelhos reformistas mais debilitam-se.        isto é, dos combatentes pela IV Internacional, é
Seu estalido é iminente. A burguesia utiliza-os como      impedir que os aparelhos conservadores e traidores
a limões espremidos. Hoje os renegados do                 do passado sigam manipulando, desmoralizando,
trotskismo ficaram reduzidos a seitas que nada têm
                                                                                                            8
cercando aos processos revolucionários que estão        novo Kienthal e Zimmerwald em frente à Segunda
em curso.                                               Guerra Mundial, e se preparar para construir partidos
Essa é a primeira obrigação internacionalista dos que   revolucionários durante e à saída desta.
queremos chegar a tempo a construir um partido          Isso esteve proposto. Quanta razão tinha Trotsky e
revolucionário no Norte da África e na Europa, ante o   os fundadores da IV Internacional, que, contra as
fragor do combate que já começou.                       alas pequeno-burguesas e desesperadas do mesmo
Ainda perdura, pelo momento, desde a crise              movimento, afirmavam que não se trata de uma só
econômica mundial de 2007, o peso dos aparelhos         revolução, senão de todo um período de guerras e
reformistas do passado que entregaram a IV              revoluções. Este caráter da época lhe dará ao
Internacional (como fizeram os renegados do             movimento revolucionário mil e umas oportunidades
trotskismo) e os estados operários (como fez o          de fundir com as massas, a condição de não trair; de
stalinismo) à burguesia e ao imperialismo mundial.      não degenerar no nacionalismo; de aprender da cada
Mas as massas dão-nos aos revolucionários mil e         revolução, para sacar lições para as que vêm,
umas oportunidades para que, no combate mesmo,          formando nelas aos quadros que dirigirão os futuros
cheguemos a tempo a pôr em pé um Comitê pela            triunfos decisivos do proletariado mundial.
Refundação da IV Internacional que lhe imponha          O programa e a estratégia da IV Internacional
derrotas ao reformismo, sem o qual será impossível      passaram a prova da história, os que falavam em
construir partidos revolucionários capazes de levar     nome do trotskismo não. À saída da Segunda Guerra
ao proletariado à vitória e à tomada do poder.          Mundial o movimento trotskista degenerou porque
Estamos presenciando os primeiros atos de um            seus dirigentes dissolveram o centro internacional
processo revolucionário mundial. Não estamos ao         formado pelo camarada Trotsky, com o que suas
final. A emergência de processos de radicalização já    seções nacionais ficaram submetidas à “frente
está aqui. As condições para que ressurja e madure      democrática” imperialista como na França e na pós-
o bolchevismo estão em marcha.                          guerra terminaram por se adaptar completamente ao
A diferença da revolução de outubro na Rússia em        stalinismo. A IV Internacional, então, foi uma
1917, onde existia um partido revolucionário e          tentativa frustrada por culpa do oportunismo e os
quadros formados no período prévio, no processo         usurpadores do trotskismo. Mas os trotskistas
atual –como nos processos revolucionários dos ’30       tentaremos novamente uma e mil vezes.
como Espanha ou França- o partido revolucionário        As condições objetivas para que ressurja o
deve ser posto em pé quando a revolução já              bolchevismo, isto é, a fração internacionalista do
começou.                                                proletariado mundial, já estão presentes e se estão
O marxismo revolucionário em Espanha e na França        desenvolvendo. Ante os acontecimentos do Magreb
nos ’30 teve nove anos para pôr em pé uma direção       e Oriente Médio que começam a penetrar na Europa,
revolucionária antes que chegue a guerra. As débeis     se pôs à ordem do dia um reagrupamento
forças do movimento revolucionário, em momentos         internacional ofensivo das forças do trotskismo
de retrocesso do proletariado mundial encabeçado        principista    e    das     organizações    operárias
pela degeneração da URSS e o stalinismo, não            revolucionárias. Os dirigentes de um estado maior da
puderam impedir o caminho à derrota e à guerra.         revolução socialista já estão combatendo: São a
Mas o proletariado e sua vanguarda mais avançada        jovem geração do proletariado que encabeça as
sim puderam pôr em pé a IV Internacional, como um       milícias em Líbia, que lutam na Tunísia e Egito, que
                                                        cruzam os muros e alambrados do estado sionista
                                                        fascista de Israel para combater contra o ocupante;
                                                        que enfrentam às bandas fascistas na Grécia, que
                                                        rompem com o governo de Evo Morales em Bolívia e
                                                        lutam contra a burocracia da COB, que se sublevam
                                                        contra as transnacionais em Peru e Chile; que
                                                        protagonizam a valente “República dos Indignados”.
                                                        Desde a FLTI chamamos pôr em pé um Comitê
                                                        Internacional      pela     Refundação      da     IV
                                                        Internacional, para devolver-lhe ao proletariado
                                                        mundial a direção revolucionária que precisa para
                                     Leon Trotsky       triunfar.
                                                                                              Comitê Redator




                                                                                                           9

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Organizador Obrero Internacional Ed Especial: Siria sobre el "Alto el fuego"
 

Editorial

  • 1. Editorial Na atual situação mundial aprofundaram- se todas as contradições do período histórico aberto em 2007 com o crash do capital financeiro internacional. A quebra do sistema capitalista imperialista brota à cada passo por todos os poros. A dinâmica da crise da economia capitalista, deste sistema moribundo, poderíamos dizer, para exemplificar, tomou a forma duma linha em pendente para abaixo com forma de serra, com pequenos “respiros” e recorrentes crises. Os “respiros” são pelo parasitismo do capital financeiro que tenta recrear lucros na especulação, depois de Os Primeiros Ministros imperialistas: Papandreu (Grécia), que estes suga-sangues, que vivem do Sarkozy (França), Merkel (Alemanha). saque e a espoliação do mundo semicolonial e da escravatura da classe operária mundial, impedir o triunfo dos explorados. A burguesia se gastaram mais de 90 trilhões de dólares em consegue pelo momento desviar em Egito, tenta benefícios que o trabalho humano não produziu conter na Tunísia, cerca as milícias operárias e ainda. Mas a cada um destes “ciclos de expansão” populares na Líbia, ataca na Síria, mas estoura a parasitários termina por afundar mais a economia “Republica dos Indignados” na Espanha e Grécia mundial, empurrando a superiores ataques contra os marca-lhe o caminho de luta a todo o proletariado explorados e aguçando as disputas inter- Europeu. A revolução não se define em um só ato. imperialistas. Se a revolução proletária internacional Fascismo e comunismo se verão as caras. não o resolve, a burguesia o fará com o fascismo e a Os explorados deram mostras de sobra de sua guerra. enorme predisposição ao combate como resposta à Os enormes combates revolucionários no Norte da crise imperialista. Mas suas direções - as África, Oriente Médio e os que começam a se burocracias, aristocracias operárias e os partidos desenvolver em Graça e Espanha, se assentam nas reformistas de todo tipo - conspiram para sustentar a condições objetivamente revolucionárias abertas pela cidadela do poder. A refundação da IV Internacional bancarrota imperialista. de 1938 para derrotar às direções traidoras da classe O imperialismo concentra suas forças para derrotar a operária e levar ao triunfo os combates revolução com golpes contra-revolucionários, frente revolucionários de massas, é uma tarefa de vida ou popular, desvios parlamentares e sincroniza o morte. acionar das direções traidoras do proletariado para Os estados imperialistas em quebra, à beira do default… e as transnacionais amassam fortunas No meio do marasmo da economia mundial, os moeda - e com isso também desvaloriza sua dívida -, monopólios e transnacionais imperialistas continuam favorecendo suas exportações e lhe atirando toda acumulando enormes super-lucros, em primeiro lugar sua crise ao mundo em forma de inflação com como resultado de um terrível ataque contra os milhões de dólares em notas e títulos do tesouro não explorados do mundo. Em segundo local, graças à respaldados em produção real. ruína e o endividamento de todos os estados Com esta medida a sua vez, EUA garante um maior imperialistas, que estão em uma aberta quebra saque do mundo semicolonial. Uma parte da imensa depois de ter destinado todas suas reservas para massa de capitais que não encontram um local na salvar aos super-bancos, utilizando a velha receita produção para se reproduzir, EUA outorga-a como de “nacionalizar as perdas e privatizar os lucros”. empréstimos às “semi-colônias prósperas” como Hoje EUA conta com uma dívida de 15 trilhões de Brasil e a Índia, aprofundando assim seu dólares, que equivale a 98 % de seu PIB. Assim o endividamento. imperialismo ianque ficou ao limite da dívida que Como se isto fosse pouco, Estados Unidos absorve pode ter o estado segundo sua Constituição. Ante os dólares constantes e sonantes da China em troca isto os piratas ianques vêm desvalorizando sua de títulos do tesouro norte-americano para cobrir seu 1
  • 2. déficit fiscal e comercial. O capital financeiro armamentistas de suas aventuras militares. transformou ao ex-estado operário numa verdadeira Enquanto, afundaram às massas norte-americanas maquila de mão de obra barata à que saqueiam na pior das crises, com o quite de conquistas, uma brutalmente apoiada nos massacres do exército terrível carestia da vida, uma histórica desemprego, contra-revolucionário de Hu Jintao e os novos com o recorte dos orçamentos para “ajudas sociais” empresários “vermelhos” do PC. e uma brutal perseguição contra os operários A charlatanearia barata das direções serventes de imigrantes que inclui deportações, cárcere, repressão Obama que afirmam que “China é imperialista”, não e massacres a mãos dos xerifes fascistas. resiste os fatos. À brutal escravatura operária na O imperialismo ianque atirou-lhe toda sua crise ao China, EUA com seus títulos do tesouro sem valor, mundo para que a paguem as massas e seus somou-lhe uma brutal inflação que esfomeia às competidores imperialistas. Isto criou uma enorme massas e que exacerba o caminho ao crash do tensão sobre a Europa imperialista com o acordo de “milagre chinês”. Mas a classe operária começa a Maastricht em franca desintegração. A crise deixou entrar em cena com grandiosas revoltas que ao nu a ficção de uma moeda comum da maioria dos concentram todas as contradições da situação países da Europa, que em realidade era sustentada mundial, criando as condições para a terceira por EUA. Os bancos ianques eram os que lhe revolução chinesa, antes que as potências prestavam de forma secreta milhares de milhões de imperialistas dessangram a nação, inclusive dólares às potências imperialistas menores da terminando com sua partição se é necessário. Europa para que possam ser mantido na “zona euro”. Assim é que todo ponto de desvalorização de EUA e O crash de Wall Street fez impossível manter esses toda refinanciação de sua dívida significam a ruína empréstimos, ao que se somou a quebra dos de todo país que tenha títulos do tesouro norte- estados europeus que eram sacudidos a sua vez por americano, isto é de uma grande parte do planeta. É fortes mobilizações de massas. desta forma como os Estados Unidos fazem pesar O caso mais agudo é o estado grego, cuja dívida seu status de potência dominante. equivale a um 150% de seu PIB. Isto também acontece com Inglaterra, Itália, Portugal, Espanha, Desta maneira é como hoje o capital financeiro de todos estados quebrados pelo capital financeiro. Wall Street realiza fabulosos super-lucros, depois de Alemanha e França sobrevivem sobre a base da saquear ao estado norte-americano. Primeiro ruína e a decadência da Europa imperialista, e sobre puseram-se nos bolsos 700 bilhões de dólares com o o submetimento e saque de todo o Leste europeu até resgate dos bancos. A sua vez utilizaram 1 trilhão de as estepes russas, onde o FMI também meteu suas dólares da reserva federal emitindo dólares como garras endividando e quebrando esses estados. crédito barato para reativar o consumo, ao mesmo tempo que o estado pagava todas as despesas Grécia: o elo mais débil da corrente de domínio imperialista na Europa Aprofunda-se o crash e as disputas inter-imperialistas A crise desatada em 2007 deixa em manifesto que países. No entanto também o mesmo Kahn sobram potências imperialistas. A disputa pelas negociava secretamente uma fórmula para reciclar a zonas de influência e os mercados, terá potencia milionária dívida dos EUA com fundos secretos do vencedoras e potências vencidas. FMI (o que significava que o FMI reconheça como Vão viver os imperialismos que mais derrotem a sua “aporte” à dívida norte-americana). classe operária e consigam afundar a seus O acordo do FMI com Alemanha prejudicava a competidores imperialistas para se combinar com Estados Unidos, quem não podia cobrar a dívida que novos mercados, isto é o saque das colônias e semi- o estado grego mantém com eles. EUA não o podia colônias para que estas paguem a crise e bancarrota permitir e respondeu detendo à autoridade máxima capitalista. do FMI por uma causa que lhe cabe a qualquer Isto é o que está em jogo ante o crash da Grécia que capitalista: todos eles são exploradores, violadores, deveio no elo mais débil da corrente de domínio estafadores, assassinos. imperialista. Quem paga a crise? Desta maneira EUA rompeu este plano e obrigou de Semanas atrás, esta disputa cobrava-se a cabeça de fato a Alemanha e ao conjunto da União Européia a Strauus Kahn, titular do FMI e pré-candidato a impor um novo ajuste da economia grega presidente da França pelo Partido Socialista, quem empurrando a um novo ataque contra as massas. foi encarcerado acusado de violador. Dias antes de Hoje a situação da economia grega tem-se aguçado. sua detenção, Strauss Kahn estava a ponto de A dívida do estado tornou-se insustentável e já não fechar com Alemanha um plano de default ordenado há crédito nem “salvatajem” que impeça o inevitável da Grécia, para evitar que sua economia estoure default. Parece ser que o resto das potências arrastando com ela a Portugal, Irlanda e outros imperialistas lhe soltaram a mão para que se afunde. 2
  • 3. Ante isto o primeiro-ministro Papandreu, afundamento e colonização da Grécia. Revolução e expressando o desespero do conjunto da burguesia, contra-revolução já se vêem a cara; a burguesia ofereceu sua demissão, enquanto com uma nova alista suas bandas fascistas e prepara à casta de greve geral o 15 de junho, as massas novamente oficiais dos Coronéis assassinos, mas também a começam a responder ao ataque para que a crise a classe operária apresenta batalha brigando como no paguem os capitalistas. Magreb e Oriente Médio. Este é o caráter dos atuais Os estados maiores do capital financeiro das combates de classe. diferentes potências imperialistas baralham possíveis Assim de “forte” está o regime capitalista imperialista: alternativas para a economia grega. Uma é que todos contra todos, se metem presos, se disputam os Grécia saia dos acordos de Maastrich e que mercados, não podem impedir novas irrupções de desvalorize sua moeda e portanto afunde o salário massas. E em frente a esta débâcle, quando é o do conjunto da classe operária; outra é ir a um momento de esmagar aos capitalistas, as direções default (calote) controlado mas dentro dos acordos da classe operária querem pôr aos explorados à de Maastrich e o euro com um brutal plano de defensiva, aos pés dos regimes burgueses e suas privatizações que se aprofunda com milhares de instituições. Basta! É o momento de golpear ao demissões; e outro é que a burguesia com ataques imperialismo generalizando o combate do Magreb a fascistas e contra-revolucionários esmague às toda Europa! É o momento de responder à massas e esta seria a garantia para novos bancarrota imperialista com a revolução socialista! empréstimos do FMI. Qualquer destas alternativas Há que expropriar aos expropriadores! seria o inferno para a classe operária e o CHINA: Viva as revoltas da classe operária! O passado fim de semana na China, milhares de trabalhadores que migram do campo à cidade para tentar conseguir um trabalho, protagonizaram uma grande revolta na cidade de Zengcheng na província de Guangdon (Cantón), incendiando carros de polícia e queimando edifícios oficiais. A repressão do governo deixou a 25 trabalhadores detidos. Esta revolta dos trabalhadores foi em resposta a que na sexta-feira passada a polícia atacou à vendedora ambulante Wang Lianmei de 20 anos que estava grávida. Foi a faísca que acendeu a raiva que têm milhões de trabalhadores chineses ante o brutal ataque que comanda o governo de Hu Jintao com superexplotación, repressão e que agora se lhe soma uma brutal inflação com uma terrível suba de preços dos alimentos e das moradias. Este não foi um fato isolado. Na semana passada na cidade de Chaozhou, localidade da província de Guangdon, o operário ceramista Xion de 19 anos, que participava em um protesto por reclamos salariais, recebeu uma ferida de arma branca depois de discutir com seu chefe os salários não pagos na fábrica. Os trabalhadores indignados saíram à rua a protestar atacando edifícios do governo e incendiando veículos. Em abril passado os motoristas de caminhões de Shangai, o maior porto de contentores do mundo, declararam uma greve de vários dias para protestar contra a carestia da vida e a alça do preço da gasolina. É que a super-exploração dessa verdadeira maquila para as transnacionais imperialistas que é China, junto à brutal carestia da vida já não se agüenta mais. Este combate da classe operária chinesa estendeu-se também à região de Mongolia onde centos de trabalhadores protagonizaram manifestações contra a sobre-exploração dos recursos mineiros. Hoje os operários chineses começam a pôr-se de pé como parte das revolucione operárias e socialistas que começaram no Norte da África e Oriente Médio. Liberdade imediata e incondicional aos trabalhadores chineses presos a mãos do governo Hu Jintao servente do imperialismo! Viva a heróica luta da classe operária chinesa! Pela terceira revolução Chinesa que restaure a ditadura do proletariado sob formas revolucionárias! O parasitismo do capital financeiro exacerba o crash, a revolução e a contra-revolução No meio desta situação e ante a débâcle do sistema enormes lucros das transnacionais imperialistas capitalista mundial, o parasitismo se exacerba a fazem de “locomotiva” da economia mundial ou que graus extremos. Por momentos, pareceria ser que os os pequenos nichos de “crescimento”, que são 3
  • 4. tendências contra-restantes à crise como China ou provocaram uma terrível carestia da vida e fome para Índia, podem oferecer alguma perspectiva ao os explorados do planeta. Cada ciclo parasitário está capitalismo agonizante. É uma verdadeira baseado em um punhado que se enchem os bolsos alucinação. A tendência à queda da taxa de lucro faz sobre a base de destruição de forças produtivas, de com que o capital covarde não vá investir ao vagas de emprego, de fome e miséria para as processo produtivo, senão à especulação parasitaria. massas! EUA, no momento de seu mais grave crise de A crise mundial à cada momento faz estourar as recessão, desemprego e dívida, desenvolve novos bolhas especulativas, anunciando que o sistema ramos de produção tecnológicas, que em realidade capitalista não consegue reconstituir a taxa de lucro. geram novas bolhas e sobre-preços. Aí esta o O parasitismo atual do capital financeiro está exemplo de Facebook que dizem vale 7.500 milhões alertando que a luta pelos mercados não fará mais de dólares, quando só conta com um escritório, um que aguçar-se. É que estes se encolhem e se computador e um par de programas. Uma verdadeira contraem cada vez mais. Isto empurra a uma maior farsa! disputa inter-imperialista pela partilha do mundo e Com a crise de 2007 estourava primeiro a bolha por ver que potencia imperialista se cai do planeta e imobiliária norte-americana e milhões de operários também paga a crise. ficavam sem casa. Esse estouro produziu o derrube No momento atual se preanuncia que sem novas de todas as bolsas do mundo; Europa afundou-se guerras o capital financeiro não poderá reconstituir porque todos seus bancos estavam comprometidos sua taxa de lucro. Por isso, ante o estouro da cada em Wall Street. bolha, maiores investimentos vão à indústria de O capital financeiro não terminava de liquidificar suas guerra. Esta será o ramo de produção mais perdas com a grana que recebia dos estados importante que se desenvolverá, se o proletariado imperialistas, que fugia a se refugiar nas não o impede com o triunfo da revolução socialista. commodities. Fizeram subir artificialmente seus preços açambarcando soja, trigo e milho, e assim Contra o ataque dos piratas imperialistas, há que preparar uma contra-ofensiva revolucionária de massas a nível mundial Desde janeiro até nossos dias, em apenas quase 5 demonstram que já compreenderam que para meses, se aconteceram mini-crashes recorrentes e comer há que derrotar aos governos e regimes processos de revoluções em corrente como o aberto contra-revolucionários. no Norte da África e Oriente Médio. Com seu heroísmo e abnegação, os explorados Correspondente desde a revolução na Tunísia e Líbia para o Organizador Operário Internacional “... Se a revolução Líbia fracassa, nós sofreremos mais que os líbios”. Quando um pergunta Por que? Eles respondem “porque Tunísia foi a faísca”… …Ontem partimos desde a cidade de Dahiba (Tunísia), onde seus habitantes nos brindaram sua imensa hospitalidade. Desde aquela cidade as milícias líbias recebem armas, em sua maioria rifles de assalto AK-47 e lança-granadas abastecidos pelos próprios trabalhadores e o povo tunisiano. Também no hospital de Dahiba se atendem aos milicianos feridos pelas bandas armadas de Khadafy. Enquanto dezenas de famílias tunisianas alojam em suas humildes casas a centos de famílias líbias. A solidariedade internacionalista é total. Khadafy sabe-o por isso suas tropas bombardeiam a cidade; enquanto a OTAN, o CNT de Bengasi e inclusive o governo interino tunisino deixam-no correr… …Os tunisinos, apesar e em contra do governo de transição, dos partidos opositores patronais, da oficialidade do exército, da UGTT e da “frente 14 de janeiro”, conquistaram um caminho para lutar junto a seus irmãos líbios, ao mesmo tempo que em seu país não cessam as greves, as mobilizações, as queima de delegacias e os confrontos com a polícia e o exército. O comentário de todo operário, jovem estudante ou desempregado é que “se a revolução Líbia fracassa, nós sofreremos mais que os líbios”. Quando um pergunta Por que? Eles respondem “porque Tunísia foi a faísca”… …É mentira que a OTAN entrega armamento às milícias. O CNT nega-se a prover armas pesadas aos milicianos na frente de batalha. Os combatentes dizem que as armas –além das que concedem os tunisinos- se conquistam nas batalhas arrancando-as às forças de Khadafy… …Hoje cruzamos a fronteira. Agora nos encontramos a uns 50 quilômetros de Zawiyah, ao oeste de Trípoli. Ontem teve intensos choques com as forças de Khadafy. O palco de batalha foram as montanhas de Nafousa. Mais de cem soldados caíram do bando inimigo. No entanto os médicos e enfermeiros informam que há quinze milicianos mortos. Há pessoas chorando, mas prima acalma nos operários, estudantes, pequenos comerciantes, homens e mulheres, jovens e idosos, que dão sua vida à revolução. As tropas de Khadafy fugiram para a cidade. As montanhas ficaram sob controle das milícias. Apesar da amargura pelos novos mártires, celebra-se saber que o dia terminou com uma vitória. Trípoli esta mais perto!... 4
  • 5. Faísca na Tunísia, começa o incêndio na Europa Hoje a corrente revolucionária do Norte da África e Mediterrâneo, e com Grécia e Espanha como sua Oriente Médio começa a penetrar nas ruas da vanguarda, está muito próximo de iniciar uma Europa imperialista. O proletariado grego pôs-se de ofensiva revolucionária. O telão de fundo que novo de pé como vanguarda da classe operária do empurra a esta situação é a fenomenal crise do continente. O 15/6 as massas vêm de protagonizar capitalismo na Europa. Há que responder ao ataque uma nova Greve Geral, com 20.000 explorados nas dos capitalistas em um só combate da classe ruas, centralizando aos “indignados” com a classe operária de todo o continente: Greve Geral operária, combatendo com suas barricadas contra a revolucionária já em todo Europa para derrotar polícia assassina, paralisando a produção e aos governos e regimes imperialistas! rodeando o Parlamento dos exploradores. A tarefa central do imperialismo e as burguesias Depois que as direções traidoras lhe arrebataram à nativas é impedir que o combate da classe operária e classe operária da Grécia seu combate a mais de 8 as massas do Magreb e Oriente Médio penetre na greves gerais que entre 2009 e 2010 protagonizaram Europa imperialista, como já começa a acontecer os explorados para derrotar o ataque dos com a “República dos Indignados” de Espanha e a capitalistas, hoje as massas gregas, conquistando a Greve Geral grega. unidade dos que lutam nas ruas, começam a brigar Por isso no momento atual estamos presenciando a como no Magreb e Oriente Médio ao grito de resposta do imperialismo e seus agentes (as “Revolução Européia”! direções traidoras) ante a ofensiva de massas no Em Espanha o exemplo da Praça do Cairo é Norte da África, Oriente Médio e Europa. imitado por milhões de explorados que ocupam Seu objetivo contra-revolucionário é deslocar os as principais praças ao grito de “nos tiraram diferentes elos desta única corrente de combates demasiado, agora o queremos tudo”. A pelega revolucionários. Mostra disso são os golpes contra- burocracia sindical da UGT e as CC.OO. conspira revolucionários sangrentos contra as massas, como contra os “Indignados” impedindo que estoure a na Síria, Iêmen, Bahrein ou Marrocos. Também o é a Greve geral que é a tarefa imediata para enfrentar o política de frente popular de submetimento das ataque de Zapatero e pôr-lhe o pé no peito à massas revolucionárias a novos governos pseudo- monarquia assassina do Rei Juan Carlos e a dinastia democráticos pro-imperialistas como na Tunísia e dos Borbons imperialistas. Para que a “República Egito, que tentam desorganizar às massas e dos Indignados” triunfe: há que seguir o caminho da submeter-las à burguesia. Por essa via o classe operária grega! Por comitês de fábrica em imperialismo procura ganhar tempo para reconstituir toda Espanha que votem delegados que se os regimes e estados que ficaram derrubados e em coordenem com as praças dos “Indignados” para crises pela luta revolucionária das massas, como na impor a unidade das filas operárias e a Greve Geral Tunísia e Egito. contra Zapatero, a monarquia e as transnacionais! Assim a classe operária européia, empurrada pelo combate dos explorados ao outro lado do Líbia: um combate decisivo do proletariado mundial Estas políticas de contra-revolução, frente popular e utilizando a todos seus agentes: ao “fascista” intervenção imperialista direta, concentraram-se em Khadafy e ao “democrático” Conselho Nacional de Líbia. O objetivo é conter, desgastar e expropriar o Transição. impulso revolucionário de uma corrente de O “trabalho sujo” de tentar esmagar às massas insurreições locais que ameaçava com triunfar em atribuíram-lho ao chacal Khadafy. No entanto, se os Trípoli, com terminar de derrubar ao estado e “generais democráticos” do CNT assumem o poder desarmar ao exército na cidadela do poder, pondo à em Líbia sua primeira tarefa será desarmar às classe operária e os explorados muito próximos da massas e massacrar a quem se oponha. Seu papel e tomada do poder. o da OTAN é fazer com que as massas rendam-se e Hoje a situação em Líbia entrou em um impasse. não ataquem a propriedade das transacionais. Para romper a seu favor, os explorados devem unir Enquanto, as direções reformistas das massas na seu combate com o de Oriente Médio, o Norte da região e fundamentalmente da Europa, tentam cercar África e, fundamentalmente com Europa, para que a às milícias operárias e populares que combatem sem chama de Misarrata incendeie todo o Mediterrâneo. quartel. Por sua vez, o imperialismo busca romper este O imperialismo definiu dois planos para derrotar a impasse e avançar em derrotar a revolução, revolução em Líbia e redobrar seu domínio e saque 5
  • 6. sobre a nação. Um é estabelecer um governo e consumidores, de soldados e de vigilância de regime de protetorado, com a burguesia khadafysta e Bengasi devem coordenar-se e centralizar as do CNT baixo as ordens diretas dos generais da riquezas de toda a indústria alimentícia e OTAN, tal qual fizeram no Iraque. O outro plano é a metalúrgica para pôr-la ao serviço da guerra civil. partição de Líbia, para repartir entre as camariilhas Para esta tarefa, os únicos aliados das massas imperialistas. Se a revolução é derrotada, qualquer insurretas líbias são os operários do Norte da África, seja o plano que se imponha, em Líbia não virá mais Oriente Médio, Europa e todo mundo. Há que democracia, senão dobros e triplos correntes de generalizar o combate das milícias operárias e submetimento ao imperialismo. populares de Misarrata a toda a região e que Para triunfar, as massas devem pôr em pé um cruze o Mediterrâneo a Europa! Brigadas governo provisório revolucionário em toda Líbia operárias de trabalhadores, comitês de soldados e as internacionais milícias revolucionárias, que exproprie à de todas as burguesia e ao imperialismo em cada região que organizações controle. Este é o único caminho para que voltem a operárias da irromper os explorados de Trípoli que estão sob a Europa, da bota de Khadafy, para unificar novamente o combate Tunísia e das massas de toda Líbia. Um governo assim é o Egito para que pode derrotar as tropas do chacal Khadafy, combater em enfrentar à OTAN e desconhecer ao CNT burguês, Misarrata e rompendo todos seus acordos com o imperialismo. todo Líbia! Fora os oficiais khadafystas das milícias e os Milícia operária e popular em Misarrata, Líbia. comitês de soldados! Os combatentes devem eleger a seus chefes no campo de batalha e renová-los por votação direta. Os comitês de Correspondente desde a primeira linha de combate em Misarrata (Líbia) para o Organizador Operário Internacional “...se a direita chegasse a tomar o controle, junto às tropas da OTAN, quando termine esta batalha, seria o começo de outra...” …Fomos adentrando-nos na vegetação uns 200 metros e começamos a combater. Responderam-nos, em seguida. preparavam uma emboscada. Tínhamo-los em cima. Atacavam-nos sem piedade. Não pudemos manter o domínio do terreno nem por um segundo. Os khadafistas disparavam-nos com lança-granadas. Tivemos algumas baixas. Pudemos correr e resguardar-nos. Ao final redobramo-nos sem deixar de lutar e pudemos fazê-los retroceder… …Já no acampamento, enquanto se curava aos feridos, a dor pelos colegas caídos invadiu o local. Um capítulo aparte merece a gente de Misarrata que ante a cada batalha ou enfrentamento se acerca com sua enorme solidariedade e amor. Todos tomam tarefas em ajudar com os feridos e em prover-nos de petrechos e alimentos. Muitos jovens parceiros que se vão somando à milícia são recebidos por suas mães e famílias… …Ao fim posso voltar a contar-lhes sobre os duros confrontos que estamos levando adiante. Amanhã voltaremos a tomar guarda… não para defender o terreno que o imperialismo da OTAN nos delimitou, nem para servir a seus sujos interesses. Este foi um dos pontos centrais de discussão entre os milicianos, inclusive quando estamos brigamos cotovelo a cotovelo e costas com costas na frente de batalha… …As conversas e os debates que se armam sobre como a revolução deve jogar ao capitalismo e seus cães, são a cada vez mais profundas. Em nosso grupo temos claro que se a direita chegasse a tomar o controle, junto às tropas da OTAN, quando termine esta batalha, seria o começo de outra. Este sentimento está muito arraigado nos colegas, é que cá sabemos que na linha de fogo não há nem um só desses ex servidores públicos que saem nos meios. Nenhum deles esta com seu corpo, enfrentando com as tropas Khadafistas… …O alimento demora dias em chegar, se é que chega. O CNT continua boicotando-nos. Enquanto com seus bombardeios os khadafistas assediam nossas posições em Misarrata. A cidade esta rodeada, só temos passo e saída pelo norte, mas a resistência é heróica. A paixão e o sacrifício crescem nos combatentes da revolução… Espero cedo voltar a escrever-lhes. Um forte abraço para todos. RM, Correspondente 6
  • 7. Síria: ofensiva de massas, partição do exército e sangrento ataque contra-revolucionário Na Síria vemos heróicas ações revolucionárias de condições para a revolução socialista”, de que “as massas contra o regime assassino da o Assad, massas carecem de consciência”. As massas verdadeiro bastião do imperialismo na região revolucionárias da região demonstram que seu sustentando ao governo pró imperialista de Siniora heroísmo e perspicácia são mil vezes mais no Líbano, que contém às massas palestinas para poderosos que a estratégia e o programa reformistas que não destruam ao estado sionista fascista de das direções do Fórum Social Mundial. Israel. Estes processos revolucionários no Magreb e Oriente Com sua luta, os explorados sírios empurraram a Médio puseram novamente de pé às massas milhares de soldados (aos operários e as classes palestinas, quem desde os campos de refugiados médias arruinadas do campo e a cidade sob armas), entram ao combate contra o estado de Israel, a desconhecer as ordens de seus oficiais contra- principal dispositivo contra-revolucionário do revolucionários que os chamavam a reprimir às imperialismo na região. Desta maneira enfrentam o massas. Assim aconteceu o 7/6, quando os oficiais pacto de Hamas e Al Fatah que reconhece a ordenaram reprimir os funerais dos mártires existência de Israel sob o plano imperialista dos assassinados pelo governo, e os soldados se “Dois Estados”. negaram, mataram a 120 polícias e se uniram às filas Os burocratas traidores e os partidos reformistas dos explorados. conspiram para impedir que o combate de Misarrata Com milhares de mortos nas ruas, as massas triunfe em Madri, Atenas, Londres, Roma e Moscou começam a partir ao exército contra-revolucionário. como revolução socialista. No entanto, as condições Abaixo o regime genocida de Al Assad, para uma contra-ofensiva generalizada de massas já sustentado por Obama e todas as potências estão aqui. Para sincronizá-la e brigar por seu triunfo imperialistas! derrotando às direções traidoras, há que conquistar Esta nova mostra revolucionária das massas sírias é uma Conferência Internacional das Organizações uma bofetada na cara de todos os “bolivarianos”, Operárias Revolucionárias e o Trotskismo stalinistas e renegados do trotskismo que falam de Principista. “revoluções democráticas”, que “a burguesia democrática arma às massas”, de que “não há “A crise da humanidade reduz-se à crise de sua direção revolucionária” Há que derrotar às burocracias sindicais e partidos reformistas que sustentam ao imperialismo agonizante A principal trava que hoje têm as massas são as direções reformistas que têm a sua frente. Todas as burocracias sindicais, as aristocracias operárias e as correntes stalinistas e dos renegados do trotskismo são uma verdadeira “Santa Aliança” para sustentar ao capitalismo em crise. Estas direções traidoras do Fórum Social Mundial e o V Internacional concentram-se em separar os combates do proletariado país por país e em destruir os organismos de auto-organização, democracia direta e armamento que as massas põem em pé, Toxo, das CCOO da Espanha, presidente do Congresso das como no Magreb e Oriente Médio. Assim querem centrais sindicais burocráticas da Europa em Atenas, Grécia. impedir que surjam os soviets de operários e reuniu a toda a burocracia das centrais européias, camponeses, e das classes médias e setores agente de sua própria burguesia imperialista, com o populares arruinados. E quando estes surgem, objetivo de cercar o combate dos explorados buscam os submeter à burguesia com uma política espanhóis e sua “República dos Indignados”. Ao de colaboração de classes, para, com frases doces e mesmo tempo, como meses atrás o fizesse o Fórum cantos de sereia, jogar água ao fogo da revolução. Social Mundial em Dakar, os assim chamados Desta forma dão-lhe tempo à burguesia de preparar “Partidos Anticapitalistas”, junto a correntes suas bandas fascistas e golpes bonapartistas para stalinistas de Oriente Médio, vêm de se reunir em esmagar as revoluções que estão em curso. Marselha (França) para impedir um golpe Esta pérfida política de colaboração de classes é sincronizado do proletariado do Norte da África e centralizada a nível mundial, como fizeram Oriente Médio com seus irmãos de classe de todo recentemente no Congresso da Confederação Europa. Européia de Sindicatos realizado em Atenas que 7
  • 8. Eles são os responsáveis por dessincronizar às regimes, como acontece com a greve dos heróicas massas líbias e a sua milícia em Misarrata e combativos mineiros do El Tenente em Chile, junto Bengasi, do heróico proletariado da Tunísia e Egito e ao combate da juventude estudantil; com os da classe operária da Europa que hoje se põe de pé! operários petroleiros e os trabalhadores docentes em Fora as mãos do reformismo do combate Santa Cruz - Argentina, que lutam contra o governo revolucionário das massas! Kirchner, o regime do Pacto Social e os monopólios Ali estão, por exemplo, as correntes “anticapitalistas” imperialistas; com os explorados peruanos de como o NPA francês e o SWP Inglês que, junto a Arequipa e Puno que protagonizam uma fenomenal seus satélites ou variantes a nível mundial de luta contra o saque *imperialista; com os mineiros, renegados do trotskismo, quando estouram fabris e estudantes que em Bolívia rompem com a revoluções proletárias que derrubam os regimes direção colaboracionista da COB e a frente popular capitalistas dizem que “se trata da luta pela de Morales se pondo novamente à vanguarda do democracia” ou de “uma nova primavera dos povos”. combate no continente americano. São os mesmos que sustentam a Maastricht Estas direções afirmam que não há condições propondo às massas que há que “lutar por uma “maduras” para o triunfo da revolução proletária, ou Europa social”, enquanto cinicamente se dedicam que o requisito econômico para a revolução não desde seus confortáveis sofás a criticar os “limites” “chegou ainda”. Estas são as teses reformistas com do combate dos explorados como em Espanha… as quais estas direções lhe jogam a culpa às massas quando eles são inimigos de enfrentar aos governos de suas próprias traições. e regimes para derrotar o ataque dos capitalistas Contra estes traidores do proletariado, o programa como demonstraram nos combates da classe da IV Internacional propõe o que as condições atuais operária grega. Hoje em Espanha negam-se a brigar reafirmam: “o requisito econômico prévio para a em contra da monarquia assassina, a máxima revolução proletária atingiu já, em termos gerais, o representante do capital financeiro espanhol. mais alto grau de maturidade que possa ser Anticapitalistas? Não; enfermeiros do capitalismo conseguido sob o capitalismo (…) as crises agonizante! conjunturais, nas condições da crise social do Estas são as mesmas direções que no continente sistema capitalista em seu conjunto, infligem às americano submeteram à classe operária norte- massas em seu conjunto privações cada vez americana a Obama. Apóiam e sustentam aos maiores. O desemprego crescente, a sua vez, governos “bolivarianos” que garantem o saque das aprofunda a crise financeira do estado (…) a transnacionais imperialistas e atacam sem piedade à burguesia mesma já não vê nenhuma saída.” classe operária. Em Peru, por exemplo, a LIT Contra todos os sem vergonhas reformistas, desde a chamou a votar por Humala “contra Fujimori”, como FLTI afirmamos junto do Programa de Transição: “o ontem fizeram com Evo Morales os renegados do obstáculo principal no caminho de transformação trotskismo como o Partido Obrero da Argentina. São do estado pré-revolucionário em estado serventes da fraude da “Revolução Bolivariana” de revolucionário É O CARÁTER OPORTUNISTA DA Chávez e Castro, que hoje sustentam ao chacal DIREÇÃO PROLETÁRIA: SUA COVARDIA Khadafy e se preparam para restaurar o capitalismo PEQUENO-BURGUESA ANTE A GRANDE em Cuba. BURGUESIA E SUA TRAIDORA ASSOCIAÇÃO Mas em Latino América também estão a 180° das COM ELA, AINDA EM SUA AGONIA.” ações das massas, que empurram por voltar a entrar em manobras de revolução contra estes governos e O novo período aberto com a crise mundial de 2007, de crise, guerras, revoluções e contra- revoluções, não deixará viver em paz aos reformistas Por um Comitê Internacional Refundador da IV Internacional! A crise mundial do sistema capitalista desatada em que ver com os verdadeiros processos de 2007 abriu um período de “contra-reformismo”. Os radicalização de massas, com as revoluções que partidos reformistas não têm firme o solo sob seus estão em curso. É que nenhum dos estados maiores pés porque os capitalistas já não podem conceder à chamaram a nenhuma das revoluções e insurreições classe operária pequenas esmolas que eles façam de massas. Pelo contrário seu programa sempre foi o passar como reformas ou conquistas do proletariado. de “pressionar” à burguesia em todas suas variantes, Os partidos reformistas ficam ao nu ante os olhos da democratas, muçulmanas, bolivarianas, etc. vanguarda operária mundial. Quanto mais jogam seu A tarefa do movimento revolucionário internacional, papel, os aparelhos reformistas mais debilitam-se. isto é, dos combatentes pela IV Internacional, é Seu estalido é iminente. A burguesia utiliza-os como impedir que os aparelhos conservadores e traidores a limões espremidos. Hoje os renegados do do passado sigam manipulando, desmoralizando, trotskismo ficaram reduzidos a seitas que nada têm 8
  • 9. cercando aos processos revolucionários que estão novo Kienthal e Zimmerwald em frente à Segunda em curso. Guerra Mundial, e se preparar para construir partidos Essa é a primeira obrigação internacionalista dos que revolucionários durante e à saída desta. queremos chegar a tempo a construir um partido Isso esteve proposto. Quanta razão tinha Trotsky e revolucionário no Norte da África e na Europa, ante o os fundadores da IV Internacional, que, contra as fragor do combate que já começou. alas pequeno-burguesas e desesperadas do mesmo Ainda perdura, pelo momento, desde a crise movimento, afirmavam que não se trata de uma só econômica mundial de 2007, o peso dos aparelhos revolução, senão de todo um período de guerras e reformistas do passado que entregaram a IV revoluções. Este caráter da época lhe dará ao Internacional (como fizeram os renegados do movimento revolucionário mil e umas oportunidades trotskismo) e os estados operários (como fez o de fundir com as massas, a condição de não trair; de stalinismo) à burguesia e ao imperialismo mundial. não degenerar no nacionalismo; de aprender da cada Mas as massas dão-nos aos revolucionários mil e revolução, para sacar lições para as que vêm, umas oportunidades para que, no combate mesmo, formando nelas aos quadros que dirigirão os futuros cheguemos a tempo a pôr em pé um Comitê pela triunfos decisivos do proletariado mundial. Refundação da IV Internacional que lhe imponha O programa e a estratégia da IV Internacional derrotas ao reformismo, sem o qual será impossível passaram a prova da história, os que falavam em construir partidos revolucionários capazes de levar nome do trotskismo não. À saída da Segunda Guerra ao proletariado à vitória e à tomada do poder. Mundial o movimento trotskista degenerou porque Estamos presenciando os primeiros atos de um seus dirigentes dissolveram o centro internacional processo revolucionário mundial. Não estamos ao formado pelo camarada Trotsky, com o que suas final. A emergência de processos de radicalização já seções nacionais ficaram submetidas à “frente está aqui. As condições para que ressurja e madure democrática” imperialista como na França e na pós- o bolchevismo estão em marcha. guerra terminaram por se adaptar completamente ao A diferença da revolução de outubro na Rússia em stalinismo. A IV Internacional, então, foi uma 1917, onde existia um partido revolucionário e tentativa frustrada por culpa do oportunismo e os quadros formados no período prévio, no processo usurpadores do trotskismo. Mas os trotskistas atual –como nos processos revolucionários dos ’30 tentaremos novamente uma e mil vezes. como Espanha ou França- o partido revolucionário As condições objetivas para que ressurja o deve ser posto em pé quando a revolução já bolchevismo, isto é, a fração internacionalista do começou. proletariado mundial, já estão presentes e se estão O marxismo revolucionário em Espanha e na França desenvolvendo. Ante os acontecimentos do Magreb nos ’30 teve nove anos para pôr em pé uma direção e Oriente Médio que começam a penetrar na Europa, revolucionária antes que chegue a guerra. As débeis se pôs à ordem do dia um reagrupamento forças do movimento revolucionário, em momentos internacional ofensivo das forças do trotskismo de retrocesso do proletariado mundial encabeçado principista e das organizações operárias pela degeneração da URSS e o stalinismo, não revolucionárias. Os dirigentes de um estado maior da puderam impedir o caminho à derrota e à guerra. revolução socialista já estão combatendo: São a Mas o proletariado e sua vanguarda mais avançada jovem geração do proletariado que encabeça as sim puderam pôr em pé a IV Internacional, como um milícias em Líbia, que lutam na Tunísia e Egito, que cruzam os muros e alambrados do estado sionista fascista de Israel para combater contra o ocupante; que enfrentam às bandas fascistas na Grécia, que rompem com o governo de Evo Morales em Bolívia e lutam contra a burocracia da COB, que se sublevam contra as transnacionais em Peru e Chile; que protagonizam a valente “República dos Indignados”. Desde a FLTI chamamos pôr em pé um Comitê Internacional pela Refundação da IV Internacional, para devolver-lhe ao proletariado mundial a direção revolucionária que precisa para Leon Trotsky triunfar. Comitê Redator 9