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IPAC- Inventario e Proteção ao Acervo Cultural de Porecatu: Gênero, Trabalho e
Cotidiano em Porecatu.
Poliana dos Santos Fortunato; (polianafortunato@hotmail.com)
Ana Cláudia Oliveira- co- autora
Departamento de Ciências Sociais
Universidade Estadual de Londrina
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior; PIBID –
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência.
Resumo
Gênero, Trabalho e Cotidiano em Porecatu é fruto de um trabalho de campo realizado
na cidade de Porecatu, mais especificamente de uma vila subsidiada pela Usina Central
do Paraná, a qual recebe o nome de Vila Congo. A vila Congo abriga em sua totalidade
cortadores de cana; ao longo do meu trabalho de campo pude perceber que um número
considerável de mulheres residentes da vila, assim como seus maridos, também
trabalhavam no corte da cana, a partir deste dado comecei um processo de entrevistas e
seleção destas famílias isso com o intuito de descobrir como se dão as relações de
gênero entre o homem da casa pai de família e as mulheres que atualmente estão
ocultando um espaço que era exclusivamente dos homens e sendo este um trabalho
hostil, também devemos pensar que estas mulheres além de participarem do mundo do
trabalho, desenvolvem a dupla jornada de trabalho por desempenharem também o papel
de mães, donas de casa e esposas.
Gênero; Trabalho; Família.
1. Apresentação
IPAC- LDA- Inventário de Proteção ao Acervo Cultural de Londrina.
Sede- Campus da UEL- Casa do Pioneiro.
O Programa IPAC, inclui vários projetos, desde meados dos anos 80, busca
compreender bens materiais e simbólicos da região norte paranaense. Isto é, o que
constitui o Patrimônio Cultural da Região. Em 2008 foi elaborado o Projeto/ Memória e
Patrimônio Cultural em Porecatu que se encontra em sua 2ª fase e denomina-se Festas e
lazer: memória coletiva e patrimônio cultural em Porecatu.
O projeto tem um caráter de pesquisa, extensão e ensino. Extensão: os alunos
podem estar em contato com a comunidade por meio de mostras fotográficas, oficinas
e para a reconstrução da história da cidade e de seus moradores, da pesquisa de campo
(roteiros de entrevistas, entrevistas informais, observação participante e direta).
Pesquisa: sempre partimos de um referencial teórico e de categorias analíticas. Ensino:
o projeto propicia aos alunos de graduação saírem do cotidiano acadêmico das salas de
aula para realizarem suas próprias pesquisas, as primeiras experiências empíricas. Algo
que é muito importante para a formação dos estudantes, experiências que se somam as
aulas teóricas. projeto propicia também ao aluno desenvolver seu trabalho de
conclusão de curso.
2. Introdução
O Projeto Gênero Feminino, Trabalho e Cotidiano em Porecatu, surge de um
Projeto maior o IPAC Porecatu. Este ultimo tem como objetivo realizar o mapeamento
da cidade e de diferentes bairros, diferentes moradores , a fim de aprender ,
compreender e registrar a memória coletiva dos porecatuenses, bem como o que
constitui o patrimônio cultural da localidade.
Porecatu: uma cidade de pequeno porte.
Porecatu é uma cidade de pequeno porte, tem cerca de 15.000 mil habitantes, e
está distante 82 Km da cidade pólo da região norte paranaense - Londrina. Está ligada
ao processo de ocupação do norte do Paraná, no inicio do século XX, em função da
agricultura cafeeira, quer por iniciativas individuais quer por empreendimentos
privados. No passado a cidade foi retratada pelas tensões na aquisição de terras entre
grileiros, posseiros e fazendeiros e também pela produção de café, açúcar e álcool.
Situa-se às margens do rio Paranapanema, na divisa com o Estado de São Paulo, em
cuja bacia se desenvolveram os primeiros povoamentos do solo e catequese do
aborígine, no território da antiga Guairá. Em 1941, o processo de ocupação dirigida foi
por iniciativa individual de Ricardo Lunardelli, proprietário de uma grande gleba de
terras, que conduziu seu loteamento, dividindo-a em pequenas datas, para serem
vendidas em longo prazo, facilitando, assim, a sua obtenção por parte de grande número
de migrantes paulistas, que promoveram o povoamento da região. Lunardelli,
acompanhado dos seus filhos João e Urbano, tratou de estabelecer o "patrimônio" da
povoação que teve como primeiro nome, dado pelos Lunardelli, Brasília. Esta família
construiu e dirigiu a Usina Central do Paraná, grande produtora de açúcar. A
denominação atual -Porecatu - que em língua indígena significa “Salto Bonito" - foi
motivada por uma das cachoeiras, o Salto Capivara. Porecatu tornou-se município em
1947, com terras desmembradas de Sertanópolis. Em 1972, Lunardelli vendeu a Usina
Central do Paraná para o Grupo Atalla-usineiros paulista-e a atividade ampliou-se com a
construção da nova produtora de açúcar e álcool, responsável pelo desenvolvimento
econômico do município e também da região.
A cidade pode ser vista por seus diferentes bairros e por um imaginário urbano
que localiza seus distintos moradores: alguns bairros formaram-se em torno da Usina
Central- Congo, Vila Industria, Vila Operária, Vila Torta- onde habitam com
predominância famílias de classes populares, trabalhadoras da Usina Central de
diferentes setores ; outros resultantes da construção de casas populares, pelos
programas de política de habitação, local conhecido como Pombal, mas que é formado
por diferentes conjuntos e denominações oficiais. Aqueles que emergiram com o
crescimento urbano como: a Vila Iguaçu, bairro de classes populares. As residências de
classes médias altas no espaço próximo à nova rodoviária, os condomínios fechados,
local de residências de finais de semana de frações de classes médias, em decorrência
do loteamento de terras perto da represa. O bairro dos engenheiros, profissionais
contratados para prestarem serviços para a Hidroelétrica de Capivara ; o centro da
cidade ,local por onde passa maioria de seus habitantes em função do comércio, dos
serviços, do poder local, das igrejas. Ali residem, predominantemente, famílias de
frações de classes médias.
Para o trabalho, escolhemos o centro, os bairros em torno da Usina e o Pombal
como espaços onde desenvolveremos ações de política cultural, envolvendo moradores
para reconstruirmos diferentes memórias em torno das práticas de trabalho e do tempo
livre:das festas e do lazer expressivos para os porecatuenses.
Em especial, o projeto que encaminho, do ponto de vista da antropologia,
recortou a Vila Congo que faz parte de uma propriedade rural- a fazenda Congo- da
família Atalla dirigente da Usina central do Paraná - que abriga trabalhadores do corte
da cana. O bairro possui quatro ruas extensas com aproximadamente 150 casas de
madeira todas com a mesma estrutura de construção, casas de madeira, e 50 casas de
alvenaria que foram construídas mais recentemente para abrigar mais famílias. Vila
Congo é um imaginário do espaço de Porecatu que revela a posição de moradores da
cidade no mapa social e geográfico da cidade. A Vila espaço como é chamada pelos
moradores da cidade possui uma igreja católica, escola, atualmente desativada devido às
condições de sua estrutura física que não estava adequada para abrigar as crianças, um
posto de saúde, duas igrejas evangélicas, um centro de umbanda. É um espaço
predominantemente residencial.
Congo nasceu com a necessidade de a Usina Central abrigar trabalhadores que
vinham de outras Cidades e Estados do Brasil. A família Lunardelli foi a responsável
pela criação da mesma, porém a partir dos anos 70 a Usina Central passa para um novo
gerenciamento ,dos empresários Atalla de Jaú.
Nos últimos anos a Usina Central e os moradores da Vila Congos vivem em um
embate, pois muitas famílias que ainda residem nas casas cedidas pela usina não
trabalham mais no corte das canas da Usina Central, trabalham sim em outras empresas
próximas à cidade. As famílias de cortadores de cana não saem das casas devido a
pendências trabalhistas, com as mesmas.
A partir do contato com os moradores da Vila Congo, o trabalho em especial me
chamou a atenção, o das mulheres cortadoras de cana que chegam diariamente por
volta das 17.30 horas vestidas com roupas de trabalho-botas, vestido e calças
compridas, bonés e panos protetores para o rosto- e com apetrechos que mostram o
trabalho árduo do corte da cana um cantil de água, uma foice e uma marmita. Um
serviço braçal que antigamente era realizado por homens, atualmente vem sendo
preenchido por mulheres que necessitam trabalhar para ajudar na renda da casa, ou
mesmo sendo elas muitas vezes as únicas provedoras.
Essas trabalhadoras têm metas no corte da cana, assim como os homens, e
“quanto mais cortam mais ganham”. Alguns homens falam que as mulheres contam
mais que muitos dos seus companheiro de trabalho. Elas são mais dedicadas e
prestativas, algo que se pode perceber “no manejo do corte, as carreiras cortadas por
mulheres não ficam com pontões”, (restos do acaule da cana que ficam no solo, isso é
sinal que ela não foi bem cortada. O trabalho de retirar os pontões também é das
mulheres, mas somente as iniciantes, pois a remuneração para essa função é menor.
Além da jornada de trabalho como cortadora de cana, a maioria das mulheres faz
outra jornada de trabalho, pois quando chegam às suas casas elas têm que cuidar dos
filhos, das roupas sujas de carvão, da alimentação da família, da educação e dos deveres
de casa dos filhos. E depois de todas estas funções elas se cuidam fazem as unhas,
cuidam dos cabelos- e ainda desempenham o papel de mulher.
Talvez pelo fato de ser uma mulher, tenha me identificado tanto com as
mulheres cortadoras da Cana da Vila Congo e moradoras e Porecatu, e suas vidas,
divididas entre o mundo do trabalho e em um ambiente que era restrito dos homens e o
mundo doméstico. E essa forma de ser mulher me chamou a atenção. Imagino que um
trabalho da perspectiva antropológica me permitira uma experiência etnográfica, as
práticas e representações do outro –as mulheres -me farão refletir sobre elas e sobre
mim mesma.
3. Problema
Ao longo das pesquisas (em forma de entrevistas) e as internações que
obtivemos em contato com a Vila Congo e principalmente com as mulheres cortadoras
de cana, chamou– me a atenção a relação das mulheres cortadoras de cana, com o
ambiente da casa e o trabalho. Dentro desse quadro tenho indagações: quais são as
relações que as mulheres cortadoras de cana estabelecem em um mundo público e
restrito- o do corte da cana-com outras mulheres e com homens cortadores de cana? Ao
mesmo tempo, em um mundo privado, “os seus lares”, quais as relações que essas
mulheres estabelecem com seus maridos. Qual o significado de ser mulher cortadora de
cana e administradora da casa? Como o homem vê a mulher?
4. Hipóteses
Nas primeiras experiências com o Projeto IPAC- Porecatu, pude perceber que as
mulheres cortadoras de cana e administradoras do mundo doméstico tinham uma
“determinação”, em serem reconhecidas como mulheres, capazes de exercer a função
de cortadoras de cana, que é um trabalho “sofrido”, como algumas delas mencionam e
ao mesmo tempo serem as mulheres da casa. A partir destas primeiras experiências
surgiu a hipótese do meu Projeto Gênero Feminino Trabalho e Cotidiano em Porecatu: o
trabalho no corte da cana e a participação da mulher em um mundo público especificam
permitem que essas mulheres obtenham certas liberdades individuais que geram
modificações nas relações tradicionais com o marido e o ambiente da casa.
5. Objetivos
O objetivo geral é compreender o modo de vida das mulheres cortadoras de cana
no mundo público (que é em muitos casos restrito ao gênero masculino) e privado (o
ambiente da casa, que é restrito as mulheres, por exemplo, a organização e o
funcionamento do lar, que na maioria dos lares são atividades exercidas pelas
mulheres).Objetivos Especificos:1- Identificar o mundo público de cortadoras de cana;
2- Verificar o mundo da casa de mulheres cortadoras de cana; 4-Analisar o que é ser
mulher para um grupo de mulheres; 5-Analisar as relações de poder e autoridade no
mundo da casa; 6- Refletir sobre o que é ser mulher e homem para esse grupo.
6. Caminho Teórico metodológico.
O movimento da Antropologia.
A antropologia é uma ciência que, em seu exercício tradicional, se debruçou
sobre formações socioculturais distantes do mundo europeu e que a partir dos anos 70
do século passado começou a estranhar as sociedades europeias e a construir um saber
sobre o outro de dentro.(DA MATTA,1984)
Nestes termos, mais que o objeto empírico que lhe deu legitimidade, as
sociedades de organização tribal, como observou Merleau- Ponty (1994), a
Antropologia é a ciência da alteridade, não se constituindo heresia o estudo de nossa
sociedade e da cidade, mas sim se impõem como um desafio como argumenta Gilberto
Velho (1980) e uma aventura, pois, a cidade é constituída pela diversidade
(VOGEL,1980). Em outras palavras, cabe à Antropologia desvendar formas de viver e
arranjos sociais, refletindo sobre a diversidade , produzida por classes e grupos sociais,
em contextos urbanos particulares , demonstrando como defendeu Lévi-Strauss que :
(...) se existe, como ela sempre afirmou, um "optimum de diversidade" em
que ela vê uma condição permanente do desenvolvimento da humanidade,
podemos estar certos que dessemelhanças entre sociedades e grupos não
desaparecerão jamais senão para reconstituir em outros planos.(LÉVI-
STRAUSS,1962,p.10)
Em outras palavras, o domínio da antropologia é uma reflexão a respeito das
diferenças, “de maneiras de ser ou de agir de certos homens que se constituem
problemas para outros homens, diferenças essas de formas sempre renovadas.” (
Idem,p.11)
A cidade como categoria de análise.
E para estudos do meio urbano, a Antropologia brasileira, sem querer trazer a
aldeia para compreender a cidade, e sem abandonar os estudos teóricos e metodológicos
que se constituíram ao longo de meio século, se inspirou nos etnógrafos de Chicago e
nos estudiosos que constituíram aquele centro de pesquisa para tratar do processo
migratório e suas consequências que atingiram aquele centro urbano. Park, Burgess;
Wirth e outros revelaram indicativos importantes para a compreensão da cidade.
(Becker, 1996).
Ao mesmo tempo se ateve a estudos da sociologia urbana alemã voltando-se às
discussões de clássicos como Durkheim, Weber , Marx Engels. A Escola alemã de
Simmel, Benjamin também apontaram indicativos importantes para se compreender a
cidade e o processo de urbanização e modernização.
Outros teóricos como os franceses como Castells, Lojkine, Ledrut e Lefèbvre
propõem outros marcos para a renovação da reflexão sobre a cidade, por meio de uma
produção de inspiração marxista, o que expressa o insatisfação desses estudiosos com a
ideia defendida pela Escola de Chicago, de que haveria um urbano per se, a partir do
qual seria possível explicar toda uma série de fenômenos sociais.
Pela ótica desses pensadores franceses, incorpora-se à discussão relativa à cidade
a noção de processo social econômico e político e se subordina a análise do urbano às
determinações advindas do desenvolvimento capitalista. (Sant´Anna,2003) Nesses
termos, neste trabalho seguimos a idéia de Lefèbvre (1969) que entende a cidade
como a “projeção da sociedade sobre um dado território”.
A discussão sobre a cidade como categoria sociológica permitirá a
compreensão de uma cidade de pequeno porte como Porecatu. E para tal iniciativa este
trabalho seguirá pistas de antropólogos contemporâneos preocupados com os estudos
urbanos como: José Guilherme Magnani(USP) Gilberto Velho(Museu nacional),
Antonio Augusto Arantes(Unicamp), Paula Montero(USP), Ruben Oliven(UFRS),
Ercket e Rocha(UFRS); Eunice Durham (USP) entre outros.
Gênero e trabalho
Outra categoria analítica que sustentará o trabalho é a de gênero. Cabe sublinhar
que a diferença sexual e seus significados sociais constituíram-se em interesse para a
Antropologia desde sua fundação enquanto disciplina. Na Antropologia Clássica
encontra-se uma reflexão sobre a distinção entre os sexos nos trabalhos de Morgan e
Malinowski. Bateson e Mead também colaboram com contribuições específicas para
pensar a diferença sexual e a sexualidade enquanto construções sociais que diferem
culturalmente.
No início dos anos 70, surgem os trabalhos informados pela crítica feminista que
problematizam os aspectos políticos da diferença sexual, assim constituindo um campo
específico para os ‘estudos de gênero’ no interior da Antropologia. Vê-se, portanto, uma
descontinuidade nos ‘estudos de gênero’ na Antropologia; existe uma decalagem de
tempo e de abordagem entre os estudos que começam ainda no século XIX e décadas de
10, 20 e 30 deste século e estudos mais recentes que adotam uma perspectiva, mais
crítica e politizada, a partir da década de 60( Suárez, 1997).
Os trabalhos sobre gênero na Antropologia constituíram um campo privilegiado
de estudo a partir dos anos 70, momento em que surgem as primeiras coletâneas que
procuram fazer um balanço das principais problemáticas, ao mesmo tempo em que
marcam novas posições teóricas e metodológicas na abordagem da questão. Deste
modo, têm-se, pelo menos, quatro coletâneas que representam a discussão e construção
de gênero na Antropologia: Collier & Rosaldo(1974); Strathern & MacCormack(1980);
Ortner & Whitehead(1981); Collier, J. F. ; Yanagisako, S. J.(1987). Essas coletâneas
apontam para direções diferentes: Se a primeira coletânea assume a posição de defesa
da mulher buscando constituir um campo novo de estudos para a Antropologia, as
demais são formas de lidar com e repensar determinadas premissas assumidas nos
estudos de gênero, procurando não mais encerrá-lo dentro de um ‘universo do gênero’
assim constituído, mas relacionar este campo a outras áreas do sistema social.
Outras contribuições significativas se inserem neste campo de discussão sobre o
gênero e dialogam com as principais questões produzidas nestas coletâneas como os
trabalhos de Strathern, Héritier e Overing.Ao fazerem um primeiro balanço do papel da
mulher nas diferentes sociedades espalhadas pelo planeta, o trabalho de Rosaldo,
Michele Z. & Lamphere, Louise (1979) assume uma posição política-acadêmica diante
do debate sobre a mulher. Naquele momento, gênero ainda não havia se constituído
enquanto conceito e a categoria ‘mulher’ servia como base primeira para a constituição
e abordagem do problema. A posição política assumida pelas autoras na abordagem do
gênero, derivava do caráter de denuncia e de ‘tomada de consciência’ de uma
subordinação da mulher ao domínio masculino. As autoras tomam o englobamento
da‘mulher’ pelo ‘homem’ como algo dado e pré-concebido, uma visão orientada pela
própria concepção de ‘mulher’ e de ‘homem’, formulada pelo valor diferencial que estas
categorias assumem no interior da sociedade capitalista. Neste contexto, gênero e
diferença são pensados como significando, desigualdade.
A preocupação central nos o “estudos clássicos sobre gênero” parece ser a de
inventariar papéis e significados relacionados às diferenças de sexo na condução da vida
social. Entretanto, um balanço sobre a produção sobre gênero pode, também, apontar
outras direções. Assim, pode-se pensar a Diferença a partir da diferença de gênero. Em
outras palavras: pensar o que esta diferença informa sobre a construção sócio-
cosmológica da Diferença.
A diferença assim é algo construído, significando para cada sociedade uma
noção específica, como a noção de indivíduo para o ocidente que produz um valor. É
nesta perspectiva que este trabalho está se construindo. De um lado, fazer uma revisão
do gênero na antropologia, e de outro seguindo Strathern uma vez que oferece nova
perspectiva na abordagem do gênero que privilegia sua dimensão simbólica e cultural ao
relacioná-lo a outras dimensões do sistema social. É uma reflexão que venho
amadurecendo.
Memória
Ainda outra categoria analítica é memória. Fazer uma revisão desta categoria a partir
de, Halbwachs, Nora, Le Gof, Pollak permitirá compreender o gênero em outras
gerações, contribuindo para o projeto mais amplo que tanto trata do passado como do
presente da cidade e de seus moradores.
A escolha dessas categorias para a compreensão de Porecatu e seus moradores não
dispensará outros instrumentos de análise que certamente emergirão ao longo da
pesquisa de campo.
Metodologia
Universo de Pesquisa, Porecatu- Fazenda Congo ou mais conhecida pelos
moradores como Vila Congo.
As pesquisas realizadas são pesquisas Qualitativas- Entrevistas em profundidade ,
observação direta, entrevistas informais. Também pesquisas em arquivos a cidade.
Trabalho com seis mulheres e seis homens que formaram famílias e são moradores da
Vila Congo e trabalhadores da Usina Central do Paraná . A construção de uma
etnografia no corte da cana e no mundo doméstico de mulheres e homens de Porecatu.
Andamento do Trabalho:
A pesquisa com as mulheres e homens do corte cana, na cidade de Porecatu está
em andamento, este é ainda somente primeiro exercício e um dos primeiros trabalhos
sobre as mulheres da cana, que irá se tornar futuramente um Trabalho de Conclusão de
Curso e para que isso ocorra ainda são necessárias novas pesquisas teóricas , e um
continuo convívio com as mulheres que fazem parte da pesquisa.
Referências Bibliográficas
Cidade de Porecatu, História da cidade. Prefeitura de Porecatu. Acesso: 19 de abril.
http://www.porecatu.pr.gov.br/historia.html
DA MATTA, Roberto. A Casa & a Rua. 7. ed Rio de Janeiro: Rocco. 1997.
Durkheim, Emile. Da Divisão do Trabalho Social. São Paulo, Martins Fontes, 2008.
José Guilherme Cantor Magnani, DE PERTO E DE DENTRO: notas para uma
etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Acesso, 19de Abril
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092002000200002
LÉVI-STRAUSS, Claude. “A crise moderna da Antropologia”. In: Revista de
Antropologia. Volume 10, no. 1 e 2. Julho e dezembro de1962
Louis Wirth, EL URBANISMO COMO MODO DE VIDA, Acesso: 09 de maio
http://pt.scribd.com/doc/23727572/El-urbanismo-como-modo-de-vida
Lilia K. Moritz Schwarcz, Questões de fronteira: Sobre uma antropologia da
história, Scielo, Acesso: 25 de Janeiro. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
33002005000200007&script=sci_arttext
Lojkine Jean, Da sociologia urbana à abordagem antroponômica. Instituto
Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Instrução, 1984
Manuel Ferreira Lima Filho, Jane Felipe Beltrão, Cornelia Eckert, Associação Brasileira
de Antropologia. Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e Desafios
contemporâneos. Blumenau : Nova Letra, 2007. 368p.
Marx, Durkheim e Weber/ Um toque de Clássicos: Tania Quinteiro, Maria Ligia de
Oliveira Barbosa, Márcia Gardênia de Oliveira- 2. Belo Hotrizonte: Editira EFMG,
2002.
Park, Robert Ezara, La Ciudad: Yotros ensayos de ecologia urbana. Estufio
preliminar y traducción de Emilio Martínez. 1999, Ediciones del Serbal.
Simmel e Bauman: Modernidade e Individualização, Alan Mocellim Revista
Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Vol. 4 n. 1 (1),
agosto-dezembro/2007 . EmTese, Vol. 4 n. 1 (1), agosto-dezembro/2007, p. 101-118.
Acesso: 11 de junho, http://www.emtese.ufsc.br/vol4_art6.pdf
Terezinha Petrucia da Nóbrega, Corpo, percepção e conhecimento em Merleau-
Ponty. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008.
Turner, Benjamin e Antropologia da Performance: O lugar olhado (e ouvido) das
coisas, John C. Dawsey, USP, Acesso: 19 de Abril.
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=brecht%20benjamin%20antropologia&so
urce=web&cd=9&cad=rja&ved=0CFMQFjAI&url=http%3A%2F%2Fojs.c3sl.ufpr.br%
2Fojs2%2Findex.php%2Fcampos%2Farticle%2Fdownload%2F7322%2F5249&ei=2ceJ
UMPRC4rc8ASl74HABg&usg=AFQjCNH_srhMjzXy8a1nAifnIxECGVRVTg
VELHO, Gilberto. Gerações, Família, Sexualidade. Acesso 11 de fevereiro,
http://www.olivreiro.com.br/pdf/livros/cultura/22014242.pdf

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usina porecatu/antonio inacio ferraz

  • 1. IPAC- Inventario e Proteção ao Acervo Cultural de Porecatu: Gênero, Trabalho e Cotidiano em Porecatu. Poliana dos Santos Fortunato; (polianafortunato@hotmail.com) Ana Cláudia Oliveira- co- autora Departamento de Ciências Sociais Universidade Estadual de Londrina CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior; PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência. Resumo Gênero, Trabalho e Cotidiano em Porecatu é fruto de um trabalho de campo realizado na cidade de Porecatu, mais especificamente de uma vila subsidiada pela Usina Central do Paraná, a qual recebe o nome de Vila Congo. A vila Congo abriga em sua totalidade cortadores de cana; ao longo do meu trabalho de campo pude perceber que um número considerável de mulheres residentes da vila, assim como seus maridos, também trabalhavam no corte da cana, a partir deste dado comecei um processo de entrevistas e seleção destas famílias isso com o intuito de descobrir como se dão as relações de gênero entre o homem da casa pai de família e as mulheres que atualmente estão ocultando um espaço que era exclusivamente dos homens e sendo este um trabalho hostil, também devemos pensar que estas mulheres além de participarem do mundo do trabalho, desenvolvem a dupla jornada de trabalho por desempenharem também o papel de mães, donas de casa e esposas. Gênero; Trabalho; Família. 1. Apresentação IPAC- LDA- Inventário de Proteção ao Acervo Cultural de Londrina. Sede- Campus da UEL- Casa do Pioneiro. O Programa IPAC, inclui vários projetos, desde meados dos anos 80, busca compreender bens materiais e simbólicos da região norte paranaense. Isto é, o que constitui o Patrimônio Cultural da Região. Em 2008 foi elaborado o Projeto/ Memória e
  • 2. Patrimônio Cultural em Porecatu que se encontra em sua 2ª fase e denomina-se Festas e lazer: memória coletiva e patrimônio cultural em Porecatu. O projeto tem um caráter de pesquisa, extensão e ensino. Extensão: os alunos podem estar em contato com a comunidade por meio de mostras fotográficas, oficinas e para a reconstrução da história da cidade e de seus moradores, da pesquisa de campo (roteiros de entrevistas, entrevistas informais, observação participante e direta). Pesquisa: sempre partimos de um referencial teórico e de categorias analíticas. Ensino: o projeto propicia aos alunos de graduação saírem do cotidiano acadêmico das salas de aula para realizarem suas próprias pesquisas, as primeiras experiências empíricas. Algo que é muito importante para a formação dos estudantes, experiências que se somam as aulas teóricas. projeto propicia também ao aluno desenvolver seu trabalho de conclusão de curso. 2. Introdução O Projeto Gênero Feminino, Trabalho e Cotidiano em Porecatu, surge de um Projeto maior o IPAC Porecatu. Este ultimo tem como objetivo realizar o mapeamento da cidade e de diferentes bairros, diferentes moradores , a fim de aprender , compreender e registrar a memória coletiva dos porecatuenses, bem como o que constitui o patrimônio cultural da localidade. Porecatu: uma cidade de pequeno porte. Porecatu é uma cidade de pequeno porte, tem cerca de 15.000 mil habitantes, e está distante 82 Km da cidade pólo da região norte paranaense - Londrina. Está ligada ao processo de ocupação do norte do Paraná, no inicio do século XX, em função da agricultura cafeeira, quer por iniciativas individuais quer por empreendimentos privados. No passado a cidade foi retratada pelas tensões na aquisição de terras entre grileiros, posseiros e fazendeiros e também pela produção de café, açúcar e álcool. Situa-se às margens do rio Paranapanema, na divisa com o Estado de São Paulo, em cuja bacia se desenvolveram os primeiros povoamentos do solo e catequese do aborígine, no território da antiga Guairá. Em 1941, o processo de ocupação dirigida foi por iniciativa individual de Ricardo Lunardelli, proprietário de uma grande gleba de terras, que conduziu seu loteamento, dividindo-a em pequenas datas, para serem vendidas em longo prazo, facilitando, assim, a sua obtenção por parte de grande número
  • 3. de migrantes paulistas, que promoveram o povoamento da região. Lunardelli, acompanhado dos seus filhos João e Urbano, tratou de estabelecer o "patrimônio" da povoação que teve como primeiro nome, dado pelos Lunardelli, Brasília. Esta família construiu e dirigiu a Usina Central do Paraná, grande produtora de açúcar. A denominação atual -Porecatu - que em língua indígena significa “Salto Bonito" - foi motivada por uma das cachoeiras, o Salto Capivara. Porecatu tornou-se município em 1947, com terras desmembradas de Sertanópolis. Em 1972, Lunardelli vendeu a Usina Central do Paraná para o Grupo Atalla-usineiros paulista-e a atividade ampliou-se com a construção da nova produtora de açúcar e álcool, responsável pelo desenvolvimento econômico do município e também da região. A cidade pode ser vista por seus diferentes bairros e por um imaginário urbano que localiza seus distintos moradores: alguns bairros formaram-se em torno da Usina Central- Congo, Vila Industria, Vila Operária, Vila Torta- onde habitam com predominância famílias de classes populares, trabalhadoras da Usina Central de diferentes setores ; outros resultantes da construção de casas populares, pelos programas de política de habitação, local conhecido como Pombal, mas que é formado por diferentes conjuntos e denominações oficiais. Aqueles que emergiram com o crescimento urbano como: a Vila Iguaçu, bairro de classes populares. As residências de classes médias altas no espaço próximo à nova rodoviária, os condomínios fechados, local de residências de finais de semana de frações de classes médias, em decorrência do loteamento de terras perto da represa. O bairro dos engenheiros, profissionais contratados para prestarem serviços para a Hidroelétrica de Capivara ; o centro da cidade ,local por onde passa maioria de seus habitantes em função do comércio, dos serviços, do poder local, das igrejas. Ali residem, predominantemente, famílias de frações de classes médias. Para o trabalho, escolhemos o centro, os bairros em torno da Usina e o Pombal como espaços onde desenvolveremos ações de política cultural, envolvendo moradores para reconstruirmos diferentes memórias em torno das práticas de trabalho e do tempo livre:das festas e do lazer expressivos para os porecatuenses. Em especial, o projeto que encaminho, do ponto de vista da antropologia, recortou a Vila Congo que faz parte de uma propriedade rural- a fazenda Congo- da família Atalla dirigente da Usina central do Paraná - que abriga trabalhadores do corte da cana. O bairro possui quatro ruas extensas com aproximadamente 150 casas de
  • 4. madeira todas com a mesma estrutura de construção, casas de madeira, e 50 casas de alvenaria que foram construídas mais recentemente para abrigar mais famílias. Vila Congo é um imaginário do espaço de Porecatu que revela a posição de moradores da cidade no mapa social e geográfico da cidade. A Vila espaço como é chamada pelos moradores da cidade possui uma igreja católica, escola, atualmente desativada devido às condições de sua estrutura física que não estava adequada para abrigar as crianças, um posto de saúde, duas igrejas evangélicas, um centro de umbanda. É um espaço predominantemente residencial. Congo nasceu com a necessidade de a Usina Central abrigar trabalhadores que vinham de outras Cidades e Estados do Brasil. A família Lunardelli foi a responsável pela criação da mesma, porém a partir dos anos 70 a Usina Central passa para um novo gerenciamento ,dos empresários Atalla de Jaú. Nos últimos anos a Usina Central e os moradores da Vila Congos vivem em um embate, pois muitas famílias que ainda residem nas casas cedidas pela usina não trabalham mais no corte das canas da Usina Central, trabalham sim em outras empresas próximas à cidade. As famílias de cortadores de cana não saem das casas devido a pendências trabalhistas, com as mesmas. A partir do contato com os moradores da Vila Congo, o trabalho em especial me chamou a atenção, o das mulheres cortadoras de cana que chegam diariamente por volta das 17.30 horas vestidas com roupas de trabalho-botas, vestido e calças compridas, bonés e panos protetores para o rosto- e com apetrechos que mostram o trabalho árduo do corte da cana um cantil de água, uma foice e uma marmita. Um serviço braçal que antigamente era realizado por homens, atualmente vem sendo preenchido por mulheres que necessitam trabalhar para ajudar na renda da casa, ou mesmo sendo elas muitas vezes as únicas provedoras. Essas trabalhadoras têm metas no corte da cana, assim como os homens, e “quanto mais cortam mais ganham”. Alguns homens falam que as mulheres contam mais que muitos dos seus companheiro de trabalho. Elas são mais dedicadas e prestativas, algo que se pode perceber “no manejo do corte, as carreiras cortadas por mulheres não ficam com pontões”, (restos do acaule da cana que ficam no solo, isso é sinal que ela não foi bem cortada. O trabalho de retirar os pontões também é das mulheres, mas somente as iniciantes, pois a remuneração para essa função é menor.
  • 5. Além da jornada de trabalho como cortadora de cana, a maioria das mulheres faz outra jornada de trabalho, pois quando chegam às suas casas elas têm que cuidar dos filhos, das roupas sujas de carvão, da alimentação da família, da educação e dos deveres de casa dos filhos. E depois de todas estas funções elas se cuidam fazem as unhas, cuidam dos cabelos- e ainda desempenham o papel de mulher. Talvez pelo fato de ser uma mulher, tenha me identificado tanto com as mulheres cortadoras da Cana da Vila Congo e moradoras e Porecatu, e suas vidas, divididas entre o mundo do trabalho e em um ambiente que era restrito dos homens e o mundo doméstico. E essa forma de ser mulher me chamou a atenção. Imagino que um trabalho da perspectiva antropológica me permitira uma experiência etnográfica, as práticas e representações do outro –as mulheres -me farão refletir sobre elas e sobre mim mesma. 3. Problema Ao longo das pesquisas (em forma de entrevistas) e as internações que obtivemos em contato com a Vila Congo e principalmente com as mulheres cortadoras de cana, chamou– me a atenção a relação das mulheres cortadoras de cana, com o ambiente da casa e o trabalho. Dentro desse quadro tenho indagações: quais são as relações que as mulheres cortadoras de cana estabelecem em um mundo público e restrito- o do corte da cana-com outras mulheres e com homens cortadores de cana? Ao mesmo tempo, em um mundo privado, “os seus lares”, quais as relações que essas mulheres estabelecem com seus maridos. Qual o significado de ser mulher cortadora de cana e administradora da casa? Como o homem vê a mulher? 4. Hipóteses Nas primeiras experiências com o Projeto IPAC- Porecatu, pude perceber que as mulheres cortadoras de cana e administradoras do mundo doméstico tinham uma “determinação”, em serem reconhecidas como mulheres, capazes de exercer a função de cortadoras de cana, que é um trabalho “sofrido”, como algumas delas mencionam e ao mesmo tempo serem as mulheres da casa. A partir destas primeiras experiências surgiu a hipótese do meu Projeto Gênero Feminino Trabalho e Cotidiano em Porecatu: o
  • 6. trabalho no corte da cana e a participação da mulher em um mundo público especificam permitem que essas mulheres obtenham certas liberdades individuais que geram modificações nas relações tradicionais com o marido e o ambiente da casa. 5. Objetivos O objetivo geral é compreender o modo de vida das mulheres cortadoras de cana no mundo público (que é em muitos casos restrito ao gênero masculino) e privado (o ambiente da casa, que é restrito as mulheres, por exemplo, a organização e o funcionamento do lar, que na maioria dos lares são atividades exercidas pelas mulheres).Objetivos Especificos:1- Identificar o mundo público de cortadoras de cana; 2- Verificar o mundo da casa de mulheres cortadoras de cana; 4-Analisar o que é ser mulher para um grupo de mulheres; 5-Analisar as relações de poder e autoridade no mundo da casa; 6- Refletir sobre o que é ser mulher e homem para esse grupo. 6. Caminho Teórico metodológico. O movimento da Antropologia. A antropologia é uma ciência que, em seu exercício tradicional, se debruçou sobre formações socioculturais distantes do mundo europeu e que a partir dos anos 70 do século passado começou a estranhar as sociedades europeias e a construir um saber sobre o outro de dentro.(DA MATTA,1984) Nestes termos, mais que o objeto empírico que lhe deu legitimidade, as sociedades de organização tribal, como observou Merleau- Ponty (1994), a Antropologia é a ciência da alteridade, não se constituindo heresia o estudo de nossa sociedade e da cidade, mas sim se impõem como um desafio como argumenta Gilberto Velho (1980) e uma aventura, pois, a cidade é constituída pela diversidade (VOGEL,1980). Em outras palavras, cabe à Antropologia desvendar formas de viver e arranjos sociais, refletindo sobre a diversidade , produzida por classes e grupos sociais, em contextos urbanos particulares , demonstrando como defendeu Lévi-Strauss que : (...) se existe, como ela sempre afirmou, um "optimum de diversidade" em que ela vê uma condição permanente do desenvolvimento da humanidade,
  • 7. podemos estar certos que dessemelhanças entre sociedades e grupos não desaparecerão jamais senão para reconstituir em outros planos.(LÉVI- STRAUSS,1962,p.10) Em outras palavras, o domínio da antropologia é uma reflexão a respeito das diferenças, “de maneiras de ser ou de agir de certos homens que se constituem problemas para outros homens, diferenças essas de formas sempre renovadas.” ( Idem,p.11) A cidade como categoria de análise. E para estudos do meio urbano, a Antropologia brasileira, sem querer trazer a aldeia para compreender a cidade, e sem abandonar os estudos teóricos e metodológicos que se constituíram ao longo de meio século, se inspirou nos etnógrafos de Chicago e nos estudiosos que constituíram aquele centro de pesquisa para tratar do processo migratório e suas consequências que atingiram aquele centro urbano. Park, Burgess; Wirth e outros revelaram indicativos importantes para a compreensão da cidade. (Becker, 1996). Ao mesmo tempo se ateve a estudos da sociologia urbana alemã voltando-se às discussões de clássicos como Durkheim, Weber , Marx Engels. A Escola alemã de Simmel, Benjamin também apontaram indicativos importantes para se compreender a cidade e o processo de urbanização e modernização. Outros teóricos como os franceses como Castells, Lojkine, Ledrut e Lefèbvre propõem outros marcos para a renovação da reflexão sobre a cidade, por meio de uma produção de inspiração marxista, o que expressa o insatisfação desses estudiosos com a ideia defendida pela Escola de Chicago, de que haveria um urbano per se, a partir do qual seria possível explicar toda uma série de fenômenos sociais. Pela ótica desses pensadores franceses, incorpora-se à discussão relativa à cidade a noção de processo social econômico e político e se subordina a análise do urbano às determinações advindas do desenvolvimento capitalista. (Sant´Anna,2003) Nesses termos, neste trabalho seguimos a idéia de Lefèbvre (1969) que entende a cidade como a “projeção da sociedade sobre um dado território”. A discussão sobre a cidade como categoria sociológica permitirá a compreensão de uma cidade de pequeno porte como Porecatu. E para tal iniciativa este trabalho seguirá pistas de antropólogos contemporâneos preocupados com os estudos
  • 8. urbanos como: José Guilherme Magnani(USP) Gilberto Velho(Museu nacional), Antonio Augusto Arantes(Unicamp), Paula Montero(USP), Ruben Oliven(UFRS), Ercket e Rocha(UFRS); Eunice Durham (USP) entre outros. Gênero e trabalho Outra categoria analítica que sustentará o trabalho é a de gênero. Cabe sublinhar que a diferença sexual e seus significados sociais constituíram-se em interesse para a Antropologia desde sua fundação enquanto disciplina. Na Antropologia Clássica encontra-se uma reflexão sobre a distinção entre os sexos nos trabalhos de Morgan e Malinowski. Bateson e Mead também colaboram com contribuições específicas para pensar a diferença sexual e a sexualidade enquanto construções sociais que diferem culturalmente. No início dos anos 70, surgem os trabalhos informados pela crítica feminista que problematizam os aspectos políticos da diferença sexual, assim constituindo um campo específico para os ‘estudos de gênero’ no interior da Antropologia. Vê-se, portanto, uma descontinuidade nos ‘estudos de gênero’ na Antropologia; existe uma decalagem de tempo e de abordagem entre os estudos que começam ainda no século XIX e décadas de 10, 20 e 30 deste século e estudos mais recentes que adotam uma perspectiva, mais crítica e politizada, a partir da década de 60( Suárez, 1997). Os trabalhos sobre gênero na Antropologia constituíram um campo privilegiado de estudo a partir dos anos 70, momento em que surgem as primeiras coletâneas que procuram fazer um balanço das principais problemáticas, ao mesmo tempo em que marcam novas posições teóricas e metodológicas na abordagem da questão. Deste modo, têm-se, pelo menos, quatro coletâneas que representam a discussão e construção de gênero na Antropologia: Collier & Rosaldo(1974); Strathern & MacCormack(1980); Ortner & Whitehead(1981); Collier, J. F. ; Yanagisako, S. J.(1987). Essas coletâneas apontam para direções diferentes: Se a primeira coletânea assume a posição de defesa da mulher buscando constituir um campo novo de estudos para a Antropologia, as demais são formas de lidar com e repensar determinadas premissas assumidas nos estudos de gênero, procurando não mais encerrá-lo dentro de um ‘universo do gênero’ assim constituído, mas relacionar este campo a outras áreas do sistema social.
  • 9. Outras contribuições significativas se inserem neste campo de discussão sobre o gênero e dialogam com as principais questões produzidas nestas coletâneas como os trabalhos de Strathern, Héritier e Overing.Ao fazerem um primeiro balanço do papel da mulher nas diferentes sociedades espalhadas pelo planeta, o trabalho de Rosaldo, Michele Z. & Lamphere, Louise (1979) assume uma posição política-acadêmica diante do debate sobre a mulher. Naquele momento, gênero ainda não havia se constituído enquanto conceito e a categoria ‘mulher’ servia como base primeira para a constituição e abordagem do problema. A posição política assumida pelas autoras na abordagem do gênero, derivava do caráter de denuncia e de ‘tomada de consciência’ de uma subordinação da mulher ao domínio masculino. As autoras tomam o englobamento da‘mulher’ pelo ‘homem’ como algo dado e pré-concebido, uma visão orientada pela própria concepção de ‘mulher’ e de ‘homem’, formulada pelo valor diferencial que estas categorias assumem no interior da sociedade capitalista. Neste contexto, gênero e diferença são pensados como significando, desigualdade. A preocupação central nos o “estudos clássicos sobre gênero” parece ser a de inventariar papéis e significados relacionados às diferenças de sexo na condução da vida social. Entretanto, um balanço sobre a produção sobre gênero pode, também, apontar outras direções. Assim, pode-se pensar a Diferença a partir da diferença de gênero. Em outras palavras: pensar o que esta diferença informa sobre a construção sócio- cosmológica da Diferença. A diferença assim é algo construído, significando para cada sociedade uma noção específica, como a noção de indivíduo para o ocidente que produz um valor. É nesta perspectiva que este trabalho está se construindo. De um lado, fazer uma revisão do gênero na antropologia, e de outro seguindo Strathern uma vez que oferece nova perspectiva na abordagem do gênero que privilegia sua dimensão simbólica e cultural ao relacioná-lo a outras dimensões do sistema social. É uma reflexão que venho amadurecendo. Memória Ainda outra categoria analítica é memória. Fazer uma revisão desta categoria a partir de, Halbwachs, Nora, Le Gof, Pollak permitirá compreender o gênero em outras gerações, contribuindo para o projeto mais amplo que tanto trata do passado como do presente da cidade e de seus moradores.
  • 10. A escolha dessas categorias para a compreensão de Porecatu e seus moradores não dispensará outros instrumentos de análise que certamente emergirão ao longo da pesquisa de campo. Metodologia Universo de Pesquisa, Porecatu- Fazenda Congo ou mais conhecida pelos moradores como Vila Congo. As pesquisas realizadas são pesquisas Qualitativas- Entrevistas em profundidade , observação direta, entrevistas informais. Também pesquisas em arquivos a cidade. Trabalho com seis mulheres e seis homens que formaram famílias e são moradores da Vila Congo e trabalhadores da Usina Central do Paraná . A construção de uma etnografia no corte da cana e no mundo doméstico de mulheres e homens de Porecatu. Andamento do Trabalho: A pesquisa com as mulheres e homens do corte cana, na cidade de Porecatu está em andamento, este é ainda somente primeiro exercício e um dos primeiros trabalhos sobre as mulheres da cana, que irá se tornar futuramente um Trabalho de Conclusão de Curso e para que isso ocorra ainda são necessárias novas pesquisas teóricas , e um continuo convívio com as mulheres que fazem parte da pesquisa. Referências Bibliográficas Cidade de Porecatu, História da cidade. Prefeitura de Porecatu. Acesso: 19 de abril. http://www.porecatu.pr.gov.br/historia.html DA MATTA, Roberto. A Casa & a Rua. 7. ed Rio de Janeiro: Rocco. 1997. Durkheim, Emile. Da Divisão do Trabalho Social. São Paulo, Martins Fontes, 2008. José Guilherme Cantor Magnani, DE PERTO E DE DENTRO: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Acesso, 19de Abril http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092002000200002 LÉVI-STRAUSS, Claude. “A crise moderna da Antropologia”. In: Revista de Antropologia. Volume 10, no. 1 e 2. Julho e dezembro de1962
  • 11. Louis Wirth, EL URBANISMO COMO MODO DE VIDA, Acesso: 09 de maio http://pt.scribd.com/doc/23727572/El-urbanismo-como-modo-de-vida Lilia K. Moritz Schwarcz, Questões de fronteira: Sobre uma antropologia da história, Scielo, Acesso: 25 de Janeiro. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101- 33002005000200007&script=sci_arttext Lojkine Jean, Da sociologia urbana à abordagem antroponômica. Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Instrução, 1984 Manuel Ferreira Lima Filho, Jane Felipe Beltrão, Cornelia Eckert, Associação Brasileira de Antropologia. Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e Desafios contemporâneos. Blumenau : Nova Letra, 2007. 368p. Marx, Durkheim e Weber/ Um toque de Clássicos: Tania Quinteiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa, Márcia Gardênia de Oliveira- 2. Belo Hotrizonte: Editira EFMG, 2002. Park, Robert Ezara, La Ciudad: Yotros ensayos de ecologia urbana. Estufio preliminar y traducción de Emilio Martínez. 1999, Ediciones del Serbal. Simmel e Bauman: Modernidade e Individualização, Alan Mocellim Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Vol. 4 n. 1 (1), agosto-dezembro/2007 . EmTese, Vol. 4 n. 1 (1), agosto-dezembro/2007, p. 101-118. Acesso: 11 de junho, http://www.emtese.ufsc.br/vol4_art6.pdf Terezinha Petrucia da Nóbrega, Corpo, percepção e conhecimento em Merleau- Ponty. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008. Turner, Benjamin e Antropologia da Performance: O lugar olhado (e ouvido) das coisas, John C. Dawsey, USP, Acesso: 19 de Abril. http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=brecht%20benjamin%20antropologia&so urce=web&cd=9&cad=rja&ved=0CFMQFjAI&url=http%3A%2F%2Fojs.c3sl.ufpr.br% 2Fojs2%2Findex.php%2Fcampos%2Farticle%2Fdownload%2F7322%2F5249&ei=2ceJ UMPRC4rc8ASl74HABg&usg=AFQjCNH_srhMjzXy8a1nAifnIxECGVRVTg
  • 12. VELHO, Gilberto. Gerações, Família, Sexualidade. Acesso 11 de fevereiro, http://www.olivreiro.com.br/pdf/livros/cultura/22014242.pdf