O documento propõe uma metodologia para construção de ontologias baseada na Semântica de Frames, com foco no domínio jurídico. A metodologia inclui etapas como aquisição do conhecimento, especificação de requisitos, modelagem conceitual e avaliação. A ontologia resultante, chamada OntoFrameJur, representa conceitos e relações do processo sumaríssimo criminal usando frames.
1. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS PARA A
CONSTRUÇÃO DE UMA ONTOLOGIA
BASEADA NA SEMÂNTICA DE FRAMES
Carolina Müller
Orientadora: Prof. Dr. Rove Chishman
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA APLICADA
DOUTORADO EM LINGUÍSTICA APLICADA
3. Considerando o propósito de prover
maior significado à descrição na
ontologia do domínio jurídico
tomando como base a Semântica de
Frames, quais são os passos
metodológicos a serem adotados?
4. Objetivo geral
Refletir sobre as convergências entre ontologias
e frames, de modo a acreditar-se que a
combinação destas duas formas de organizar o
conhecimento garantem a representação mais
precisa de conceitos e relações seguindo etapas
metodológicas reinterpretadas à luz da
Semântica de Frames.
5. Objetivos específicos
• Situar as pesquisas sobre ontologias...
• Ponderar sobre a teoria da Semântica de Frames...
• Analisar as principais metodologias...
• Propor etapas metodológicas...
• Apresentar uma ontologia piloto...
6. • Descreve formalmente os conceitos que estruturam um determinado domínio, bem como
as relações semânticas existentes entre eles.
• É um sistema que define e classifica o conhecimento, estruturando seus conceitos de
forma clara e precisa e formalizando-os de modo a serem tratados por computadores.
• Deve ser construída com base em conceitos e nas relações existentes entre eles, levando
em consideração o contexto do domínio.
7. • Área jurídica se caracteriza pela sua organização em diferentes
eventos – organização em frames para determinar os
diferentes papéis
• A FN contribui com a estruturação das relações entre frames:
herança, subframe e precedência
8.
9.
10. PLANEJAMENTO E ESPECIFICAÇÃO DE REQUISITOS
JUIZADOSESPECIAIS
CRIMINAIS
JECrim
RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM NATURAL
11.
12. AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO
Corpus de consulta:
• Manual de Procedimentos de Juizados Especiais Criminais
• Código do Processo Penal bem como sua atualização de 2011
• Lei nº 9.099/95
Corpus de pesquisa:
25. Relações n-árias
A primeira ação para representar as relações n-árias foi criar uma
classe para incluir todos os frames. Criamos a classe
FramesProcSum e incluímos todos os frames como sendo
indivíduos (instances) desta classe a fim de solucionar a
representação
26. Criação de uma classe Papeis e a inclusão do todos os papéis
como indivíduos
Inserção uma classe especificamente para representar a ligação
entre os participantes e seus papéis nos diferentes frames. Para
isso criamos a classe Liga_Part_Papel_Frame, cuja
finalidade é exclusivamente representar a relação.
Propriedades de objeto fazParteDoFrame, temPapel e
temParticipante e as relacionamos à classe
Liga_Part_Papel_Frame
27.
28.
29. Relações de dependência e precedência entre frames
Em função das limitações da Lógica de Descrição não há como
definir as regras que regem, no mundo real, as relações entre todos
os eventos legais. Isto porque, as propriedades de objeto não tem,
no OWL, a capacidade de restringir os participantes destas
relações, mas sim de sugerir/indicar o tipo dos indivíduos. Por esta
razão, o domain e o range da relação precede serão definidos
como a superclasse EventosLegais. O mesmo vale para a
relação dependeDe.
32. Avaliação
• Sistema OOPS!: falta de anotação em todas as classes e falta de
relações inversas
• Avaliação manual: cálculo da ABRANGÊNCIA com base em
Termos de Audiência marcados pelo especialista
33. 1. A ontologia não prevê a possibilidade de representar
informações que não sejam casos prototípicos, como por
exemplo: “réu não compareceu à audiência... juiz decreta sua
revelia” ou “defesa nada requereu”. Isto se deve ao fato de
optarmos por apresentar somente o caso típico do
procedimento sumaríssimo, uma vez que este envolve muitas
especificidades. Porém, entendemos que a ontologia, da forma
como está estruturada, permite facilmente a inclusão destas
novas informações.
1. A escolha pela avaliação manual tomando como base
informações anotadas pelo especialista foi bastante produtiva,
pois permitiu identificar exatamente o tipo de informação que
pode ou não ser mapeado na ontologia.
35. Contribuições para os estudos em ontologias:
• SF – detalhamento semântico – distinção de papéis – proposta que
minimiza problemas relacionados ao significado e ambiguidade.
• Metodologia reinterpretada a partir das vigentes, capaz de cobrir o
domínio de forma diferenciada com base em frames.
• Sugestão de formalização da informação conceitual
Contribuição na área da Linguística:
• Ampliar a atuação da Linguística – ir além da Semântica Lógica ou
da Semântica Lexical para descrever o domínio em ontologias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
36. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS PARA A
CONSTRUÇÃO DE UMA ONTOLOGIA
BASEADA NA SEMÂNTICA DE FRAMES
Carolina Müller
Orientadora: Prof. Dr. Rove Chishman
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA APLICADA
DOUTORADO EM LINGUÍSTICA APLICADA
Notas do Editor
no OWL as propriedades de objeto servem para estabelecer relações entre indivíduos e não entre classes. As limitações da Lógica de Descrição usada no OWL não permitem restringir os participantes das relações se eles não forem indivíduos. Com isso, se usássemos somente uma relação parteDe, não teríamos como definir individualmente os pares de relação.
criamos uma propriedade de objeto parteDe e oito subpropriedades parteDe1, parteDe2,...
<TransaçãoPenal – parteDe2 (Domain>Range) --> AudienciaPreliminar> corresponde à forma como o editor representa os pares de relação. Nesta relação, entendemos o domain como origem e o range como destino, ou seja, a relação tem uma origem em transação penal e o destino é audiência prelimiar: transação penal é parte-de audiência preliminar. Desta forma foi possível definir todas as classes relacionadas através de relação parte-de.
Demonstrar a proficuidade da SF para a descrição dos conceitos em uma ontologia, provendo detalhamento semântico à estrutura descritiva do domínio através da inserção e distinção dos papéis dos participantes, por exemplo. Com esta abordagem pretende-se minimizar os problemas relacionados ao significado e à ambiguidade apontados pelos estudiosos da área da CI.
Apresentar uma metodologia reinterpretada a partir das vigentes, capaz de cobrir o domínio de forma diferenciada com base em frames. Além disso, a descrição das etapas propostas e os exemplos demonstrados na parte aplicada apresentam os detalhes necessários para o entendimento e possível reuso.
Apresentar uma maneira de uso do editor de ontologias com sugestões para a inclusão da informação conceitual.
Demonstrar que se pode ir além da Semântica Lógica ou da Semântica Lexical para descrever o domínio em ontologias. A pesquisa demonstrou que a descrição considerando a SF é viável e, principalmente, traz uma possibilidade de solução para o problema relacionado aos diferentes papéis que os participantes podem exercer, uma vez que a estrutura de frames permite explicitá-los na estrutura ontológica.