1. Panteão Egípcio
• Rá
• (Aton, Ré, Kepri, Amom-Rá): Grande pai dos Deuses foi o criador do
mundo a partir do Num. Foi, por séculos, a mais poderosa divindade
cultuada pelos egípcios, em especial como Deus Sol, onde ele tinha suas
formas: Kepri, o sol nascente, na forma da bola de excrementos que o
escaravelho rola pelas dunas ao alvorecer; Rá, o sol em seu auge e
esplendor, como um homem com cabeça de Falcão, e Aton, o sol velho
que surge durante á tarde. Mais tarde foi unido a Amon, formando Amon-
Rá.
Chu: Deus dos céus e do ar, trazia o sol ao mundo a cada manhã, alem de
sacrificar os espíritos maus no outro mundo. Gêmeo de Tefnut, com
quem era casado, foi pai de Geb e Nut.
Tefnut: Deusa do orvalho, e da umidade casada com Chu, de quem era
gêmea. Sua presença era garantia de bom tempo, pois afastava as secas.
Era uma Deusa primitiva e quase esquecida, sendo sua veneração mais
comum, quando ocorria, era junto de seu pai e de seu Marido. Mãe de Nut
e Geb
Geb: Deus da terra vivia tentando abraçar com Nut, deusa da abobada
celeste, mas era impedido por seu pai, Chu, devido ao fato de Rá proibir
o incesto entre o seus netos.. Representava em parte a fertilidade, e em
conjunto com Hapy, o Nilo fertilizava o Egito.
Nut: Deusa da abobada celeste, era retratada nua, inclinada sobre a terra,
separada por Chu, que a sustentava nos céus, de seu esposo, Geb. Era
muitas vezes representada com o corpo da cor do céu estrelado e
enluarado. Era muito dada com Thot, a quem devia favores, numa época
em que ele era o Deus da lua.
Osíris: Deus do outro mundo trouxe as plantas e as estações do ano para
a terra. Era juiz dos mortos, e guardião do Amanti. Foi um deus vivo,
primeiro Faraó, que trouxe a civilização para o Egito, que se encontrava
em um estado de lamentável selvageria, com acontecimentos que
envolviam, inclusive, canibalismo. Entre outras coisas, foi ele quem
persuadiu Thot a passar aos egípcios a escrita, e a arte da feitura do
papel. Como Deus da vegetação deu a humanidade o conhecimento da
agricultura dos e do cultivo nos diversos grãos, na lama do Nilo. De fato
sua representação como divindade da vegetação era como um homem de
pele verde. Era relacionado com Hapy. Foi morto por seu irmão Seth, e foi
ressuscitado por sua esposa, Isis, também sua irmã.
•
•
Ísis: Esposa-irmã fiel de Osíris, deusa da magia, de suas lagrimas
o Nilo foi aumentado. Mãe de Hórus, foi ela que juntou os
pedaços de Osíris espalhados pelo Egito e o ressuscitou, assim
como cuidou do filho nos pântanos do delta, protegendo-o da
perseguição de Seth. Como rainha consorte de Osíris ensinou ao
povo do Egito como assar o pão, fazer a cerveja, tecer o linho,
costurar e várias outras artes próprias do mundo civilizado.
Hórus: Deus da Monarquia, depois assumiu o aspecto de Chu
como divindade dos céus. Era filho de Isis e Osíris, que em
criança teve de ser escondido no Delta para escapar a fúria de
Seth, seu tio e assassino de seu pai. Lá foi criado e protegido por
muitos Deuses, principalmente Hator, com quem tinha uma
relação ora filial, ora de amante. Depois da maioridade, vingou o
assassinato de seu pai por parte de Seth, numa guerra em que
lutou como um Falcão e Seth como um hipopótamo vermelho,
até o julgamento dos Deuses, onde foi vitorioso e tornou-se
Faraó. Era representado com um falcão branco, ou um homem
com cabeça de falcão.
Seth: Temido e odiado pro muitos, Seth é um dos deuses mais
curiosos dos antigos mitos egípcios. De fato, inicialmente era
tido como um Deus violento mais heróico, pois era guardião da
barca solar, enfrentado a serpente Apofis todas as noite para
garantir que o Deus sol renascesse a cada alvorada. Mais tarde,
recebeu como herança de seu bisavô os desertos e Oásis que
cercam o Egito, e até o fim do império egípcio era associado aos
desertos, como guardião da eternidade. Contudo, foi por inveja
da parte de seu irmão Osíris, que tinha a parte fértil do Egito, que
Seth o matou, perdendo para sempre a imagem de bravura e
passando a de assassino e sádico, quando fatiou o corpo.
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2. • Na guerra contra Hórus foi ora derrotado, ora vitorioso, até o julgamento
dos Deuses, convocado por Isis, que implorou uma trégua. Diz-se em
certas lendas que deles recebeu o vale do Nilo, se tornado patrono do
sul, e que Hórus recebeu o Delta do Nilo, e que os Faraós eram a união
desses deuses (inclusive através da coroa Branca do Baixo Egito e da
vermelha do Alto Egito, já que branco era a cor de Hórus, e vermelho a
de Seth.). era representado como um homem de cabelos ruivos, ou
como um homem com cabeça de um animal desconhecido. Era casado
com sua irmã Néftis, e não teve nenhum filho com ela.
Néftis: Era uma Deusa pouco conhecida, tida como guardiã dos mortos.
Era esposa de Seth, mas seu casamento com ele foi infeliz, e quando ele
assassinou seu irmão Osíris, ela o abandonou de vez. Existem certos
registros de que certa vez embebedou e teve relações sexuais com
Osíris, nascendo daí o Deus Cão e guardião das Necrópoles, Anúbis.
Ela auxiliou Isis no processo de ressuscitar Osíris.
Anúbis (Anupu): Deus com cabeça de Cão, dizia-se ser fruto de relações
tidas entre Néftis e Osíris. Era guardião das Necrópoles, e guia das
almas no Amanti, alem de ser responsável por pesar o coração dos
julgados com a pena da deusa da verdade e justiça, Maât. Era comum
ser representado como um chacal negro deitado, e estava presente no
selo das necrópoles: um chacal deitado acima de nove homens
decapitadas.
Neith: A deusa mãe Neith era adorada em Saís, no Delta do Nilo, onde se
conta que ela teria saído das águas do Nilo, criando a arte do parto e
criado também vários deuses, homens e animais, inclusive o próprio
deus sol, Rá. Segundo uma das muitas lendas que cercam essa
poderosa deiade, ela teria cuspido nas águas do Nilo, e de sua saliva
nasceu à serpente do mundo dos mortos, Apofis. Era chamada de a mãe
Caçadora.
Neith era uma grande caçadora, e usava um arco de madeira clara como
arma, e um escudo para se defender. Seu símbolo era de fato duas
flechas cruzadas sobre um escudo, e as sacerdotisas de Neith eram
peritas no uso do arco. Alguns mitos mais antigos a colocam como uma
espécie de rival de Seth, pois ela caçava nos domínios deste Deus. Seu
animal sagrado era o Abutre fêmea.
Hathor: mãe adotiva de Hórus, era uma deusa benevolente e calma, de
temperamento bastante bondoso. Encarnava um aspecto mais singelo
das deusas, pois era a protetora das crianças. Mais tarde, surgiram
mitos que a identificavam como uma amante de Hórus, com o qual ela
seria mãe dos Deuses protetores dos vasos Canopos. Era uma deusa
popular, muito vista com Bés, e seu animal era uma vaca. Dizia-se ser a
face mais humana de Seckmet. Existe segundos certos registros alguma
relação de Hathor com Sekcmet e Bastet.
• Seckmet: Deusa das doenças, era uma divindade temida, encarregada
de defender o Deus Sol. Diz-se que foi quem em um dia massacrou a
maior parte da raça humana, por ordem de Rá. No Novo Império foi
associada á cura, principalmente no templo de Deir-El-Bahri, no qual se
praticavam várias curas. Seu animal era a Leoa, e aparecia como uma
mulher com cabeça de leoa. Alguns registros a dão como outra face de
Hathor ou de Bastet.
Mito Tebano: Muito mais sutil para ser vislumbrado, no mito tebano
temos o mundo sendo criado por muitos Deuses diferentes. Ptah o teria
criado pelo verbo, Khnun o feito em sua roda de oleiro, e temos o
outeiro primordial, de onde as divindades teriam surgido. Muitos deuses
são comuns aos dois Mitos, em particular Thot e Anúbis. No mito
tebano não existe uma hierarquia bem clara e definida, mas se
considera Amon/Amon-Rá como uma espécie de divindade Suprema.
Amon, o Oculto: Deiade tebana do vento, foi o deus mais popular do
novo Império, e protetor pessoal dos Ramessidas, dos grandes
Amenofis, entre outros. Era uma divindade do vento, dos segredos, da
verdade e de sia (a intuição divina do Faraó). Sua forma verdadeira era
desconhecida por todos, exceto para o Faraó, o herdeiro do trono, e o
Primeiro Profeta de Amon (Sumo Pontífice de Luxor e Karnak) e era
conhecido então por seu animal sagrado, o carneiro com chifres
recurvados.
Era amplamente cultuado no complexo gigantesco de Karnak e Luxor
onde centenas de sacerdotes, trabalhadores, artesãos, etc mantinham o
templo em pleno funcionamento, numa das mais ricas cidades de todo o
Egito. Formava, com Mut e Konshu a trindade tebana similar a de Osíris,
Isis e Hórus no Delta, apesar de sua menor importância. Diz-se que na
batalha de Kadesh foi ele a auxiliar Ramsés II, o grande a derrotar o
imperador do Hatti e sua confederação de inimigos do Egito.
Mut, a Mãe: Deusa da maternidade, era a esposa de Amon, e encarnava
os mesmos papeis de Isis, fosse como mãe dedicado ou como esposa
fiel
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3. • Era muitas vezes visto como Mago dos deuses, conhecedor de tudo,
(apesar desse papel, mais tarde ser de Isis), sendo o protetor da
famosa comunidade de Deir-en-Medineh, a comunidade dos
construtores de túmulos reais. No novo império foi o patrono da
Diplomacia, e o protetor de muitos dos mais famosos faraós (os
Tutmes).
Muitas vezes era chamado de senhor da Lua, (apesar do Deus Tebano
Konshu tambem o ser), devido ao seu aspecto de mago, e não se
sabia quem era seu pai, sendo mais provável o deus Aton. Thot, no
tribunal dos mortos era o escrivão dos Deuses, aquele que anotava o
nome dos que iam para o doce Amanti, ou para a boca de Babai (ou
Amuut) a grande devoradora.
Seu animal sagrado era o Babuíno, e o Íbis.
Sobek, o deus crocodilo: Venerado em Fayum, era um Deus
inquietante, muito próximo do Deus Seth. Aparecia como um homem
de pele clara, usando um sudário, mas com a cabeça de um crocodilo
adulto. Seu poder era o de governar as ações que mudam de forma
súbita a o curso natural das coisas, como os acidentes, incêndios e
mortes inesperadas. Assim pode-se ver a sua associação com o
Crocodilo, que ataca de forma súbita, agitando as águas calmas no
Nilo. Outros aspectos desse Deus era ser paciente, esperando o
momento certo de dar o bote, e a persistência, de nunca largar a sua
vitima, ou de nunca desistir de um intento. Em épocas mais tardias,
no periodo Tanita, e durante o império Kushita, foi associado à
astúcia. Seu templo no Fayum era repleto de grandes crocodilos.
•
Bés, o bom gênio: Um Deus brincalhão, geralmente simbolizando a
alegria de viver. Era protetor das parturientes, usando sua aparência
deformada e suas caretas para assustar os demônios que tentavam
tomar a alma nos recém-nascidos. De todas as divindades de todas a
história egípcia, era a única a ser representada de frente, nunca
aparecendo de perfil, o que gera especulações a respeito de sua
origem. Era visto como um anão deformado, narigudo, sempre
pulando batendo num tambor e a língua de fora. Dizia-se que suas
caretas faziam os recém-nascidos rirem.
• Era entretanto pouco venerada, mesmo em Tebas, onde suas poucas
sacerdotisas eram submetidas á autoridade do Primeiro profeta de Amon,
sendo seu Templo um pavilhão próximo a Karnak. Porem, no novo
império, sua adoração coincidiu com um aumento do poder de Amon,
quando ela passou a ser associada a Grande Esposa Real, e a aspectos
mais mundanos
Khonshu, o atravessador do universo: Divindade tebana relacionada com
a luz da lua e a magia, Khonshu era filho de Amon e de Mut. Era venerado
somente por aqueles que andavam pela noite, ou que necessitavam de
seus poderes, como os magos. Era famoso por sua relação de amizade
com Thot, como durante o celebre episodio do jogo de Senet. Não tinha
um templo, mas era venerado em Karnak junto a seus pais. Apesar disso,
era bastante famoso entre os estudiosos das casas-da-vida dos Templos.
Sokaris, o senhor da Região Misteriosa: Um deus gavião, Sokaris era o
artesão que forjava as bacias de prata onde os mortos lavavam os pés e
tambem era o Alquimista que misturava os ungüentos e especiarias dos
rituais fúnebres. Era também, em certos mitos, um aspecto de Ptha,
parecendo então como Ptha-Sokaris.
Em mitos mais antigos, era o mestre da Região misteriosa, a parte
externa do Amanti, onde vivia e governava. Seu animal era o Gavião
Secshat, a Rainha da biblioteca: Chamada de senhora das bibliotecas, era
a esposa de Ptha, e deusa da escrita. É representada por uma estrela de
sete pontas como diadema, e uma Túnica ritual de pele de pantera. Era
uma espécie de Escriba dos deuses, mas com papel inferior ao de Thot,
de quem era vassala. Era venerada em Jemenu, (Heliopolis, me grego)
próxima aos templos de Thot ou de Ptha. Seu “animal” era uma árvore,
dentro da casa da vida de Heliopolis.
Thot, o senhor da Sabedoria: Era um Deus misterioso, tido como criador
de muitas atividades intelectuais, tais como a matemática, a astronomia, a
matemática, a geometria, a arquitetura, a medicina, a musica, a magia, e a
Escrita.
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4. • Bastet, a senhora do amor: Era a Deusa do amor e dos prazeres,
extensamente cultuada por todos egípcios. Era também a divindade de
longe mais associada a seu animal (no caso o gato), com o qual nutria
características muito próximas, entre as quais as maneiras mais
maliciosas. Era uma deidade benevolente, mas seu amor era muito
voltado para um aspecto mais sexual e para os prazeres. Seu festival,
em Busbatis era famoso, e reunia pessoas de todo o Egito, até de todo
o Oriente Próximo para desfrutar de seus prazeres. Dizia-se que era
um aspecto mais jovial de Hathor, ou um aspecto menos temível de
Seckmet
• Trindade Menfita: Além dos deuses supramencionados, em Mênfis
havia uma trindade de Deuses especais, tidos como criadores do
mundo, relacionados ao Num e a Rá de forma especial. Eram eles:
Ptah, o Soberano dos Artesãos: Conhecido também como patrono dos
artesãos, esse era um deus largamente cultuado no novo império,
sendo inclusive dado a ele papeis de criador do mundo através da
palavra. Não se sabia de quem ele era filho, sendo uma das chamadas
“divindades pré-criação” que surgiram antes de Rá (eles eram os
deuses Khnun, Ptah, Neith e Num). Era venerado em dois locais,
Mennofer (Mênfis) onde era identificado com o boi Ápis, e tinha o
Templo funerário do Serapeo, (oráculo de Serapis, divindade grega
Ptlomaica identificada com Ptah) e em Tebas, pois era protetor de Deir-
in-Medineh, (comunidade exclusiva, autorizada a trabalhar no vale dos
reis). Foi, em particular patrono do Rei Menreptah, (“o amado do Deus
Ptah”, sucessor de Ramsés II, o grande), um dos maiores reis da
Décima nona dinastia. Costumava ser retratado como um homem de
pele clara, vestindo um Sudário branco, com dois cetros nas mãos: o
bordão do pastor, um estranho cajado, cuja ponta superior era
recurvada. Era um deus atento as suplicas dos homens, e tinha para
isso grandes orelhas.
• Nefertun, o nascido do lótus: Terceiro Deus da trindade Menfita,
filho de Ptah e de Seckmet, era representado como um homem
com um lótus na cabeça, simbolizando sua ligação com a
natureza. É mencionado em muitos textos antigos ás vezes como
deus primevo, associado ao Num. Mais tarde é dado como filho
de Ptah e Seckmet, muitas vezes perdendo esse posto para
Imhotep divinizado. Como deus da natureza, era o calor do sol.
Seckmet, a temível leoa: Deusa das doenças, era uma divindade
temida, encarregada de defender o Deus Sol. Diz-se que foi quem
em um dia massacrou a maior parte da raça humana, por ordem
de Rá. No Novo Império foi associada á cura, principalmente no
templo de Deir-El-Bahri, no qual se praticavam várias curas. Seu
animal era a Leoa, e aparecia como uma mulher com cabeça de
leoa. Alguns registros a dão como outra face de Hathor ou de
Bastet.
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