Este documento fornece informações sobre os aborígenes australianos. Descreve que os aborígenes são o povo indígena da Austrália que vivem no deserto há 50.000 anos, localizando-se principalmente no interior do país. Detalha alguns aspectos de sua cultura, incluindo sua mitologia, formas de comunicação através de diversos dialetos, e métodos de sobrevivência baseados na caça e coleta devido às condições desérticas.
2. EB 2, 3 de Colares
Ano lectivo 2009-10
Geografia – 8º ano
Guião de Trabalho
Repórteres Geográficos
Deixo-vos o seguinte desafio: “POVOS E CULTURAS DO MUNDO”.
O que devem fazer?
1- Cada grupo de trabalho escolhe um povo de um continente diferente e irá pesquisar em
revistas, jornais, livros… sobre os seguintes dados:
Localização;
Etnia;
Língua;
Religião;
Costumes;
Técnicas;
Património Cultural e Artístico.
2- Combinar antecipadamente com a professora o povo/cultura escolhido e os elementos do
grupo.
3- O trabalho deverá conter uma fotografia que seja representativa do povo/cultura.
4- Preparar a apresentação em PowerPoint desse tema à turma, de forma sucinta e clara, pelos 4
alunos. A apresentação não deverá exceder os 15 minutos.
Notas:
- Grupos de trabalho: 4 alunos.
- Data de Entrega: 19 Novembro em suporte informático (Word) através da Plataforma Moodle.
- Calendarização das apresentações à turma: última semana do 1º período.
- Tempo para a apresentação: até 15 minutos.
3. Como vão ser avaliados?
Parâmetros de avaliação do trabalho
Estrutura do Clareza e Rigor Apresentação Espírito Adequação
trabalho adequação da científico estética crítico do tema à
linguagem disciplina
* Trabalho bem * Utilização de * Apresentação * Capacidade
organizado e com * Expressão escrita conceitos criativa e apelativa de identificar os * O tema insere-
uma sequência correcta geográficos aspectos se nos
correcta * Utilização de vocabulário positivos e os conteúdos da
geográfico adequado aspectos a disciplina
melhorar
Alguns links úteis para a vossa pesquisa:
GERAL:
http://www.rituais.com/Paginas_I/Povos_e_Culturas.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ethnic_groups
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Grupos_%C3%A9tnicos
América:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_dos_nativos_americanos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Povos_americanos
África:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuaregues
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupos_%C3%A9tnicos_do_Gab%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Khoisan
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Povos_africanos
Ásia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_grupos_%C3%A9tnicos_chineses
http://pt.wikipedia.org/wiki/Curdos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Povos_asi%C3%A1ticos
Europa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Povos_da_Europa
Oceânia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Povos_da_Oceania
O nosso grupo de trabalho é:_______________________________________________________
O dia da apresentação é:_____________________________
Prof:Ana Tiago
6. - História dos Rastafaris
- O que são os rastafaris?
- Quem foi Marcus Garvey?
- O que é o reggae
- A origem do reggae
- Bob Marley
- Curiosidades
7. A história dos rastafaris
O movimento rastafari nasceu no ano de 1935 na Etiópia. Esta
comunidade localiza-se principalmente na Jamaica. E é uma
comunidade de luso- africanos, a sua língua é inglesa (e também
falam outras línguas consoante o país onde estão). Tem como
costume o reggae e algumas das sua habilidades é esculpir peças de
motivo africano, como as máscaras, as estátuas e os símbolos
bíblicos. Tem como património cultural e artístico, a musica, rituais
de dança e tambores. Praticas de cura e crenças no poder mágico
das palavras.
Localização da Etiópia Localização da Jamaica
O que são os rastafari?
São pessoas que vivem com a natureza, plantam e colhem, e
consomem erva (maconha, cannabis, marijuana, wella, etc.). Não são
de guerras, não comem carne nenhuma, nem peixe. Usam cabelos
compridos e despenteados com rastas. Frequentemente são
considerados pessoas “desleixadas”.
8. Um dos símbolos mais óbvios dos Rastafari são as cores. Estas são o
preto, o vermelho, o amarelo e o verde. Estas cores foram
retiradas do movimento de Marcus Garvey.
Preto - Representa a cor
dos africanos, dos quais
descendem 98% dos
Jamaicanos
Vermelho – Simboliza a
triunfante igreja dos
Rastafari, representando
também o sangue dos
mártires que existem na
história dos rastas
Amarelo - Simboliza a abundância da sua terra natal.
Verde - Representa a beleza da vegetação da Etiópia e da terra
prometida
9. Quem foi Marcus Garvey?
Marcus Gavey é considerado um
dos maiores activistas da história
do movimento nacionalista negro.
Garvey liderou o movimento mais
amplo de descendentes africanos
até então; é lembrado por alguns
como o principal idealista do
movimento de “volta para a África”.
Na realidade ele criou um
movimento de profunda inspiração
para que os negros tivessem a
“redenção” da África, e para que as
potências coloniais europeias
desocupassem a África. Em suas
próprias palavras, “Eu não tenho
nenhum desejo de levar todas as
pessoas negras de volta para a
África, há negros que não são bons
elementos aqui e provavelmente não
o serão lá.” Apesar de ter sido criado como metodista*, Marcus
Garvey se declarava católico.
*O metodismo é de origem Anglo-Americana, organizado pelo reverendo inglês John
Wesley que enfatizou o estudo metódico da Bíblia, e busca a relação pessoal entre o
indivíduo e Deus. Iniciou-se com a adesão de egressos da Igreja Anglicana e
Presbiteriana, bem como de dissidentes da Igreja Episcopal Americana.
10. O que é o reggae?
O Reggae é tido pelos próprios Rastas como sendo a musica de Jah
(Deus), primeiro por ter a mesma batida do coração e depois pelas
mensagens, através das letras de carácter religioso.
O reggae é um estilo de música originário da Jamaica. Bob Marley,
cantor e compositor, é o ícone deste estilo musical. Em sentido mais
amplo, Reggae pode referir-se a outros ritmos como ska,
rocksteady, dub, dancehall e ragga.
Qual a origem do raggae?
O reggae é um estilo de música originário da Jamaica que é
composto pelo Ska, um ritmo acelerado com instrumentos de metal,
resultantes da musica negra americana dos ano 50 e 60. Da metade
para o final da década de 60, o Ska tornou-se mais lento, dando
origem ao Rocksteady. Os metais deixaram de ser os instrumentos
que marcavam a musica , e nos seus lugares foi inserido a percussão
africana com a batida da guitarra num estilo Rock.Esse ritmo a
partir da década de 70 ainda passou a ser mais lento originando o
Reggae.
Bob Marley um dos Soja, uma das muitas bandas
cantores mais famosos de reggae .
de Reggae .
11. Bob Marley
Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley nasceu em
Saint Ann a 6 de Fevereiro de 1945 e faleceu em Miami a 11 de
Maio de 1981 foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o
mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por
popularizar o género. Grande parte do seu trabalho lidava com os
problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de “Charles
Wesley dos rastafáris” pela maneira com que divulgava a religião
através de suas músicas.
Bob foi casado com Rita Marley, uma das “I Threes”, que passou a
cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso
internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles
adoptados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o
legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus
filhos, Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiu carreira
musical.
12. Curiosidades
O Museu Bob Marley é um museu em Kingston, na Jamaica,
dedicado ao famoso cantor de reggae (Bob Marley). Localiza-se
na antiga residência do cantor e foi nessa casa que, ocorreu uma
tentativa de assassinato a Bob Marley em 1976.
Bob Marley faleceu com 36 devido a um cancro.
13.
14. Trabalho realizado por:
Ana Melo nº2
João Nunes nº10
Madalena Correia nº12
Madalena Nunes nº13
Viktoraya Hirinina nº24
15. Os Argentinos
Localização:
O território argentino está localizado nos hemisférios sul e
ocidental.
Etnia:
Os argentinos são caucasianos (brancos).
Língua:
A língua falada na argentina e o Espanhol e o básico mas também
há o castelhano que e uma mistura.
Religiões:
A religião oficial e a católica apostólica romana, representada
por um grande numero de igrejas.
Costumes:
Depene das religiões mas por ex: Em Buenos Aires tomam banho
pelo menos duas vezes por dia, usam perfumes franceses lêem
muito e trabalho muito, e tem todos o habito de se
cumprimentarem com apenas um beijinho na cara.
16. Técnicas: -------------
Património cultural e artístico:
Os governos de Angola e da Argentina assinaram sexta-feira na
cidade de Buenos Aires um acordo de cooperação no domínio do
ensino superior e o processo verbal da primeira sessão da
comissão bilateral, no termo de dois dias de conversações entre
delegações de ambos os países.Foram signatários dos dois
documentos, pela parte angolana, o ministro das Obras Públicas,
Higino Carneiro, e pela parte argentina, o ministro do
Planeamento Federal, Investimento Público e Serviços, Júlio de
Vido, e o secretário de Estado do Comércio e Relações
Internacionais, Alfredo Chiarodia.No encontro, que decorreu no
Palácio San Martin, sede do Ministério das Relações Exteriores
Comércio Internacional e Culto da Argentina, Angola procedeu à
entrega de uma proposta de acordo no domínio cultural, a qual foi
acolhida com satisfação pelos governantes argentinos.
O documento em causa estabelece um conjunto de acções que
abrangem áreas como a formação artística, artes plásticas,
dança, cinema e património cultural.
Trabalho realizado por:
Ana Catarina Araújo Serôdio
nº1 8ºD
17. Os Aborígenes
Quem são os Aborígenes?
Os Aborígenes são um povo que vive no deserto da Austrália, utilizando os seus métodos
para viver.
Os Aborígenes existem desde cerca de há 50 000 anos, e nunca mudaram desde esse
tempo. Existiam várias tribos de Aborígenes espalhadas na Austrália, mas hoje restam
poucas, devido ao avanço dos imigrantes ingleses, que se fixaram no litoral.
Desde as primeiras expedições realizadas na Austrália que os Aborígenes se mostraram
como bons guias. Este povo conhece o deserto como ninguém.
Existem vários objectos associados aos Aborígenes, como o boomerang ou o didjeridoo.
Onde se localizam os Aborígenes?
Os Aborígenes localizam-se no deserto da Austrália, o qual conhecem perfeitamente. Um
dos locais mais sagrados para este povo do deserto é uma grande pedra vermelha,
denominada “Ayers Rock”, ou “Uluru”.
Para os Aborígenes, a Austrália é um local sagrado, devido à sua grandeza, e à fauna e flora
que aí existe. As miragens, as rochas “esculpidas” pela natureza e grandes planícies secas
levam os Aborígenes a pensar que tudo pode ser sagrado.
Mitologia e Religião
Os Aborígenes, embora sejam um povo primitivo, desenvolveram muitas crenças e mitos.
Cada tribo pode representar a mitologia à sua maneira, mas certas crenças continuam iguais
para todos os Aborígenes.
Por exemplo, a lenda da baleia Lumaluma:
“Durante o “tempo do sonho” (a época da criação do universo), a baleia Lumaluma decidiu
sair do mar e tomar uma forma humana para ensinar várias coisas importantes aos homens.
Contudo, pouco a pouco, a baleia começa a abusar do poder. Assim que encontra uma
especiaria apetitosa, como mel selvagem, declara-a sagrada. Desta forma, os homens não a
podem comer, e apenas a baleia pode saborear esses deliciosos petiscos. Quando ela tentou
apreciar carne humana, os homens revoltam-se e matam a baleia. Mas todos os
ensinamentos e objectos sagrados que Lumaluma deixou são essenciais para os Aborígenes.”
18. Como comunicam entre si?
Os Aborígenes não são um povo de falar muito, mas têm uma grande quantidade de
dialectos. Entre estes dialectos, o mais utilizado em mais de 80% da Austrália denomina-se
“Greater Pama-Nyungan”, mas existem muitos mais, e a maioria deles é utilizado no norte
da Austrália. Existem mais de 120 dialectos diferentes em toda a Austrália.
Como sobrevivem?
Os Aborígenes são homens primitivos, que vivem no deserto, onde o solo é pouco fértil, a
água é pouca e os animais sobrevivem como podem. A agricultura não é uma das opções,
devido à qualidade do solo, por isso sobrevivem caçando e comendo animais. Como qualquer
outro povo primitivo, utilizam lanças para caçar e fazem fogo com paus e pedras, e comem à
mão. As danças rituais também fazem parte do dia-a-dia, para assegurarem a sua
sobrevivência.
Realizado por:
Daniel Schiffart Nº 4
Filipe Costa Nº 7
Gonçalo Xavier Nº 8
Joel Mota Nº 11
20. - Arte e Arquitectura
- Civilizacao Maia
- Economia dos Maias
- Escrita Maia
- Governo Maia
- Lingua Maia
21. A arte e a arquitectura Maia era uma forma de expressão
social, politica ideológica de um dos povos pré-
colombianos mais desenvolvidos. Durante mais de 2 mil
anos, os maias utilizaram, em suas construções, variados
materiais e técnicas. Como consequência, a escultura destes
povos acompanhou o desenvolvimento arquitectónico e
alcançou um grau de sofisticação não encontrado entre os
demais povos da América. A arquitectura maia tem carácter
cerimonial, o que proporcionou o surgimento de estruturas
suntuosas. As grandes plataformas eram feitas de pedras. As
paredes, de terra batida e, depois, revestidas por pedra
talhada ou argamassa. Os tetos tinham forma de falsa
abóbada. Os exteriores de palácios e pirâmides
apresentavam esculturas em suas decorações.
22. Assim como os Olmecas*, a civilização maia instiga uma
série de questões não respondidas aos diversos
paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam
este povo. Os indícios da origem da civilização maia
repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã,
que datam entre 700 e 500 a.C.
Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se
organizaram politicamente através de uma estrutura de poder
político centralizado. Em um vasto território que ia da
Guatemala até a porção sul do México.
Entre as principais cidades integradas a esse sistema
podemos destacar Piedras, Negras, Palenque, Tikal,
Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná.
* Os Olmecas eram uma
civilização, civilização
essa que dominava
México antes dos Astecas
23. A base económica dos maias era a agricultura,
principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação,
utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que
contribuiu para a destruição de florestas tropicais nas regiões
onde habitavam, desenvolveram também actividades
comerciais cuja classe dos comerciantes gozavam de
grandes privilégios.
Como unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e
sinetas de cobre, material que empregavam também para
trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, da prata, do jade,
das conchas do mar e das plumas coloridas. Entretanto,
desconheciam as ferramentas metálicas.
24. Entre todos os sistemas de escrita existentes na
Mesoamérica, segundo alguns especialistas, a escrita
maia é considerada uma das mais desenvolvidas.
Esse sistema de escrita, de fato, foi fruto do
intercâmbio cultural estabelecido com a civilização
olmeca, que anteriormente ocupou a região mexicana
entre os anos de 1500 e 400 a.C.. Desprovido de um
sistema alfabético, a escrita maia contava com um
extenso conjunto de caracteres que representavam
sons ou símbolos.
25. No período de apogeu da civilização
maia, é muito provável que as cidades
maias tivessem sido sociedades
teocráticas e pacíficas. As guerras que
ocorriam na maioria delas eram para
obterem prisioneiros para serem
sacrificados aos deuses.
26. São inúmeros os dialectos falados na área correspondente
ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer
forma, os linguistas dividem-nos em dois grandes ramos: o
huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em
outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc.).
A língua maia, falada no Yucatãn, sofreu inúmeras
transformações com as invasões toltecas e também devido
às influência da língua Náuatle falada pelos astecas.
Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que
até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos
documentos maias foram destruídos chegando até nós
apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice
de Madrid e o Códice de Paris.
27. O Povo (civilização) Maia foi…
Uma cultura “mesoamericana pré-colombiana” com uma grande história
ma pré colombiana”
de 3000 anos. A civilização Maia (ao contrario de muitas outras), nunca
muitas
se deu por “extinta”. Entre muitos estudos, mas, nada certo, pode
pode-se
dizer que os maias começaram a edificar a sua arquitectura cerimonial à
cerca de 300 anos. Os Maias habitaram, durante cinco séculos, a
s
região (actual) do Sul do México. Até, terem sido expulsos e ininvadidos
pelos TOLTECAS. Os Mais, nunca formaram um império unificado, facto
esse, que, favorece a invasão dos outros povos. As cidades formavam o
núcleo político e, religioso do povo. Eram governadas por um estado
TEOCRÁTICO.A Arte Maia, foi, antigamente, considerada a mais bela e
A
sofisticada de todo o Mundo. A arquitectura maia abarca vários
váriosmilénios;
ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são
as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-
pré-clássico em
diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder
religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis
cidades como “Chichén Itzá, Tikal e Uxmal”. Devido às suas muitas
Chichén .
semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da
arquitectura maia são uma chave importante para o entendimento da
evolução de sua antiga civilização.
28. Rastafári
Quem são os Rastafári?
Os rastafáris são pessoas normalmente da etnia negróide, tranças em desalinho que
escorrem pelo corpo ou então sob toucas de lá coloridas. Provavelmente, sempre
com um cigarro de marijuana pela mão. A sua alimentação baseia-se em frutas,
hortaliças e raízes. A calma reina entre si e sempre com um olhar sereno, e acima de
tudo têm um bom sentido de humor. A sua imagem é igual ao ex-imperador etíope
Hailé Selassié, “o messias”. Clama pela volta à África, de onde os seus antepassados
foram cruelmente arrancados durante um período de escravatura. A Bíblia é uma
leitura diária que ilustra os cânticos ao lado das críticas ao sistema que têm, a
“Babilônia”. Embora não permitam qualquer tipo de opressão, e por vezes tornam-
se agressivos com esta situação, continuam generosos e receptivos a todos
indistintamente. Acreditam na vitória do bem contra o mal e sobretudo acreditam
na vida eterna. Praticam a máxima paz e amor, e principalmente o seu cenário é:
Jamaica
Cores: Vermelho, Amarelo e Verde.
Movimento Rastafári
O movimento Rastafari surgiu com a coroação de Hailé Selassié, em 1930. Através
da música popular jamaicana, o reggae, foi notado internacional na década de 70 e
ganhou seguidores em todo o mundo. Aquilo que em tempos era “a vergonha da
Jamaica” – indivíduos de péssima aparência e hábitos “criminosos” – tornou-se
rapidamente uma atracção para visitantes, que fazem do turismo a segunda maior
fonte de renda do país. Isso, no entanto, não os poupa dos constantes problemas
com a polícia, que os toma por vadios e drogados. O certo é que o rastafari possui
elementos de grande interesse. Não obstante o etnocentrismo de alguns
observadores, que os consideram de loucos e alienados, os rastas conquistaram
uma identidade, dentro e fora da Jamaica. Ganhando assim paulatinamente, força
social e política.
29. O sistema escravagista implantado na Jamaica foi um dos mais cruéis em todos os
tempos. Os primeiros escravos chegaram à ilha em 1509; eram diariamente trazidos
para o trabalho nas plantações de cana-de-açúcar, que sustentaram a economia
europeia nos séculos XVII e XVIII. Capturados na costa da Guiné, Congo, Angola e
Sudão, pertenciam a grupos tribais importantes, como os coromantees, achantis,
mandingas, fantis, dagombas, mamprusis e talenses. Isolados entre si na África, sem
intercâmbios, fundaram as suas tradições e culturas no Caribe, descobrindo-se
como um só povo, partilhando dos mesmos sofrimentos.
Os coromantees provinham de uma tradição guerreira, que os tornavam rebeldes e
violentos. Foram a espinha dorsal dos maroons, escravos fugitivos e de atribuições
míticas, que se concentraram no interior da ilha, onde estão até hoje. Garantidos
por lei, os seus territórios preservam as tradições tribais africanas de seus
primeiros. É correcto afirmar que os núcleos maroons são uma espécie de
quilombos que deram certo. Oliver Cromwell, a serviço da Coroa Britânica,
conquistou a ilha em 1655.
O imperador etíope Hailé Selassié, "Senhor dos senhores, Rei dos reis!
30. Os homens de coração Negro
A Jamaica é um caso singular no que diz respeito à tradição e folclore. Ao contrário
de outros sistemas de escravatura, os negros não eram forçados a adoptar a cultura
europeia. Por exemplo os ingleses possuíam objectivos mercantilistas, não se
importando com qualquer tipo de catequese ou nenhum ensinamento. Os escravos
por sua vez tinham uma cultura própria, fruto da junção tribal que foram
submetidos.
Os trabalhos eram feitos ao ritmo de canções africanas, do tipo de chamada-
resposta, que segundo os ingleses aumentava a produtividade. As primeiras
práticas religiosas foram o myalism e o obeah, ambos de uma herança africana, que
misturavam com exarcebado, culto aos mortos, voduísmo e curandeirismo. Umas
das outras expressões foram a kumina e o junkunnu, que actualmente ainda são
vingadas. A primeira a ser considerada como um dos mais antigos cultos afro-
caribenhos, está bastante ligada ao myialism.
As suas funções incluem a possessão espiritual, o bater frenético de palmas e o
ritmo dos tambores. O junkunnu é a mais tadicional festividade jamaicana que tem
muita dança, música, teatralização e paródia.
Arraigados com as suas tradições, os negros jamaicanos atravessaram praticamente
três séculos imunes à cultura e religião brancas. Em 1774, várias práticas de folclore
à condição underground. Os seus padrões tinham consciência do perigo em permitir
vários escravos unidos, em comunicação constante, sendo assim o fim de um ciclo.
Com o começo das práticas religiosas de descendência estritamente africana, criou-
se um vazio espiritual na Jamaica. as suas cerimónias nas Igrejas tradicionais eram
frias e não se identificavam com os escravos. No ano de 1784, George Liele, afro-
americano e também ex-escravo, fundou a Igreja Baptista na Jamaica. Atraídos pelo
discurso acessível dos novos sacerdotes, os negros tomaram contacto com a Bíblia,
mesmo chegando a descobrir semelhanças entre a histórias dos judeus bíblicos e a
deles própria.
31. Etiópia: a origem da civilização cristã
George Liele já possuía algum conhecimento sobre o etiopianismo, teoria baseada
na Bíblia que diz ser a Etiópia e a raça negra a protocélula da civilização cristã. As
diversas traduções disponíveis da Bíblia e as muitas interpretações a que se
permitem tornam a questão um poço de dúvidas. A cada conquista árabe ou
europeia na antiga África mudavam-se os nomes dos territórios. Assim, as origens
da civilização etíope confundem-se no passado com a de Kush ou Méroe, Núbia e até
do Egipto. Segundo os gregos, o antigo Egipto era habitado pelas mesmas tribos da
antiga Etiópia, indivíduos de pele negra e cabelos como lã.
A Igreja Batista tornou-se um lugar de reclamação para os escravos. Os pastores
baptistas exortavam os negros à resistência e foram os primeiros a clamar em favor
da descolonização e citar a frase, hoje muito reconhecida, “África para os africanos”.
O sincretismo entre as imagens e valores bíblicos e afro-americanos foi uma
consequência lógica nesse processo.
Mesmo após a abolição da escravatura, em 1838, a insatisfação na ilha era
generalizada. O apego à fé e às lideranças político-religiosas foi responsável por
uma série de rebeliões. O sincretismo catalizou-se em 1860 com o revivalismo,
quando a religiosidade e o espiritualismo foram levados a extremos, num episódio
sem precedentes na história da Jamaica.
No começo deste século, amparados num movimento nacionalista, alguns
pregadores lançaram mão de sua influência e retórica para mesclar elementos
bíblicos e da teoria etiopanista com reivindicações de cunho social e político. O mais
destacado de todos eles era o jovem Marcus Mosiah Garvey. Após liderar
movimentos grevistas e revelar um enorme poder de comunicação junto às massas,
Garvey fundou a UNIA – Universal Negro Improvement Association (Associação
Universal para o progresso Negro) – uma das primeiras tentativas de peso
realizadas para a garantia dos direitos dos negros no mundo ocidental. Para que se
tenha uma ideia, somente entre 1914 (data da sua instauração) e 1920, a UNIA
chegou a agregar quase seis milhões de membros, espalhados por todo o mundo.
Ascenção de Selassié
Em 1916, Marcus Garvey viajou para os Estados Unidos com o objectivo de
apresentar propósitos educacionais para Washington. Terminou instalando-se
nesse país e, sempre estimulando o retorno dos negros à África, fundou a Black Star
32. Line (Companhia Estrela Negra) de navegação para garantir o comércio do novo
mundo negro e simbolizar a repatriação. Durante os anos 20, ganhou tal eminência
junto às comunidades negras dos EUA que o governo daquele país, actuado pelas
constantes insinuações do jornal da UNIA, Negro World, expulsou-o em 1928.
“Olhem para a África. Quando um rei negro for coroado, a redenção estará
próxima.” A afirmação de Garvey em seu retorno à Jamaica foi tomada como uma
profecia. A vinda do messias haveria de pôr fim aos sofrimentos e amarguras
daquele povo, crente de ser a extensão infausta dos judeus das escrituras. Em 1930,
Ras Tafari Makonnen foi coroado imperador da Etiópia. Adoptou o nome de Hailé
Selassié I e adicionou os títulos de Rei dos reis, Senhor dos senhores, Leão
Conquistador e Tribo de Judá, Eleito de Deus e Luz do Mundo. A analogia, pois, foi
rápida e contundente: Hailé Selassié é o messias. Os acontecimentos históricos que
se sucederam na Etiópia passaram a ser relacionados com as escrituras,
consolidando a suposta divindade do imperador. A invasão do país pelas tropas de
Mussolini e a heróica resistência do povo etíope comandado por Selassié. A trágica
epopeia dos negros jamaicanos, os sentimentos nacionalistas, o etiopanismo, o
sincretismo afro-bíblico, os clamores pela volta à África ganhavam, enfim, um
direcionamento, um objecto de adoração e esperança. O nome baptismal do
imperador, Ras Tafari, rotulou a fé que lhe era dedicada.
Durante uma visita à Jamaica em 1966, Hailé Selassié negou ser o salvador (Jah,
para os rastas), mas não foi ouvido.
O rastafari foi manipulado por falsos líderes ao longo dos anos 30, 40 e 50. os
projectos económicos e educacionais instituídos por Marcus Garvey na década de 20
juntamente com os navios imprestáveis comprados de armadores brancos a preços
de mercado negro. O profeta, aliás, morreu miseravelmente em Londres, no ano de
1940. As situações em que se viram atirados os rastas, a violência insuflada por
interesses pessoais de alguns e a inadvertida relação com os rude boys na década de
60, ao contrário do que seria presumível, fortaleceram os ideais legitimamente
rastas, aos seguidores contemporâneos uma doutrina mais realista e urbana, sem
abrir mão de seus preceitos dogmáticos.
Os caminhos da redenção
Os rastas somam hoje 10% da população jamaicana, estimada em 2,5 milhões de
habitantes. Malgrado a morte de Selassié, em 1975, adoram-no ainda, como um ente
de vida. Estão espalhados em todo o país, invariavelmente em guetos onde há
miséria e práticas de subsistência. Integram-se à sociedade como músicos,
soldadores, motoristas, pescadores, artesãos e agricultores. As crianças, com
raríssimas excepções, não vão à escola, “centros de lavagem cerebral e maus
ensinamentos”. Seja por hábitos, palavras ou aparência, os rastas são facilmente
identificáveis.
O rastafari é pró-Cristo e anti-papa. Reconhece a Igreja Católica Romana, mas vê no
33. papa a personificação do Satanás, por liderar aqueles que fazem das verdades da
Bíblia recurso de dominação de seus seguidores. O totalitarismo das grandes
potências e as muitas formas de exploração do homem são, para os rastas,
garantidos pela Igreja e seus falsos pregadores; a destruição disso tudo está
próxima, e somente os que seguem os ensinamentos da Bíblia, os justos dos justos,
serão poupados. A Bíblia, pois, é companheira inseparável dos rastas.
Guiando e iluminando os caminhos que hão de leva-los à redenção.
A linguagem rasta possui particularidades que vão desde a descaracterização do
inglês, a língua oficial jamaicana, até incluir termos do amárico etíope e de origem
crioula. A sabedoria discursiva resume-se no conceito de word (razão), sound (fala)
e power (coração). A palavra I (literalmente, “eu”) concentra inúmeros predicados
de interacção divina e, consequentemente, desmedidas utilizações. Tudo que
converge no sagrado inicia-se com I. Daí termos Itation para meditation
(meditação), Ivine para divine (divino) e assim por diante. Nos lábios dos rastas o
inglês transforma-se.
Através de suas canções, Bob marley popularizou os rastas no mundo.
34. Os costumes dos rastas
Os hábitos alimentares dos rastas são basicamente vegetarianos. A justificativa,
como sempre, é bíblica: “ e a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a
todos os seres vivos que rastejam sobre a terra, eu lhes dou os vegetais por
alimento” (Gênesis 1, 30).
Aém de não comerem carne, alimentos como ovo, queijo, pães, e massas de farinha
branca, os rastas mantêm-se com uma variada gama de frutas e hortaliças
encontradas na Jamaica. Arroz, feijão, ervilha, mandioca, coco, banana, mamão,
abacaxi, laranja, ackee (a fruta típica da ilha), pimenta, batata e uma infinidade de
sucos e extractos compõem a mesa do rasta no dia-a-dia.
A bebida alcoólica é evitada, bem como os refrigerantes e enlatados de qualquer
tipo. Plantar o que come, quando possível, é o ideal.
A alimentação rasta é chamada Ital, termo oriundo de natural e vital. Na urbana
Kingston, por exemplo, onde as dificuldades em se encontrar a comida Ital se
pronunciam, existem restaurantes especializados em prepará-la, normalmente
dirigidos por rastas.
As dreadlocks (literalmente, “tranças horrendas”) surgiram por volta de 1935,
inspiradas em fotos de guerreiros massais e somalis da África Oriental. A ideia
corrente de que sejam sujas, nunca lavadas, não é verdadeira. Uma espécie de touca
de lã, a tam, guarnece a dreadlocks do sol e do vento e é, quase sempre, tecida nas
cores etíopes: vermelha, amarela e verde. Se nas ruas de Kingston um rasta for
insistentemente fitado por um turista curioso, certamente arrancará de um só golpe
a tam, expondo as dreadlocks num ato de afirmação de sua atitude e crença.
Os próprios rastas costumam recitar: “nem todos os rastas usam dreadlocks, nem
todos que usam são rastas”. Sem dúvida, a popularização do uso das dreadlocks, na
Jamaica e no mundo, deu margem às más interpretações sobre os rastas, não de um
modo muito correcto. Mais importante que as dreadlocks, afirmam, é ser rasta no
coração.
De todos os hábitos rastas, o mais problemático, o mais susceptível a implicações
sociais e até legais é o consumo da marijuana, conhecida popularmente como ganza,
a erva sagrada. Fumar ganza é um sacramento, comparável à hóstia ou ao incenso
na Igreja cristã. Sob o efeito da ganza, os rastas dizem manter íntima relação com
divindades, unidade com o mundo e raciocínio lógico. É indispensável durante
meditações, cânticos e orações. Na forma de chá, é utilizada para relaxar crianças
pequenas que choram muito ou se mostram tensas. Inúmeros pratos da cozinhas
fazem uso da erva, também usada contra males do corpo, como infecções, febres e
dores de cabeça.
Não se sabe quando a marijuana chegou à ilha ou até se já existia antes do
descobrimento, mas é certo que ela se encontra na ilegalidade desde 1913. Os
problemas com a polícia foram sempre marcantes, mas, actualmente, existe uma
35. relativa conivência para com o porte e consumo em pequenas quantidades. O
rastafári encontra-se intrinsecamente relacionado com a música.
Através dos anos e das progressivas evoluções dos ritmos jamaicanos, a mensagem
rasta foi cantada na lida diária, nas praias, mas clareiras escondidas das Montanhas
Azuis (no interior da ilha), nas favelas e palcos mambembes. A música é hoje o mais
importante veículo de pregação rastafari e reivindicações sociais. Basta citar o
reggae, mundialmente conhecido, para se ter uma ideia do casamento entre ritmo,
melodia e doutrina fomentados pelos rastas. A base de tudo são os tambores burru,
tradição rítmica africana difundida nos tempos da escravidão e adoptada pelos
rastas como nyahbinghi drums.
Os rastas reúnem-se constantemente para cantar, para louvar Jah, com tambores e
ganza na mão. O ritual é conhecido como grounation e ilustra todas as datas
importantes do calendário rasta. Dificilmente a presença de um estranho é tolerada
nessas ocasiões, tal a importância e mística que lhe são atribuídas.
O rastafari conquistou espaços na sociedade jamaicana inimagináveis há alguns
anos. Embora muitos recusem-se a votar, nenhuma campanha política prescinde da
inclusão de seus problemas, tal é a força do movimento junto à opinião pública do
país. Está gravada na história da Jamaica a imagem do primeiro-ministro branco,
Edward Seaga, unificando os brados de “Jah, rastafari!”, durante os funerais de Bob
Marley, um rasta que levou, através de sua música, a realidade jamaicana às
primeiras páginas dos jornais em todo o mundo.
Aninhados sob o sol enérgico da Jamaica, esperam tranquilos a chegada do
Apocalipse. Têm certeza de que sobreviverão. Seu canto mavioso e as palavras de
sabedoria, como na lenda milenar do rouxinol, mantêm vivo o imperador e
distantes os fantasmas das más acções que cometeu.
Tambores Burru, um dos
instrumentos com que Rastas, especialmente utilizadas
realizavam as cerimónias pelos dreadlocks.
“Groudantion”.