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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA
JULIANA FARIAS SOUSA
PRODUÇÃO ARTIFICIAL DE RADIONUCLÍDEOS
Teresina
2018
INTRODUÇÃO
Na medicina nuclear, para o diagnóstico e terapia são usados
radionuclídeos produzidos artificialmente em reatores ou aceleradores de
partículas. Os radionuclídeos que decaem por emissão de partículas, são
geralmente produzidos em reator por reações de captura de nêutrons.
Um radiofármaco incorpora dois componentes: um radionuclídeo e um
vetor fisiológico. Um radionuclideo, ou seja, uma substância com propriedade
físicas adequadas ao procedimento desejado, e um vetor fisiológico, ou seja,
uma molécula orgânica com fixação preferencial em um determinado tecido ou
órgão. Sobretudo os radionuclideos são a parte radioativa dos radiofármacos.
Um nuclídeo é um elemento com a estabilidade determinada pelo seu
número atômico (Z) e seu número de massa (A), ou seja, a sua estabilidade
depende do número do prótons e nêutrons. Quando o elemento tem um núcleo
instável, ele emite energia, ao emitir energia, o elemento se transforma em outro
estável. Quando está instável, o nuclídeo é denominado radionuclídeo e emite
partículas alfa, beta negativo, beta positivo e elétrons, também emitem raios
gama e raios-x. Este é um processo natural chamado radioatividade.
Após a produção artificial dos nuclídeos, os fármacos são produzidos e
fracionados sintetizados com os nuclídeos. O processo é realizado em
instalações denominadas Células Quentes, que protegem os trabalhadores da
radiação. Em laboratórios especializados os radiofármacos ainda passam por
processos de controle de qualidade.
Os geradores permitem obter um radionuclídeo de t1/2 curto a partir de
um radionuclídeo de t1/2 longo. As propriedades químicas dos dois
radionuclídeos têm que ser distintas para que sejam facilmente separados. Os
geradores são constituídos por uma coluna de alumina, ou por uma resina de
troca iônica, na qual se fixa o radionuclídeo "pai" de tempo de meia-vida longo.
Por decaimento deste último, forma-se o radionuclídeo "filho", que é separado
por eluição, com um eluente adequado.
EXEMPLO: No caso do gerador 99Mo/99mTc, a atividade do
radionuclídeo "filho" (99mTc) vai aumentando à medida que o radionuclídeo "pai"
(99Mo) vai decaindo.
Referências
http://radiologia.blog.br/medicina-nuclear/o-que-sao-radiofarmacos-e-suas-
aplicacoes.
OLIVEIRA, Rita; SANTOS, Delfim. Preparações radiofarmacêuticas e suas
aplicações; Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.42 no.2 São Paulo Apr./June 2006.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radiof%C3%A1rmaco.

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  • 2. INTRODUÇÃO Na medicina nuclear, para o diagnóstico e terapia são usados radionuclídeos produzidos artificialmente em reatores ou aceleradores de partículas. Os radionuclídeos que decaem por emissão de partículas, são geralmente produzidos em reator por reações de captura de nêutrons. Um radiofármaco incorpora dois componentes: um radionuclídeo e um vetor fisiológico. Um radionuclideo, ou seja, uma substância com propriedade físicas adequadas ao procedimento desejado, e um vetor fisiológico, ou seja, uma molécula orgânica com fixação preferencial em um determinado tecido ou órgão. Sobretudo os radionuclideos são a parte radioativa dos radiofármacos. Um nuclídeo é um elemento com a estabilidade determinada pelo seu número atômico (Z) e seu número de massa (A), ou seja, a sua estabilidade depende do número do prótons e nêutrons. Quando o elemento tem um núcleo instável, ele emite energia, ao emitir energia, o elemento se transforma em outro estável. Quando está instável, o nuclídeo é denominado radionuclídeo e emite partículas alfa, beta negativo, beta positivo e elétrons, também emitem raios gama e raios-x. Este é um processo natural chamado radioatividade. Após a produção artificial dos nuclídeos, os fármacos são produzidos e fracionados sintetizados com os nuclídeos. O processo é realizado em instalações denominadas Células Quentes, que protegem os trabalhadores da radiação. Em laboratórios especializados os radiofármacos ainda passam por processos de controle de qualidade. Os geradores permitem obter um radionuclídeo de t1/2 curto a partir de um radionuclídeo de t1/2 longo. As propriedades químicas dos dois radionuclídeos têm que ser distintas para que sejam facilmente separados. Os geradores são constituídos por uma coluna de alumina, ou por uma resina de troca iônica, na qual se fixa o radionuclídeo "pai" de tempo de meia-vida longo. Por decaimento deste último, forma-se o radionuclídeo "filho", que é separado por eluição, com um eluente adequado.
  • 3. EXEMPLO: No caso do gerador 99Mo/99mTc, a atividade do radionuclídeo "filho" (99mTc) vai aumentando à medida que o radionuclídeo "pai" (99Mo) vai decaindo.
  • 4. Referências http://radiologia.blog.br/medicina-nuclear/o-que-sao-radiofarmacos-e-suas- aplicacoes. OLIVEIRA, Rita; SANTOS, Delfim. Preparações radiofarmacêuticas e suas aplicações; Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.42 no.2 São Paulo Apr./June 2006. https://pt.wikipedia.org/wiki/Radiof%C3%A1rmaco.