O documento resume a República Oligárquica no Brasil entre 1889 e 1930, caracterizada pelo domínio de oligarquias regionais sobre o governo federal. A República foi estabelecida após a queda da Monarquia devido à aliança entre militares, fazendeiros e classes médias urbanas. No entanto, o sufrágio universal não significou democracia, com as elites manipulando votos através do "voto de cabresto".
1. Colégio Pedro II - 3º ano (Ensino Médio)
História - Profª Vera Lúcia Bogéa Borges
BRASIL: A República Oligárquica (1889-1930)
Rio de Janeiro, 12 de maio de 2011
7. "Abolição e República, são sintomas de uma mesma realidade; ambas são repercussões,
no nível institucional, de mudanças ocorridas na estrutura econômica do país
que provocaram a destruição dos esquemas tradicionais.
O mais que se pode dizer é que a abolição, abalando as classes rurais que
tradicionalmente serviam de suporte ao Trono, precipitou sua queda.
Se houve casos de fazendeiros que aderiram ao Movimento Republicano por vigança
foram casos isolados que não podem explicar o fim da monarquia".
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos.
São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 328.
Em 1889, a República no Brasil ocorreu devido a conjugação momentânea de três forças:
* uma parcela do Exército
* fazendeiros do oeste paulista
* representantes das camadas médias urbanas.
16. "Os aspectos mais relevantes do modelo inaugurado por Campos Salles:
a criação extra legal de um condomínio de oligarcas - os chefes estaduais - como corpo dotado
da prerrogativa de definir a composição do Executivo e do Legislativo federais e do controle
sobre a dinâmica legislativa, através da Comissão de Verificação de Poderes. (...)
Este modelo contém dois aspectos distintos (...) O primeiro é composto por um conjunto de
procedimentos postos em ação para obter estabilidade e dotar a República de um padrão mínimo
de governabilidade. Eles se resumem à montagem da política à dos governadores e à operação
da Comissão de Verificação de Poderes.
O segundo aspecto diz respeito aos valores que Campos Sales atribuiu ao seu modelo,
notadamente uma concepção despolitizadora e administrativa do governo,
dotado da atribuição de resguardar o interesse nacional".
LESSA, Renato. A invenção republicana. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999. p. 25 e 28.
17. Coronéis e barões do café:
típicos representantes das elites dirigentes da República Oligárquica
18. Café (1925) - - Óleo sobre tela de Candido Portinari - Museu Nacional de Belas Artes (RJ)
20. "A constituição de 1891 manteve o sufrágio amplo, sendo eleitores todos os cidadãos maiores
de 21 anos. Estavam excluídos: as mulheres, os mendigos, os praças e os religiosos sujeitos a voto
de obediência que importasse renúncia da liberdade individual. A conquista política por si só não
expressava transformações quanto ao perfil do país, uma vez que a organização sócio-econômica
do Brasil funcionava em benefício das oligarquias regionais. A possibilidade do alistamento
Eleitoral era apenas uma das facetas das eleições, outras duas devem ser consideradas:
o ato da votação e a apuração dos votos. Estas duas constituíam-se em etapas de manipulação
pelos detentores do poder no período da Primeira República"
BORGES, Vera Lúcia Bogéa. Morte na República: os últimos anos de Pinheiro Mahcado e
Política Oligárquica (1909-1915). Rio de Janeiro: IHGB/Livre Expressão, 2004. p.130.
21. Eleição de 1910: Hermes da Fonseca X Rui Barbosa (Campanha Civilista)
22. A Batalha Eleitoral de 1910: Imprensa e Cultura Política na Primeira República (capa do
livro, no prelo)