2. A Terra conta hoje com uma população total da ordem dos
6500 milhões de habitantes, como resultado de um crescimento
global que se tem acentuado ao longo do tempo.
Este crescimento da população mundial começou a assumir
algum significado após a Revolução Industrial e tornou-se
particularmente intenso a partir da segunda metade do séc. XX,
razão pela qual passou a constituir um dos grandes problemas da
actualidade.
Este crescimento populacional explosivo apresenta inúmeros
problemas tanto contra a natureza como para o próprio Homem.
A esta contínua expansão da população contrapõem-se um
conjunto limitado de recursos disponíveis o que, a manter-se,
conduzirá a um agravamento dos problemas já hoje existentes
(desemprego, pobreza, fome e subnutrição, carência de água
potável, excessiva produção de resíduos, poluição …) e deixa
antever que se alcance, porventura num futuro não muito
distante, o limiar de sustentação do planeta.
3. A evolução da população mundial depende do crescimento
natural, que resulta da diferença entre a natalidade e a
mortalidade.
4. O gráfico mostra o seguinte:
A população tem vindo sempre a aumentar;
O ritmo de crescimento foi lento até 1800;
A partir de 1800, a população começou a crescer a um ritmo
acelerado;
Nos 100 anos que se seguiram a 1830, a população duplicou e passou
para 2000 milhões;
Após a II Guerra Mundial a população aumentou bastante e em 1960
chegou aos 3000 milhões;
Em 1980 a população atingiu 4400 milhões, e, no início do século XXI, os
seres humanos ultrapassaram os 6500 milhões, quase quatro vezes mais
do que há cem anos atrás!
Hoje cresce à média de duas pessoas por segundo, resultado dos cinco
nascimentos e três óbitos registados ao mesmo tempo.
5.
6. Regime demográfico Primitivo (até ao séc. XVIII):
Natalidade e Mortalidade elevadas;
Fraco Crescimento Natural;
Esperança média de vida baixa;
Crescimento lento.
lento
Revolução Demográfica (do séc. XVIII até ao final II Guerra Mundial):
Natalidade Elevada;
Mortalidade diminui acentuadamente;
O Crescimento Natural aumenta significativamente;
Crescimento rápido.
Explosão demográfica (Após II Guerra Mundial até à actualidade):
A Natalidade elevada (países menos desenvolvidos);
A Mortalidade baixa;
Crescimento Natural elevado;
Crescimento muito rápido.
7. Regime demográfico Primitivo (até ao séc. XVIII)
A natalidade era elevada porque:
Os filhos eram uma fonte de riqueza porque serviam de mão-de-
obra barata para trabalhar na agricultura;
Desconheciam o planeamento familiar;
A mortalidade infantil era muito elevada, o que obrigava os pais a
terem mais filhos para substituir os que morriam;
Os casamentos eram precoces..
A mortalidade era elevada porque:
Havia maus anos agrícolas que originavam fomes;
Alimentação deficiente;
Falta de higiene;
Havia pestes e epidemias;
Guerras;
A medicina curativa e preventiva não estava desenvolvida..
8. Revolução Demográfica
(do séc. XVIII até à II Guerra Mundial):
A melhoria das condições de vida resultantes dos progressos
tecnológicos e científicos deu origem:
- A uma significativa diminuição das taxas de mortalidade;
- A um aumento da esperança média de vida;
- Por outro lado, os valores das taxas de natalidade não sofreram
grandes alterações, o que implicou um importante aumento do
crescimento natural.
Nas regiões onde não aconteceram estas transformações, como
foi o caso de Portugal, que só conheceu a industrialização
posteriormente, manteve-se o equilíbrio entre a taxa de
natalidade e a taxa de mortalidade, ou seja, um crescimento
natural reduzido.
Após este período, começaram a evidenciar-se diferenças entre
os ritmos demográficos das regiões industrializadas e os ritmos
das regiões não industrializadas.
9. Explosão Demográfica (após II Guerra Mundial até à
actualidade):
- Após a Segunda Guerra Mundial, verifica-se um crescimento
demográfico acelerado da população mundial.
- Actualmente, o acentuado crescimento da população mundial deve-
se ao comportamento demográfico dos países em desenvolvimento.
- Os países industrializados e as organizações por eles formadas
auxiliaram os países menos desenvolvidos, nomeadamente nas áreas da
saúde, da agricultura e da educação (ajuda internacional). Esses auxílios
contribuíram para uma grande descida das taxas de mortalidade que,
associada à manutenção de elevadas taxas de natalidade, deu origem a
um crescimento natural explosivo.
- Os países industrializados assistem a um decréscimo do seu
crescimento natural, devido à baixa mortalidade associada agora à baixa
natalidade.
11. Natalidade elevada (países em desenvolvimento):
- tradição de famílias numerosas;
- o casamento precoce;
- os filhos fonte de prestígio social e de rendimento;
- as crenças religiosas;
- as elevadas taxas de analfabetismo;
- desconhecimento do planeamento familiar;
- o baixo nível cultural;
- a função da mulher é ser dona de casa e mãe;
- o trabalho infantil não é proibido;
- a escolaridade não é obrigatória.
Natalidade baixa (países desenvolvidos):
- modernização das sociedades;
- melhoria do nível de vida e maior preocupação com a educação
dos filhos;
- entrada das mulheres no mercado de trabalho;
- desejo de realização pessoal e profissional dos casais;
- planeamento familiar e generalização do uso de contraceptivos;
- proibição do trabalho infantil;
- escolaridade obrigatória;
- casamento tardio;
- modo de vida urbano.
12.
13. Mortalidade elevada (países pobres principalmente do continente
africano):
- Deficiente assistência médica;
- Baixo nível sanitário;
- Escassez de alimentos e fome;
- Guerras e conflitos sociais;
- Catástrofes naturais e epidemias;
- Doenças contagiosas (SIDA, malária, hepatite B …).
Diminuição rápida da mortalidade nos países em desenvolvimento,
resulta essencialmente da ajuda internacional prestada pelos países
desenvolvidos, que possibilitaram:
- Melhoria da alimentação;
- Aumentar a produção agrícola;
- Uso mais frequente de vacinas e antibióticos;
- Melhoria das condições de higiene.
Mortalidade baixa (países desenvolvidos):
- Boa assistência médica devido aos progressos na medicina e
serviços de saúde eficazes;
- Boas condições sanitárias e habitacionais;
- Melhoria na alimentação;
- Proibição do trabalho infantil;
- Melhores condições laborais;
- Elevado nível de vida das populações.
14. Consequências:
Quer a acentuada juventude, quer o forte envelhecimento de uma população originam
diversos problemas de natureza económica, social e ambiental, tais como:
Expansão da pobreza;
Desemprego;
Escassez de alimentos que leva à fome e subnutrição;
Elevadas taxas de analfabetismo;
Carência de água potável;
Conflitos violentos;
Perda de biodiversidade;
Excessiva produção de resíduos o que contribui para a poluição do ar, dos solo
e da água;
Alterações climáticas, aumento do efeito de estufa, chuva ácida, destruição
da camada de ozono,
Sobreexploração e destruição dos recursos naturais;
Urbanização crescente e desordenada;
Populações mais sujeitas a desastres naturais (secas, furacões, inundações,
deslizamento e subsistência de terrenos, maremotos, erupções vulcânicas …) pela ocupação
de áreas em risco;
Envelhecimento da população (países desenvolvidos) com diminuição da
natalidade e da população activa, aumento das despesas de saúde e com o pagamento das
reformas;
15. Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que vai ao encontro
das nossas necessidades no presente, sem comprometer as necessidades das
gerações futuras.
São necessárias medidas científico-tecnológicas, educativas e
políticas, tais como:
Controlar o crescimento populacional (por parte dos países em
desenvolvimento), com perspectivas de estabilização da população;
Usar racionalmente a energia e a matéria-prima, privilegiando a
conservação em
oposição ao desperdício;
Elaborar legislação;
Utilizar energias alternativas;
16. Tratar resíduos sólidos e águas residuais;
Controlar a poluição, diminuindo a produção de resíduos
que são absorvidos pelo ambiente;
Alterar hábitos individuais e usar a política dos Cinco R (RRRRR)
– Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Respeitar e Responsabilizar – como
forma de consumo responsável;
Fomentar o ordenamento do território;
Conservar o património geológico;
Cooperar internacionalmente.
17. A evolução da população de Abrantes depende da diferença
entre a natalidade e a mortalidade (crescimento natural), mas
também da diferença entre a imigração e a emigração (saldo
migratório)
Evolução Demográfica de Abrantes
60000
50000
40000
População
30000
20000
10000
0
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
Anos
18. Verificamos que se regista:
Um aumento da população desde final do séc.XIX até aos anos
60 do séc.XX;
Uma diminuição da população desde 1960 até 2004. Esta
diminuição estará relacionada com a emigração (sobretudo nos
anos 60 e 70 do século XX) e a diminuição da taxa de natalidade;
natalidade
Uma diminuição mais acentuada desde os anos 60 até ao final
do séc. XX, do que neste início do séc. XXI.
19. Para medir o comportamento do consumidor temos dois
índices em que baseamos:
IPC ( índice de preços do consumidor) – Tem como objectivo
medir as alterações no custo de vida dos consumidores, ou
seja, o valor que estes têm de gastar ao longo do tempo
para manter um determinado nível de vida.
O IPP( índice de preços do produtor) - tem como objectivo
fundamental a medição dos preços no momento da primeira
venda de cada produto.
20. Para este objectivo só nos interessa o IPC.
O IPC em Portugal tem vindo a aumentar nos últimos anos como se pode
verificar neste gráfico:
21. Para falar do comportamento do consumidor em relação aos
bens essenciais de Abrantes nos últimos 90 anos, a professora
aconselhou falar com as pessoas com mais de 70 anos. Sugeriu
as seguintes perguntas:
Como era a lista de compras nos anos 20?
A lista era muito diferente do que é hoje em dia. Comprava-se
só o que era indispensável. Os legumes eram cultivados, a
carne era o que criavam ( como galinhas, coelhos, porcos,
cabras), a roupa faziam-na em casa, a água era da fonte, a luz
era os candeeiros a petróleo. O que compravam era as massas,
sal, arroz, peixe.
22. Os bens considerados essenciais serão os mesmos?
Os bens essenciais são totalmente diferentes. Antigamente uma
bicicleta era exuberante agora já ninguém se contenta com uma
bicicleta. Agora cada adolescente tem um telemóvel e não há
uma casa sem televisão.
O consumo aumentou, diminuiu....?
O consumo aumentou e drasticamente a partir dos anos 90. Com
a entrada do Euro e com as novas tecnologias que têm vindo a
aparecer tem feito com que as pessoas comprem mais.
Os desperdícios inerentes aumentaram, diminuíram?
Também aumentaram pois se o consumo aumentou, o disperdício
aumentou.
23. Concluímos que as novas tecnologias alteraram muito o
nosso estilo de vida e com isso o consumo aumentou
como os desperdícios inerentes. A nossa vida evoluiu
para outra etapa.
24. ETAR’s
São estações de tratamento das águas residuais de origem doméstica
e/ou industrial (esgotos, sanitários ou despejos industriais).
Numa ETAR as águas residuais passam por vários processos de
tratamento com o objectivo de separar ou diminuir a quantidade da
matéria poluente da água.
25. Recolha Selectiva de Resíduos
A recolha selectiva é um processo vital para possibilitar a reciclagem dos
diversos materiais componentes dos RSU.
A recolha selectiva de resíduos de embalagens e não embalagem pode ser
realizada com recurso a vários processos:
Contentores unimateriais, ecopontos,
Ecocentros
Recolha porta-a-porta – sendo este o mais eficiente, dado que possibilita a
recolha de elevadas quantidades de materiais para a reciclagem. É utilizado
largamente, no nosso País, para a recolha dos resíduos indiferenciados com
sucesso comprovado, pelo que se compreende a fácil adesão do cidadão
quando este é aplicado na recolha selectiva de materiais para reciclagem.
26. Aterro Sanitário
É definido como sendo uma instalação de eliminação para a
deposição de resíduos acima ou abaixo da superfície natural (solo)
de forma controlada, garantindo a efectiva prevenção do abandono
de resíduos e a sua deposição descontrolada. O terreno onde os
resíduos são depositados é impermeabilizado, de modo a evitar a
poluição dos solos e das águas subterrâneas
27. Ecocentros
Os Ecocentros pretendem ser locais destinados à deposição de resíduos
passíveis de serem valorizados. Assim, a sua colocação e separação num
local próprio e exclusivo facilita a sua gestão e o correcto encaminhamento.
Também se podem designar por locais ideais para a deposição de resíduos
de grandes quantidades ou de grandes dimensões que se tornam incómodos
ou até mesmo impossíveis de depositar nos Ecopontos, para além de outros
tipos de resíduos que não são contemplados na Recolha Selectiva.
28. As situações de risco geológico associadas ao urbanismo são provocadas
pela construção de casas, de estradas, de escolas, entre outras infra-
estruturas, em áreas de elevado risco geológico, sem um plano de
ordenamento do território, tais como ocupação de:
Áreas florestais;
Zonas costeiras;
Encostas ou sopés de montanhas;
Margens dos rios;
Desta situação pode resultar a perda irrecuperável de muitas vidas e
também repercussões muito negativas na economia de uma região ou de
um país.
29. O crescimento da população mundial nunca foi tão pensado como
actualmente, em que assistimos a uma explosão demográfica que parece não
ter controlo.
Os países em vias de desenvolvimento são os que mais contribuem para
este crescimento explosivo.
Este crescimento populacional desencadeia inúmeros problemas que
afectam o planeta, tanto nas questões de protecção ambiental, como nos
aspectos económico e social.
Os principais responsáveis por alguns impactos ambientais são os países
desenvolvidos, pois é aí que se concentra o maior número de indústrias e é
mais intenso o consumo.
São necessárias medidas científico-tecnológicas, educativas e políticas,
para promover o desenvolvimento sustentável e assim satisfazer as
necessidades do presente, sem comprometer as necessidades das gerações
Futuras.