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 Inúmeras as causas que podem originar os fenômenos
inflacionários, tais como:
- Alterações nos preços;
- as variações no valor da moeda;
- A quantidade efetiva de dinheiro em circulação > ou < a
própria atividade monetária . ( p.261)
 Difícil determinar uma definição completa ou definitiva do
fenômeno.
 Assim para alguns e para outros a inflação está constituída por:
- Um excesso de bens e serviços sobre a oferta dos mesmos aos
preços vigentes;
- Um excesso de poder aquisitivo;
 Alguns autores a define sendo...
- Um aumento dos meios de pagamento gerados pelo excesso do
incremento dos bens e serviços
=
- Elevação dos preços de forma contínua e intensa.
(p.261 § 1)
 “ a inflação pressupõe uma alta do nível geral dos preços,
embora nem toda elevação desse nível signifique,
forçosamente, processo inflacionário. Nos momentos de
prosperidade econômica ou de euforia nos negócios e
transações, é comum observar-se elevação dos preços. Mas,
tal ocorrência não poderá ser interpretada como inflacionária
(....)” (p.261 §2)
 Existem inúmeras teorias sobre inflação. Porém, a mais antiga e
que contou com maior número de adeptos foi a TEORIA
QUANTITATIVA.
 Esta teoria expõe que o fenômeno inflacionário resulta do volume
monetário ou da quantidade de moeda emitida.
 A Organização Internacional doTrabalho (OIT) realizou uma
interessante amostra do roteiro da inflação mundial entre 1991 e
1992. ( p.262 )
 Não pode ser interpretada apenas tendo como base as
concepções clássicas monetaristas ( inflação corretiva e
preventiva);
 A inflação nacional é “ principalmente gerada pelos
excessivos dispêndios governamentais, tanto com custeio dos
serviços públicos quanto com os investimentos. Essas
despesas de custeio e de transferência se [demonstram]
excessivas em relação a receita pública (...) “
(p.264)
 Ou seja, sobre a inflação nacional exercem influencia as falhas estruturais e
institucionais do sistema vigente, tais como:
- Excessivas despesas governamentais provocadas por projetos ambiciosos
(“aumento ritmado das despesas públicas;”)
- Especulação financeira;
- Improvisações administrativas;
- Déficits governamentais pelo incremento das dívidas externas e interna.
+
- A concentração de riquezas e a multiplicação do pauperismo;
- Baixa produtividade dos setores da economia;
- Ausência de tecnologia própria. (p.265 §1)
 “Para haver equilíbrio econômico e uma condição não
inflacionária, [é ] necessário existir perfeita correlação entre o
volume de riqueza material e a quantidade de dinheiro [
circulante].”
 “Mas, os mercados são imperfeitos e muitas das vezes
comandados por manobras de oligopólios, numa economia
sumamente cartelizada e sujeita a especulação de toda
natureza.” (p.266 § 1-2)
CRITÉRIOS DE ANÁLISE: CLASSIFICAÇÃO
Quanto a sua duração e tempo Inflação crônica
Inflação aguda.
Segundo o ritmo da desvalorização da moeda
Inflação moderada ( juros se elevam gradativamente);
Inflação galopante ( perda do poder aquisitivo elevado)
=
Espiral inflacionária ( demanda reajustes salariais);
Dinâmica monetária endógena Inflação estimuladora = impulsiona lucros;
Inflação inibidora = compromete os investimentos
Inflação descapitalizadora = perda do poder aquisitivo
Dinâmica econômica exógena Inflação importada (resultante de crises mundiais).
(P. 266- 268)
Os malefícios: Deterioração
do Poder de
Compra
Depreciação
do Valor da
Moeda
Redistribuição
do
Rendimento e
da Riqueza
Diminuição das
Exportações e
Aumento das
Importações
Incerteza e
Quebra do
Investimento
Distorção na
Apropriação
de recursos
“ Múltiplas são as causas inflacionárias.
Os malefícios do fenômeno são os mais
evidentes, determinando constantes
mudanças dos valores monetários, com
sensíveis prejuízos à normalidade
econômica e financeira.”
 “Sempre foi considerada um mal pela
teoria econômica (...) (p.266)
 É um movimento inverso ao da inflação, visando o retorno do
nível de preços à sua normalidade, mas sempre de modo mais
perigosos do que ocorre com a fase inflacionária, pois um
movimento deflacionário poderá acarretar efeitos ainda mais
danosos do que a elevação dos preços. A deflação, em geral,
[impacta] no volume da produção, no desemprego, na
diminuição das arrecadações fiscais e nas atividade produtivas
gerais.
(p.270)
 John Maynard Keynes – “ a deflação acarreta desemprego ,
pelo posterior enfraquecimento do movimento industrial (...)
ela é injusta aos devedores.
 DESINFLAÇÃO – ocorre quando a deflação se faz por
medidas modernas, como por exemplo, pelo incentivo à
produtividade, ou fazendo com que as elevações salariais
sejam compensadas pela queda da taxa de lucro dos
patronais.
 GASTALDI, J. Petrelli. Elementos de economia política. Dee –
16.ed.– São Paulo: Saraiva, 1995, Livro Segundo – p.260-273.
 Vídeos disponíveis no canal doYouTube

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Inflaçãox deflação apresentação do dia 26

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.  Inúmeras as causas que podem originar os fenômenos inflacionários, tais como: - Alterações nos preços; - as variações no valor da moeda; - A quantidade efetiva de dinheiro em circulação > ou < a própria atividade monetária . ( p.261)  Difícil determinar uma definição completa ou definitiva do fenômeno.
  • 5.  Assim para alguns e para outros a inflação está constituída por: - Um excesso de bens e serviços sobre a oferta dos mesmos aos preços vigentes; - Um excesso de poder aquisitivo;  Alguns autores a define sendo... - Um aumento dos meios de pagamento gerados pelo excesso do incremento dos bens e serviços = - Elevação dos preços de forma contínua e intensa. (p.261 § 1)
  • 6.  “ a inflação pressupõe uma alta do nível geral dos preços, embora nem toda elevação desse nível signifique, forçosamente, processo inflacionário. Nos momentos de prosperidade econômica ou de euforia nos negócios e transações, é comum observar-se elevação dos preços. Mas, tal ocorrência não poderá ser interpretada como inflacionária (....)” (p.261 §2)
  • 7.  Existem inúmeras teorias sobre inflação. Porém, a mais antiga e que contou com maior número de adeptos foi a TEORIA QUANTITATIVA.  Esta teoria expõe que o fenômeno inflacionário resulta do volume monetário ou da quantidade de moeda emitida.  A Organização Internacional doTrabalho (OIT) realizou uma interessante amostra do roteiro da inflação mundial entre 1991 e 1992. ( p.262 )
  • 8.
  • 9.  Não pode ser interpretada apenas tendo como base as concepções clássicas monetaristas ( inflação corretiva e preventiva);  A inflação nacional é “ principalmente gerada pelos excessivos dispêndios governamentais, tanto com custeio dos serviços públicos quanto com os investimentos. Essas despesas de custeio e de transferência se [demonstram] excessivas em relação a receita pública (...) “ (p.264)
  • 10.  Ou seja, sobre a inflação nacional exercem influencia as falhas estruturais e institucionais do sistema vigente, tais como: - Excessivas despesas governamentais provocadas por projetos ambiciosos (“aumento ritmado das despesas públicas;”) - Especulação financeira; - Improvisações administrativas; - Déficits governamentais pelo incremento das dívidas externas e interna. + - A concentração de riquezas e a multiplicação do pauperismo; - Baixa produtividade dos setores da economia; - Ausência de tecnologia própria. (p.265 §1)
  • 11.  “Para haver equilíbrio econômico e uma condição não inflacionária, [é ] necessário existir perfeita correlação entre o volume de riqueza material e a quantidade de dinheiro [ circulante].”  “Mas, os mercados são imperfeitos e muitas das vezes comandados por manobras de oligopólios, numa economia sumamente cartelizada e sujeita a especulação de toda natureza.” (p.266 § 1-2)
  • 12. CRITÉRIOS DE ANÁLISE: CLASSIFICAÇÃO Quanto a sua duração e tempo Inflação crônica Inflação aguda. Segundo o ritmo da desvalorização da moeda Inflação moderada ( juros se elevam gradativamente); Inflação galopante ( perda do poder aquisitivo elevado) = Espiral inflacionária ( demanda reajustes salariais); Dinâmica monetária endógena Inflação estimuladora = impulsiona lucros; Inflação inibidora = compromete os investimentos Inflação descapitalizadora = perda do poder aquisitivo Dinâmica econômica exógena Inflação importada (resultante de crises mundiais). (P. 266- 268)
  • 13. Os malefícios: Deterioração do Poder de Compra Depreciação do Valor da Moeda Redistribuição do Rendimento e da Riqueza Diminuição das Exportações e Aumento das Importações Incerteza e Quebra do Investimento Distorção na Apropriação de recursos “ Múltiplas são as causas inflacionárias. Os malefícios do fenômeno são os mais evidentes, determinando constantes mudanças dos valores monetários, com sensíveis prejuízos à normalidade econômica e financeira.”  “Sempre foi considerada um mal pela teoria econômica (...) (p.266)
  • 14.
  • 15.  É um movimento inverso ao da inflação, visando o retorno do nível de preços à sua normalidade, mas sempre de modo mais perigosos do que ocorre com a fase inflacionária, pois um movimento deflacionário poderá acarretar efeitos ainda mais danosos do que a elevação dos preços. A deflação, em geral, [impacta] no volume da produção, no desemprego, na diminuição das arrecadações fiscais e nas atividade produtivas gerais. (p.270)
  • 16.  John Maynard Keynes – “ a deflação acarreta desemprego , pelo posterior enfraquecimento do movimento industrial (...) ela é injusta aos devedores.  DESINFLAÇÃO – ocorre quando a deflação se faz por medidas modernas, como por exemplo, pelo incentivo à produtividade, ou fazendo com que as elevações salariais sejam compensadas pela queda da taxa de lucro dos patronais.
  • 17.
  • 18.
  • 19.  GASTALDI, J. Petrelli. Elementos de economia política. Dee – 16.ed.– São Paulo: Saraiva, 1995, Livro Segundo – p.260-273.  Vídeos disponíveis no canal doYouTube