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BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO (BPF)
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CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO
Área/Setor Nº de Cópias
Administração 1
REGISTRO DAS REVISÕES:
Revisão Data Alteração Sugerida por:
00 17/02/2022 Emissão inicial do documento Juliana Assaroli Tomaz
ELABORADO POR:
Juliana Assaroli Tomaz
Data: 17 de fevereiro de 2022
REVISADO POR:
Data: 17 de fevereiro de 2022
APROVADO POR:
Filipe Araújo
Data: 17 de fevereiro de 2022
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BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
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ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................................5
2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA..........................................................................................................6
2.1. Razão Social ...............................................................................................................................6
2.2. Endereço....................................................................................................................................6
2.3. Responsável Técnico..................................................................................................................6
3. OBJETIVOS........................................................................................................................................6
4. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .......................................................................................................7
4.1. Material utilizado na elaboração e manutenção deste Manual ...............................................7
5. APLICAÇÃO.......................................................................................................................................7
6. RESPONSABILIDADES .......................................................................................................................7
6.1. Atribuições e Responsabilidades da Empresa ...........................................................................7
7. RECURSOS HUMANOS......................................................................................................................8
7.1. Recrutamento, Seleção e Admissão de Colaboradores.............................................................8
7.2. Enfermidades e Lesões ..............................................................................................................8
7.3. Controle do Estado de Saúde Clínico dos Colaboradores .........................................................9
7.4. Higiene e Comportamento Pessoal dos Manipuladores...........................................................9
7.5. Uniformes ................................................................................................................................10
7.6. Treinamentos...........................................................................................................................10
7.7. Atribuições dos Colaboradores................................................................................................11
8. EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES ........................................................................................................11
8.1. Localização...............................................................................................................................11
8.2. Estruturas e Instalações Internas ............................................................................................12
8.3. Sistema de distribuição de água e outros fluídos....................................................................12
8.4. Sistema de Eliminação de lixo e Dejetos .................................................................................12
8.5. Sistemas Elétricos e de Iluminação..........................................................................................13
9. LIMPEZA DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS...............................................................................13
9.1. Higienização de Equipamentos e Instalações..........................................................................13
9.2. Programa de Controle Integrado de Pragas............................................................................14
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10. MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS.......................16
10.1. Programa de Manutenção.....................................................................................................16
11. CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS / EQUIPAMENTOS.................................................................16
11.1. Programa de Calibração.........................................................................................................16
12. AQUISIÇÃO E ARMAZENAGEM DE INSUMOS ..............................................................................17
12.1. Critérios para Qualificação e Seleção de Fornecedores........................................................17
12.2. Condições de transporte de insumos dos fornecedores.......................................................17
13. PRODUÇÃO...................................................................................................................................17
13.1. Considerações Gerais.............................................................................................................17
13.2. Visitantes ...............................................................................................................................19
14. EMBALAGEM E ROTULAGEM.......................................................................................................19
14.1. Produto Final .........................................................................................................................19
15. ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ...........................................................................................20
15.1. Armazenamento ....................................................................................................................20
15.2. Transporte .............................................................................................................................20
16. GARANTIA E CONTROLE DA QUALIDADE.....................................................................................21
16.1. Especificações de Produtos Acabados...................................................................................22
16.2. Informações e Avisos ao Consumidor ...................................................................................22
17. CONTROLE NO MERCADO..........................................................................................................22
17.1. Rastreabilidade......................................................................................................................22
17.2. Recolhimento (Recall)............................................................................................................22
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1. APRESENTAÇÃO
A empresa SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS com a elaboração e emissão
deste MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO, vem consolidar suas práticas
voltadas para a fabricação de produtos com alto grau de qualidade e
confiabilidade.
Este manual foi elaborado com base no conjunto de normas e
recomendações da Portaria 326, de 30 de julho de 1997 da Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, que contém o “Regulamento técn ico
sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos”, regulamentada
pela RDC 175, de 8 de julho de 2003 e da Portaria 368, de 04 de setembro de 1997
do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e Instrução normativa nº 5, de
31 de março de 2000.
Este manual estabelece os requisitos gerais essenciais de higiene e de Boas
Práticas de Fabricação (BPF) para alimentos (cerveja e chopp) produzidos Saint
Petrucci e destinados ao consumo humano.
As informações, recomendações e diretrizes contidas neste manual são
abrangentes. Os procedimentos e instruções de trabalho, dos quais este manual
faz referência, têm como objetivo a complementação do mesmo e a descrição
mais precisa e detalhada das informações necessárias à realização das tarefas
fundamentais ao bom andamento da produção.
Estes são pré-requisitos para o Sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle), cujo objetivo é assegurar a qualidade e a ausência de
contaminantes de natureza física, química e biológica, garantindo a produção de
alimentos livres de perigos à saúde e integridade dos consumidores.
Este Manual é dirigido aos manipuladores de alimentos, pessoas
diretamente relacionadas à operacionalização, industrialização,
acondicionamento, comercialização, estocagem e transporte de produtos
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BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
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alimentícios. Durante a produção, os alimentos deverão permanecer livres de
contaminação física, química ou microbiológica. Este Manual também se aplica
aos Colaboradores da Área Administrativa e aos Visitantes. A boa qualidade dos
produtos preserva a nome da Empresa, destacando-a entre os concorrentes,
garante-se a excelência dos produtos e continuidade no aprimoramento dos
mesmos.
2. IDENTIFICAÇÃODAEMPRESA
2.1 Razão Social
Saint Petrucci Bebidas Artesanais
CNPJ: 35.551.521/0001-11
2.2 Endereço
Rua: Julio Cezar Boechat, 31
Tapiratiba – SP
Cep: 13.760-000
2.3 Responsável Técnico
Juliana Assaroli Tomaz CRQ 02469790
3. OBJETIVOS
O objetivo deste manual é assegurar que o alimento esteja a salvo de contaminantes e seja
preparado, manipulado e embalado sob condições sanitárias adequadas, descrevendo desta
forma, as normas de forma que todos os funcionários da empresa tenham acesso e possam
entendê-las e aplicá-las no decorrer do dia a dia.
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4. DOCUMENTOSDEREFERÊNCIA
4.1 Material utilizado na elaboração deste Manual
• Portaria 326, de 30 de julho de 1997, do Ministério da Saúde.
• Portaria 368, de 04 de setembro de 1997, do Ministério da agricultura,
pecuária e abastecimento.
• Instrução normativa nº 5, de 31 de março de 2000.
5. APLICAÇÃO
Este manual aplica-se a toda a cadeia produtiva da empresa, desde o
recebimento de matéria-prima, embalagens e outros materiais até a estocagem e
distribuição dos produtos finais.
6. RESPONSABILIDADES
6.1 Atribuições e Responsabilidades da Empresa
A Direção da empresa Saint Petrucci é responsável pela garantia do pleno funcionamento
do Programa de Boas Práticas de Fabricação, criando condições para que seus colaboradores
possam manter o programa funcionando.
Os colaboradores são responsáveis pelo cumprimento de suas funções,
segundo descrito neste manual, nos procedimentos e nas instruções de Trabalho.
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7. RECURSOSHUMANOS
7.1 Recrutamento, Seleção e Admissão de Colaboradores
Todo candidato a emprego na empresa somente é contratado após exame
médico admissional.
Nenhuma pessoa que esteja afetada por enfermidade infecto-contagiosa ou
que apresente inflamações, infecções ou afecções na pele, feridas ou outra
anormalidade que possa originar contaminação microbiológica do produto, do
ambiente ou de outros indivíduos, é admitida para trabalhar nas áreas que
envolvem a manipulação de alimentos. Qualquer pessoa que se encontre nestas
condições, deverá informar imediatamente ao seu supervisor sobre a enfermidade
e os sintomas.
7.2 Enfermidades e Lesões
Dentre os estados de saúde que deverão compulsoriamente ser
comunicados e submetidos a exame médico periódico, destacamos os seguintes:
▪ Diarréia;
▪ Vômito;
▪ Febre;
▪ Icterícia;
▪ Dor de Garganta com Febre;
▪ Lesões Visíveis de Pele (Furúnculos, Cortes);
▪ Inflamação do Ouvido;
▪ Nariz ou Olhos (Conjutivite);
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7.3 Controle do Estado de Saúde Clínico dos Colaboradores
O procedimento que controla a execução destes itens é o POP 01 – Higiene
e Saúde dos Colaboradores.
7.4 Higiene e Comportamento Pessoal dos Manipuladores
Os funcionários devem adotar e manter hábitos higiênicos, tais como:
▪ Usar unhas curtas, limpas e sem esmalte (Inclusive base);
▪ Tomar banho diariamente;
▪ Manter os cabelos bem aparados e limpos;
▪ Não usar barba ou bigode;
▪ Usar desodorante inodoro ou suave;
▪ Não utilizar perfumes;
▪ É obrigatório o uso de touca para proteção dos cabelos;
▪ Dentes devem ser escovados após as refeições.
Impedir a contaminação, disseminação e transmissão de microorganismos
através dos alimentos, implica em que os funcionários lavem as mãos:
▪ Antes de começar qualquer atividade que envolva alimentos;
▪ Imediatamente após o uso do sanitário;
▪ Antes e após as refeições;
Os colaboradores envolvidos na fabricação dos alimentos devem evit ar
comportamentos que possam contaminar os alimentos.
É expressamente proibido:
▪ Fumar;
▪ Cuspir;
▪ Mastigar ou comer;
▪ Espirrar sobre os alimentos;
▪ Tossir;
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▪ Coçar-se (Nariz e orelhas);
No local de trabalho o funcionário não deve usar:
▪ Relógio;
▪ Anel ou aliança;
▪ Broches;
▪ Presilhas;
▪ Brincos;
▪ Colares, Amuletos;
▪ Pulseiras ou fitas;
Estes adornos retêm resíduos de sujeira podendo aumentar o índice de
contaminação, bem como desprender-se e cair nos alimentos.
7.5 Uniformes
O uniforme deve estar sempre limpo e deve ser trocado com freqüência,
bem como, ser utilizado somente nas dependências internas da indústria. Em
atividades que possam sujar ou molhar o uniforme, deve-se usar avental plástico.
Os jalecos não devem conter bolsos e botões.
Os cabelos devem permanecer totalmente cobertos por proteção (touca).
No caso de cabelos compridos, devem estar presos com elásticos e cobertos com
a touca. O calçado dever ser fechado, confeccionado de borracha ou couro e estar
sempre limpo.
7.6 Treinamentos
Periodicamente serão realizados cursos de atualização e reuniões
específicas sobre higiene pessoal e BPF abrangendo todas as partes deste Manual.
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7.7 Atribuições dos Colaboradores
Todos os colaboradores devem ter em seu poder e fazer uso os EPI´s
adequados à sua função. Os EPI´s devem ser mantidos limpos e conservados.
As luvas devem ser adequadas ao trabalho realizado, bem como o uso das
mesmas não elimina a necessidade de lavar as mãos. Não deve haver nada
desnecessário no local de trabalho, que por sua vez, este deve ser org anizado de
tal forma que se possa encontrar os materiais necessários rapidamente e é de
responsabilidade do funcionário do setor.
Não deve haver excesso de lubrificantes nos equipamentos. Não deve haver
improvisações em equipamentos tais como: pano, arame, papelão, fita adesiva,
etc.
É vedado portar objetos estranhos ao trabalho para evitar que corpos
estranhos caiam nos alimentos durante o processo produtivo.
Devem ser evitados choques com os produtos para que não haja danos às
embalagens. O empilhamento deve ser feito mantendo uma distância mínima de
45 cm da parede. O controle de pragas deve ser mensal.
8. EDIFICAÇÕESEINSTALAÇÕES
8.1 Localização
A empresa Saint Petrucci Bebidas Artesanais, está situada em área isenta de
contaminantes, odores indesejáveis, fumaça, permite a retirada fácil e completa
dos dejetos e resíduos, tanto sólidos quanto líquidos, não está exposta a
inundações e não favorece a infestação por pragas.
As áreas que circundam as instalações não trazem risco de contaminação
aos produtos que são produzidos.
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8.2 Estruturas e Instalações Internas
As superfícies são lisas e livres de arranhões principalmente as que tem
contato direto com o produto. Os tetos são construídos de modo que se impeça a
acumulação de sujidade e se reduza ao mínimo a condensação e a formação de
mofo. As paredes são construídas e revestidas com materiais adequados e de fácil
higienização.
Os pisos são de material adequado, resistentes ao impacto e a
movimentações, impermeáveis, laváveis e não apresentam rachadura s, facilitando
a limpeza e a desinfecção.
8.3 Sistema de distribuição de água
O abastecimento de água é distribuído pela empresa SABESP, toda a água
recebida pela rede de abastecimento é tratada através de um filtro declorado,
adequada proteção contra a contaminação, deixando a mesma em condições
perfeitas para a produção. Haverá um sistema na área de produção para lavagem
dos maquinários, pisos e paredes e um outro sistema para área dos banheiros,
sala de resíduos e áreas que não façam da parte da produção. Serão realizadas
análises periódicas da qualidade da água, incluindo análises organolépticas e
microbiológicas.
8.4 Sistema de Eliminação de lixo e Dejetos
O material de resíduo é manipulado de forma a se evitar a contaminação
dos produtos ou da água potável. Com especial cuidado em impedir o acesso das
pragas e resíduos. São retirados os resíduos ao final da produção das áreas de
manipulação. O malte e restos de lúpulo são destinados para alimento animal.
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8.5 Sistemas Elétricos e de Iluminação
As dependências industriais dispõem de iluminação natural e artificial que
possibilitam a realização das tarefas e não comprometem a higiene. As fontes de
luz artificial que estão suspensas ou diretamente no teto, e estão sobre a área de
manipulação, são do tipo inócuo e estão protegidas contra rompimento s. A
iluminação não altera as cores. As instalações elétricas estão embutidas e
aparentes, neste caso, estão recobertas por canos isolantes e apoiadas nas
paredes e tetos.
9. LIMPEZADOSEQUIPAMENTOSEUTENSÍLIOS
9.1 Higienização de Equipamentos e Instalações
Todos os produtos de limpeza e desinfecção deverão tem seu uso aprovado
pelo controle da empresa, identificados e guardados em local adequ ado, fora das
áreas de manipulação, bem como deverão ter uso autorizado pelos órgãos
competentes. Para impedir a contaminação, toda área de manipulação desses
produtos, bem como os equipamentos e utensílios, são limpos com a frequência
necessária, e desinfetados sempre que as circunstâncias assim o exijam. Dispõem
de recipientes adequados, em número e capacidade, necessários para depósitos
de dejetos e/ou materiais não comestíveis. Quando as dependências, os
equipamentos e os utensílios são limpos ou desinfetados com água e detergentes,
ou com desinfetantes ou soluções destes, procura-se evitar produzir, apenas
quando terminada a limpeza é que se inicia a produção.
Os detergentes e desinfetantes são adequados para o fim preten dido, sendo
aprovados pelo organismo oficial competente. Os resíduos destes agentes que
permaneçam nas superfícies susceptíveis de entrar em contato com o produto,
devem ser eliminados mediante lavagem minuciosa com água potável, antes que
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as áreas e os equipamentos voltem a ser utilizados para a manipulação de
produtos. São tomadas precauções adequadas, em termos de limpeza e
desinfecção, quando da realização das operações de manutenção geral ou
específica em qualquer local do estabelecimento, equipamentos, u tensílios ou
qualquer elemento que possa contaminar o produto. A produção é interrompida e
só retorna após limpeza total e verificação de total ausência de sujidade.
Imediatamente após o término da jornada de trabalho, ou quantas vezes
seja necessário, são rigorosamente limpos o chão, incluídos os condutos de
escoamento de água, as estruturas de apoio e as paredes das áreas de
manipulação. Os vestiários, sanitários e banheiros são permanentemente limpos.
As vias de acesso que fazem parte da área industrial estão permanentemente
limpas.
Os funcionários devem manter o seu local de trabalho e os equipamentos
em boas condições de higiene.
Todos os colaboradores contribuem para a manutenção constante da
limpeza em todos os setores, de forma a se ter uma higienização permanente.
9.2 Programa de Controle Integrado de Pragas
O controle de Pragas será intenso e realizado periodicamente ou de acordo
com as necessidades em caso de algum tipo de infestação. A dedetização somente
é feita por empresa terceira (control tap) licenciada pela Vigilância Sanitária.
Toda realização de dedetização será acompanhada, de perto, por um
funcionário da empresa sendo que será emitido relatório periodicamente pela
empresa prestadora de serviço, em caso de terceirização.
Todo equipamento de proteção individual (EPIs) será utilizado.
Será feita inspeção visual com boa iluminação, em lugares denominados
pontos críticos, para verificar a presença de ninhos de roedores ou insetos.
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Todos os pesticidas utilizados serão bem acondicionados com a
identificação, muito bem visível, denominada “veneno”.
Todo e qualquer tipo de veneno será mantido longe de matérias p rimas,
produto acabado e processo em geral, sendo que todos eles estarão
regulamentados por lei com devida autorização de uso.
Após a dedetização todo o material utilizado será lavado e guardado em
local apropriado ou retirado da fábrica pela empresa terce irizada.
Além da dedetização periódica, para manter um controle de pragas
eficiente se fará necessário: descartar os resíduos de alimentos em local
adequado; evitar o acúmulo de lixo, materiais amontoados, sucatas, ralos
abertos, portas abertas ou com aberturas que propiciem a entrada de roedores e
insetos em geral, excesso de mato, bueiros abertos; e má sanitização
generalizada.
Não será permitida a permanência de cães, gatos entre outros animais
dentro da área industrial.
Nenhum tipo de inseticida fosforado será aplicado sobre qualquer tipo de
equipamento, utensílio, insumo e produtos. Inseticidas clorados não serão
utilizados.
Todo e qualquer tipo de inseto será eliminado de forma que não se
contamine o produto.
Os pesticidas utilizados devem ser regulamentados por lei, devem estar
perfeitamente identificados e ser utilizados de acordo com as instruções do
rótulo ou aquelas estabelecidas no POP 03 – Controle Integrado de Vetores e
Pragas Urbanas.
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10. MANUTENÇÃODEEDIFICAÇÕES,INSTALAÇÕESEQUIPAMENTOSEUTENSÍLIOS
10.1 Programa de Manutenção
A empresa possui programa de manutenção preventiva que garante que os
equipamentos estão sob condições de uso.
São tomados os devidos cuidados para evitar que parafusos, porcas ou
partes móveis possam cair acidentalmente no produto, bem como para evitar a
contaminação dos alimentos.
Os prédios, equipamentos e utensílios, assim como todas as demais
instalações do estabelecimento, incluindo os condutos de escoamento das águas,
são mantidos em bom estado de conservação e funcionamento.
11. CALIBRAÇÃODEINSTRUMENTOS/EQUIPAMENTOS
11.1 Programa de Calibração
A definição inicial da freqüência de calibração/ajustes adotada para os
equipamentos/instrumentos é baseada nas recomendações do fabricante e/ou da
empresa responsável pela calibração e/ou no impacto que sua precisão tem na
qualidade e segurança do produto. Um novo intervalo de calibração é iniciado a
partir da data da última calibração.
Os equipamentos/instrumentos a serem calibrados/ajustados são manti dos
em perfeitas condições de uso pelo usuário, supervisor, encarregado ou
responsável direto pela área/setor onde é utilizado.
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12. AQUISIÇÃOEARMAZENAGEMDEINSUMOS
12.1 Critérios para Qualificação e Seleção de Fornecedores
Fornecedores de Matérias-Primas
As matérias-primas utilizadas na SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS ,
são adquiridos de fornecedores previamente qualificados.
A qualificação ocorre após avaliação técnica por profissionais da empresa.
Fornecedores de Embalagens
Na compra das embalagens, os fornecedores são informados sobre as
características de cada tipo de embalagem com dados sobre largura,
comprimento, tipo da embalagem, cor, código de barras, etc.
12.2 Condições de transporte de insumos dos fornecedores
No momento do recebimento dos insumos, o veículo da empresa
fornecedora é inspecionado a fim de verificar se o mesmo apresenta o
compartimento de carga limpo, sem odores desagradáveis e materiais estranhos,
sem a menor evidência da presença de roedores, pássaros, vazamentos e
umidade.
13. PRODUÇÃO
13.1 Considerações Gerais
As áreas de fabricação e de embalagem são mantidas limpas e livres de
materiais estranhos ao processo.
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Portas e/ou aberturas da fábrica permanecem na medida do possível
fechadas, para impedir a entrada de insetos, roedores, pássaros e outros animais
ou resíduos.
Durante a fabricação e/ou embalagem do produto toma-se o cuidado para
que a limpeza que esteja sendo efetuada não gere pó nem respingos de água ou
qualquer tipo de contaminação.
São identificados todos os insumos, produtos armazenados, em processo ou
rejeitados.
Os tambores, barricas, frascos e sacos são mantidos fechados.
Os pallets ou recipientes não são utilizados se estiverem sujos ou
quebrados.
Embalagens de insumos e/ou produtos não são utilizadas para fins
diferentes daqueles que foram originariamente destinados.
O Método PEPS – Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai ou PVPS –
Primeiro que vence é o Primeiro Sai é aplicado no uso das matérias-primas e
ingredientes, dando-lhes a rotatividade de vida.
As embalagens de insumos, cujos produtos foram usados apenas em parte,
devem ser mantidas bem fechadas, armazenadas e identificadas quanto ao
conteúdo.
Insumos e produtos com risco ao consumidor não são utilizados.
Caso ocorra a queda de materiais estranhos ou sujidades em produtos e
embalagens na linha de produção, deve-se recolher os produtos e embalagens sob
suspeita e identificá-los para posterior descarte.
Os produtos retirados do mercado por vencimento de vida útil não são
reprocessados para fins alimentícios.
Produtos deteriorados, de devolução de clientes ou do processo, são
identificados e armazenados fisicamente separados até sua eliminação.
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13.2 Visitantes
São visitantes todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde
se manipulam, fabricam, transportam e armazenam matérias-primas, embalagens,
produtos semi-acabados e acabados.
Os visitantes, antes de adentrarem nas áreas acima citadas, obedecem às
condições de higiene pessoal, vestem jaleco, proteção para cabelos (toucas), não
carregam ou utilizam objetos ou adornos, e também utilizam calçados fechados e
limpos.
A direção toma as medidas necessárias para que nenhum visitante que seja
suspeito de estar contaminado, ou que seja vetor de uma enfermidade que possa
ser transmitida aos produtos fabricados, ou que apresente feridas infectadas,
infecções cutâneas, diarréia, visite qualquer área de manipulação da Indústria.
14. EMBALAGEMEROTULAGEM
14.1 Produto Final
O produto é embalado adequadamente e devidamente identificado por
rótulo, o qual deve cumprir as exigências legais.
O material de embalagem utilizado deve ser armazenado em local separado
da matéria-prima e utilizado em condições higiênicas satisfatórias
O tipo de embalagem é devidamente escolhido de forma que os
componentes da mesma, não interfiram nas características próprias.
Todos os produtos devem possuir datas ou códigos de identificação. Através
dos quais, pode-se localizá-los com facilidade nos locais de armazenamento e
centros de distribuição e venda (princípio da rastreabilidade).
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15. ARMAZENAMENTOEDISTRIBUIÇÃO
15.1 Armazenamento
Ao término do processo os produtos são direcionados para as áreas de
expedição e posteriormente para distribuição.
Os produtos industrializados são armazenados de forma a não receberem a
incidência de luz direta.
Os produtos não são armazenados e/ou transportados junto aos produtos
químicos, de higiene, de limpeza e perfumarias para evitar contaminação ou a
impregnação de odores estranhos.
Os produtos armazenados são colocados sobre pallets limpos e secos e em
bom estado de conservação e jamais depositados diretamente sobre o piso.
É utilizado o método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) para os
produtos armazenados.
Os produtos produzidos não são submetidos a choques mecânicos para
evitar dano as embalagens.
Os produtos devolvidos são colocados em locais apropriados, limpos e
organizados, separados dos produtos a serem distribuídos.
Não é permitido fumar dentro das áreas de armazenagem dos produtos
industrializados.
15.2 Transporte
Os procedimentos de transporte e distribuição dos produtos
industrializados, desde a sua expedição até o transporte e distribuição, são
estabelecidos visando a manutenção da qualidade e inocuidade ao consumidor
final.
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O prazo ou data de validade e o ambiente de conservação estabelecidos nos
rótulos dos produtos industrializados são rigorosamente respeitados e produtos
em desacordo não são comercializados.
Durante o processo de carregamento dos produtos as embalagens não são
pisoteadas nem servem de assento aos carregadores.
Os edifícios e instalações dos locais de armazenamento obedecem aos
critérios gerais estabelecidos no item “EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES E
SANEAMENTO”.
As matérias-primas, materiais de embalagem e produtos acabados são
armazenados de acordo com as especificações.
As práticas de limpeza e manutenção, assim como um programa geral de
sanitização e controle de pragas são levados a efeito, de forma contínua, no local
de armazenamento.
Ao transportar, mover, manejar ou armazenar os insumos, toma-se os
devidos cuidados para se evitar danos físicos (rasgos, rupturas, quebras, etc.).
Estes danos podem ocasionar vazamentos ou contaminações que contribuem para
a criação ou origem de condições não sanitárias.
16. GARANTIA E CONTROLE DA QUALIDADE
A direção é feita pelos proprietários da empresa, além da supervisão que
será realizada juntamente com o químico responsável, com o intuito de prevenir
riscos e contaminações desde a chegada da matéria-prima até a conservação do
produto em seus postos de venda.
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16.1 Especificações de Produtos Acabados
A empresa SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS, providenciará
periodicamente e sempre que for necessário, análises para averiguar a qualidade
do produto acabado.
São guardadas amostras dos lotes de produção (à temperatura de
armazenamento recomendada) durante um período não inferior ao da vida útil do
produto.
16.2 Informações e Avisos ao Consumidor
Todos os produtos contêm informações claras, nos rótulos e/ou
embalagens, que permitem sua manipulação, armazenamento e utilização, por
parte do consumidor, de forma correta e com segurança.
17. CONTROLE NO MERCADO
17.1 Rastreabilidade
Todos os lotes de produtos produzidos são identificados de forma legível e
de difícil remoção.
Todos os produtos vendidos e distribuídos, para efeito de rastreabilidade,
são controlados de acordo com o POP 02 – Produção, Rastreabilidade e SAC.
Nenhum insumo ou produto é utilizado após vencimento da vida útil.
Os rótulos das embalagens cumprem as exigências legais.
17.2 Recolhimento (Recall)
Todas as anormalidades que são comunicadas à Empresa, sejam pelos
consumidores e/ou equipe de vendas e/ou funcionários e/ou órgãos fiscalizadores
e/ou outras fontes, utiliza-se as informações do POP 02 – Produção,
Rastreabilidade e SAC.

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  • 1. MANUAL MBPF Página 1 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 1 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)
  • 2. MANUAL MBPF Página 2 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 2 CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO Área/Setor Nº de Cópias Administração 1 REGISTRO DAS REVISÕES: Revisão Data Alteração Sugerida por: 00 17/02/2022 Emissão inicial do documento Juliana Assaroli Tomaz ELABORADO POR: Juliana Assaroli Tomaz Data: 17 de fevereiro de 2022 REVISADO POR: Data: 17 de fevereiro de 2022 APROVADO POR: Filipe Araújo Data: 17 de fevereiro de 2022
  • 3. MANUAL MBPF Página 3 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 3 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................................5 2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA..........................................................................................................6 2.1. Razão Social ...............................................................................................................................6 2.2. Endereço....................................................................................................................................6 2.3. Responsável Técnico..................................................................................................................6 3. OBJETIVOS........................................................................................................................................6 4. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .......................................................................................................7 4.1. Material utilizado na elaboração e manutenção deste Manual ...............................................7 5. APLICAÇÃO.......................................................................................................................................7 6. RESPONSABILIDADES .......................................................................................................................7 6.1. Atribuições e Responsabilidades da Empresa ...........................................................................7 7. RECURSOS HUMANOS......................................................................................................................8 7.1. Recrutamento, Seleção e Admissão de Colaboradores.............................................................8 7.2. Enfermidades e Lesões ..............................................................................................................8 7.3. Controle do Estado de Saúde Clínico dos Colaboradores .........................................................9 7.4. Higiene e Comportamento Pessoal dos Manipuladores...........................................................9 7.5. Uniformes ................................................................................................................................10 7.6. Treinamentos...........................................................................................................................10 7.7. Atribuições dos Colaboradores................................................................................................11 8. EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES ........................................................................................................11 8.1. Localização...............................................................................................................................11 8.2. Estruturas e Instalações Internas ............................................................................................12 8.3. Sistema de distribuição de água e outros fluídos....................................................................12 8.4. Sistema de Eliminação de lixo e Dejetos .................................................................................12 8.5. Sistemas Elétricos e de Iluminação..........................................................................................13 9. LIMPEZA DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS...............................................................................13 9.1. Higienização de Equipamentos e Instalações..........................................................................13 9.2. Programa de Controle Integrado de Pragas............................................................................14
  • 4. MANUAL MBPF Página 4 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 4 10. MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS.......................16 10.1. Programa de Manutenção.....................................................................................................16 11. CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS / EQUIPAMENTOS.................................................................16 11.1. Programa de Calibração.........................................................................................................16 12. AQUISIÇÃO E ARMAZENAGEM DE INSUMOS ..............................................................................17 12.1. Critérios para Qualificação e Seleção de Fornecedores........................................................17 12.2. Condições de transporte de insumos dos fornecedores.......................................................17 13. PRODUÇÃO...................................................................................................................................17 13.1. Considerações Gerais.............................................................................................................17 13.2. Visitantes ...............................................................................................................................19 14. EMBALAGEM E ROTULAGEM.......................................................................................................19 14.1. Produto Final .........................................................................................................................19 15. ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ...........................................................................................20 15.1. Armazenamento ....................................................................................................................20 15.2. Transporte .............................................................................................................................20 16. GARANTIA E CONTROLE DA QUALIDADE.....................................................................................21 16.1. Especificações de Produtos Acabados...................................................................................22 16.2. Informações e Avisos ao Consumidor ...................................................................................22 17. CONTROLE NO MERCADO..........................................................................................................22 17.1. Rastreabilidade......................................................................................................................22 17.2. Recolhimento (Recall)............................................................................................................22
  • 5. MANUAL MBPF Página 5 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 5 1. APRESENTAÇÃO A empresa SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS com a elaboração e emissão deste MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO, vem consolidar suas práticas voltadas para a fabricação de produtos com alto grau de qualidade e confiabilidade. Este manual foi elaborado com base no conjunto de normas e recomendações da Portaria 326, de 30 de julho de 1997 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, que contém o “Regulamento técn ico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos”, regulamentada pela RDC 175, de 8 de julho de 2003 e da Portaria 368, de 04 de setembro de 1997 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e Instrução normativa nº 5, de 31 de março de 2000. Este manual estabelece os requisitos gerais essenciais de higiene e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para alimentos (cerveja e chopp) produzidos Saint Petrucci e destinados ao consumo humano. As informações, recomendações e diretrizes contidas neste manual são abrangentes. Os procedimentos e instruções de trabalho, dos quais este manual faz referência, têm como objetivo a complementação do mesmo e a descrição mais precisa e detalhada das informações necessárias à realização das tarefas fundamentais ao bom andamento da produção. Estes são pré-requisitos para o Sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), cujo objetivo é assegurar a qualidade e a ausência de contaminantes de natureza física, química e biológica, garantindo a produção de alimentos livres de perigos à saúde e integridade dos consumidores. Este Manual é dirigido aos manipuladores de alimentos, pessoas diretamente relacionadas à operacionalização, industrialização, acondicionamento, comercialização, estocagem e transporte de produtos
  • 6. MANUAL MBPF Página 6 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 6 alimentícios. Durante a produção, os alimentos deverão permanecer livres de contaminação física, química ou microbiológica. Este Manual também se aplica aos Colaboradores da Área Administrativa e aos Visitantes. A boa qualidade dos produtos preserva a nome da Empresa, destacando-a entre os concorrentes, garante-se a excelência dos produtos e continuidade no aprimoramento dos mesmos. 2. IDENTIFICAÇÃODAEMPRESA 2.1 Razão Social Saint Petrucci Bebidas Artesanais CNPJ: 35.551.521/0001-11 2.2 Endereço Rua: Julio Cezar Boechat, 31 Tapiratiba – SP Cep: 13.760-000 2.3 Responsável Técnico Juliana Assaroli Tomaz CRQ 02469790 3. OBJETIVOS O objetivo deste manual é assegurar que o alimento esteja a salvo de contaminantes e seja preparado, manipulado e embalado sob condições sanitárias adequadas, descrevendo desta forma, as normas de forma que todos os funcionários da empresa tenham acesso e possam entendê-las e aplicá-las no decorrer do dia a dia.
  • 7. MANUAL MBPF Página 7 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 7 4. DOCUMENTOSDEREFERÊNCIA 4.1 Material utilizado na elaboração deste Manual • Portaria 326, de 30 de julho de 1997, do Ministério da Saúde. • Portaria 368, de 04 de setembro de 1997, do Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. • Instrução normativa nº 5, de 31 de março de 2000. 5. APLICAÇÃO Este manual aplica-se a toda a cadeia produtiva da empresa, desde o recebimento de matéria-prima, embalagens e outros materiais até a estocagem e distribuição dos produtos finais. 6. RESPONSABILIDADES 6.1 Atribuições e Responsabilidades da Empresa A Direção da empresa Saint Petrucci é responsável pela garantia do pleno funcionamento do Programa de Boas Práticas de Fabricação, criando condições para que seus colaboradores possam manter o programa funcionando. Os colaboradores são responsáveis pelo cumprimento de suas funções, segundo descrito neste manual, nos procedimentos e nas instruções de Trabalho.
  • 8. MANUAL MBPF Página 8 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 8 7. RECURSOSHUMANOS 7.1 Recrutamento, Seleção e Admissão de Colaboradores Todo candidato a emprego na empresa somente é contratado após exame médico admissional. Nenhuma pessoa que esteja afetada por enfermidade infecto-contagiosa ou que apresente inflamações, infecções ou afecções na pele, feridas ou outra anormalidade que possa originar contaminação microbiológica do produto, do ambiente ou de outros indivíduos, é admitida para trabalhar nas áreas que envolvem a manipulação de alimentos. Qualquer pessoa que se encontre nestas condições, deverá informar imediatamente ao seu supervisor sobre a enfermidade e os sintomas. 7.2 Enfermidades e Lesões Dentre os estados de saúde que deverão compulsoriamente ser comunicados e submetidos a exame médico periódico, destacamos os seguintes: ▪ Diarréia; ▪ Vômito; ▪ Febre; ▪ Icterícia; ▪ Dor de Garganta com Febre; ▪ Lesões Visíveis de Pele (Furúnculos, Cortes); ▪ Inflamação do Ouvido; ▪ Nariz ou Olhos (Conjutivite);
  • 9. MANUAL MBPF Página 9 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 9 7.3 Controle do Estado de Saúde Clínico dos Colaboradores O procedimento que controla a execução destes itens é o POP 01 – Higiene e Saúde dos Colaboradores. 7.4 Higiene e Comportamento Pessoal dos Manipuladores Os funcionários devem adotar e manter hábitos higiênicos, tais como: ▪ Usar unhas curtas, limpas e sem esmalte (Inclusive base); ▪ Tomar banho diariamente; ▪ Manter os cabelos bem aparados e limpos; ▪ Não usar barba ou bigode; ▪ Usar desodorante inodoro ou suave; ▪ Não utilizar perfumes; ▪ É obrigatório o uso de touca para proteção dos cabelos; ▪ Dentes devem ser escovados após as refeições. Impedir a contaminação, disseminação e transmissão de microorganismos através dos alimentos, implica em que os funcionários lavem as mãos: ▪ Antes de começar qualquer atividade que envolva alimentos; ▪ Imediatamente após o uso do sanitário; ▪ Antes e após as refeições; Os colaboradores envolvidos na fabricação dos alimentos devem evit ar comportamentos que possam contaminar os alimentos. É expressamente proibido: ▪ Fumar; ▪ Cuspir; ▪ Mastigar ou comer; ▪ Espirrar sobre os alimentos; ▪ Tossir;
  • 10. MANUAL MBPF Página 10 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 10 ▪ Coçar-se (Nariz e orelhas); No local de trabalho o funcionário não deve usar: ▪ Relógio; ▪ Anel ou aliança; ▪ Broches; ▪ Presilhas; ▪ Brincos; ▪ Colares, Amuletos; ▪ Pulseiras ou fitas; Estes adornos retêm resíduos de sujeira podendo aumentar o índice de contaminação, bem como desprender-se e cair nos alimentos. 7.5 Uniformes O uniforme deve estar sempre limpo e deve ser trocado com freqüência, bem como, ser utilizado somente nas dependências internas da indústria. Em atividades que possam sujar ou molhar o uniforme, deve-se usar avental plástico. Os jalecos não devem conter bolsos e botões. Os cabelos devem permanecer totalmente cobertos por proteção (touca). No caso de cabelos compridos, devem estar presos com elásticos e cobertos com a touca. O calçado dever ser fechado, confeccionado de borracha ou couro e estar sempre limpo. 7.6 Treinamentos Periodicamente serão realizados cursos de atualização e reuniões específicas sobre higiene pessoal e BPF abrangendo todas as partes deste Manual.
  • 11. MANUAL MBPF Página 11 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 11 7.7 Atribuições dos Colaboradores Todos os colaboradores devem ter em seu poder e fazer uso os EPI´s adequados à sua função. Os EPI´s devem ser mantidos limpos e conservados. As luvas devem ser adequadas ao trabalho realizado, bem como o uso das mesmas não elimina a necessidade de lavar as mãos. Não deve haver nada desnecessário no local de trabalho, que por sua vez, este deve ser org anizado de tal forma que se possa encontrar os materiais necessários rapidamente e é de responsabilidade do funcionário do setor. Não deve haver excesso de lubrificantes nos equipamentos. Não deve haver improvisações em equipamentos tais como: pano, arame, papelão, fita adesiva, etc. É vedado portar objetos estranhos ao trabalho para evitar que corpos estranhos caiam nos alimentos durante o processo produtivo. Devem ser evitados choques com os produtos para que não haja danos às embalagens. O empilhamento deve ser feito mantendo uma distância mínima de 45 cm da parede. O controle de pragas deve ser mensal. 8. EDIFICAÇÕESEINSTALAÇÕES 8.1 Localização A empresa Saint Petrucci Bebidas Artesanais, está situada em área isenta de contaminantes, odores indesejáveis, fumaça, permite a retirada fácil e completa dos dejetos e resíduos, tanto sólidos quanto líquidos, não está exposta a inundações e não favorece a infestação por pragas. As áreas que circundam as instalações não trazem risco de contaminação aos produtos que são produzidos.
  • 12. MANUAL MBPF Página 12 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 12 8.2 Estruturas e Instalações Internas As superfícies são lisas e livres de arranhões principalmente as que tem contato direto com o produto. Os tetos são construídos de modo que se impeça a acumulação de sujidade e se reduza ao mínimo a condensação e a formação de mofo. As paredes são construídas e revestidas com materiais adequados e de fácil higienização. Os pisos são de material adequado, resistentes ao impacto e a movimentações, impermeáveis, laváveis e não apresentam rachadura s, facilitando a limpeza e a desinfecção. 8.3 Sistema de distribuição de água O abastecimento de água é distribuído pela empresa SABESP, toda a água recebida pela rede de abastecimento é tratada através de um filtro declorado, adequada proteção contra a contaminação, deixando a mesma em condições perfeitas para a produção. Haverá um sistema na área de produção para lavagem dos maquinários, pisos e paredes e um outro sistema para área dos banheiros, sala de resíduos e áreas que não façam da parte da produção. Serão realizadas análises periódicas da qualidade da água, incluindo análises organolépticas e microbiológicas. 8.4 Sistema de Eliminação de lixo e Dejetos O material de resíduo é manipulado de forma a se evitar a contaminação dos produtos ou da água potável. Com especial cuidado em impedir o acesso das pragas e resíduos. São retirados os resíduos ao final da produção das áreas de manipulação. O malte e restos de lúpulo são destinados para alimento animal.
  • 13. MANUAL MBPF Página 13 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 13 8.5 Sistemas Elétricos e de Iluminação As dependências industriais dispõem de iluminação natural e artificial que possibilitam a realização das tarefas e não comprometem a higiene. As fontes de luz artificial que estão suspensas ou diretamente no teto, e estão sobre a área de manipulação, são do tipo inócuo e estão protegidas contra rompimento s. A iluminação não altera as cores. As instalações elétricas estão embutidas e aparentes, neste caso, estão recobertas por canos isolantes e apoiadas nas paredes e tetos. 9. LIMPEZADOSEQUIPAMENTOSEUTENSÍLIOS 9.1 Higienização de Equipamentos e Instalações Todos os produtos de limpeza e desinfecção deverão tem seu uso aprovado pelo controle da empresa, identificados e guardados em local adequ ado, fora das áreas de manipulação, bem como deverão ter uso autorizado pelos órgãos competentes. Para impedir a contaminação, toda área de manipulação desses produtos, bem como os equipamentos e utensílios, são limpos com a frequência necessária, e desinfetados sempre que as circunstâncias assim o exijam. Dispõem de recipientes adequados, em número e capacidade, necessários para depósitos de dejetos e/ou materiais não comestíveis. Quando as dependências, os equipamentos e os utensílios são limpos ou desinfetados com água e detergentes, ou com desinfetantes ou soluções destes, procura-se evitar produzir, apenas quando terminada a limpeza é que se inicia a produção. Os detergentes e desinfetantes são adequados para o fim preten dido, sendo aprovados pelo organismo oficial competente. Os resíduos destes agentes que permaneçam nas superfícies susceptíveis de entrar em contato com o produto, devem ser eliminados mediante lavagem minuciosa com água potável, antes que
  • 14. MANUAL MBPF Página 14 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 14 as áreas e os equipamentos voltem a ser utilizados para a manipulação de produtos. São tomadas precauções adequadas, em termos de limpeza e desinfecção, quando da realização das operações de manutenção geral ou específica em qualquer local do estabelecimento, equipamentos, u tensílios ou qualquer elemento que possa contaminar o produto. A produção é interrompida e só retorna após limpeza total e verificação de total ausência de sujidade. Imediatamente após o término da jornada de trabalho, ou quantas vezes seja necessário, são rigorosamente limpos o chão, incluídos os condutos de escoamento de água, as estruturas de apoio e as paredes das áreas de manipulação. Os vestiários, sanitários e banheiros são permanentemente limpos. As vias de acesso que fazem parte da área industrial estão permanentemente limpas. Os funcionários devem manter o seu local de trabalho e os equipamentos em boas condições de higiene. Todos os colaboradores contribuem para a manutenção constante da limpeza em todos os setores, de forma a se ter uma higienização permanente. 9.2 Programa de Controle Integrado de Pragas O controle de Pragas será intenso e realizado periodicamente ou de acordo com as necessidades em caso de algum tipo de infestação. A dedetização somente é feita por empresa terceira (control tap) licenciada pela Vigilância Sanitária. Toda realização de dedetização será acompanhada, de perto, por um funcionário da empresa sendo que será emitido relatório periodicamente pela empresa prestadora de serviço, em caso de terceirização. Todo equipamento de proteção individual (EPIs) será utilizado. Será feita inspeção visual com boa iluminação, em lugares denominados pontos críticos, para verificar a presença de ninhos de roedores ou insetos.
  • 15. MANUAL MBPF Página 15 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 15 Todos os pesticidas utilizados serão bem acondicionados com a identificação, muito bem visível, denominada “veneno”. Todo e qualquer tipo de veneno será mantido longe de matérias p rimas, produto acabado e processo em geral, sendo que todos eles estarão regulamentados por lei com devida autorização de uso. Após a dedetização todo o material utilizado será lavado e guardado em local apropriado ou retirado da fábrica pela empresa terce irizada. Além da dedetização periódica, para manter um controle de pragas eficiente se fará necessário: descartar os resíduos de alimentos em local adequado; evitar o acúmulo de lixo, materiais amontoados, sucatas, ralos abertos, portas abertas ou com aberturas que propiciem a entrada de roedores e insetos em geral, excesso de mato, bueiros abertos; e má sanitização generalizada. Não será permitida a permanência de cães, gatos entre outros animais dentro da área industrial. Nenhum tipo de inseticida fosforado será aplicado sobre qualquer tipo de equipamento, utensílio, insumo e produtos. Inseticidas clorados não serão utilizados. Todo e qualquer tipo de inseto será eliminado de forma que não se contamine o produto. Os pesticidas utilizados devem ser regulamentados por lei, devem estar perfeitamente identificados e ser utilizados de acordo com as instruções do rótulo ou aquelas estabelecidas no POP 03 – Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas.
  • 16. MANUAL MBPF Página 16 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 16 10. MANUTENÇÃODEEDIFICAÇÕES,INSTALAÇÕESEQUIPAMENTOSEUTENSÍLIOS 10.1 Programa de Manutenção A empresa possui programa de manutenção preventiva que garante que os equipamentos estão sob condições de uso. São tomados os devidos cuidados para evitar que parafusos, porcas ou partes móveis possam cair acidentalmente no produto, bem como para evitar a contaminação dos alimentos. Os prédios, equipamentos e utensílios, assim como todas as demais instalações do estabelecimento, incluindo os condutos de escoamento das águas, são mantidos em bom estado de conservação e funcionamento. 11. CALIBRAÇÃODEINSTRUMENTOS/EQUIPAMENTOS 11.1 Programa de Calibração A definição inicial da freqüência de calibração/ajustes adotada para os equipamentos/instrumentos é baseada nas recomendações do fabricante e/ou da empresa responsável pela calibração e/ou no impacto que sua precisão tem na qualidade e segurança do produto. Um novo intervalo de calibração é iniciado a partir da data da última calibração. Os equipamentos/instrumentos a serem calibrados/ajustados são manti dos em perfeitas condições de uso pelo usuário, supervisor, encarregado ou responsável direto pela área/setor onde é utilizado.
  • 17. MANUAL MBPF Página 17 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 17 12. AQUISIÇÃOEARMAZENAGEMDEINSUMOS 12.1 Critérios para Qualificação e Seleção de Fornecedores Fornecedores de Matérias-Primas As matérias-primas utilizadas na SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS , são adquiridos de fornecedores previamente qualificados. A qualificação ocorre após avaliação técnica por profissionais da empresa. Fornecedores de Embalagens Na compra das embalagens, os fornecedores são informados sobre as características de cada tipo de embalagem com dados sobre largura, comprimento, tipo da embalagem, cor, código de barras, etc. 12.2 Condições de transporte de insumos dos fornecedores No momento do recebimento dos insumos, o veículo da empresa fornecedora é inspecionado a fim de verificar se o mesmo apresenta o compartimento de carga limpo, sem odores desagradáveis e materiais estranhos, sem a menor evidência da presença de roedores, pássaros, vazamentos e umidade. 13. PRODUÇÃO 13.1 Considerações Gerais As áreas de fabricação e de embalagem são mantidas limpas e livres de materiais estranhos ao processo.
  • 18. MANUAL MBPF Página 18 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 18 Portas e/ou aberturas da fábrica permanecem na medida do possível fechadas, para impedir a entrada de insetos, roedores, pássaros e outros animais ou resíduos. Durante a fabricação e/ou embalagem do produto toma-se o cuidado para que a limpeza que esteja sendo efetuada não gere pó nem respingos de água ou qualquer tipo de contaminação. São identificados todos os insumos, produtos armazenados, em processo ou rejeitados. Os tambores, barricas, frascos e sacos são mantidos fechados. Os pallets ou recipientes não são utilizados se estiverem sujos ou quebrados. Embalagens de insumos e/ou produtos não são utilizadas para fins diferentes daqueles que foram originariamente destinados. O Método PEPS – Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai ou PVPS – Primeiro que vence é o Primeiro Sai é aplicado no uso das matérias-primas e ingredientes, dando-lhes a rotatividade de vida. As embalagens de insumos, cujos produtos foram usados apenas em parte, devem ser mantidas bem fechadas, armazenadas e identificadas quanto ao conteúdo. Insumos e produtos com risco ao consumidor não são utilizados. Caso ocorra a queda de materiais estranhos ou sujidades em produtos e embalagens na linha de produção, deve-se recolher os produtos e embalagens sob suspeita e identificá-los para posterior descarte. Os produtos retirados do mercado por vencimento de vida útil não são reprocessados para fins alimentícios. Produtos deteriorados, de devolução de clientes ou do processo, são identificados e armazenados fisicamente separados até sua eliminação.
  • 19. MANUAL MBPF Página 19 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 19 13.2 Visitantes São visitantes todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde se manipulam, fabricam, transportam e armazenam matérias-primas, embalagens, produtos semi-acabados e acabados. Os visitantes, antes de adentrarem nas áreas acima citadas, obedecem às condições de higiene pessoal, vestem jaleco, proteção para cabelos (toucas), não carregam ou utilizam objetos ou adornos, e também utilizam calçados fechados e limpos. A direção toma as medidas necessárias para que nenhum visitante que seja suspeito de estar contaminado, ou que seja vetor de uma enfermidade que possa ser transmitida aos produtos fabricados, ou que apresente feridas infectadas, infecções cutâneas, diarréia, visite qualquer área de manipulação da Indústria. 14. EMBALAGEMEROTULAGEM 14.1 Produto Final O produto é embalado adequadamente e devidamente identificado por rótulo, o qual deve cumprir as exigências legais. O material de embalagem utilizado deve ser armazenado em local separado da matéria-prima e utilizado em condições higiênicas satisfatórias O tipo de embalagem é devidamente escolhido de forma que os componentes da mesma, não interfiram nas características próprias. Todos os produtos devem possuir datas ou códigos de identificação. Através dos quais, pode-se localizá-los com facilidade nos locais de armazenamento e centros de distribuição e venda (princípio da rastreabilidade).
  • 20. MANUAL MBPF Página 20 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 20 15. ARMAZENAMENTOEDISTRIBUIÇÃO 15.1 Armazenamento Ao término do processo os produtos são direcionados para as áreas de expedição e posteriormente para distribuição. Os produtos industrializados são armazenados de forma a não receberem a incidência de luz direta. Os produtos não são armazenados e/ou transportados junto aos produtos químicos, de higiene, de limpeza e perfumarias para evitar contaminação ou a impregnação de odores estranhos. Os produtos armazenados são colocados sobre pallets limpos e secos e em bom estado de conservação e jamais depositados diretamente sobre o piso. É utilizado o método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) para os produtos armazenados. Os produtos produzidos não são submetidos a choques mecânicos para evitar dano as embalagens. Os produtos devolvidos são colocados em locais apropriados, limpos e organizados, separados dos produtos a serem distribuídos. Não é permitido fumar dentro das áreas de armazenagem dos produtos industrializados. 15.2 Transporte Os procedimentos de transporte e distribuição dos produtos industrializados, desde a sua expedição até o transporte e distribuição, são estabelecidos visando a manutenção da qualidade e inocuidade ao consumidor final.
  • 21. MANUAL MBPF Página 21 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 21 O prazo ou data de validade e o ambiente de conservação estabelecidos nos rótulos dos produtos industrializados são rigorosamente respeitados e produtos em desacordo não são comercializados. Durante o processo de carregamento dos produtos as embalagens não são pisoteadas nem servem de assento aos carregadores. Os edifícios e instalações dos locais de armazenamento obedecem aos critérios gerais estabelecidos no item “EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES E SANEAMENTO”. As matérias-primas, materiais de embalagem e produtos acabados são armazenados de acordo com as especificações. As práticas de limpeza e manutenção, assim como um programa geral de sanitização e controle de pragas são levados a efeito, de forma contínua, no local de armazenamento. Ao transportar, mover, manejar ou armazenar os insumos, toma-se os devidos cuidados para se evitar danos físicos (rasgos, rupturas, quebras, etc.). Estes danos podem ocasionar vazamentos ou contaminações que contribuem para a criação ou origem de condições não sanitárias. 16. GARANTIA E CONTROLE DA QUALIDADE A direção é feita pelos proprietários da empresa, além da supervisão que será realizada juntamente com o químico responsável, com o intuito de prevenir riscos e contaminações desde a chegada da matéria-prima até a conservação do produto em seus postos de venda.
  • 22. MANUAL MBPF Página 22 de 22 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 22 16.1 Especificações de Produtos Acabados A empresa SAINT PETRUCCI BEBIDAS ARTESANAIS, providenciará periodicamente e sempre que for necessário, análises para averiguar a qualidade do produto acabado. São guardadas amostras dos lotes de produção (à temperatura de armazenamento recomendada) durante um período não inferior ao da vida útil do produto. 16.2 Informações e Avisos ao Consumidor Todos os produtos contêm informações claras, nos rótulos e/ou embalagens, que permitem sua manipulação, armazenamento e utilização, por parte do consumidor, de forma correta e com segurança. 17. CONTROLE NO MERCADO 17.1 Rastreabilidade Todos os lotes de produtos produzidos são identificados de forma legível e de difícil remoção. Todos os produtos vendidos e distribuídos, para efeito de rastreabilidade, são controlados de acordo com o POP 02 – Produção, Rastreabilidade e SAC. Nenhum insumo ou produto é utilizado após vencimento da vida útil. Os rótulos das embalagens cumprem as exigências legais. 17.2 Recolhimento (Recall) Todas as anormalidades que são comunicadas à Empresa, sejam pelos consumidores e/ou equipe de vendas e/ou funcionários e/ou órgãos fiscalizadores e/ou outras fontes, utiliza-se as informações do POP 02 – Produção, Rastreabilidade e SAC.