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Marcos Fernandes Martins
causos &
histórias
naestrada
Martins, Marcos Fernandes, 1969
Na estrada - Causos & histórias
2017
35p
1.Registro fotográfico e histórico das aventuras de
um grupo musical religioso.
M386n
Muitas pessoas escrevem sobre auto-ajuda, outras sobre auto-
conhecimento, tantos outros sobre cases de sucesso, alguns falam de
suas crenças, conquistas e tantos outros inúmeros temas distintos. No
âmbito religioso, muitos contam suas experiências que os levaram a uma
maior aproximação com Cristo.
Nestes escritos não pretendo mostrar-lhes as maravilhas do poder de
Deus, tão pouco vou falar das transformações que ocorreram na minha
vida e na do grupo ao qual pertenço, muito menos das coisas que
conquistei em Cristo.
Apresento-lhes alguns “causos”, histórias e fotos que fui registrando ao
longo da minha trajetória no Ministério de Música Voz da Vida, que teve
início em Novembro de 2004, quando este Ministério já fazia seu sétimo
aniversário.
Desde sempre, quando ia a Igreja, procurava sentar o mais próximo
possível dos músicos, coisa muito natural para quem desde muito cedo
era apaixonado por música, porém para minha surpresa em setembro de
2004 a minha esposa é convidada a integrar um grupo de música na
Igreja.Aprincípio pensei que isso não iria durar muito tempo, mas os dias
iam passando e comecei à buscá-la em alguns ensaios, até que chegou o
dia que ao parar na porta da sala de ensaio, meu saudoso compadre,
Emerson Abreu, disparou “pega um microfone e canta ai!” comecei a rir e
dizer que acreditava que cantar não era minha praia. Ele não se deu por
satisfeito e continuou a dizer “canta aí, eu sei que tu sabe, eu já te escutei
falando no microfone...” foi o estopim todos começaram a dizer a mesma
coisa: “Canta aí!” Disse então que cantaria, só que não conhecia as letras
das músicas e mais uma vez o compadre aprontou uma das suas, abriu
uma pasta e disse “Paulinho, ele vai cantar Espírito Enche” senti uma
preocupação enorme pois me dei conta de que eles estavam falando
sério, enquanto eu estava levando na brincadeira. Ainda tentei alegar
mais uma meia dúzia de desculpas, mas, em meio a um emaranhado de
fios alguém me alcançou um microfone, gelei. Escutei os primeiros
acordes de teclado e violão, coração veio na boca, tentando devolver o
coração para seu lugar e tentando acompanhar a música fui perseguindo
o Emerson que me mostrava como se cantava a tal música. Ao meu ver
não tinha cantor pior na face da terra, e pelas caretas que todos faziam
acreditava que era o sentimento de todos. Quando o martírio acabou
escutei um “achei que seria pior! No próximo ensaio tu melhora”. Pensei
comigo, “como assim próximo ensaio, eles vão insistir nesta loucura?”.
Pois bem veio, o segundo ensaio, o terceiro, o quarto, o quinto, tantos
outros e eu continuo ensaiando. Mas a muito tempo já me dei conta que
eu realmente não canto. O que eu faço então? Eu, junto com meu grupo,
ajudo as pessoas a se encontrarem com Deus através da música...
O começo de tudo (ao menos para mim).
O ano de 2005 foi muito pródigo em histórias com o Ministério, somente
no carnaval acontecerem algumas...vamos a elas:
Curitibanos uma experiência “só para as pessoas importantes do
Ministério”
Eis a novidade: Convite para animar a noite de sábado do retiro de
carnaval em Curitibanos e a de Domingo em Forquilhinha. Não precisa
conhecer muito da geografia de Santa Catarina para saber que estas
cidades estão muito distantes uma da outra, porém o desafio tinha sido
lançado era aceitar ou não e como “não” dificilmente faz parte do nosso
vocabulário começamos a nos preparar para a maratona de eventos,
vale lembrar que eu ainda não conhecia o repertório de baile que o
Ministério executava, foram alguns domingos de muito ensaio. Chegada
a véspera do dia da viagem percebeu-se que o veículo era pequeno para
levar tanta gente e equipamento, sobrou para o novato Rodrigo que não
viajou sob a alegação do Emerson de que “só iriam as pessoas mais
importantes” superada esta parte chegou o dia da viagem e com isso o
transporte: uma “besta” com um motorista com cara de sono que já foi
dizendo que acabara de chegar de Porto Alegre e que nem havia
dormido.
Isso foi bastante tranqüilizador, colocado tudo e todos no transporte foi
anunciada o inicio da viagem, horas a fio sem quase se mexer. Emerson,
Paulinho, Rafael, Bruno, Pedro Henrique, Jane, Fabíola, Eu e o
motorista (Márcio). Neste dia descobri que Curitibanos é realmente
muito, muito longe.
Chegamos no inicio da tarde de sábado, nos serviram uma refeição e
descarregamos nossas coisas em uma sala ao lado do palco, como era
muito cedo resolvemos fazer um reconhecimento do local, andamos
duas quadras para um lado, duas para outro e já havíamos conhecido a
cidade. De volta ao local do evento começamos a montar tudo. Paralelo
a isso estavam montando a iluminação para a noite. Estávamos nós
dispostos no palco na frente passando o som, regulando e determinando
posicionamento quando olho para o teclado e vou falar com o Paulinho,
escuto um estrondo e vejo o poste de iluminação no chão exatamente
onde eu estava, escapei por pouco, mesma sorte não teve o técnico que
instalava a iluminação, teve um corte na cabeça, isso provocou um
atraso na conclusão da montagem e finalização da passagem de som.
Quando terminamos é que iríamos jantar, pois já era quase 20:00h, porém
fomos informados que os jovens já estavam vindo para começar a o tal
baile de carnaval.
Ficamos sem janta, más tudo bem, começa o baile e não era fácil achar a
letra das músicas na pasta, pois nem bem acabava uma começava outra
música, largamos de mão e tentamos perseguir a Fabíola que era quem
estava na frente comigo e com a Jane e que conhecia as coreografias
como “Está no Céu, Está no mar...” entre outras. O que tínhamos ensaiado
era suficiente para umas duas horas de música sem intervalos, passado
todo esse tempo cantando e pulando acreditávamos que acabaria logo,
pois os jovens tinham horários a cumprir. e lá vem o organizador e diz
“Está muito bom, os jovens estão adorando, podem continuar até a meia
noite” e ainda era só 22:00h. nesse dia foi tocado tudo que se sabia.
Acabado o baile, estávamos literalmente mortos de cansados e de fome e
não tinha mais cozinha aberta, ou seja tinha tudo para dormirmos com
fome. Lancei a idéia, “Temos que acordar muito cedo para chegar em
Forquilhinha. Vamos embora agora, assim ganhamos tempo.” A idéia foi
aceita só que o motorista advertiu de novo “Eu não dormi” foi então que
lancei mais uma “Tu leva até onde tu conseguir e eu durmo, depois tu me
chama que eu levo o resto!” mais uma proposta aceita. Carregamos a
besta correndo e ao sair o organizador do evento nos deu dinheiro para
fazer um lanche na cidade antes de sair. Quase uma hora da manhã, mais
nada aberto, mesmo assim achamos uma lanchonete que tentava fechar
as portas porém não deu, entramos e fizemos nosso lanche finalmente.
Devidamente alimentados pegamos a estrada, dormi imediatamente e
não vi mais nada, só sei que foi uma aventura, o Márcio saia com
freqüência da estrada, quando não invadia a pista contrária, chegando no
mirante da serra do rio do rastro ele diz “Não agüento mais, pode levar”.
Pulei para o volante e começou uma nova aventura, apesar de ter a
habilitação necessária eu jamais tinha dirigido uma van descendo a serra.
Diz o Paulinho que foi a única hora que ele ficou tranqüilo e conseguiu
dormir e realmente percebi que todos estavam tranqüilos confiando no
meu trabalho. Já era 7:00 horas de domingo quando chegamos na praia e
fomos dormir, os equipamentos ficaram na besta para ir a Forquilhinha
mais tarde animar mais uma noite de carnaval de um retiro.
Mais um ensaio começa e o Paulinho já larga um “Senhoras e
Senhores...” e alguém completa: “Ponham a mão no chão!” pronto foi
dada a senha para começar o ensaio, mas não sem antes passar os
avisos: “No próximo sábado tem festa em um bairro de Içara” informa o
Paulinho e complementa dizendo “nos garantiram o transporte e é para
cantar a missa e depois fazer animação da festa, quem topa? Só tem uma
coisinha, eles querem que uma menina que canta na Igreja cante umas
quatro músicas, Ok?” Ainda bem que todo mundo topou, caso contrário
não teria mais este causo pra contar.
Chegou o dia da tal festa, era meados de 2005, marcamos com o
transporte para nos buscar bem cedo para dar tempo de montar toda a
parafernália. Chegando no local constatamos que havia sido montada
uma tenda onde seria realizada a Cerimônia e também toda a animação.
Começamos a montar todo o equipamento e como diria o Seu Nequinho
“Era uma cipozada...” quase uma hora depois tudo estava montado e
pronto para a passagem de som com Noites Traiçoeiras (a de sempre na
época).
Terminada a missa uma pausa para organizar melhor o palco, que até
então servira como altar, finalmente começamos nossa apresentação, e
antes mesmo de acabarmos o primeiro set de músicas, alguém já fazia
sinais que a tal menina queria cantar, surgiu um garoto no palco com um
notebook dizendo para o Paulo “Liga o áudio na mesa, tu tem cabo, Né?”.
Confesso que já comecei a não gostar da situação, Paulo e Emerson, na
diplomacia, alegavam que nem tínhamos começado nossa
apresentação, só que não teve jeito, tinha que ser naquela hora mesmo.
Enfim, mesmo contrariados deixamos o palco, até porque seriam apenas
quatro músicas, não poderia demorar muito. Que engano, após as duas
primeiras músicas que realmente eram da Igreja a tal menina diz “agora
vou cantar outro tipo de música” e começou pela Shania Twain no maior
estilo country. Este foi só o começo o sertanejo pegou solto e a tal menina
não parava de cantar. Já injuriados e cansados de ficar sem fazer nada
fomos para o interior do salão onde nos sentamos e ficamos batucando
nas mesas e cantando, até que juntou mais algumas pessoas, como não
dava para ir embora ficamos ali mesmo enquanto a estrela se
apresentava no palco com nosso equipamento, fizemos o que se pode
considerar nosso primeiro acústico. Meses depois vejo a tal menina
participando de um programa de TV em rede nacional que iria escolher
uma nova estrela da música. E não é que ela chegou na final!
Abrindo show de cantora famosa
Como não tínhamos mais parada, os convites para cantar na região eram
muitos, chegou então um muito especial:Animar o Louvor Diocesano no Ginásio
de Esportes de Criciúma e como de praxe não negamos. Fomos no sábado
montar os equipamentos e passar o som, lembro que tinha acabado de comprar
uma jaqueta vermelha e aproveitei que era muito frio e fui com a bendita.
Montada toda a aparelhagem tínhamos que pendurar nosso banner e no palco
não tinha como, olhamos para os lados, para cima... enfim uma luz. Colocar
numa parede lateral amarrada na armação, até aí tudo bem, mas quem poderia
subir na armação e fazer o serviço? Chapolin Colorado é que não seria, sobrou
para o Rodrigo com o incentivo do Emerson dizendo: “Tu não vai cair daí, se tu
cair eu te pego!”Acho que o Rodrigo ficou com mais medo do Emerson do que de
cair. Enquanto a saga de colocar o banner continuava o Paulinho lutava com o
teclado que insistia em não funcionar. Tem que desmontar, alguém argumentou,
começa então a operação foi descoberto que um fio estava solto “Liga o ferro de
solda” diz o Paulinho a essa altura já estavam agarrados ao teclado o Cleber,
Paulinho, Emerson, mais uns dois garotos da organização e o Paulinho diz
“Kynho segura a tampa do teclado e não mexe para não arrebentar outro fio” me
aproximei da mesa de operação e segurei a tampa e ficando praticamente imóvel
foi quando senti um cheiro de queimado e já fui dizendo “tá queimando alguma
coisa!” devolvi a tampa para tentar ver o que era, que tristeza descobrir que era o
ferro de solda na minha jaqueta nova. Fez um furo pequeno, que não chegou a
inviabilizar o uso, e durante muito tempo sempre que colocava a jaqueta me
lembrava do evento. Quanto ao Banner foi colocado tranquilamente sem
maiores sustos pelo Rodrigo. No outro dia, muito cedo já estávamos todos
apostos, foi aí que fomos apresentados ao pregador do dia o senhor Sidney
wosh, que já largou “Cadê a bateria? Nunca vi banda sem bateria. Olha só eu
quem é que toca o violão? Eu quero que toque assim....” o Cleber só tentou
dedilhar o violão novinho em folha e ela já disse “Não é assim, deixa que eu toco!”
O Cleber muda de cor e diz “No meu violão eu toco!” após alguns instantes de
instabilidade o caso se resolveu. Começa o evento e Emerson já lança: “Aquele
que for cantar solo pega o sem fio (único na época) e vai pra frente” nossa
alegação foi imediata “Sem a letra não dá pra ir pra frente!” não adiantou de nada
ouvimos um sonoro “TE VIRA!” e assim começamos a animação com a Fabíola
fazendo os solos, depois o Pulinho e aí alguém diz “agora vamos fazer uma de
Espírito. Kynho é a tua” pronto o chão sumiu, mudei de cor más peguei o sem fio
e fui e por obra do Espírito Santo consegui cantar pela primeira vez sem ler
Espírito Enche.Ao término, fomos embora com a sensação do dever cumprido.
O que foi muito bom.
A Hora do te vira... (Louvor Diocesano - 07/08/2005)
Seguindo o mesmo pique de convites do ano anterior, chega o convite para
cantar o Cenáculo de Lages no dia 26/6 (Pentecostes), torna-se desnecessário
lembrar que junho em Lages-SC é muito frio né? Pois bem, começa a rotina de
sempre: montagem de repertório, ensaios de preparação, definição do que
levar, uniformes, etc... chega o dia da viagem, soca-se tudo e todos dentro de
uma Besta verde e seguimos para Lages um dia antes do evento para dar tempo
de passar som e tudo mais. A chegada foi lá pelas 16:00h do sábado no ginásio
de esportes de um escola local. Começamos a descarregar a besta para liberar
o motorista e literalmente tudo foi parar no meio do ginásio, foi quando alguém
da organização veio informar “vocês irão ficar na sala de dança! Podem levar as
malas para lá” descobrimos então que a tal sala de dança era no próprio ginásio,
destacamos as meninas para organizarem o local enquanto os meninos ficariam
na quadra esperando o pessoal da sonorização para a montagem do som. Já
era quase seis da tarde quando surge uma alma bendita com refrigerante e
muitas mini pizzas, esse foi nosso jantar. E a proposito o pessoal da sonorização
ainda não tinha aparecido e isso só foi acontecer lá pelas oito horas, sob a
alegação de que estavam montando a sonorização da festa do pinhão.... Enfim
tudo ficou pronto lá pelas dez horas quando finalmente passamos o som. Volto a
lembrar que era muito, muito frio e nesta jornada estavam: Emerson, Paulinho,
Rafael, Cleber, Rodrigo, Marilaine, Fabíola, Jane e Eu. Terminada a passagem
de som fomos nos recolher e ao chegar na sala de dança percebemos que era
bem ampla e quase gelada, então fiz a seguinte previsão “toma banho hoje pois
amanhã será mais frio ainda e duvido quem terá coragem de tomar banho bem
cedinho!” e assim fizemos, más mesmo assim teve gente que gazeou o banho.
Quando sai do meu banho ainda estavam na fila o Emerson e o Rodrigo, deixei
os dois no banheiro e fui saindo enquanto cada um entrava em um dos chuveiros
e foi aí que começou a gritaria: ai, ai, ai... ai, ai, ai.... uiiiiiii tá geladoooooo....
reconhecemos de longe que era a voz do Rodrigo e começamos a falar: deixa de
frescura rapaz, todo mundo tomou banho e ninguém reclamou do frio. Ele
continuou resmungando porém tomou o banho e quando saiu estava roxo, batia
queixo e dizia com voz baixa e tremula: tá muito frio e não é frescura não! O
Emerson foi dar uma olhada no chuveiro e descobriu que tinha queimado a
resistência, pronto foi o motivo para cairmos a rir mais uma vez. Depois disso
fomos nos deitar, nos espalhamos pela sala e lembro-me que tinha uma janela,
sem cortinas, que ficava na altura do poste de iluminação da rua e aquela
claridade invadia a sala, fiquei por um longo tempo olhando para rua e parecia
que o frio que fazia lá fora era o mesmo que nos congelava lá dentro.
Vai uma pizza aí? (Cenáculo 2006 - Lages)
Naquela madrugada chegou a fazer 3ºC. Finalmente aquela noite
interminável chegava ao fim, todos pulamos arrumamos nossas coisas, e
descemos em busca de um café bem quente e que alegria a nossa, uma
senhora da equipe de organização já nos esperava com café bem
quentinho e pão caseiro, que delícia...
O Cenáculo estava pronto para começar, nos posicionamos e
começamos com a animação, olhávamos para as arquibancadas e cada
vez mais chegavam caravanas de diversos lugares... foi uma manhã
maravilhosa de muita oração e música é claro. Estava chegando a hora
do almoço e alguém veio nos entregar os nossos tickets da refeição, o
cardápio seria: mini pizza e refrigerante, nos alimentamos voando pois o
povo pedia por animação. Passada esta etapa iniciou-se outra palestra e
chegou o momento de Adoração e foi um momento muito especial pois
mesmo com todo o frio as pessoas jogavam seus agasalhos fazendo um
tapete para que o Santíssimo fizesse sua passagem foi simplesmente
sensacional. E com a missa encerramos mais um evento. Após recolher
tudo e literalmente socar na besta, fomos tomar um café com mini pizza
antes de irmos embora. Quando todos já tinham se despedido e já
estávamos todos na besta, vem uma senhora correndo de dentro do
ginásio com uma sacola plástica, dizendo: Preparei um lanchinho para a
viagem “Vai uma pizza aí?”, aceitamos o farnel e partimos para nossa
casa. É desnecessário dizer que o Cleber, o Rodrigo e o Emerson
finalizaram com as pizzas... Já ia me esquecendo que fomos parados
pela Polícia Rodoviária Estadual por denúncia de que pessoas numa
besta verde estavam transportando carne de caça. Quando falamos o
que estávamos fazendo fomos liberados imediatamente.
Andrea - Jane - Luan - Marcos - Paulo - Pedro Henrique Martins
Emerson - Nequinho - Rafael - (Falecidos) / Adenir - Alis - Carla -
João Vitor - Lorena - M.Lourdes - Margarida - Marilaine - Marili - Marilza - Neno - Nívio -
Passaram pelo grupo:
Atual formação:
Cleber - Daniela - Delma - Dilma - Edson - Fábio - Fabíola - Felipe - Gorete - João Victor -
Pedro Henrique Abreu - Raquel - Rodrigo - Rosa - Samantta - Simone - Sueli - Tainá
Deus colocou muitos abençoados em nossa caminhada, nem se quer lembro como isso
começou. Lembro que o pessoal do Shalom nos procurou para cantar um retiro que iria
acontecer na Casa Shalom de Criciúma e como já citei outras vezes, não somos de
negar convite para evangelizar, só que naquele final de semana Jane e eu tínhamos
compromissos e eu só poderia participar no Domingo, mesmo assim lá fomos nós para
nosso primeiro retiro com a equipe do Shalom.
Era domingo bem cedo quando acordei, me preparei para sair da praia e ir até a casa
Shalom, Já na saída percebi que não havia energia na praia, passei o portão para o
controle manual e saí... em busca de um posto de combustível passei nos dois postos da
praia e como não havia energia fui “tocando em frente” e descobrindo que o problema
era mais grave do que pensei pois não havia energia em lugar algum no meu trajeto.
Minha última esperança seria o posto na rótula que iria para o Siso's Hall porém sem
sucesso. A muito a luz do painel já indicava que o fiat uno guerreiro de sempre estava
andando só no cheiro e assim cheguei na casa Shalom e lá fui recebido com a seguinte
frase: “se tu estivesse aqui ontem, terias um ataque!” e a Mari foi me explicando o
porquê... Todo o equipamento tinha sido montado na sexta-feira na sala de palestra,
quando o pessoal entrou na sala, já no sábado pela manhã, o pessoal da organização
tinha revirado tudo como trote de boas-vindas, acho que realmente teria me dado um
ataque, porém foi muito bom para todos, o superar obstáculos naquele momento foi
ótimo para fortalecer o grupo.
Afalta de energia continuava, então trabalhamos somente violão, percussão e vozes até
a hora do almoço, quando a energia em toda a região foi restabelecida, sorte a nossa
pois a missa de encerramento teria a participação dos pais dos jovens que participaram
do retiro. Era muita gente e naquele momento já chovia muito.Após a missa foi a correria
para guardar todo o equipamento na Van do Cabinho Supermercado pois a Sandrini já
esperava, aliás não foram poucas as vezes que o pessoal do Cabinho nos transportou
para lá e para cá. Tudo acomodado fomos liberando todo nosso pessoal e o Paulinho
ficou para ir comigo, saímos em meio a chuva e fui dizendo para o Paulo precisamos
chegar no posto de combustível próximo do Siso's, feito a rótula onde hoje tem a Plasson
nosso carro dá os primeiros sinais que não chegaria lá, andou mais alguns metros e
parou. A chuva não dava tréguas e como sabíamos que ainda tinha muita gente da
equipe organizadora para passar resolvemos esperar, 20 minutos depois vem vindo o
primeiro carro que julgamos ser conhecido, saímos na chuva e para nossa alegria era o
pequeno Emerson, que prontamente nos socorreu buscando gasolina para chegarmos
ao posto.
Assim começou nossa história com a Equipe Shalom que se transformou na Equipe
Semeando para realização de retiros e outras tantas histórias surgiram e as contarei
mais para frente.
Semeando Amigos (2007)
Após reuniões com o pessoal do Shalom instituiu-se oficialmente a
Equipe de Retiros Semeando, que era a soma da Equipe Shalom + Voz
da Vida + RCC do Balneário Rincão e foi marcado para julho de 2008
nosso primeiro retiro com esta formação e desta vez o Paulinho disse:
“Não se preocupem que já arrumei transporte. Kynho, tu tens carteira
para dirigir ônibus né?”. Ônibus? Como assim? E minha resposta foi que
só não podia pilotar avião, achando que era brincadeira, porém era
verdade, ele havia conseguido um ônibus para nossa jornada.
Sábado muito cedo, estávamos estacionando o bólido em frente à Igreja
Nossa Senhora dos Navegantes, para pegar tudo e todos. No horário
marcado dei a partida, não sem antes fazermos uma oração, saímos em
direção ao mar para sairmos pela SC444 (hoje 445) eu ia percebendo que
o ônibus não abria rotação de jeito nenhum, mas fui levando sem
ultrapassar os 70 km/h, estávamos rastejando, porém indo. Em Içara nas
proximidades da estrada geral que nos levaria ao Bairro Demboski, local
da Casa Shalom, decidimos evitar a Policia Rodoviária e literalmente
entramos com tudo neste acesso.
Após quase atropelar um senhor que circulava de bicicleta, seguimos
nosso roteiro pela estrada de chão batido cheia de buracos, nossa
velocidade diminuiu drasticamente e no primeiro morro não conseguimos
subir, deixei o ônibus descer até parar, andei mais um pouco para traz,
acelerei como em uma largada da fórmula um e parti.... após
derraparmos muito vencemos aquele que imaginávamos ser nosso
maior obstáculo daquele retiro e depois de mais de uma hora e meia de
viagem chegamos ao nosso destino. Estava feita a festa “O pessoal
agora já vem até de ônibus.... os caras não são fracos...” descarrega
tudo, monta, e antes do meio dia estava tudo pronto para receber os mais
de 100 jovens que iriam participar do retiro. Do retiro, só vou comentar
que foi mais uma benção do começo ao fim e foi justamente no fim que
começou a sequência dessa história: Novamente tudo e todos dentro do
ônibus partimos em meio a uma garoa. Já havíamos superado
novamente o obstáculo da vinda e já estávamos novamente na rodovia
quando a chuva apertou um pouco e começava a anoitecer quando
passávamos pela Vila Nova, quando já tínhamos passado pela Sanga
Funda escuto: “FOGO! FOGO!” Como tudo era sempre brincadeira, não
liguei e escuto novamente “FOGO! FOGO!” olhei para traz e não via nada
e gritaram “ALI EMBAIXO NO MOTOR!”
SemeandoAmigosII(2008)Fogo!Fogo!
olhei e pude ver pequenas labaredas saindo da parte de baixo do ônibus,
tentei ficar calmo e colocar aquele elefante branco no acostamento,
quando consegui e abri a porta todos queriam descer ao mesmo tempo,
felizmente havia um extintor e eu ainda no volante pude ver que
acionaram o extintor, só que na direção do rosto do Paulinho, que ficou
totalmente branco de pó químico, mesmo assim conseguiram apagar o
fogo. Todo mundo desceu e finalmente pude sair do ônibus, quando desci
nem percebi que ele começou a andar sozinho de ré, pois estávamos
subindo um morro, quando me dei por conta Cleber, Fabiola, Rodrigo e
Marilaine corriam para tentar segurar o ônibus no braço, pulei novamente
para dentro e liguei o motor e coloquei novamente o veículo no
acostamento, fiquei ao volante e pedi para que todos entrassem para
seguirmos viagem, porém não tive a adesão de quase ninguém, tentei
explicar que havia sido apenas uma fagulha por conta de uma troca de
marcha mal realizada e que havia gerado uma faísca que caiu sobre um
pouco de óleo. Resumo: não convenci ninguém, segui o resto da viagem
apenas na companhia do Paulinho e da corajosa Fabiola, chegando na
Igreja para descarregar os equipamentos fui em casa pegar meu carro
para buscar o pessoal, fiz a primeira viagem e pedi ao Cleber que fosse
levar cada integrante em casa e que ao final levasse o carro no Pagani
que era onde devolveríamos o ônibus. Após dadas as devidas
explicações ao proprietário, saímos e ficamos esperando o Cleber
chegar e quando isso aconteceu, quase meia hora depois, ele chegou
dizendo: “Tive que ficar esperando, teu carro quase ferveu!”. Liguei o
carro vi que a temperatura estava muito alta coloquei água no radiador e
fui deixá-los em casa. O que aconteceu com o carro? Bom, fazer um
motor do vectra pouco importou para quem estava vivo!
Retiro em Nova Veneza – Vida de Mendigo
O Júnior, nosso amigo do Shalom, nos liga convidando para fazermos juntos mais um
retiro para os alunos do Colégio São Bento no convento em Nova Veneza e lá vamos
nós. No ano anterior já tínhamos feito um e agora o compromisso era fazer um tão bom
quanto o primeiro. Surgiu a pergunta “O que fazer para chamar a atenção dos jovens?” e
alguém disse: o “Kynho pode se vestir de mendigo e ficar na porta do Convento, para
vermos a reação dos jovens na chegada.” Ideia data, ideia acatada, sábado oito horas da
manhã lá estava eu caracterizado, rastejando na grama para me sujar ainda mais, como
os jovens chegariam às 9:00hs sentei-me na escadaria do Convento conforme havia
sido combinado, porém fiquei impaciente e resolvi caminhar e seguindo uma intuição de
Deus resolvi viver verdadeiramente a mendicância. Iniciei vasculhando as lixeiras em
frente ao convento e a da Igreja onde achei uma latinha de refrigerante, tive a ideia de
começar a pegar de fato as coisas que encontrava peguei uma sacola plástica e ali ia
colocando latinhas, pets, e o que encontrasse, diante da demora dos jovens resolvi
explorar a região e fui caminhando até quase na ponte e pude vivenciar um momento de
grande discriminação na minha vida, as pessoas que me viam abrindo lixos, trocavam de
calçada para não cruzar comigo ao voltar da ponte vi ao longe que nosso pessoal estava
na frente do convento me observando e quando ia me aproximando da esquina, apesar
de não estar fazendo nada de errado, tomei o maior susto: Surge uma viatura da polícia
que faz a curva com uma certa velocidade, com o giroflex ligado porém sem a sirene e
para no meio da rua e desce um policial rapidamente da viatura que agora desce em
menor velocidade a rua, quando vejo um caminhão carregando uma grande estrutura
metálica percebo que a presença policial era apenas para balizar o transporte. Ufa, que
susto. Em conversa posterior com o pessoal do grupo me disseram que todos tiveram a
sensação de que a polícia havia sido chamada por minha causa. Passado o susto
finalmente os jovens chegam, alguns me olharam com indiferença, outros com piedade.
Porém um mendigo não era a coisa mais importante para eles naquele momento, ao
entrarem os jovens foram recebidos com saboroso café, até que uma jovem perguntou
se não poderia dar um pouco para aquele mendigo lá de fora. Foi quando ela teve a
autorização para me buscar para tomar o café com eles. Muitos ficaram ao meu redor,
me perguntando como eu me tornei mendigo e o que eu fazia ali, porém de uma forma
grosseira o Junior mandou que todos me deixassem e que já era hora de irem para a sala
de palestra. Em meio a primeira palestra Junior falava da transformação que a vida em
Cristo pode fazer com uma pessoa, quando propositalmente passei pela porta para me
retirar do convento e fui perguntado pelo Junior se eu já tinha ouvido falar de Cristo. Foi
quando me voltei para aquela plateia e fui tirando aquela roupa de mendigo deixando
surgir minha camiseta do grupo, naquele momento os jovens presentes entenderam que
Deus faz nova todas as coisas.
Finais de Ano – (Vento Ventania me leve pra qualquer destino....
/ Chove chuva, chove sem parar...)
Sinceramente perdi a conta de quantas missas de final de ano fizemos a
animação, sempre fui contra cantarmos, mas sempre alguém me convencia.
Meu motivo era bem simples: equipamento eletrônico e areia definitivamente
não combinam. Contarei aqui algumas passagens: Na primeira delas ainda era
na época das estantes e pastas. A realização seria na Beira mar em frente ao
Verdão, Hotel/Restaurante tradicional do Balneário Rincão, chegando no local
nos deparamos com um caminhão de carga aberta que serviria como palco e um
segundo caminhão baú colocado na sequência para ser usado como backstage,
não me lembro ao certo como foi que levamos os equipamentos só sei que era no
período da tarde (aproximadamente 16:00hs) quando tudo terminou de ser
montado, quando olhamos para o sul e avistava-se um nuvem enorme e muito,
muito escura. Me bateu o desespero, porém me tranquilizaram dizendo: “Não vai
dar nada, o mar tá puxando tudo, vai cair em alto-mar”. Como a Fabiola e o
Cleber já estavam lá prontos para começarmos às 18:30hs combinamos que
eles ficariam ali cuidando dos equipamentos enquanto Paulinho e Eu iriamos em
casa nos arrumar. Quando estou tomando banho escuto o vendaval e
despencou chuva, acho que foram apenas 20 minutos, porém o suficiente para
que, naquele ano, não tivessemos a missa da virada na beira mar. Minha
preocupação era como estariam Fabiola e Cleber, Paulo e Eu chegamos quase
juntos ao local e verificamos que o estrago havia sido pequeno perto do ocorrido.
Nosso único teclado, o Messias, tinha caído na carroceira do caminhão e
quebrou um pedacinho de sua estrutura plástica, o MD, a alma do grupo, não
funcionava mais, sem contar que meses depois ainda se tirava areia dos
equipamentos...
Em outra oportunidade o palco foi montado na Beira mar no campo do Praião,
resolvemos levar nosso equipamento naquilo que era pau para toda obra: foram
duas ou três viagens de Uno. Neste ano conseguimos fazer a animação do
evento e ao final, recolhe tudo e soca no uno, tentando fazer menos uma viagem,
andei pouco mais de cinquenta metros e o carro quis atolar na areia fofa, aliviei o
pé, chamei o Cleber, Digo e o Paulinho que praticamente levaram o carro no colo
até sair da areia fofa, mesmo assim ainda voltei para fazer a última viajem,
acabei chegando em casa quase meia-noite...
E sempre foi assim ao final de cada evento sumia todo mundo e ficava o
pessoal da música para ser levado por último. Então chegou o dia do
diluvio, só posso classificar assim... depois de tudo montado, e de
estarmos no local para o evento, simplesmente desabou o mundo, chovia
sem dó nem piedade, fomos amontoando e recolhendo tudo e não havia
perspectiva de melhora no tempo liberamos as meninas para irem para
casa com Nívio que saiu em busca de uma caminhonete tracionada para
levar o equipamento. Na falta da tal caminhonete seu Nívio aparece com
uma Chevy Vermelha que pegou de um conhecido e foi quando
combinamos que Nívio e eu faríamos a primeira viajem levando a
percussão e alguns eletrônicos que foram dentro do carro. Como não
havia espaço, fui na carroceria segurando a percussão debaixo de muita
chuva, raios e trovões e fomos pela beirinha do mar para não atolar até a
rua da Igreja, Não precisa dizer que cheguei ensopado. Descarregamos,
mandei o Banner do grupo para proteger o Stevie Wonder, nosso Rack de
equipamentos, e fiquei esperando eles retornarem, foi uma espera de
mais de uma hora e nesse período pensei muito em nossa trajetória de
evangelização, eram as últimas horas de 2011 e ali sozinho decidi
escrever contando esses causos que poderiam ter nos afastado da
caminhada más que na verdade foram combustível para perseverarmos
em nosso propósito. Quando eles chegaram com o resto do equipamento
já não chovia tanto, guardamos o equipamento e foi onde comuniquei o
Paulinho da minha intenção de um dia escrever sobre tudo isso. Faltavam
15 minutos para o novo ano quando nos despedimos com a promessa de
que nada abalaria nossa missão, nada faria com que desistíssemos.
O deserto
2013 iniciava com a expectativa de uma série enorme de eventos, porém
algo que transformaria radicalmente nosso grupo estava por acontecer...
Fomos convidados para animar a missa da chegada da Cruz Peregrina
da JMJ- Jornada Mundial da Juventude no início de janeiro, em meados
do mesmo mês chegou mais um Louvor de Verão. E foi nesse evento que
senti um aperto enorme em meu peito, o grupo já não foi o mesmo, e pela
primeira vez escutei o Paulinho dizer que achava que tinha que dar uma
parada. “Parar? Como assim? Só sei fazer isso!!! Mesmo assim fomos
tocando em frente e chegou o dia 02 de fevereiro de 2013, missa de festa
em honra a Nossa Senhora dos Navegantes, nosso último compromisso
antes de iniciarmos nosso longo deserto, afastados daquilo que mais
gostávamos de fazer não deixamos um só instante de ter fé de que
voltaríamos à nossa missão, continuávamos nos reunindo e ensaiando
nos preparando para um dia retornar. nesse período pude pensar muito
sobre nossa missão e quão importante é esse trabalho de evangelização
através da música. No mesmo dia e mês um ano depois, retomávamos
nossas atividades para Honra e Glória do Senhor.
Depois disso muitos outros compromissos foram surgindo novamente e
aos poucos fomos retomando nossa agenda.
2017, ano em que comemoramos 20 anos de evangelização, tem sido
repleto de novos desafios: Retiros, Celebrações, Festas, etc... e aquela
promessa feita nos últimos minutos de 2011 cumpre-se com esta
compilação de causos, histórias e fotos.
Espero que possamos ter muitas outras histórias para contar em outra
oportunidade.....
anos
AL VOIC ZS DU AM VIDA

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Causos de um grupo musical religioso

  • 1. Marcos Fernandes Martins causos & histórias naestrada
  • 2. Martins, Marcos Fernandes, 1969 Na estrada - Causos & histórias 2017 35p 1.Registro fotográfico e histórico das aventuras de um grupo musical religioso. M386n
  • 3. Muitas pessoas escrevem sobre auto-ajuda, outras sobre auto- conhecimento, tantos outros sobre cases de sucesso, alguns falam de suas crenças, conquistas e tantos outros inúmeros temas distintos. No âmbito religioso, muitos contam suas experiências que os levaram a uma maior aproximação com Cristo. Nestes escritos não pretendo mostrar-lhes as maravilhas do poder de Deus, tão pouco vou falar das transformações que ocorreram na minha vida e na do grupo ao qual pertenço, muito menos das coisas que conquistei em Cristo. Apresento-lhes alguns “causos”, histórias e fotos que fui registrando ao longo da minha trajetória no Ministério de Música Voz da Vida, que teve início em Novembro de 2004, quando este Ministério já fazia seu sétimo aniversário.
  • 4.
  • 5. Desde sempre, quando ia a Igreja, procurava sentar o mais próximo possível dos músicos, coisa muito natural para quem desde muito cedo era apaixonado por música, porém para minha surpresa em setembro de 2004 a minha esposa é convidada a integrar um grupo de música na Igreja.Aprincípio pensei que isso não iria durar muito tempo, mas os dias iam passando e comecei à buscá-la em alguns ensaios, até que chegou o dia que ao parar na porta da sala de ensaio, meu saudoso compadre, Emerson Abreu, disparou “pega um microfone e canta ai!” comecei a rir e dizer que acreditava que cantar não era minha praia. Ele não se deu por satisfeito e continuou a dizer “canta aí, eu sei que tu sabe, eu já te escutei falando no microfone...” foi o estopim todos começaram a dizer a mesma coisa: “Canta aí!” Disse então que cantaria, só que não conhecia as letras das músicas e mais uma vez o compadre aprontou uma das suas, abriu uma pasta e disse “Paulinho, ele vai cantar Espírito Enche” senti uma preocupação enorme pois me dei conta de que eles estavam falando sério, enquanto eu estava levando na brincadeira. Ainda tentei alegar mais uma meia dúzia de desculpas, mas, em meio a um emaranhado de fios alguém me alcançou um microfone, gelei. Escutei os primeiros acordes de teclado e violão, coração veio na boca, tentando devolver o coração para seu lugar e tentando acompanhar a música fui perseguindo o Emerson que me mostrava como se cantava a tal música. Ao meu ver não tinha cantor pior na face da terra, e pelas caretas que todos faziam acreditava que era o sentimento de todos. Quando o martírio acabou escutei um “achei que seria pior! No próximo ensaio tu melhora”. Pensei comigo, “como assim próximo ensaio, eles vão insistir nesta loucura?”. Pois bem veio, o segundo ensaio, o terceiro, o quarto, o quinto, tantos outros e eu continuo ensaiando. Mas a muito tempo já me dei conta que eu realmente não canto. O que eu faço então? Eu, junto com meu grupo, ajudo as pessoas a se encontrarem com Deus através da música... O começo de tudo (ao menos para mim).
  • 6.
  • 7. O ano de 2005 foi muito pródigo em histórias com o Ministério, somente no carnaval acontecerem algumas...vamos a elas: Curitibanos uma experiência “só para as pessoas importantes do Ministério” Eis a novidade: Convite para animar a noite de sábado do retiro de carnaval em Curitibanos e a de Domingo em Forquilhinha. Não precisa conhecer muito da geografia de Santa Catarina para saber que estas cidades estão muito distantes uma da outra, porém o desafio tinha sido lançado era aceitar ou não e como “não” dificilmente faz parte do nosso vocabulário começamos a nos preparar para a maratona de eventos, vale lembrar que eu ainda não conhecia o repertório de baile que o Ministério executava, foram alguns domingos de muito ensaio. Chegada a véspera do dia da viagem percebeu-se que o veículo era pequeno para levar tanta gente e equipamento, sobrou para o novato Rodrigo que não viajou sob a alegação do Emerson de que “só iriam as pessoas mais importantes” superada esta parte chegou o dia da viagem e com isso o transporte: uma “besta” com um motorista com cara de sono que já foi dizendo que acabara de chegar de Porto Alegre e que nem havia dormido. Isso foi bastante tranqüilizador, colocado tudo e todos no transporte foi anunciada o inicio da viagem, horas a fio sem quase se mexer. Emerson, Paulinho, Rafael, Bruno, Pedro Henrique, Jane, Fabíola, Eu e o motorista (Márcio). Neste dia descobri que Curitibanos é realmente muito, muito longe. Chegamos no inicio da tarde de sábado, nos serviram uma refeição e descarregamos nossas coisas em uma sala ao lado do palco, como era muito cedo resolvemos fazer um reconhecimento do local, andamos duas quadras para um lado, duas para outro e já havíamos conhecido a cidade. De volta ao local do evento começamos a montar tudo. Paralelo a isso estavam montando a iluminação para a noite. Estávamos nós dispostos no palco na frente passando o som, regulando e determinando posicionamento quando olho para o teclado e vou falar com o Paulinho, escuto um estrondo e vejo o poste de iluminação no chão exatamente onde eu estava, escapei por pouco, mesma sorte não teve o técnico que instalava a iluminação, teve um corte na cabeça, isso provocou um atraso na conclusão da montagem e finalização da passagem de som.
  • 8.
  • 9. Quando terminamos é que iríamos jantar, pois já era quase 20:00h, porém fomos informados que os jovens já estavam vindo para começar a o tal baile de carnaval. Ficamos sem janta, más tudo bem, começa o baile e não era fácil achar a letra das músicas na pasta, pois nem bem acabava uma começava outra música, largamos de mão e tentamos perseguir a Fabíola que era quem estava na frente comigo e com a Jane e que conhecia as coreografias como “Está no Céu, Está no mar...” entre outras. O que tínhamos ensaiado era suficiente para umas duas horas de música sem intervalos, passado todo esse tempo cantando e pulando acreditávamos que acabaria logo, pois os jovens tinham horários a cumprir. e lá vem o organizador e diz “Está muito bom, os jovens estão adorando, podem continuar até a meia noite” e ainda era só 22:00h. nesse dia foi tocado tudo que se sabia. Acabado o baile, estávamos literalmente mortos de cansados e de fome e não tinha mais cozinha aberta, ou seja tinha tudo para dormirmos com fome. Lancei a idéia, “Temos que acordar muito cedo para chegar em Forquilhinha. Vamos embora agora, assim ganhamos tempo.” A idéia foi aceita só que o motorista advertiu de novo “Eu não dormi” foi então que lancei mais uma “Tu leva até onde tu conseguir e eu durmo, depois tu me chama que eu levo o resto!” mais uma proposta aceita. Carregamos a besta correndo e ao sair o organizador do evento nos deu dinheiro para fazer um lanche na cidade antes de sair. Quase uma hora da manhã, mais nada aberto, mesmo assim achamos uma lanchonete que tentava fechar as portas porém não deu, entramos e fizemos nosso lanche finalmente. Devidamente alimentados pegamos a estrada, dormi imediatamente e não vi mais nada, só sei que foi uma aventura, o Márcio saia com freqüência da estrada, quando não invadia a pista contrária, chegando no mirante da serra do rio do rastro ele diz “Não agüento mais, pode levar”. Pulei para o volante e começou uma nova aventura, apesar de ter a habilitação necessária eu jamais tinha dirigido uma van descendo a serra. Diz o Paulinho que foi a única hora que ele ficou tranqüilo e conseguiu dormir e realmente percebi que todos estavam tranqüilos confiando no meu trabalho. Já era 7:00 horas de domingo quando chegamos na praia e fomos dormir, os equipamentos ficaram na besta para ir a Forquilhinha mais tarde animar mais uma noite de carnaval de um retiro.
  • 10.
  • 11. Mais um ensaio começa e o Paulinho já larga um “Senhoras e Senhores...” e alguém completa: “Ponham a mão no chão!” pronto foi dada a senha para começar o ensaio, mas não sem antes passar os avisos: “No próximo sábado tem festa em um bairro de Içara” informa o Paulinho e complementa dizendo “nos garantiram o transporte e é para cantar a missa e depois fazer animação da festa, quem topa? Só tem uma coisinha, eles querem que uma menina que canta na Igreja cante umas quatro músicas, Ok?” Ainda bem que todo mundo topou, caso contrário não teria mais este causo pra contar. Chegou o dia da tal festa, era meados de 2005, marcamos com o transporte para nos buscar bem cedo para dar tempo de montar toda a parafernália. Chegando no local constatamos que havia sido montada uma tenda onde seria realizada a Cerimônia e também toda a animação. Começamos a montar todo o equipamento e como diria o Seu Nequinho “Era uma cipozada...” quase uma hora depois tudo estava montado e pronto para a passagem de som com Noites Traiçoeiras (a de sempre na época). Terminada a missa uma pausa para organizar melhor o palco, que até então servira como altar, finalmente começamos nossa apresentação, e antes mesmo de acabarmos o primeiro set de músicas, alguém já fazia sinais que a tal menina queria cantar, surgiu um garoto no palco com um notebook dizendo para o Paulo “Liga o áudio na mesa, tu tem cabo, Né?”. Confesso que já comecei a não gostar da situação, Paulo e Emerson, na diplomacia, alegavam que nem tínhamos começado nossa apresentação, só que não teve jeito, tinha que ser naquela hora mesmo. Enfim, mesmo contrariados deixamos o palco, até porque seriam apenas quatro músicas, não poderia demorar muito. Que engano, após as duas primeiras músicas que realmente eram da Igreja a tal menina diz “agora vou cantar outro tipo de música” e começou pela Shania Twain no maior estilo country. Este foi só o começo o sertanejo pegou solto e a tal menina não parava de cantar. Já injuriados e cansados de ficar sem fazer nada fomos para o interior do salão onde nos sentamos e ficamos batucando nas mesas e cantando, até que juntou mais algumas pessoas, como não dava para ir embora ficamos ali mesmo enquanto a estrela se apresentava no palco com nosso equipamento, fizemos o que se pode considerar nosso primeiro acústico. Meses depois vejo a tal menina participando de um programa de TV em rede nacional que iria escolher uma nova estrela da música. E não é que ela chegou na final! Abrindo show de cantora famosa
  • 12.
  • 13. Como não tínhamos mais parada, os convites para cantar na região eram muitos, chegou então um muito especial:Animar o Louvor Diocesano no Ginásio de Esportes de Criciúma e como de praxe não negamos. Fomos no sábado montar os equipamentos e passar o som, lembro que tinha acabado de comprar uma jaqueta vermelha e aproveitei que era muito frio e fui com a bendita. Montada toda a aparelhagem tínhamos que pendurar nosso banner e no palco não tinha como, olhamos para os lados, para cima... enfim uma luz. Colocar numa parede lateral amarrada na armação, até aí tudo bem, mas quem poderia subir na armação e fazer o serviço? Chapolin Colorado é que não seria, sobrou para o Rodrigo com o incentivo do Emerson dizendo: “Tu não vai cair daí, se tu cair eu te pego!”Acho que o Rodrigo ficou com mais medo do Emerson do que de cair. Enquanto a saga de colocar o banner continuava o Paulinho lutava com o teclado que insistia em não funcionar. Tem que desmontar, alguém argumentou, começa então a operação foi descoberto que um fio estava solto “Liga o ferro de solda” diz o Paulinho a essa altura já estavam agarrados ao teclado o Cleber, Paulinho, Emerson, mais uns dois garotos da organização e o Paulinho diz “Kynho segura a tampa do teclado e não mexe para não arrebentar outro fio” me aproximei da mesa de operação e segurei a tampa e ficando praticamente imóvel foi quando senti um cheiro de queimado e já fui dizendo “tá queimando alguma coisa!” devolvi a tampa para tentar ver o que era, que tristeza descobrir que era o ferro de solda na minha jaqueta nova. Fez um furo pequeno, que não chegou a inviabilizar o uso, e durante muito tempo sempre que colocava a jaqueta me lembrava do evento. Quanto ao Banner foi colocado tranquilamente sem maiores sustos pelo Rodrigo. No outro dia, muito cedo já estávamos todos apostos, foi aí que fomos apresentados ao pregador do dia o senhor Sidney wosh, que já largou “Cadê a bateria? Nunca vi banda sem bateria. Olha só eu quem é que toca o violão? Eu quero que toque assim....” o Cleber só tentou dedilhar o violão novinho em folha e ela já disse “Não é assim, deixa que eu toco!” O Cleber muda de cor e diz “No meu violão eu toco!” após alguns instantes de instabilidade o caso se resolveu. Começa o evento e Emerson já lança: “Aquele que for cantar solo pega o sem fio (único na época) e vai pra frente” nossa alegação foi imediata “Sem a letra não dá pra ir pra frente!” não adiantou de nada ouvimos um sonoro “TE VIRA!” e assim começamos a animação com a Fabíola fazendo os solos, depois o Pulinho e aí alguém diz “agora vamos fazer uma de Espírito. Kynho é a tua” pronto o chão sumiu, mudei de cor más peguei o sem fio e fui e por obra do Espírito Santo consegui cantar pela primeira vez sem ler Espírito Enche.Ao término, fomos embora com a sensação do dever cumprido. O que foi muito bom. A Hora do te vira... (Louvor Diocesano - 07/08/2005)
  • 14.
  • 15. Seguindo o mesmo pique de convites do ano anterior, chega o convite para cantar o Cenáculo de Lages no dia 26/6 (Pentecostes), torna-se desnecessário lembrar que junho em Lages-SC é muito frio né? Pois bem, começa a rotina de sempre: montagem de repertório, ensaios de preparação, definição do que levar, uniformes, etc... chega o dia da viagem, soca-se tudo e todos dentro de uma Besta verde e seguimos para Lages um dia antes do evento para dar tempo de passar som e tudo mais. A chegada foi lá pelas 16:00h do sábado no ginásio de esportes de um escola local. Começamos a descarregar a besta para liberar o motorista e literalmente tudo foi parar no meio do ginásio, foi quando alguém da organização veio informar “vocês irão ficar na sala de dança! Podem levar as malas para lá” descobrimos então que a tal sala de dança era no próprio ginásio, destacamos as meninas para organizarem o local enquanto os meninos ficariam na quadra esperando o pessoal da sonorização para a montagem do som. Já era quase seis da tarde quando surge uma alma bendita com refrigerante e muitas mini pizzas, esse foi nosso jantar. E a proposito o pessoal da sonorização ainda não tinha aparecido e isso só foi acontecer lá pelas oito horas, sob a alegação de que estavam montando a sonorização da festa do pinhão.... Enfim tudo ficou pronto lá pelas dez horas quando finalmente passamos o som. Volto a lembrar que era muito, muito frio e nesta jornada estavam: Emerson, Paulinho, Rafael, Cleber, Rodrigo, Marilaine, Fabíola, Jane e Eu. Terminada a passagem de som fomos nos recolher e ao chegar na sala de dança percebemos que era bem ampla e quase gelada, então fiz a seguinte previsão “toma banho hoje pois amanhã será mais frio ainda e duvido quem terá coragem de tomar banho bem cedinho!” e assim fizemos, más mesmo assim teve gente que gazeou o banho. Quando sai do meu banho ainda estavam na fila o Emerson e o Rodrigo, deixei os dois no banheiro e fui saindo enquanto cada um entrava em um dos chuveiros e foi aí que começou a gritaria: ai, ai, ai... ai, ai, ai.... uiiiiiii tá geladoooooo.... reconhecemos de longe que era a voz do Rodrigo e começamos a falar: deixa de frescura rapaz, todo mundo tomou banho e ninguém reclamou do frio. Ele continuou resmungando porém tomou o banho e quando saiu estava roxo, batia queixo e dizia com voz baixa e tremula: tá muito frio e não é frescura não! O Emerson foi dar uma olhada no chuveiro e descobriu que tinha queimado a resistência, pronto foi o motivo para cairmos a rir mais uma vez. Depois disso fomos nos deitar, nos espalhamos pela sala e lembro-me que tinha uma janela, sem cortinas, que ficava na altura do poste de iluminação da rua e aquela claridade invadia a sala, fiquei por um longo tempo olhando para rua e parecia que o frio que fazia lá fora era o mesmo que nos congelava lá dentro. Vai uma pizza aí? (Cenáculo 2006 - Lages)
  • 16.
  • 17. Naquela madrugada chegou a fazer 3ºC. Finalmente aquela noite interminável chegava ao fim, todos pulamos arrumamos nossas coisas, e descemos em busca de um café bem quente e que alegria a nossa, uma senhora da equipe de organização já nos esperava com café bem quentinho e pão caseiro, que delícia... O Cenáculo estava pronto para começar, nos posicionamos e começamos com a animação, olhávamos para as arquibancadas e cada vez mais chegavam caravanas de diversos lugares... foi uma manhã maravilhosa de muita oração e música é claro. Estava chegando a hora do almoço e alguém veio nos entregar os nossos tickets da refeição, o cardápio seria: mini pizza e refrigerante, nos alimentamos voando pois o povo pedia por animação. Passada esta etapa iniciou-se outra palestra e chegou o momento de Adoração e foi um momento muito especial pois mesmo com todo o frio as pessoas jogavam seus agasalhos fazendo um tapete para que o Santíssimo fizesse sua passagem foi simplesmente sensacional. E com a missa encerramos mais um evento. Após recolher tudo e literalmente socar na besta, fomos tomar um café com mini pizza antes de irmos embora. Quando todos já tinham se despedido e já estávamos todos na besta, vem uma senhora correndo de dentro do ginásio com uma sacola plástica, dizendo: Preparei um lanchinho para a viagem “Vai uma pizza aí?”, aceitamos o farnel e partimos para nossa casa. É desnecessário dizer que o Cleber, o Rodrigo e o Emerson finalizaram com as pizzas... Já ia me esquecendo que fomos parados pela Polícia Rodoviária Estadual por denúncia de que pessoas numa besta verde estavam transportando carne de caça. Quando falamos o que estávamos fazendo fomos liberados imediatamente.
  • 18. Andrea - Jane - Luan - Marcos - Paulo - Pedro Henrique Martins Emerson - Nequinho - Rafael - (Falecidos) / Adenir - Alis - Carla - João Vitor - Lorena - M.Lourdes - Margarida - Marilaine - Marili - Marilza - Neno - Nívio - Passaram pelo grupo: Atual formação:
  • 19. Cleber - Daniela - Delma - Dilma - Edson - Fábio - Fabíola - Felipe - Gorete - João Victor - Pedro Henrique Abreu - Raquel - Rodrigo - Rosa - Samantta - Simone - Sueli - Tainá
  • 20.
  • 21. Deus colocou muitos abençoados em nossa caminhada, nem se quer lembro como isso começou. Lembro que o pessoal do Shalom nos procurou para cantar um retiro que iria acontecer na Casa Shalom de Criciúma e como já citei outras vezes, não somos de negar convite para evangelizar, só que naquele final de semana Jane e eu tínhamos compromissos e eu só poderia participar no Domingo, mesmo assim lá fomos nós para nosso primeiro retiro com a equipe do Shalom. Era domingo bem cedo quando acordei, me preparei para sair da praia e ir até a casa Shalom, Já na saída percebi que não havia energia na praia, passei o portão para o controle manual e saí... em busca de um posto de combustível passei nos dois postos da praia e como não havia energia fui “tocando em frente” e descobrindo que o problema era mais grave do que pensei pois não havia energia em lugar algum no meu trajeto. Minha última esperança seria o posto na rótula que iria para o Siso's Hall porém sem sucesso. A muito a luz do painel já indicava que o fiat uno guerreiro de sempre estava andando só no cheiro e assim cheguei na casa Shalom e lá fui recebido com a seguinte frase: “se tu estivesse aqui ontem, terias um ataque!” e a Mari foi me explicando o porquê... Todo o equipamento tinha sido montado na sexta-feira na sala de palestra, quando o pessoal entrou na sala, já no sábado pela manhã, o pessoal da organização tinha revirado tudo como trote de boas-vindas, acho que realmente teria me dado um ataque, porém foi muito bom para todos, o superar obstáculos naquele momento foi ótimo para fortalecer o grupo. Afalta de energia continuava, então trabalhamos somente violão, percussão e vozes até a hora do almoço, quando a energia em toda a região foi restabelecida, sorte a nossa pois a missa de encerramento teria a participação dos pais dos jovens que participaram do retiro. Era muita gente e naquele momento já chovia muito.Após a missa foi a correria para guardar todo o equipamento na Van do Cabinho Supermercado pois a Sandrini já esperava, aliás não foram poucas as vezes que o pessoal do Cabinho nos transportou para lá e para cá. Tudo acomodado fomos liberando todo nosso pessoal e o Paulinho ficou para ir comigo, saímos em meio a chuva e fui dizendo para o Paulo precisamos chegar no posto de combustível próximo do Siso's, feito a rótula onde hoje tem a Plasson nosso carro dá os primeiros sinais que não chegaria lá, andou mais alguns metros e parou. A chuva não dava tréguas e como sabíamos que ainda tinha muita gente da equipe organizadora para passar resolvemos esperar, 20 minutos depois vem vindo o primeiro carro que julgamos ser conhecido, saímos na chuva e para nossa alegria era o pequeno Emerson, que prontamente nos socorreu buscando gasolina para chegarmos ao posto. Assim começou nossa história com a Equipe Shalom que se transformou na Equipe Semeando para realização de retiros e outras tantas histórias surgiram e as contarei mais para frente. Semeando Amigos (2007)
  • 22.
  • 23. Após reuniões com o pessoal do Shalom instituiu-se oficialmente a Equipe de Retiros Semeando, que era a soma da Equipe Shalom + Voz da Vida + RCC do Balneário Rincão e foi marcado para julho de 2008 nosso primeiro retiro com esta formação e desta vez o Paulinho disse: “Não se preocupem que já arrumei transporte. Kynho, tu tens carteira para dirigir ônibus né?”. Ônibus? Como assim? E minha resposta foi que só não podia pilotar avião, achando que era brincadeira, porém era verdade, ele havia conseguido um ônibus para nossa jornada. Sábado muito cedo, estávamos estacionando o bólido em frente à Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, para pegar tudo e todos. No horário marcado dei a partida, não sem antes fazermos uma oração, saímos em direção ao mar para sairmos pela SC444 (hoje 445) eu ia percebendo que o ônibus não abria rotação de jeito nenhum, mas fui levando sem ultrapassar os 70 km/h, estávamos rastejando, porém indo. Em Içara nas proximidades da estrada geral que nos levaria ao Bairro Demboski, local da Casa Shalom, decidimos evitar a Policia Rodoviária e literalmente entramos com tudo neste acesso. Após quase atropelar um senhor que circulava de bicicleta, seguimos nosso roteiro pela estrada de chão batido cheia de buracos, nossa velocidade diminuiu drasticamente e no primeiro morro não conseguimos subir, deixei o ônibus descer até parar, andei mais um pouco para traz, acelerei como em uma largada da fórmula um e parti.... após derraparmos muito vencemos aquele que imaginávamos ser nosso maior obstáculo daquele retiro e depois de mais de uma hora e meia de viagem chegamos ao nosso destino. Estava feita a festa “O pessoal agora já vem até de ônibus.... os caras não são fracos...” descarrega tudo, monta, e antes do meio dia estava tudo pronto para receber os mais de 100 jovens que iriam participar do retiro. Do retiro, só vou comentar que foi mais uma benção do começo ao fim e foi justamente no fim que começou a sequência dessa história: Novamente tudo e todos dentro do ônibus partimos em meio a uma garoa. Já havíamos superado novamente o obstáculo da vinda e já estávamos novamente na rodovia quando a chuva apertou um pouco e começava a anoitecer quando passávamos pela Vila Nova, quando já tínhamos passado pela Sanga Funda escuto: “FOGO! FOGO!” Como tudo era sempre brincadeira, não liguei e escuto novamente “FOGO! FOGO!” olhei para traz e não via nada e gritaram “ALI EMBAIXO NO MOTOR!” SemeandoAmigosII(2008)Fogo!Fogo!
  • 24.
  • 25. olhei e pude ver pequenas labaredas saindo da parte de baixo do ônibus, tentei ficar calmo e colocar aquele elefante branco no acostamento, quando consegui e abri a porta todos queriam descer ao mesmo tempo, felizmente havia um extintor e eu ainda no volante pude ver que acionaram o extintor, só que na direção do rosto do Paulinho, que ficou totalmente branco de pó químico, mesmo assim conseguiram apagar o fogo. Todo mundo desceu e finalmente pude sair do ônibus, quando desci nem percebi que ele começou a andar sozinho de ré, pois estávamos subindo um morro, quando me dei por conta Cleber, Fabiola, Rodrigo e Marilaine corriam para tentar segurar o ônibus no braço, pulei novamente para dentro e liguei o motor e coloquei novamente o veículo no acostamento, fiquei ao volante e pedi para que todos entrassem para seguirmos viagem, porém não tive a adesão de quase ninguém, tentei explicar que havia sido apenas uma fagulha por conta de uma troca de marcha mal realizada e que havia gerado uma faísca que caiu sobre um pouco de óleo. Resumo: não convenci ninguém, segui o resto da viagem apenas na companhia do Paulinho e da corajosa Fabiola, chegando na Igreja para descarregar os equipamentos fui em casa pegar meu carro para buscar o pessoal, fiz a primeira viagem e pedi ao Cleber que fosse levar cada integrante em casa e que ao final levasse o carro no Pagani que era onde devolveríamos o ônibus. Após dadas as devidas explicações ao proprietário, saímos e ficamos esperando o Cleber chegar e quando isso aconteceu, quase meia hora depois, ele chegou dizendo: “Tive que ficar esperando, teu carro quase ferveu!”. Liguei o carro vi que a temperatura estava muito alta coloquei água no radiador e fui deixá-los em casa. O que aconteceu com o carro? Bom, fazer um motor do vectra pouco importou para quem estava vivo!
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  • 27. Retiro em Nova Veneza – Vida de Mendigo O Júnior, nosso amigo do Shalom, nos liga convidando para fazermos juntos mais um retiro para os alunos do Colégio São Bento no convento em Nova Veneza e lá vamos nós. No ano anterior já tínhamos feito um e agora o compromisso era fazer um tão bom quanto o primeiro. Surgiu a pergunta “O que fazer para chamar a atenção dos jovens?” e alguém disse: o “Kynho pode se vestir de mendigo e ficar na porta do Convento, para vermos a reação dos jovens na chegada.” Ideia data, ideia acatada, sábado oito horas da manhã lá estava eu caracterizado, rastejando na grama para me sujar ainda mais, como os jovens chegariam às 9:00hs sentei-me na escadaria do Convento conforme havia sido combinado, porém fiquei impaciente e resolvi caminhar e seguindo uma intuição de Deus resolvi viver verdadeiramente a mendicância. Iniciei vasculhando as lixeiras em frente ao convento e a da Igreja onde achei uma latinha de refrigerante, tive a ideia de começar a pegar de fato as coisas que encontrava peguei uma sacola plástica e ali ia colocando latinhas, pets, e o que encontrasse, diante da demora dos jovens resolvi explorar a região e fui caminhando até quase na ponte e pude vivenciar um momento de grande discriminação na minha vida, as pessoas que me viam abrindo lixos, trocavam de calçada para não cruzar comigo ao voltar da ponte vi ao longe que nosso pessoal estava na frente do convento me observando e quando ia me aproximando da esquina, apesar de não estar fazendo nada de errado, tomei o maior susto: Surge uma viatura da polícia que faz a curva com uma certa velocidade, com o giroflex ligado porém sem a sirene e para no meio da rua e desce um policial rapidamente da viatura que agora desce em menor velocidade a rua, quando vejo um caminhão carregando uma grande estrutura metálica percebo que a presença policial era apenas para balizar o transporte. Ufa, que susto. Em conversa posterior com o pessoal do grupo me disseram que todos tiveram a sensação de que a polícia havia sido chamada por minha causa. Passado o susto finalmente os jovens chegam, alguns me olharam com indiferença, outros com piedade. Porém um mendigo não era a coisa mais importante para eles naquele momento, ao entrarem os jovens foram recebidos com saboroso café, até que uma jovem perguntou se não poderia dar um pouco para aquele mendigo lá de fora. Foi quando ela teve a autorização para me buscar para tomar o café com eles. Muitos ficaram ao meu redor, me perguntando como eu me tornei mendigo e o que eu fazia ali, porém de uma forma grosseira o Junior mandou que todos me deixassem e que já era hora de irem para a sala de palestra. Em meio a primeira palestra Junior falava da transformação que a vida em Cristo pode fazer com uma pessoa, quando propositalmente passei pela porta para me retirar do convento e fui perguntado pelo Junior se eu já tinha ouvido falar de Cristo. Foi quando me voltei para aquela plateia e fui tirando aquela roupa de mendigo deixando surgir minha camiseta do grupo, naquele momento os jovens presentes entenderam que Deus faz nova todas as coisas.
  • 28.
  • 29. Finais de Ano – (Vento Ventania me leve pra qualquer destino.... / Chove chuva, chove sem parar...) Sinceramente perdi a conta de quantas missas de final de ano fizemos a animação, sempre fui contra cantarmos, mas sempre alguém me convencia. Meu motivo era bem simples: equipamento eletrônico e areia definitivamente não combinam. Contarei aqui algumas passagens: Na primeira delas ainda era na época das estantes e pastas. A realização seria na Beira mar em frente ao Verdão, Hotel/Restaurante tradicional do Balneário Rincão, chegando no local nos deparamos com um caminhão de carga aberta que serviria como palco e um segundo caminhão baú colocado na sequência para ser usado como backstage, não me lembro ao certo como foi que levamos os equipamentos só sei que era no período da tarde (aproximadamente 16:00hs) quando tudo terminou de ser montado, quando olhamos para o sul e avistava-se um nuvem enorme e muito, muito escura. Me bateu o desespero, porém me tranquilizaram dizendo: “Não vai dar nada, o mar tá puxando tudo, vai cair em alto-mar”. Como a Fabiola e o Cleber já estavam lá prontos para começarmos às 18:30hs combinamos que eles ficariam ali cuidando dos equipamentos enquanto Paulinho e Eu iriamos em casa nos arrumar. Quando estou tomando banho escuto o vendaval e despencou chuva, acho que foram apenas 20 minutos, porém o suficiente para que, naquele ano, não tivessemos a missa da virada na beira mar. Minha preocupação era como estariam Fabiola e Cleber, Paulo e Eu chegamos quase juntos ao local e verificamos que o estrago havia sido pequeno perto do ocorrido. Nosso único teclado, o Messias, tinha caído na carroceira do caminhão e quebrou um pedacinho de sua estrutura plástica, o MD, a alma do grupo, não funcionava mais, sem contar que meses depois ainda se tirava areia dos equipamentos... Em outra oportunidade o palco foi montado na Beira mar no campo do Praião, resolvemos levar nosso equipamento naquilo que era pau para toda obra: foram duas ou três viagens de Uno. Neste ano conseguimos fazer a animação do evento e ao final, recolhe tudo e soca no uno, tentando fazer menos uma viagem, andei pouco mais de cinquenta metros e o carro quis atolar na areia fofa, aliviei o pé, chamei o Cleber, Digo e o Paulinho que praticamente levaram o carro no colo até sair da areia fofa, mesmo assim ainda voltei para fazer a última viajem, acabei chegando em casa quase meia-noite...
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  • 31. E sempre foi assim ao final de cada evento sumia todo mundo e ficava o pessoal da música para ser levado por último. Então chegou o dia do diluvio, só posso classificar assim... depois de tudo montado, e de estarmos no local para o evento, simplesmente desabou o mundo, chovia sem dó nem piedade, fomos amontoando e recolhendo tudo e não havia perspectiva de melhora no tempo liberamos as meninas para irem para casa com Nívio que saiu em busca de uma caminhonete tracionada para levar o equipamento. Na falta da tal caminhonete seu Nívio aparece com uma Chevy Vermelha que pegou de um conhecido e foi quando combinamos que Nívio e eu faríamos a primeira viajem levando a percussão e alguns eletrônicos que foram dentro do carro. Como não havia espaço, fui na carroceria segurando a percussão debaixo de muita chuva, raios e trovões e fomos pela beirinha do mar para não atolar até a rua da Igreja, Não precisa dizer que cheguei ensopado. Descarregamos, mandei o Banner do grupo para proteger o Stevie Wonder, nosso Rack de equipamentos, e fiquei esperando eles retornarem, foi uma espera de mais de uma hora e nesse período pensei muito em nossa trajetória de evangelização, eram as últimas horas de 2011 e ali sozinho decidi escrever contando esses causos que poderiam ter nos afastado da caminhada más que na verdade foram combustível para perseverarmos em nosso propósito. Quando eles chegaram com o resto do equipamento já não chovia tanto, guardamos o equipamento e foi onde comuniquei o Paulinho da minha intenção de um dia escrever sobre tudo isso. Faltavam 15 minutos para o novo ano quando nos despedimos com a promessa de que nada abalaria nossa missão, nada faria com que desistíssemos.
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  • 33. O deserto 2013 iniciava com a expectativa de uma série enorme de eventos, porém algo que transformaria radicalmente nosso grupo estava por acontecer... Fomos convidados para animar a missa da chegada da Cruz Peregrina da JMJ- Jornada Mundial da Juventude no início de janeiro, em meados do mesmo mês chegou mais um Louvor de Verão. E foi nesse evento que senti um aperto enorme em meu peito, o grupo já não foi o mesmo, e pela primeira vez escutei o Paulinho dizer que achava que tinha que dar uma parada. “Parar? Como assim? Só sei fazer isso!!! Mesmo assim fomos tocando em frente e chegou o dia 02 de fevereiro de 2013, missa de festa em honra a Nossa Senhora dos Navegantes, nosso último compromisso antes de iniciarmos nosso longo deserto, afastados daquilo que mais gostávamos de fazer não deixamos um só instante de ter fé de que voltaríamos à nossa missão, continuávamos nos reunindo e ensaiando nos preparando para um dia retornar. nesse período pude pensar muito sobre nossa missão e quão importante é esse trabalho de evangelização através da música. No mesmo dia e mês um ano depois, retomávamos nossas atividades para Honra e Glória do Senhor. Depois disso muitos outros compromissos foram surgindo novamente e aos poucos fomos retomando nossa agenda. 2017, ano em que comemoramos 20 anos de evangelização, tem sido repleto de novos desafios: Retiros, Celebrações, Festas, etc... e aquela promessa feita nos últimos minutos de 2011 cumpre-se com esta compilação de causos, histórias e fotos. Espero que possamos ter muitas outras histórias para contar em outra oportunidade.....
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  • 36. anos AL VOIC ZS DU AM VIDA