O documento descreve o processo de torneamento, definindo-o como um processo mecânico de usinagem que remove material para obter superfícies de revolução com ferramentas monocortantes. Detalha os tipos de torneamento, ferramentas, formação de cavacos e fatores que influenciam o processo. Explica também os fluidos de corte e suas funções no torneamento.
2. 1. Usinagem
• Aplica-se a todos os processos de
fabricação onde ocorre a remoção de
material em forma de cavaco.
2. Torneamento
•2.1 – Definição
3. É um processo mecânico de usinagem destinado a
obtenção de superfícies de revolução com auxilio de uma
ou mais ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça
gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a
ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma
trajetória coplanar com o referido eixo.
2.2 – Tipos de Torneamento
•Torneamento retilíneo:
É o processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória retilínea. O torneamento retilíneo pode ser:
4. 1. Torneamento cilíndrico.
2. Torneamento cônico.
3. Torneamento radial.
4. Perfilamento.
•Torneamento curvilíneo:
Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória curvilínea.
6. 2.3 Operações de torneamento
• Desbaste:
O desbaste é a operação de usinagem, anterior a de acabamento, visando a
obter na peça a forma e dimensões próximas das finais.
• Acabamento:
O acabamento é a operação de usinagem destinada a obter na peça as
dimensões finais, ou um acabamento superficial especificado, ou ambos.
2.4 Tipos de torno
11. • 3.1. Função:
A função do fluído de corte é
introduzir uma melhoria no
processo de usinagem dos
materiais. A melhoria poderá ser de
caráter funcional ou de caráter
econômico.
3.2. Fluidos utilizados no torneamento:
• Aço: emulsionáveis, óleos naturais sulfurados, óleos graxos-minerais.
• Aço inoxidável: óleos emulsionáveis, óleos minerais sulfurados.
12. • Ferro Fundido: óleos emulsionáveis.
• Níquel: óleos emulsionáveis, óleos minerais sulfurados.
• Cobre e suas ligas: óleos emulsionáveis inativos.
• Alumínio e suas ligas: óleos emulsionáveis inativos, óleos graxosminerais
inativos.
• Magnésio e suas ligas: óleos graxos minerais inativos.
4 . Ferramentas para Torno
• As ferramentas para o torno são em geral simples e semelhantes;
• Cada ferramenta serve para um tipo de corte (sangramento, desbaste..)
13. • Possuem uma haste de fixação e uma parte cortante;
4.1. Bites
• Podem ser ferramentas integrais ou com inserto ;
As ferramentas integrais são chamadas de “ bites” ou “bits”.
As ferramentas com inserto são chamadas de “ briquetes”.
14. • Os bites são feitos geralmente de aço
rápido, constituídos de uma liga de
diversos elementos;
• Alta resistência de corte a quente ( até
550ºC);
• Reafiáveis;
• Diversos cortes a partir de uma mesma
ferramenta;
4.2 . Briquetes
Bites para diversos tipos de torno.
15. • Feitos geralmente de metal duro
(carbeto metálico);
• Suportam até 800ºC;
• Exigem suporte robusto para evitar
vibrações;
• Ferramenta de corte
removível/trocável;
• Mais utilizadas hoje em dia pois ampliam
as possibilidades de cortes e torno;
Ferramenta de Inserto.
Pastilhas de corte.
16. 4.3 . Ferramentas e Operação de Corte
Ferramenta reta de
desbastar à direita;
Ferramenta reta de
desbastar à esquerda;
a) Desbaste
Ferramenta curva de
desbastar à esquerda;
Ferramenta curva de
desbastar à direita;
17. 4.3 . Ferramentas e Operação de Corte
Ferramenta reta de
facear à direita;
Ferramenta reta de
facear à esquerda;
Ferramenta curva de
facear à esquerda;
Ferramenta curva de
facear à direita;
b) Faceamento
18. 4.3 . Ferramentas e Operação de Corte
c) Sangramento
d) Perfilamento ou forma:
Sangramento de canais; Ferramenta de
sangramento;
19. 4.3 . Ferramentas e Operação de Corte
Ferramentas de perfilamento para
dar forma à peça;
21. 6. Formação de cavaco
• Cavaco é o material removido da peça que está sendo usinada •
Apesar de ser material de descarte, possui grande importância para:
• Cálculo da força e energia necessária;
• Prever a temperatura de trabalho; • Segurança no ambiente de trabalho;
• Acabamento final da peça.
22. 6 . Formação de cavaco
• A espessura do cavaco é
relativamente maior que a
profundidade de corte.
• Esta diferença é utilizada para o
cálculo do ângulo de cisalhamento,
influenciando
na força,
energia e
temperatura
– ângulo de
cisalhamento
23. – ângulo de saída da ferramenta
6.1 . Classes de cavaco
a. Contínuo (em fita);
b. Parcialmente contínuo (helicoidal);
c. Descontínuo (espiral);
d. Segmentado (lascas).
24. 6.1 - a. Classes de cavaco – Contínuo (fita)
• Mecanismo de formação: Forma-se
devido à alta velocidade de corte, em
paralelo com a ductilidade do material
usinado.
• Acabamento: Como não há variação
na força do corte devido à formação
contínua do cavaco, resulta num
acabamento superficial de boa
qualidade.
25. 6.1 - a. Classes de cavaco – Contínuo (fita)
• Desvantagens:
• Ocupam muito espaço, dificultando o
armazenamento, transporte e descarte;
• Podem enrolar-se na peça que está sendo
usinada, danificando o acabamento superficial;
• Com bordas afiadas e altas
temperaturas, este tipo de cavaco representa
um risco ao operador;
• Pode impedir o acesso regular do fluido de corte.
26. 6.1 - b. Classes de cavaco – Parcialmente
contínuo (helicoidal)
• Mecanismo de formação: Processo de
formação semelhante ao longo, porém
há a quebra após um certo
comprimento, e possui formato
bem definido.
• Acabamento e desvantagens:
Praticamente idênticos ao do cavaco
longo.
27. 6.1 – c. Classes de cavaco – Descontínuo (
espiral )
• Mecanismo de formação: Há ruptura no
decorrer da formação do cavaco.
• Acabamento: Devido à quebra do cavaco,
há vibrações na máquina e variaçãona
força de corte, resultando e um
acabamento com leve ondulação.
28. 6.1 - d. Classes de cavaco – Segmentado (
lascas )
• Mecanismo de formação: Forma-se por conta da fragilidade do material
usinado. Nos materiais como ferro fundido,
bronze duro e latão, o cavaco rompe-se
devido à presençade grafita na sua
microestrutura.
• Acabamento: A ferramenta vibra muito na
usinagem, gerando um acabamento inferior
aos processos anteriores.
30. 6.3. Fatores que influenciam na formação de
cavaco.
1. Material da peça a ser usinada;
2. Velocidade de corte;
3. Avanço;
4. Ângulo de saída da ferramenta.
6.4 . Formas de evitar cavacos longos
31. a. Quebra-cavacos: São alterações na estrutura da
ferramenta que forçam o cavaco à quebra, sem que
haja variação na força de corte.
b. Jatos de fluido de corte com alta pressão: Este
método permite unir a refrigeração com a quebra de
cavacos em lascas.
6.4 – a. Quebra-cavacos
Anteparo Cratera