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Ciências Naturais
9.o ano
Ilídio André Costa, José Américo Barros,
Lucinda Motta, Maria dos Anjos Viana,
Rui Polónia
Porque é importante a saúde individual e
comunitária na qualidade de vida da população?
O que se entende por saúde?
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) define saúde
como um estado de
completo bem-estar físico,
mental e social e não
apenas a ausência de
doença física.
O que é a qualidade de vida?
Qualidade de vida é a
perceção individual sobre
a sua posição na vida, num
contexto cultural e num
sistema de valores nos
quais o indivíduo vive e
em relação aos seus
objetivos, expectativas,
metas e
preocupações/interesses.
Que domínios influenciam a qualidade de
vida?
Uma estrutura dimensional da qualidade de
vida envolve quatro domínios: económico,
biológico, cultural e psicológico.
Qualidade de vida: domínio económico
Domínio económico
Bem-estar material: finanças,
qualidade de habitação,
transporte.
Qualidade de vida: domínio biológico
Domínio biológico
Bem-estar físico: saúde,
capacidade física, mobilidade,
segurança pessoal.
Qualidade de vida: domínio cultural
Domínio cultural
Bem-estar social: relações
interpessoais, envolvimento
comunitário.
Qualidade de vida: domínio psicológico
Domínio psicológico
Bem-estar emocional:
positivismo/otimismo,
estatuto, respeito, saúde
mental, stresse, fé, crença e
autoestima.
O que é a esperança de vida?
A esperança de vida é o
número médio de anos que
uma pessoa, à nascença,
pode esperar viver.
Consideram-se várias
esperanças de vida:
– esperança de vida sem
doença crónica;
– esperança de vida de
boa saúde.
O que procura calcular a esperança de
saúde?
A esperança de saúde é um
meio de determinar se uma
vida mais longa é ou não
acompanhada de um
aumento do tempo vivido
com boa saúde ou, por
outro lado, de um aumento
do tempo vivido com má
saúde.
O que se entende por anos potenciais de
vida perdidos?
Os anos potenciais de vida
perdidos correspondem ao
número de anos que,
teoricamente, uma
determinada população deixa
de viver se morrer
prematuramente (antes dos
70 anos).
Quais são as classes
de agentes ambientais
que se podem
considerar?
• Podem ser: agentes físicos, químicos ou biológicos.
• Os agentes ambientais consideram-se agentes
patogénicos quando a sua dose provoca alterações
ambientais capazes de desencadear doenças em
pessoas, animais ou plantas.
Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes físicos
Ruído: diminuição da
audição, cefaleias.
Vibrações: stresse,
cefaleias.
Temperaturas extremas:
desidratação (temperaturas
altas) e hipotermia
(temperaturas baixas).
Pressões anormais: dores
de cabeça, náuseas.
Radiações: cancro da pele,
lesões oculares.
Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes químicos
• Gases e vapores: cefaleias,
envenenamento.
• Poeiras, fumos e fibras de
asbestos (amianto): asma,
alergias, asbestose,
dermatites.
Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes biológicos
• Vírus: gripe, gastrenterite,
hepatite e varicela.
• Bactérias: acne, intoxicação
alimentar, pneumonia, cárie.
• Fungos: pé de atleta,
onicomicose.
• Outros parasitas: ascariose
(helminta), paludismo
(protozoário).
Como se relaciona um agente
patogénico biológico com o ser humano?
Os agentes patogénicos
biológicos estabelecem
relações de parasitismo com
o ser humano.
Como é possível atingir especificidade
na relação parasita-hospedeiro?
Esta interação dinâmica resulta
de fenómenos de coevolução
– evolução simultânea de duas
ou mais espécies, ou seja, a
evolução de uma espécie
torna-se parcialmente
dependente da evolução da
outra.
Coevolução: relações de comensalismo e
de mutualismo
• O ser humano, a seguir
ao nascimento, entra em
contacto com uma grande
diversidade de
microrganismos que
o rodeiam.
• Estes microrganismos
coevoluem com o indivíduo
e, normalmente, não
causam infeção, pelo
contrário, defendem-no
de outras infeções,
estabelecendo com ele
relações de comensalismo
ou de mutualismo.
Como se desenvolve o processo de coevolução
de um parasita e do seu hospedeiro?
• Existem seres vivos que
parasitam o corpo humano,
usando-o como hospedeiro,
por exemplo, bactérias, fungos
e lombrigas.
• Infetam o hospedeiro e
desenvolvem estratégias para
ultrapassarem os seus
mecanismos de defesa, que
também vão sendo
aperfeiçoados para combaterem
os parasitas, num mecanismo
de coevolução.
• Quando as estratégias de defesa
do parasita têm sucesso
relativamente às do hospedeiro,
este fica infetado e doente.
Como se desenvolve
o processo de
coevolução de um
parasita e do seu
hospedeiro?
Antibióticos e resistência bacteriana
O que é um antibiótico?
• Um antibiótico é uma
substância química, natural
ou sintética, que tem a
capacidade de impedir a
multiplicação de bactérias
ou de as destruir, sem ter
efeitos tóxicos para o ser
vivo que o usa.
• São prescritos para o
tratamento de doenças
causadas por bactérias e
não para as causadas por
vírus.
Que benefícios decorrem do uso de
antibióticos?
• Usados com precaução,
os antibióticos são uma
ferramenta importante
para impedir ou tratar
doenças infeciosas.
• O seu uso está indicado
apenas em infeções
bacterianas e seguindo
rigorosamente a
prescrição médica.
Que riscos gera o uso indevido
de antibióticos?
O uso indevido de antibióticos
- quando são tomados em
excesso ou em situações para
as quais são ineficazes - tem
provocado um aumento da
resistência bacteriana.
Que riscos gera o uso indevido
de antibióticos?
Uma bactéria é considerada
resistente a determinado
antibiótico quando continua
a multiplicar-se na presença
de níveis terapêuticos desse
antibiótico.
Doenças não transmissíveis
(DNT)
O que são DNT – doenças não
transmissíveis?
As doenças não transmissíveis
ou DNT são patologias
caracterizadas pela ausência
de microrganismos, ou seja,
são doenças não infeciosas de
longo curso clínico e
irreversíveis.
Que fatores de risco potenciam
a ocorrência de DNT?
A maioria das DNT está
associada a fatores de
risco que podem ser
hereditários ou
relacionados com os
estilos de vida –
conjunto de hábitos
e comportamentos de
resposta às situações
do dia a dia que podem
ser melhorados ao
longo do ciclo de vida.
Fatores de risco potenciadores de DNT:
fatores hereditários
Fatores de risco potenciadores de DNT:
fatores relacionados com estilos de vida
Determinantes de saúde individual
e comunitária
O que são determinantes de saúde?
Os determinantes da saúde
são fatores que têm grande
influência na saúde individual
e comunitária, além das
características próprias com
que cada indivíduo nasce.
Que categorias de determinantes de saúde
se encontram no
Plano Nacional de Saúde (PNS)?
Quatro categorias de
determinantes da saúde:
contexto demográfico e social,
ambiente físico, dimensões
individuais e acesso a serviços
de saúde.
Categorias de determinantes de saúde do PNS:
contexto demográfico e social
• Cultura, política, género,
fatores socioeconómicos
e capacidade comunitária.
Categorias de determinantes de saúde do PNS:
ambiente físico
• Condições de vida
e de trabalho.
Categorias de determinantes de saúde do PNS:
dimensões individuais
• Legado genético
e comportamentos.
Categorias de determinantes de saúde do PNS:
acesso a serviços de saúde
Como se avalia o estado de saúde
de uma população?
• Através do recurso a
indicadores de saúde.
O que são indicadores de saúde?
Os indicadores de saúde são
instrumentos de medida que
refletem, direta ou indiretamente,
informações sobre as dimensões de
saúde bem como os fatores que a
determinam.
Que vantagens podem resultar da utilização
de indicadores de saúde europeus?
Os indicadores de saúde da
população nacional podem
ser analisados
comparativamente com os da
União Europeia, para avaliar
o estado de saúde e decidir
as áreas onde é necessária
uma intervenção mais rápida.
Que tipo de indicadores de saúde se podem
considerar na Comunidade Europeia (CE)?
• A lista de indicadores de
saúde da Comunidade
Europeia (ECHI) permite
monitorizar e comparar dados
e decidir pela implementação
de políticas mais saudáveis.
• Consideram-se: fatores
demográficos e
socioeconómicos; estatísticas
de saúde; determinantes
da saúde; intervenções
em matéria de saúde.
Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
fatores demográficos e socioeconómicos
Fatores demográficos e
socioeconómicos – população,
taxa de natalidade, taxa total
de desemprego.
Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
estatísticas de saúde
Estatísticas de saúde –
mortalidade infantil, lesões
resultantes de acidentes
de viação.
Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
determinantes de saúde
Determinantes da saúde –
tabagismo,
consumo/disponibilidade
de fruta.
Intervenções em matéria de
saúde: serviços de saúde –
vacinação, despesas de saúde,
políticas em matéria de
nutrição saudável.
Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
intervenções em matéria de saúde –
serviços de saúde
Que grupos de indicadores de saúde
constam do PNS?
• Os indicadores de saúde
em Portugal estão organizados
em quatro grupos:
• Grupo I – indicadores
do estado de saúde;
• Grupo II – indicadores
de determinantes de saúde;
• Grupo III – indicadores
de desempenho do sistema
de saúde;
• Grupo IV – indicadores
de contexto.
Indicadores de saúde do PNS:
indicadores do estado de saúde
• Grupo I – indicadores
do estado de saúde.
Ex.: taxas de morbilidade
e taxas de mortalidade
específicas.
Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de determinantes de saúde
• Grupo II – indicadores
de determinantes de saúde.
Ex.: comportamentos,
condições de vida e trabalho,
recursos pessoais
e ambientais.
Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de desempenho do sistema
de saúde
• Grupo III – indicadores
de desempenho do sistema
de saúde.
Ex.: acessibilidade a serviços
de saúde, qualidade
dos serviços, integração
dos cuidados, eficiência, etc.
Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de contexto
• Grupo IV – indicadores
de contexto.
Contêm medidas de
caracterização que, não sendo
indicadores do estado de saúde,
determinantes individuais ou de
desempenho do sistema de
saúde, fornecem informação
contextual importante,
permitindo por ajustamento
comparar populações distintas.
Indicadores de saúde da Comunidade
Europeia e de Portugal: quadro comparativo
Os indicadores de saúde
da população nacional
podem ser analisados
comparativamente com
os da Comunidade
Europeia, permitindo
monitorizar e comparar
dados, avaliar o estado
de saúde e auxiliar na
definição e aplicação de
políticas mais saudáveis.
Ilídio André Costa, José Américo Barros,
Lucinda Motta, Maria dos Anjos Viana,
Rui Polónia
FIM

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  • 1. Ciências Naturais 9.o ano Ilídio André Costa, José Américo Barros, Lucinda Motta, Maria dos Anjos Viana, Rui Polónia
  • 2.
  • 3. Porque é importante a saúde individual e comunitária na qualidade de vida da população?
  • 4. O que se entende por saúde? A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença física.
  • 5. O que é a qualidade de vida? Qualidade de vida é a perceção individual sobre a sua posição na vida, num contexto cultural e num sistema de valores nos quais o indivíduo vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, metas e preocupações/interesses.
  • 6. Que domínios influenciam a qualidade de vida? Uma estrutura dimensional da qualidade de vida envolve quatro domínios: económico, biológico, cultural e psicológico.
  • 7. Qualidade de vida: domínio económico Domínio económico Bem-estar material: finanças, qualidade de habitação, transporte.
  • 8. Qualidade de vida: domínio biológico Domínio biológico Bem-estar físico: saúde, capacidade física, mobilidade, segurança pessoal.
  • 9. Qualidade de vida: domínio cultural Domínio cultural Bem-estar social: relações interpessoais, envolvimento comunitário.
  • 10. Qualidade de vida: domínio psicológico Domínio psicológico Bem-estar emocional: positivismo/otimismo, estatuto, respeito, saúde mental, stresse, fé, crença e autoestima.
  • 11. O que é a esperança de vida? A esperança de vida é o número médio de anos que uma pessoa, à nascença, pode esperar viver. Consideram-se várias esperanças de vida: – esperança de vida sem doença crónica; – esperança de vida de boa saúde.
  • 12. O que procura calcular a esperança de saúde? A esperança de saúde é um meio de determinar se uma vida mais longa é ou não acompanhada de um aumento do tempo vivido com boa saúde ou, por outro lado, de um aumento do tempo vivido com má saúde.
  • 13. O que se entende por anos potenciais de vida perdidos? Os anos potenciais de vida perdidos correspondem ao número de anos que, teoricamente, uma determinada população deixa de viver se morrer prematuramente (antes dos 70 anos).
  • 14. Quais são as classes de agentes ambientais que se podem considerar? • Podem ser: agentes físicos, químicos ou biológicos. • Os agentes ambientais consideram-se agentes patogénicos quando a sua dose provoca alterações ambientais capazes de desencadear doenças em pessoas, animais ou plantas.
  • 15. Agentes ambientais capazes de interferirem na saúde: agentes físicos Ruído: diminuição da audição, cefaleias. Vibrações: stresse, cefaleias. Temperaturas extremas: desidratação (temperaturas altas) e hipotermia (temperaturas baixas). Pressões anormais: dores de cabeça, náuseas. Radiações: cancro da pele, lesões oculares.
  • 16. Agentes ambientais capazes de interferirem na saúde: agentes químicos • Gases e vapores: cefaleias, envenenamento. • Poeiras, fumos e fibras de asbestos (amianto): asma, alergias, asbestose, dermatites.
  • 17. Agentes ambientais capazes de interferirem na saúde: agentes biológicos • Vírus: gripe, gastrenterite, hepatite e varicela. • Bactérias: acne, intoxicação alimentar, pneumonia, cárie. • Fungos: pé de atleta, onicomicose. • Outros parasitas: ascariose (helminta), paludismo (protozoário).
  • 18. Como se relaciona um agente patogénico biológico com o ser humano? Os agentes patogénicos biológicos estabelecem relações de parasitismo com o ser humano.
  • 19. Como é possível atingir especificidade na relação parasita-hospedeiro? Esta interação dinâmica resulta de fenómenos de coevolução – evolução simultânea de duas ou mais espécies, ou seja, a evolução de uma espécie torna-se parcialmente dependente da evolução da outra.
  • 20. Coevolução: relações de comensalismo e de mutualismo • O ser humano, a seguir ao nascimento, entra em contacto com uma grande diversidade de microrganismos que o rodeiam. • Estes microrganismos coevoluem com o indivíduo e, normalmente, não causam infeção, pelo contrário, defendem-no de outras infeções, estabelecendo com ele relações de comensalismo ou de mutualismo.
  • 21. Como se desenvolve o processo de coevolução de um parasita e do seu hospedeiro? • Existem seres vivos que parasitam o corpo humano, usando-o como hospedeiro, por exemplo, bactérias, fungos e lombrigas. • Infetam o hospedeiro e desenvolvem estratégias para ultrapassarem os seus mecanismos de defesa, que também vão sendo aperfeiçoados para combaterem os parasitas, num mecanismo de coevolução. • Quando as estratégias de defesa do parasita têm sucesso relativamente às do hospedeiro, este fica infetado e doente.
  • 22. Como se desenvolve o processo de coevolução de um parasita e do seu hospedeiro?
  • 24. O que é um antibiótico? • Um antibiótico é uma substância química, natural ou sintética, que tem a capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir, sem ter efeitos tóxicos para o ser vivo que o usa. • São prescritos para o tratamento de doenças causadas por bactérias e não para as causadas por vírus.
  • 25. Que benefícios decorrem do uso de antibióticos? • Usados com precaução, os antibióticos são uma ferramenta importante para impedir ou tratar doenças infeciosas. • O seu uso está indicado apenas em infeções bacterianas e seguindo rigorosamente a prescrição médica.
  • 26. Que riscos gera o uso indevido de antibióticos? O uso indevido de antibióticos - quando são tomados em excesso ou em situações para as quais são ineficazes - tem provocado um aumento da resistência bacteriana.
  • 27. Que riscos gera o uso indevido de antibióticos? Uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença de níveis terapêuticos desse antibiótico.
  • 29. O que são DNT – doenças não transmissíveis? As doenças não transmissíveis ou DNT são patologias caracterizadas pela ausência de microrganismos, ou seja, são doenças não infeciosas de longo curso clínico e irreversíveis.
  • 30. Que fatores de risco potenciam a ocorrência de DNT? A maioria das DNT está associada a fatores de risco que podem ser hereditários ou relacionados com os estilos de vida – conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia a dia que podem ser melhorados ao longo do ciclo de vida.
  • 31. Fatores de risco potenciadores de DNT: fatores hereditários
  • 32. Fatores de risco potenciadores de DNT: fatores relacionados com estilos de vida
  • 33. Determinantes de saúde individual e comunitária
  • 34. O que são determinantes de saúde? Os determinantes da saúde são fatores que têm grande influência na saúde individual e comunitária, além das características próprias com que cada indivíduo nasce.
  • 35. Que categorias de determinantes de saúde se encontram no Plano Nacional de Saúde (PNS)? Quatro categorias de determinantes da saúde: contexto demográfico e social, ambiente físico, dimensões individuais e acesso a serviços de saúde.
  • 36. Categorias de determinantes de saúde do PNS: contexto demográfico e social • Cultura, política, género, fatores socioeconómicos e capacidade comunitária.
  • 37. Categorias de determinantes de saúde do PNS: ambiente físico • Condições de vida e de trabalho.
  • 38. Categorias de determinantes de saúde do PNS: dimensões individuais • Legado genético e comportamentos.
  • 39. Categorias de determinantes de saúde do PNS: acesso a serviços de saúde
  • 40. Como se avalia o estado de saúde de uma população? • Através do recurso a indicadores de saúde.
  • 41. O que são indicadores de saúde? Os indicadores de saúde são instrumentos de medida que refletem, direta ou indiretamente, informações sobre as dimensões de saúde bem como os fatores que a determinam.
  • 42. Que vantagens podem resultar da utilização de indicadores de saúde europeus? Os indicadores de saúde da população nacional podem ser analisados comparativamente com os da União Europeia, para avaliar o estado de saúde e decidir as áreas onde é necessária uma intervenção mais rápida.
  • 43. Que tipo de indicadores de saúde se podem considerar na Comunidade Europeia (CE)? • A lista de indicadores de saúde da Comunidade Europeia (ECHI) permite monitorizar e comparar dados e decidir pela implementação de políticas mais saudáveis. • Consideram-se: fatores demográficos e socioeconómicos; estatísticas de saúde; determinantes da saúde; intervenções em matéria de saúde.
  • 44. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia: fatores demográficos e socioeconómicos Fatores demográficos e socioeconómicos – população, taxa de natalidade, taxa total de desemprego.
  • 45. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia: estatísticas de saúde Estatísticas de saúde – mortalidade infantil, lesões resultantes de acidentes de viação.
  • 46. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia: determinantes de saúde Determinantes da saúde – tabagismo, consumo/disponibilidade de fruta.
  • 47. Intervenções em matéria de saúde: serviços de saúde – vacinação, despesas de saúde, políticas em matéria de nutrição saudável. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia: intervenções em matéria de saúde – serviços de saúde
  • 48. Que grupos de indicadores de saúde constam do PNS? • Os indicadores de saúde em Portugal estão organizados em quatro grupos: • Grupo I – indicadores do estado de saúde; • Grupo II – indicadores de determinantes de saúde; • Grupo III – indicadores de desempenho do sistema de saúde; • Grupo IV – indicadores de contexto.
  • 49. Indicadores de saúde do PNS: indicadores do estado de saúde • Grupo I – indicadores do estado de saúde. Ex.: taxas de morbilidade e taxas de mortalidade específicas.
  • 50. Indicadores de saúde do PNS: indicadores de determinantes de saúde • Grupo II – indicadores de determinantes de saúde. Ex.: comportamentos, condições de vida e trabalho, recursos pessoais e ambientais.
  • 51. Indicadores de saúde do PNS: indicadores de desempenho do sistema de saúde • Grupo III – indicadores de desempenho do sistema de saúde. Ex.: acessibilidade a serviços de saúde, qualidade dos serviços, integração dos cuidados, eficiência, etc.
  • 52. Indicadores de saúde do PNS: indicadores de contexto • Grupo IV – indicadores de contexto. Contêm medidas de caracterização que, não sendo indicadores do estado de saúde, determinantes individuais ou de desempenho do sistema de saúde, fornecem informação contextual importante, permitindo por ajustamento comparar populações distintas.
  • 53. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia e de Portugal: quadro comparativo Os indicadores de saúde da população nacional podem ser analisados comparativamente com os da Comunidade Europeia, permitindo monitorizar e comparar dados, avaliar o estado de saúde e auxiliar na definição e aplicação de políticas mais saudáveis.
  • 54. Ilídio André Costa, José Américo Barros, Lucinda Motta, Maria dos Anjos Viana, Rui Polónia FIM