3. Porque é importante a saúde individual e
comunitária na qualidade de vida da população?
4. O que se entende por saúde?
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) define saúde
como um estado de
completo bem-estar físico,
mental e social e não
apenas a ausência de
doença física.
5. O que é a qualidade de vida?
Qualidade de vida é a
perceção individual sobre
a sua posição na vida, num
contexto cultural e num
sistema de valores nos
quais o indivíduo vive e
em relação aos seus
objetivos, expectativas,
metas e
preocupações/interesses.
6. Que domínios influenciam a qualidade de
vida?
Uma estrutura dimensional da qualidade de
vida envolve quatro domínios: económico,
biológico, cultural e psicológico.
7. Qualidade de vida: domínio económico
Domínio económico
Bem-estar material: finanças,
qualidade de habitação,
transporte.
9. Qualidade de vida: domínio cultural
Domínio cultural
Bem-estar social: relações
interpessoais, envolvimento
comunitário.
10. Qualidade de vida: domínio psicológico
Domínio psicológico
Bem-estar emocional:
positivismo/otimismo,
estatuto, respeito, saúde
mental, stresse, fé, crença e
autoestima.
11. O que é a esperança de vida?
A esperança de vida é o
número médio de anos que
uma pessoa, à nascença,
pode esperar viver.
Consideram-se várias
esperanças de vida:
– esperança de vida sem
doença crónica;
– esperança de vida de
boa saúde.
12. O que procura calcular a esperança de
saúde?
A esperança de saúde é um
meio de determinar se uma
vida mais longa é ou não
acompanhada de um
aumento do tempo vivido
com boa saúde ou, por
outro lado, de um aumento
do tempo vivido com má
saúde.
13. O que se entende por anos potenciais de
vida perdidos?
Os anos potenciais de vida
perdidos correspondem ao
número de anos que,
teoricamente, uma
determinada população deixa
de viver se morrer
prematuramente (antes dos
70 anos).
14. Quais são as classes
de agentes ambientais
que se podem
considerar?
• Podem ser: agentes físicos, químicos ou biológicos.
• Os agentes ambientais consideram-se agentes
patogénicos quando a sua dose provoca alterações
ambientais capazes de desencadear doenças em
pessoas, animais ou plantas.
15. Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes físicos
Ruído: diminuição da
audição, cefaleias.
Vibrações: stresse,
cefaleias.
Temperaturas extremas:
desidratação (temperaturas
altas) e hipotermia
(temperaturas baixas).
Pressões anormais: dores
de cabeça, náuseas.
Radiações: cancro da pele,
lesões oculares.
16. Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes químicos
• Gases e vapores: cefaleias,
envenenamento.
• Poeiras, fumos e fibras de
asbestos (amianto): asma,
alergias, asbestose,
dermatites.
17. Agentes ambientais capazes de interferirem na
saúde: agentes biológicos
• Vírus: gripe, gastrenterite,
hepatite e varicela.
• Bactérias: acne, intoxicação
alimentar, pneumonia, cárie.
• Fungos: pé de atleta,
onicomicose.
• Outros parasitas: ascariose
(helminta), paludismo
(protozoário).
18. Como se relaciona um agente
patogénico biológico com o ser humano?
Os agentes patogénicos
biológicos estabelecem
relações de parasitismo com
o ser humano.
19. Como é possível atingir especificidade
na relação parasita-hospedeiro?
Esta interação dinâmica resulta
de fenómenos de coevolução
– evolução simultânea de duas
ou mais espécies, ou seja, a
evolução de uma espécie
torna-se parcialmente
dependente da evolução da
outra.
20. Coevolução: relações de comensalismo e
de mutualismo
• O ser humano, a seguir
ao nascimento, entra em
contacto com uma grande
diversidade de
microrganismos que
o rodeiam.
• Estes microrganismos
coevoluem com o indivíduo
e, normalmente, não
causam infeção, pelo
contrário, defendem-no
de outras infeções,
estabelecendo com ele
relações de comensalismo
ou de mutualismo.
21. Como se desenvolve o processo de coevolução
de um parasita e do seu hospedeiro?
• Existem seres vivos que
parasitam o corpo humano,
usando-o como hospedeiro,
por exemplo, bactérias, fungos
e lombrigas.
• Infetam o hospedeiro e
desenvolvem estratégias para
ultrapassarem os seus
mecanismos de defesa, que
também vão sendo
aperfeiçoados para combaterem
os parasitas, num mecanismo
de coevolução.
• Quando as estratégias de defesa
do parasita têm sucesso
relativamente às do hospedeiro,
este fica infetado e doente.
24. O que é um antibiótico?
• Um antibiótico é uma
substância química, natural
ou sintética, que tem a
capacidade de impedir a
multiplicação de bactérias
ou de as destruir, sem ter
efeitos tóxicos para o ser
vivo que o usa.
• São prescritos para o
tratamento de doenças
causadas por bactérias e
não para as causadas por
vírus.
25. Que benefícios decorrem do uso de
antibióticos?
• Usados com precaução,
os antibióticos são uma
ferramenta importante
para impedir ou tratar
doenças infeciosas.
• O seu uso está indicado
apenas em infeções
bacterianas e seguindo
rigorosamente a
prescrição médica.
26. Que riscos gera o uso indevido
de antibióticos?
O uso indevido de antibióticos
- quando são tomados em
excesso ou em situações para
as quais são ineficazes - tem
provocado um aumento da
resistência bacteriana.
27. Que riscos gera o uso indevido
de antibióticos?
Uma bactéria é considerada
resistente a determinado
antibiótico quando continua
a multiplicar-se na presença
de níveis terapêuticos desse
antibiótico.
29. O que são DNT – doenças não
transmissíveis?
As doenças não transmissíveis
ou DNT são patologias
caracterizadas pela ausência
de microrganismos, ou seja,
são doenças não infeciosas de
longo curso clínico e
irreversíveis.
30. Que fatores de risco potenciam
a ocorrência de DNT?
A maioria das DNT está
associada a fatores de
risco que podem ser
hereditários ou
relacionados com os
estilos de vida –
conjunto de hábitos
e comportamentos de
resposta às situações
do dia a dia que podem
ser melhorados ao
longo do ciclo de vida.
34. O que são determinantes de saúde?
Os determinantes da saúde
são fatores que têm grande
influência na saúde individual
e comunitária, além das
características próprias com
que cada indivíduo nasce.
35. Que categorias de determinantes de saúde
se encontram no
Plano Nacional de Saúde (PNS)?
Quatro categorias de
determinantes da saúde:
contexto demográfico e social,
ambiente físico, dimensões
individuais e acesso a serviços
de saúde.
36. Categorias de determinantes de saúde do PNS:
contexto demográfico e social
• Cultura, política, género,
fatores socioeconómicos
e capacidade comunitária.
40. Como se avalia o estado de saúde
de uma população?
• Através do recurso a
indicadores de saúde.
41. O que são indicadores de saúde?
Os indicadores de saúde são
instrumentos de medida que
refletem, direta ou indiretamente,
informações sobre as dimensões de
saúde bem como os fatores que a
determinam.
42. Que vantagens podem resultar da utilização
de indicadores de saúde europeus?
Os indicadores de saúde da
população nacional podem
ser analisados
comparativamente com os da
União Europeia, para avaliar
o estado de saúde e decidir
as áreas onde é necessária
uma intervenção mais rápida.
43. Que tipo de indicadores de saúde se podem
considerar na Comunidade Europeia (CE)?
• A lista de indicadores de
saúde da Comunidade
Europeia (ECHI) permite
monitorizar e comparar dados
e decidir pela implementação
de políticas mais saudáveis.
• Consideram-se: fatores
demográficos e
socioeconómicos; estatísticas
de saúde; determinantes
da saúde; intervenções
em matéria de saúde.
44. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
fatores demográficos e socioeconómicos
Fatores demográficos e
socioeconómicos – população,
taxa de natalidade, taxa total
de desemprego.
45. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
estatísticas de saúde
Estatísticas de saúde –
mortalidade infantil, lesões
resultantes de acidentes
de viação.
46. Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
determinantes de saúde
Determinantes da saúde –
tabagismo,
consumo/disponibilidade
de fruta.
47. Intervenções em matéria de
saúde: serviços de saúde –
vacinação, despesas de saúde,
políticas em matéria de
nutrição saudável.
Indicadores de saúde da Comunidade Europeia:
intervenções em matéria de saúde –
serviços de saúde
48. Que grupos de indicadores de saúde
constam do PNS?
• Os indicadores de saúde
em Portugal estão organizados
em quatro grupos:
• Grupo I – indicadores
do estado de saúde;
• Grupo II – indicadores
de determinantes de saúde;
• Grupo III – indicadores
de desempenho do sistema
de saúde;
• Grupo IV – indicadores
de contexto.
49. Indicadores de saúde do PNS:
indicadores do estado de saúde
• Grupo I – indicadores
do estado de saúde.
Ex.: taxas de morbilidade
e taxas de mortalidade
específicas.
50. Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de determinantes de saúde
• Grupo II – indicadores
de determinantes de saúde.
Ex.: comportamentos,
condições de vida e trabalho,
recursos pessoais
e ambientais.
51. Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de desempenho do sistema
de saúde
• Grupo III – indicadores
de desempenho do sistema
de saúde.
Ex.: acessibilidade a serviços
de saúde, qualidade
dos serviços, integração
dos cuidados, eficiência, etc.
52. Indicadores de saúde do PNS:
indicadores de contexto
• Grupo IV – indicadores
de contexto.
Contêm medidas de
caracterização que, não sendo
indicadores do estado de saúde,
determinantes individuais ou de
desempenho do sistema de
saúde, fornecem informação
contextual importante,
permitindo por ajustamento
comparar populações distintas.
53. Indicadores de saúde da Comunidade
Europeia e de Portugal: quadro comparativo
Os indicadores de saúde
da população nacional
podem ser analisados
comparativamente com
os da Comunidade
Europeia, permitindo
monitorizar e comparar
dados, avaliar o estado
de saúde e auxiliar na
definição e aplicação de
políticas mais saudáveis.
54. Ilídio André Costa, José Américo Barros,
Lucinda Motta, Maria dos Anjos Viana,
Rui Polónia
FIM