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AS PRENDAS DO REI LEÃO
O Rei Leão ia dar uma grande festa e todos os animais
tinham de comparecer, porque um convite do rei era lei e
ninguém o podia recusar. Apenas a mulher do bode o
recusou.
-Oh, não! – disse a Sra Kudu – O que o Leão quer é
banquetear-se com os membros da nossa família. Como
podemos ter a certeza de que ele não nos vai comer se
formos à festa?
- Sim, sim, sim! – exclamaram em uníssono as outras
cabras.
- Então irei sozinho – disse Kudu- Se eu não for, poderemos
ter problemas.
- Sim, é melhor irmos – disse outro bode.
A cabra resfolegou furiosa e não mexeu um casco. Só a
velha Avó Cabra não conseguia resistir a um convite que
incluísse comida – mesmo que os outros pudessem acabar
por comê-la!
E os animais começaram a chegar. O Leopardo e o Coelho,
a Zebra e a Toupeira, o Elefante, a Doninha Fedorenta e a
Serpente. O Babuíno era demasiado curioso para estar
ausente; o Burro demasiado estúpido. O Coelho, o
Hipopótamo e o Lagarto também compareceram, tal como
a Hiena e o Chacal. Oh, sim – aquela era uma festa para
todos.
Começaram por dançar um bocadinho, com o Babuíno a
comandar as operações. Depois cantaram algumas
canções e o Chacal tinha uma voz bem afinada. A seguir,
comeram mel e beberam leite. Até o Leão, o Leopardo e o
Lince se juntaram aos outros no momento de comer, como
se não estivessem habituados ao gosto do sangue. Mas o
Leão decidira que, como anfitrião, não podia servir aos
convidados membros das suas próprias famílias.
- Prestem atenção, meus amigos! - disse o Leão, ao
esvaziar o pote de mel (pois um rei come em 1º lugar, e é
ele que come o último pedaço e pelo meio vai comendo
também – pelo que aos outros não restam senão as sobras
que vão apanhando aqui e ali).
- Prestem atenção – repetiu ele – Gostaria de dar a cada
um de vocês um presente como prova de que sou um rei
bom.
- Obrigado, obrigado, obrigado – gritaram os animais e
todos se chegaram à frente, com medo de que os outros
recebessem o melhor presente antes de chegar a sua vez.
- Calma! – rugiu o Leão. - Os apressados não receberão
nada; e os gananciosos serão os últimos a receber os
presentes.
Ditas estas palavras, as coisas acalmaram um pouco.
- Todos aqueles que gostariam de ter chifres – disse o Leão
-cheguem-se para o lado.
- Chifres? – perguntou o Kudu aos seus amigos. – Não
acham que devíamos ficar bonitos com chifres?
- Sim, sim, sim – gritou o bode e chegou-se para o lado.
- Aproxima-te – disse o Leão, enquanto lhe colocava os
chifres na cabeça. – Mas a Cabra, que não quis vir, não
receberá nada.
O Elefante viu o Bode a exibir-se e atirou-se para a frente
com todo o seu peso colossal a fim de se aproximar do
Leão.
- Eu também quero chifres – disse ele e escolheu um par
de chifres brancos com a boca.
- Invejoso – rugiu o Leão. – Por teres sido tão invejoso, os
chifres ficarão colados à tua boca e não os poderás
ostentar na cabeça como o Bode.
- Ai, meu Deus – arfou o Elefante – Agora o meu nariz é
demasiado pequeno. Não consigo… Não consigo… Não
consigo respirar!
- Toma lá isto! – disse o Leão e puxou o Elefante pelo nariz
até o deixar quase a arrastar pelo chão. – Está melhor
assim?
- Obrigado – balbuciou o Elefante e afastou-se arrastando
os pés, com os seus dentes de marfim e o nariz pendente.
Mas ainda faltava fazer uma coisa com a pilha de chifres,
pois o Rinoceronte andava por ali a meter o nariz.
- Muito bem! - disse o Leão -Uma vez que gostas de meter
ai o nariz, vou colar-te os chifres ao nariz.
- Oh, não! Nem pensar! - recusou o Rinoceronte, e virou-
se ao Rei. Mas o Leão fez-lhe uma careta tão ameaçadora
que o Rinoceronte perdeu a ponta de um dos chifres e
semicerrou os olhos cheio de medo. E é por isso que, ainda
hoje, o Rinoceronte vê tão mal e tem uns chifres
esquisitos.
Depois, dirigindo-se à pilha seguinte, o Leão disse:
- Aqui temos umas belas e grandes orelhas!
Como todos sabemos, os animais são como as crianças:
não gostam de ter orelhas grandes. Mas o Leão já segurava
2 orelhas compridas na mão, e estava disposto a larga-las,
porque era o Rei.
- Tomem lá estas! – disse ele e colocou-as nos 2 primeiros
animais ao seu alcance. Eram o Macaco e o Coelho. Eles
não tiveram alternativa, a não ser agradecer.
- Quem quer roupas bonitas? – perguntou o Leão.
Esta pergunta criou grande alvoroço entre os animais. O
Leão manteve-os debaixo de olho, porque os animais
gostam de se exibir. Cada um queria parecer mais bem
vestido do que o outro.
O Leopardo escolheu um fato ás bolas. A Zebra um casaco
às riscas. Mas o Cavalo e a Vaca contaram uma longa
história.
- Nós trabalhamos na quinta – disse o Cavalo.
- E temos de andar limpos todos os dias – acrescentou a
Vaca.
- Um único fato não será suficiente – disse o Cavalo.
- Não queremos que o dono da quinta faça troça de nós –
acrescentou a Vaca.
- Está bem, está bem - disse o Leão, que achou graça ao ar
emproado do Cavalo, e a Vaca tinha uma voz tão doce que
conseguia enternecer até o coração de um Rei –
Aproximem-se!
O Cavalo foi o primeiro. E teve direito a vários fatos:
sarapintado de cinzento e castanho, outro pintalgado de
castanho-escuro e branco neve, e até um fato preto como
a noite.
- Muito obrigado – agradeceu o Cavalo, enquanto se
afastava a galope. Mas depois cansou-se de vestir e despir
tantos fatos e distribui-os pelos filhos. E é por isso que,
ainda hoje, cada cavalo tem apenas um fato, mas todos os
cavalos parecem diferentes.
A Vaca recebeu um vestido às cores, um casaco vermelho
e um belo fato domingueiro preto. Mas acabou por fazer o
mesmo que o cavalo e deu tudo aos filhos.
Enquanto o Leão ainda andava a tratar da Vaca, ouviu-se
uma voz entre a multidão:
- Então e eu? Não dê tudo ao Cavalo e à Vaca! – gritou a
Girafa.
- Que indelicadeza! – protestou o Leão. – Como te atreves
a gritar com o teu Rei? Como castigo nunca mais voltarás
a falar! – E foi assim que a Girafa perdeu a fala.
Para mostrar aos animais que não gostava de pressas, o
Leão dirigiu-se de novo à pilha dos chifres e escolheu um
par para dar à Vaca, a condizer com todas as roupas que
lhe dera.
- Muito obrigada – disse a Vaca agradecida e afastou-se
com as prendas que recebera.
Mas a Girafa parecia muito infeliz e ainda que não pudesse
dizer uma única palavra, o Leão sentiu pena dela.
- Aqui tens um fato especial para ti – disse o Rei – e um par
de chifres a condizer.
A Girafa vestiu o fato e os chifres que acabara de receber
e ficou mais bonita. O Leão mirou-a da cabeça aos pés e
acrescentou.
- Vou dar-te um pescoço bem comprido que te permita ver
os inimigos à distância. E longas pernas para que possas
fugir rapidamente.
A Girafa ficou deliciada e afastou-se a trote toda contente.
Quando o Leão se preparava para uma nova ronda, algo se
mexeu entre as suas patas.
- Eh! – gritou ele, dando um salto no ar, e antes que o
culpado pudesse fugir, pôs-lhe uma pata em cima.
Era o Lagarto, que lá conseguiu libertar-se das garras do
Leão, com a cabeça cheia de nódoas negras, de um tom
azulado.
- Tu é que tens a culpa – disse o Leão. – A partir de agora a
tua cabeça ficará azul.
O Leão começou a impacientar-se, porque o sol já descia
no horizonte e o estômago começava a dar sinal. O leite e
o mel não são a comida mais adequada para o Rei dos
animais. E então os animais puderam escolher aquilo de
que mais gostavam. O Babuíno escolheu uma cauda que
parecia uma foice. O Coelho e a Toupeira escolheram
caudas compridas e fininhas, mas cansaram-se delas e
foram enterra-la. E ficaram sem caudas novas.
A Cabra escolheu umas barbas e antes que a Avó Cabra
tivesse tempo de perceber o que se estava a passar, já
tinha barbas também. Os animais desataram a rir, mas o
Leão apressou-os e exclamou:
O seguinte! Aproxime-se o seguinte!
O Hipopótamo foi contemplado com 4 dentes gigantescos,
e a Serpente ganhou por acaso a cabaça de ervas
medicinais que o Leão roubara a um caçador. De um só
trago, a serpente bebeu a mistela, que começou a
fermentar, transforando-se em veneno e a única coisa que
a Serpente queria era morder.
- Cortem-lhe as pernas! - gritou o Leão. Mas isso não
melhorou a situação. A Serpente ficou tão assustada que
fugiu a rastejar e ainda hoje morde tudo o que encontra e
o seu veneno é mais perigoso que nunca.
A Doninha Fedorenta, por sua vez ganhou o frasco de
perfume da Sra Leoa e despejou todo o conteúdo do frasco
sobre o corpo. E que cheiro! Os animais taparam os narizes
e apanharam tudo o que puderam: chifres, cascos, caudas
que abanam retiraram-se apressadamente.
Cansado de tanto esforço, o Leão olhou à sua volta, mas
já só restavam um lamento e uma gargalhada.
A Hiena e o Chacal tiveram de se contentar com o que
sobrava. E é por isso que ainda hoje a Hiena tem a
gargalhada mais sonora de todos os animais e não há
nenhum cujos lamentos superem os do Chacal.
Quando a velha Tartaruga chegou ao local em que os
presentes tinham sido distribuídos, já não havia nada à
vista – nem animais nem presentes. E é por isso que ainda
hoje a Tartaruga se arrasta com a carapaça que o Crocodilo
fez para ela. E a Rã vive praticamente nua na água, porque
sentiu tanto calor enquanto estava à espera, que foi nadar
um pouco e entretanto alguém lhe roubou a roupa. E é por
isso que é tão tímida e sente vergonha de aparecer aos
outros animais. Sempre que está a apanhar um pouco de
sol e ouve alguma coisa a mexer, mergulha imediatamente
na água. Mas à noite, quando está bem escuro, ela e as
irmãs saem da água e podemos ouvi-las a queixarem-se:
-Onde? Onde? Onde? – queixa-se uma.
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As prendas do rei leão

  • 1.
  • 2. AS PRENDAS DO REI LEÃO O Rei Leão ia dar uma grande festa e todos os animais tinham de comparecer, porque um convite do rei era lei e ninguém o podia recusar. Apenas a mulher do bode o recusou. -Oh, não! – disse a Sra Kudu – O que o Leão quer é banquetear-se com os membros da nossa família. Como podemos ter a certeza de que ele não nos vai comer se formos à festa? - Sim, sim, sim! – exclamaram em uníssono as outras cabras. - Então irei sozinho – disse Kudu- Se eu não for, poderemos ter problemas. - Sim, é melhor irmos – disse outro bode. A cabra resfolegou furiosa e não mexeu um casco. Só a velha Avó Cabra não conseguia resistir a um convite que incluísse comida – mesmo que os outros pudessem acabar por comê-la!
  • 3. E os animais começaram a chegar. O Leopardo e o Coelho, a Zebra e a Toupeira, o Elefante, a Doninha Fedorenta e a Serpente. O Babuíno era demasiado curioso para estar ausente; o Burro demasiado estúpido. O Coelho, o Hipopótamo e o Lagarto também compareceram, tal como a Hiena e o Chacal. Oh, sim – aquela era uma festa para todos. Começaram por dançar um bocadinho, com o Babuíno a comandar as operações. Depois cantaram algumas canções e o Chacal tinha uma voz bem afinada. A seguir, comeram mel e beberam leite. Até o Leão, o Leopardo e o Lince se juntaram aos outros no momento de comer, como se não estivessem habituados ao gosto do sangue. Mas o Leão decidira que, como anfitrião, não podia servir aos convidados membros das suas próprias famílias. - Prestem atenção, meus amigos! - disse o Leão, ao esvaziar o pote de mel (pois um rei come em 1º lugar, e é ele que come o último pedaço e pelo meio vai comendo também – pelo que aos outros não restam senão as sobras que vão apanhando aqui e ali).
  • 4. - Prestem atenção – repetiu ele – Gostaria de dar a cada um de vocês um presente como prova de que sou um rei bom. - Obrigado, obrigado, obrigado – gritaram os animais e todos se chegaram à frente, com medo de que os outros recebessem o melhor presente antes de chegar a sua vez. - Calma! – rugiu o Leão. - Os apressados não receberão nada; e os gananciosos serão os últimos a receber os presentes. Ditas estas palavras, as coisas acalmaram um pouco. - Todos aqueles que gostariam de ter chifres – disse o Leão -cheguem-se para o lado. - Chifres? – perguntou o Kudu aos seus amigos. – Não acham que devíamos ficar bonitos com chifres? - Sim, sim, sim – gritou o bode e chegou-se para o lado. - Aproxima-te – disse o Leão, enquanto lhe colocava os chifres na cabeça. – Mas a Cabra, que não quis vir, não receberá nada.
  • 5. O Elefante viu o Bode a exibir-se e atirou-se para a frente com todo o seu peso colossal a fim de se aproximar do Leão. - Eu também quero chifres – disse ele e escolheu um par de chifres brancos com a boca. - Invejoso – rugiu o Leão. – Por teres sido tão invejoso, os chifres ficarão colados à tua boca e não os poderás ostentar na cabeça como o Bode. - Ai, meu Deus – arfou o Elefante – Agora o meu nariz é demasiado pequeno. Não consigo… Não consigo… Não consigo respirar! - Toma lá isto! – disse o Leão e puxou o Elefante pelo nariz até o deixar quase a arrastar pelo chão. – Está melhor assim? - Obrigado – balbuciou o Elefante e afastou-se arrastando os pés, com os seus dentes de marfim e o nariz pendente. Mas ainda faltava fazer uma coisa com a pilha de chifres, pois o Rinoceronte andava por ali a meter o nariz.
  • 6. - Muito bem! - disse o Leão -Uma vez que gostas de meter ai o nariz, vou colar-te os chifres ao nariz. - Oh, não! Nem pensar! - recusou o Rinoceronte, e virou- se ao Rei. Mas o Leão fez-lhe uma careta tão ameaçadora que o Rinoceronte perdeu a ponta de um dos chifres e semicerrou os olhos cheio de medo. E é por isso que, ainda hoje, o Rinoceronte vê tão mal e tem uns chifres esquisitos. Depois, dirigindo-se à pilha seguinte, o Leão disse: - Aqui temos umas belas e grandes orelhas! Como todos sabemos, os animais são como as crianças: não gostam de ter orelhas grandes. Mas o Leão já segurava 2 orelhas compridas na mão, e estava disposto a larga-las, porque era o Rei. - Tomem lá estas! – disse ele e colocou-as nos 2 primeiros animais ao seu alcance. Eram o Macaco e o Coelho. Eles não tiveram alternativa, a não ser agradecer. - Quem quer roupas bonitas? – perguntou o Leão.
  • 7. Esta pergunta criou grande alvoroço entre os animais. O Leão manteve-os debaixo de olho, porque os animais gostam de se exibir. Cada um queria parecer mais bem vestido do que o outro. O Leopardo escolheu um fato ás bolas. A Zebra um casaco às riscas. Mas o Cavalo e a Vaca contaram uma longa história. - Nós trabalhamos na quinta – disse o Cavalo. - E temos de andar limpos todos os dias – acrescentou a Vaca. - Um único fato não será suficiente – disse o Cavalo. - Não queremos que o dono da quinta faça troça de nós – acrescentou a Vaca. - Está bem, está bem - disse o Leão, que achou graça ao ar emproado do Cavalo, e a Vaca tinha uma voz tão doce que conseguia enternecer até o coração de um Rei – Aproximem-se! O Cavalo foi o primeiro. E teve direito a vários fatos: sarapintado de cinzento e castanho, outro pintalgado de
  • 8. castanho-escuro e branco neve, e até um fato preto como a noite. - Muito obrigado – agradeceu o Cavalo, enquanto se afastava a galope. Mas depois cansou-se de vestir e despir tantos fatos e distribui-os pelos filhos. E é por isso que, ainda hoje, cada cavalo tem apenas um fato, mas todos os cavalos parecem diferentes. A Vaca recebeu um vestido às cores, um casaco vermelho e um belo fato domingueiro preto. Mas acabou por fazer o mesmo que o cavalo e deu tudo aos filhos. Enquanto o Leão ainda andava a tratar da Vaca, ouviu-se uma voz entre a multidão: - Então e eu? Não dê tudo ao Cavalo e à Vaca! – gritou a Girafa. - Que indelicadeza! – protestou o Leão. – Como te atreves a gritar com o teu Rei? Como castigo nunca mais voltarás a falar! – E foi assim que a Girafa perdeu a fala. Para mostrar aos animais que não gostava de pressas, o Leão dirigiu-se de novo à pilha dos chifres e escolheu um
  • 9. par para dar à Vaca, a condizer com todas as roupas que lhe dera. - Muito obrigada – disse a Vaca agradecida e afastou-se com as prendas que recebera. Mas a Girafa parecia muito infeliz e ainda que não pudesse dizer uma única palavra, o Leão sentiu pena dela. - Aqui tens um fato especial para ti – disse o Rei – e um par de chifres a condizer. A Girafa vestiu o fato e os chifres que acabara de receber e ficou mais bonita. O Leão mirou-a da cabeça aos pés e acrescentou. - Vou dar-te um pescoço bem comprido que te permita ver os inimigos à distância. E longas pernas para que possas fugir rapidamente. A Girafa ficou deliciada e afastou-se a trote toda contente. Quando o Leão se preparava para uma nova ronda, algo se mexeu entre as suas patas. - Eh! – gritou ele, dando um salto no ar, e antes que o culpado pudesse fugir, pôs-lhe uma pata em cima.
  • 10. Era o Lagarto, que lá conseguiu libertar-se das garras do Leão, com a cabeça cheia de nódoas negras, de um tom azulado. - Tu é que tens a culpa – disse o Leão. – A partir de agora a tua cabeça ficará azul. O Leão começou a impacientar-se, porque o sol já descia no horizonte e o estômago começava a dar sinal. O leite e o mel não são a comida mais adequada para o Rei dos animais. E então os animais puderam escolher aquilo de que mais gostavam. O Babuíno escolheu uma cauda que parecia uma foice. O Coelho e a Toupeira escolheram caudas compridas e fininhas, mas cansaram-se delas e foram enterra-la. E ficaram sem caudas novas. A Cabra escolheu umas barbas e antes que a Avó Cabra tivesse tempo de perceber o que se estava a passar, já tinha barbas também. Os animais desataram a rir, mas o Leão apressou-os e exclamou: O seguinte! Aproxime-se o seguinte! O Hipopótamo foi contemplado com 4 dentes gigantescos, e a Serpente ganhou por acaso a cabaça de ervas
  • 11. medicinais que o Leão roubara a um caçador. De um só trago, a serpente bebeu a mistela, que começou a fermentar, transforando-se em veneno e a única coisa que a Serpente queria era morder. - Cortem-lhe as pernas! - gritou o Leão. Mas isso não melhorou a situação. A Serpente ficou tão assustada que fugiu a rastejar e ainda hoje morde tudo o que encontra e o seu veneno é mais perigoso que nunca. A Doninha Fedorenta, por sua vez ganhou o frasco de perfume da Sra Leoa e despejou todo o conteúdo do frasco sobre o corpo. E que cheiro! Os animais taparam os narizes e apanharam tudo o que puderam: chifres, cascos, caudas que abanam retiraram-se apressadamente. Cansado de tanto esforço, o Leão olhou à sua volta, mas já só restavam um lamento e uma gargalhada. A Hiena e o Chacal tiveram de se contentar com o que sobrava. E é por isso que ainda hoje a Hiena tem a gargalhada mais sonora de todos os animais e não há nenhum cujos lamentos superem os do Chacal. Quando a velha Tartaruga chegou ao local em que os presentes tinham sido distribuídos, já não havia nada à vista – nem animais nem presentes. E é por isso que ainda hoje a Tartaruga se arrasta com a carapaça que o Crocodilo fez para ela. E a Rã vive praticamente nua na água, porque sentiu tanto calor enquanto estava à espera, que foi nadar um pouco e entretanto alguém lhe roubou a roupa. E é por isso que é tão tímida e sente vergonha de aparecer aos outros animais. Sempre que está a apanhar um pouco de
  • 12. sol e ouve alguma coisa a mexer, mergulha imediatamente na água. Mas à noite, quando está bem escuro, ela e as irmãs saem da água e podemos ouvi-las a queixarem-se: -Onde? Onde? Onde? – queixa-se uma. -Roupa! Roupa! Roupa! – queixam-se as outras.