A Carta à Igreja de Sardes critica a igreja por estar "morta" espiritualmente, apesar de ter boa reputação externamente. Havia poucos membros fiéis. Cristo instrui a igreja a se arrepender e promete vestir os fiéis de branco e manter seus nomes no Livro da Vida. A mensagem serve de alerta para qualquer igreja ou cristão que deixe morrer seu fervor inicial.
1. CARTA À IGREJA DE SARDES
A Igreja de Sardes era uma comunidade Cristã do primeiro século
que ficava na Ásia Menor. A Bíblia registra a Carta à Igreja de Sardes
no livro do Apocalipse. (Ap. 3. 1-6).
Sardes, a cidade na qual aquela comunidade Cristã estava
localizada, era uma cidade muito antiga. Em seus tempos áureos, os
cidadãos de Sardes se orgulhavam do fato de a cidade ser uma
verdadeira fortaleza. Na verdade, por muito tempo Sardes foi uma
cidade praticamente inconquistável, fortificada naturalmente por
formações montanhosas.
Mas nos tempos bíblicos do Novo Testamento, Sardes já não
vivia mais os seus melhores dias, embora ainda tivesse alguma
importância Comercial e Militar como parte da província Romana da
Ásia Menor. Como em out ras cidades do Império Romano, Sardes
era uma cidade idólatra.
Em Sardes, a Religião Romana era difundida, e a cidade era um
centro de culto a Artemis.
A CARTA À IGREJA DE SARDES
As Cartas de Cristo às sete Igrejas do Apocalipse seguem um
padrão. Elas trazem uma SAUDAÇÃO inicial, um ELOGIO, uma
CRÍTICA, uma INSTRUÇÃO e uma PROMESSA. Apenas a Igreja de
2. Esmirna e a Igreja de Filadélfia não são criticadas; enquanto que
somente a Igreja de Laodiceia é a única comunidade que não é
elogiada.
Então a Igreja de Sardes é ELOGIADA, CRITICADA, INSTRUÍDA
E CONFORTADA com uma maravilhosa promessa da parte do Senhor.
No entanto, a Igreja de Sardes recebe uma das CRÍTICAS mais severas
de Cristo: a Igreja de Sardes ERA UMA IGREJA MORTA!
PRIMEIRO, o Senhor se apresentou à Igreja de Sardes dizendo
que Ele é aquele que tem “os sete Espíritos de Deus e as sete
estrelas” (Ap.3.1).
O número 7 na linguagem simbólica do Apocalipse, indica uma
completude. Essa expressão é uma referência à plenitude do Espírito
Santo, O ÚNICO QUE PODE REVIVER UMA IGREJA MORTA.
Já a expressão “sete estrelas” é uma referência aos Ministros
do Evangelho que são designados como instrumentos para a
proclamação da Palavra de Deus que gera vida nova na Igreja (cf. Ap
1. 20).
Após sua saudação inicial, o Senhor Jesus identificou o grande
problemada Igreja de Sardes: “Conheço as tuas obras, que tens nome
que vives e estás morto” (Ap. 3. 1).
3. A Igreja de Sardes tinha uma boa reputação diante dos homens,
e uma péssima reputação diante de Deus.
SARDES ERA UMA IGREJA QUE VIVIA DE APARÊNCIAS.
Enquanto as pessoas visualizavam na Igreja de Sardes uma Aparência
Externa de Espiritualidade, Deus enxergava a APATIA ESPIRITUAL
que era a verdadeira condição intima daquela Igreja.
A Igreja de Sardes tinha falhado em ser o Candeeiro através do
qual o Evangelho brilha para o mundo. Sardes era uma Igreja que não
incomodava o mundo.
Ao invés de influenciar a cultura de sua época, a Igreja de Sardes
é que era influenciada pela cultura mundana. A VERDADE É QUE A
IGREJA DE SARDES TINHA FALHADO EM SER IGREJA.
A INSTRUÇÃO À IGREJA DE SARDES
APÓS A DURA REPREENSÃO, GRACIOSAMENTE O SENHOR
DEU MAIS UMA OPORTUNIDADE À IGREJA DE SARDES. Cristo
chamou os Crentes de Sardes ao arrependimento. Aquela Igreja tinha
de mudar radicalmente; ERA PRECISO DESPERTAR E FORTALECER
O POUCO QUE ESTAVA PRESTES A MORRER.
A urgênciadisso ficou claro quando Cristo afirmou que não tinha
achado íntegras as obras da Igreja de Sardes na presença de Deus
(Ap 3. 2).
4. Exteriormente, a Igreja de Sardes contava com todos os
Costumes Religiosos, as Tradições e as Formalidades.
Mas seu culto era vazio; sua Adoração era Superficial; seu
Comprometimento com a Obra do Senhor não era Real. Sardes era
uma Igreja de obras incompletas diante de Deus!
ENTÃO JESUS ACONSELHOU A IGREJA DE SARDES A SE
LEMBRAR, A GUARDAR E A VIVER DE ACORDO COM O
VERDADEIRO EVANGELHO QUE OUTRORA TINHA RECEBIDO. Mas
se a Igreja não vigiasse, Cristo haveria de vir contra ela como um
ladrão (Ap. 3. 3).
Sem dúvida os habitantes da cidade de Sardes podiam entender
muito bem a Analogia de ser surpreendido por um ladrão.
Embora aquela cidade tivesse fama de intransponível, ela foi
invadida furtivamente pelo menos duas vezes em tempos de guerra.
A ideia era que da mesma forma como a cidade de Sardes foi
surpreendida pela destruição repentina algumas vezes, a Igreja Cristã
daquela cidade experimentaria algo semelhante se não se
arrependesse verdadeiramente.
Inclusive, essa advertência mostra quão próxima do mundo a
Igreja de Sardes estava, pois na Bíblia Cristo vem como um ladrão
apenas para os incrédulos (cf. 1 Tessalonicenses 5. 2-4).
5. A PROMESSA À IGREJA DE SARDES
A Carta à Igreja de Sardes termina com uma Maravilhosa
Promessa ao Remanescente Fiel.
Primeiro, Cristo disse que apesar do Ambiente de Morte
Espiritual que caracterizava a Igreja de Sardes, havia ali “umas poucas
pessoas que não contaminaram suas vestiduras” (Ap. 3. 4).
Essas pessoas, sem dúvida, eram Crentes genuínos que não
tinham sido conformados ao mundo; eram luzes que brilhavam solitárias
nas trevas de Sardes. Inclusive, nessa frase a expressão grega possui
o sentido de que havia naquela Igreja uns poucos nomes que ainda
eram fiéis a Deus, indicando que o Senhor conhece os que são seus
pessoalmente e nominalmente (cf. 2 Timóteo 2. 19).
Então Jesus prometeu a esses poucos Cristãos verdadeiros que
não tinham contaminado suas vestes com o mundo, que em breve eles
estariam andando de branco na glória juntamente com Ele (Apocalipse
3. 4). Os vencedores da Igreja de Sardes seriam vestidos de roupas
brancas, uma indicação de santidade, pureza e perfeição. Além disso,
o Senhor Jesus prometeu que jamais apagaria seus nomes do Livro
do Vida.
É importante entender que aqui Jesus fez uma promessa, não
uma ameaça. Os verdadeiros Cristãos pertencem ao Senhor, e a
6. verdade é que Ele próprio confessará os seus nomes diante do Pai e
diante dos anjos na glória celestial (Apocalipse 3.5).
Por fim, podemos dizer que a correção e a promessa do Senhor
à Igreja de Sardes, não ficaram restritas apenas àquela comunidade
Cristã, mas são válidas e aplicáveis aos Crentes de todas as épocas e
lugares.
Sardes representa igrejas e cristãos que que envelheceram na
sua fé e deixaram morrer seu vigor com o tempo (Efésios 5. 27). Se
acomodaram até mesmo com sua prosperidade.
Em hebraico, o nome Sardes se parece com a palavra “sarid”
ְׁש א
ֵ ִר י
ת, que significa ‘o que escapou’, ou seja, o remanescente.
Embora o nome original da cidade não tenha ligação direta com
a língua hebraica, alguns escritores fazem um paralelo para dizer que
esta é uma mensagem para “umas poucas pessoas que não
contaminaram as suas vestiduras” (Apocalipse 3. 4), aqueles fiéis que
permaneceram fiéis3.
Uma Igreja morta, sem vida e sem alegria, não faz diferença na
sociedade e não incomoda o inimigo. Vive de aparências repetindo
rituais religiosos e tradições humanas.
EVANGÉLICOS NOMINAIS: Segundo o censo do IBGE, o número
de pessoas desviadas das igrejas passaram de 4% do total de
7. evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de 4 milhões de
desigrejados ou sem compromisso.
Não deixe sua fé morrer!
CONCLUSÃO
A Igreja precisa se renovar a cada dia para não deixar morrer o
seu amor. Do mesmo modo cada cristão precisa nutrir sua vida
espiritual para não ficar morto espiritualmente.
Busque renovo espiritual!