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Universidade Federal do Ceará – UFC
Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE
Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM
Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM
Informações para o Uso de
Medicamentos na Gravidez e
Lactação
Informações para o Uso de Medicamentos na
Gravidez e Lactação
Fortaleza – CE
Agosto 2008
Universidade Federal do Ceará – UFC
Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE
Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM
Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
2
Elaboração e Informações:
GRUPO DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE MEDICAMENTOS – GPUIM
Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Enfermagem e Odontologia.
Departamento de Farmácia
Rua Capitão Francisco Pedro, n° 1210, 2° andar, sala do GPUIM, Rodolfo Teófilo
CEP: 60431-32, Fortaleza – CE
Tel.: (85) 3366 – 8276 (fone/fax); 3366 – 8293
E-mail: cimufc@ufc.br
Revisão técnica geral: Farm. Luis Davi Alves Lima
U51i Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e
Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de
Medicamentos.
Informações para o uso de medicamentos na gravidez e lactação. /
Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e
Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos.
Coordenação Mirian Parente Monteiro. Fortaleza - CE, 2008.
112p.
1. Uso de medicamentos. 2. Gravidez. 3. Lactação. I. Monteiro, Mirian
Parente (Coord.). II. Título.
CDD 615.1
EQUIPE ELABORADORA:
Coordenadora: Mirian
Parente Monteiro
Farmacêuticos:
Ana Cláudia de Brito Passos
Camila Peixoto de Lima Freire
Eudiana Vale Francelino
Germano Paulino Dias
Henry Pablo Lopes Campos e
Reis
Larisse Mota Marques
Luis Davi Alves Lima
Estudantes de Farmácia:
Antônio Átila de Sousa
Danúsio Pinheiro Sartori
Luiz Henrique Portácio dos
Santos
Marina dos Santos Garruti de
Medeiros
Priscilla Moreira Bessa
Apoio: Conselho Regional de Farmácia (CRF – CE)
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
3
ÍNDICE
PREFÁCIO................................................................................................8
INTRODUÇÃO..........................................................................................10
CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E
CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO...................................15
MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO....................................20
SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE
DOENÇAS.............................................................................20
1. Anestésicos e Adjuvantes...............................................................20
1.1 Anestésicos Gerais....................................................................20
1.2 Anestésicos Locais.....................................................................22
1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e
Anticolinesterásicos..................................................................22
2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da
Enxaqueca......................................................................................24
2.1 Analgésicos e Antipiréticos.......................................................24
2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas........................................24
2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca.................................25
3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da
Gota...............................................................................................26
3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides.............................................26
3.2 Antiinflamatórios Esteróides.....................................................26
3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios
Reumatóides e Adjuvantes........................................................27
3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota...................28
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
4
4. Antialérgicos e medicamentos usados em anafilaxia.....................29
5. Antiinfectantes..............................................................................30
5.1 Antibacterianos........................................................................30
5.2 Antifúngicos Sistêmicos...........................................................45
5.3 Antifúngicos Tópicos................................................................46
5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose.............................47
5.5 Antivirais..................................................................................48
5.6 Antiparasitários.......................................................................52
5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes..........................58
6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias....................59
6.1 Antineoplásicos.......................................................................59
6.2 Terapia Hormonal...................................................................62
6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica.............................62
7. Imunossupressores e Imunoterápicos...........................................64
7.1 Imunossupressores..................................................................64
7.2 Vacinas e Toxóides...................................................................65
7.3 Soros e Imunoglobulinas..........................................................70
8. Medicamentos e Antídotos Usados em Intoxicaçõees
Exógenas.......................................................................................72
8.1 Não-Específicos........................................................................72
8.2 Específicos................................................................................73
9. Soluções Hidroelétricas e Corretoras do Equilíbrio Ácido-
básico...........................................................................................75
10.Vitaminas e Substâncias Minerais.................................................76
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
5
SEÇÃO B. MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE ÓRGÃOS E
SISTEMAS ORGÂNICOS........................................................77
11. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Nervoso Central e
Periférico......................................................................................77
11.1 Anticonvulsivantes..................................................................77
11.2 Antidepressivos e Estabilizadores de Humor..........................78
11.3 Antiparkinsonianos.................................................................79
11.4 Antipsicóticos..........................................................................79
11.5 Ansiolíticos e Hipno-Sedativo..................................................80
12. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Cardiovascular e
Renal............................................................................................80
12.1 Medicamentos Utilizados na Insuficiência Cardíaca...............80
12.2 Medicamentos Antiarrítmicos.................................................81
12.3 Medicamentos Usados em Cardiopatia Isquêmica.................82
12.4 Anti-Hipertensivos...................................................................84
12.5 Diuréticos.................................................................................86
12.6 Medicamentos Usados no Choque Cardiovascular..................86
12.7 Hipolipemiante.........................................................................87
13. Medicamentos que Atuam Sobre o Sangue..................................87
13.1 Antianêmicos............................................................................87
13.2 Anticoagulantes e Antagonistas...............................................88
13.3 Antiagregante Plaquetário.......................................................89
13.4 Fatores de Coagulação e Relacionados....................................89
13.5 Frações do Plasma para Fins Específicos.................................90
13.6 Expansor Volêmico..................................................................90
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
6
13.7 Trombolítico............................................................................90
14. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Digestivo.................90
14.1 Antiácidos................................................................................90
14.2 Anti-secretores........................................................................91
14.3 Antimicrobianos (erradicação de Helicobacter pylori)............91
14.4 Antieméticos e Agentes Prócinéticos......................................92
14.5 Antidiarréico Sintomático........................................................93
14.6 Laxativos..................................................................................93
14.7 Outros......................................................................................93
15. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Respiratório............94
15.1 Antiasmáticos..........................................................................94
15.2 Agentes Tensoativos Pulmonares e Outros que Atuam na
Síndrome do Desconforto Respiratório em Neonatos.............94
15.3 Preparações Nasais..................................................................95
16. Medicamentos que Atuam Sobre os Sistemas Endócrino e
Reprodutor....................................................................................95
16.1 Hormônios Hipofisários e Relacionados...................................95
16.2 Hormônio Tireoidiano, Medicamentos Antitireoidianos e
Adjuvantes...............................................................................95
16.3 Insulinas e Antidiabéticos Orais...............................................96
16.4 Hormônios Sexuais, Antagonistas e Medicamentos
Relacionados...........................................................................97
17. Medicamentos Tópicos Usados em Pele, Mucosas e Fâneros.....101
17.1 Anestésico Local.....................................................................101
17.2 Antiinfectantes.......................................................................101
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
7
17.3 Antipruriginoso e Antiinflamatório........................................103
17.4 Agentes Ceratolíticos e Ceratoplásticos.................................105
17.5 Escabicida e Pediculicida........................................................105
17.6 Outros.....................................................................................105
18. Medicamentos Tópicos Usados no Sistema Ocular.....................106
18.1 Anestésico Local.....................................................................106
18.2 Antiinfectantes.......................................................................106
18.3 Antiinflamatório e Antialérgico..............................................106
18.4 Midriático e Cicloplégico........................................................107
18.5 Antiglaucomatosos.................................................................108
18.6 Substituto da Lágrima.............................................................108
18.7 Agentes Diagnósticos..............................................................108
SEÇÃO C. OUTROS MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA SAÚDE............109
19. Produtos para o Tratamento do Tabagismo................................109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................110
FONTES PARA CONSULTA.......................................................................112
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
8
PREFÁCIO
A primeira versão desse manual foi elaborada como parte das atividades do Projeto de
Extensão intitulado Centro de Estudos e Apoio à Assistência Farmacêutica – CEAAF,
integrante do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM.
O CEAAF dedicou-se especialmente a elaboração do manual “Informações para o Uso de
Medicamentos na Gravidez e Lactação”, atendendo a uma necessidade sentida por meio
das muitas solicitações feitas ao Centro de Informação sobre Medicamentos da
Universidade Federal do Ceará – CIM/UFC, outro Projeto de Extensão ligado ao GPUIM,
que atende tanto aos profissionais da área da saúde como a comunidade em geral.
A busca de informações sobre a possível utilização de medicamentos durante a
gestação e o período de lactação é sempre constante, o que nos fez pensar em
desenvolver esse trabalho de modo que o mesmo possa vir a ser um instrumento para
consulta dos profissionais de saúde, gestantes e lactantes que no seu cotidiano deparam-
se com muitas interrogações sobre o assunto.
Na construção desse material informativo foi seguida a lista de medicamentos
constante da última edição da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME,
uma vez que consiste no elenco de medicamentos comumente encontrados e distribuídos
pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Os fármacos foram descritos por grupo
farmacológico, segundo a ordenação da RENAME, sendo apresentado de forma objetiva e
sucinta a informação sobre a segurança do uso do medicamento na gravidez e lactação.
Esperamos, através desse instrumento de consulta, poder auxiliar todos os
profissionais de saúde que buscam orientar com segurança às gestantes e nutrizes quanto
à utilização correta de medicamentos.
Gostaria de ressaltar, especialmente, o empenho e a dedicação de, Rosilândia Trajano
Bandeira, responsável pela 1ªversão desse manual e de Luis Davi Alves Lima que cuidou
da revisão que foi feita para essa versão atualizada.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
9
Como coordenadora do Centro de Informação sobre Medicamentos quero
também enfatizar a colaboraçãode todos os alunos, bolsistas e voluntários, e dos demais
membros integrantes do GPUIM que colaboraram para que essa tarefa tivesse êxito.
Por fim, destacamos nossos agradecimentos ao Conselho Regional de Farmácia pelo
apoio aos Projetos desenvolvidos pelo GPUIM, traduzidos em bolsas concedidas aos
nossos estudantes, o que tem possibilitado a execução de muitos dos nossos trabalhos.
Profª Mirian Parente Monteiro
Coordenadora do CIM/ GPUIM/ UFC
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
10
INTRODUÇÃO
A grande dificuldade encontrada na elaboração do Manual consistiu no fato de que,
para uma significativa quantidade de fármacos, não existem dados científicos sobre o
verdadeiro risco associado a seu uso durante a gravidez. Exceto se um medicamento está
sendo testado para alguma condição relacionada à gestação, ensaios clínicos não são
realizados em mulheres grávidas. Por razões legais e éticas não são permitidos estudos
científicos dos efeitos dos fármacos, por métodos convencionais, prospectivos e duplo –
cegos, sobre a utilização de medicamentos na gravidez e lactação.
A primeira linha de informação para qualquer produto comercializado que venha a ser
utilizado por gestantes e nutrizes consiste em relatos espontâneos de eventos adversos
seja para o laboratório produtor o para o Food and Drug Administration (FDA), através do
programa MedWatch. A notificação e o relato de uma possível ligação entre o
medicamento e um evento adverso particular, é freqüentemente a primeira indicação de
problemas, às vezes muito raros para serem identificados nos ensaios clínicos pré-
comercialização. As referências mais comuns do uso de medicamentos nessas situações
provêm de relatos de casos observados e relatados por médicos cuja paciente ou mais de
uma, tenham feito uso de um medicamento em particular coincidentemente com o
período da gestação ou durante a amamentação. Tal informação é, na realidade, um
dado observacional não podendo ser considerado de caráter definitivo ou conclusivo no
que diz respeito ao risco associado ao medicamento nessas circunstâncias. É possível
encontrar na literatura relatos com conclusões divergentes, muitas vezes por que outros
fatores possam ter sido levados em consideração, ou pelo contrário, ignorados durante as
análises feitas sobre o assunto.
Também é importante considerar que os dados obtidos a partir de estudos com
animais não podem ser, integralmente, extrapolados para a gravidez humana. Esses dados
provêm da interpretação dos dados observados pelos autores ou compilação das análises
de outrem, existindo dessa forma sempre a possibilidade de uma avaliação incorreta ou
inconsistente com as intenções do autor. Por fim, a ausência de informações publicadas
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
11
sobre o uso de medicamentos, especialmente na gestação, bem como na amamentação,
não pode ser interpretado como evidência de sua segurança.
Devido à histórica escassez de estudos bem controlados de medicamentos na gravidez
humana, várias iniciativas surgiram nos anos 90. Atualmente muitos desses projetos
começam a mostrar resultados partir de um simples follow-up de exposições a um dado
medicamento, ou grupos de estudos de classes terapêuticas as quais vêm sendo
estudadas em sua totalidade, patrocinados por consórcios de empresas financiadoras.
Os fármacos apresentam efeitos mais intensos quando administrados durante o
primeiro trimestre da gravidez. Este período é dito ser de diferenciação embriológica dos
sistemas e a introdução de substâncias químicas, como os medicamentos, pode interferir
com esse processo, resultando em malformações fetais. Diz-se que um agente é
teratogênico quando o mesmo produz uma alteração, maior ou menor, em relação à
morfologia e fisiologia normais no feto, quando de sua administração durante o
desenvolvimento embriológico ou fetal, considerando principalmente o primeiro trimestre
da gestação. A proporção da incidência total de defeitos de nascimento associada ao uso
de medicamentos não é conhecida com exatidão.
Os fármacos administrados durante a gravidez, provavelmente, estarão presentes na
circulação fetal por ocasião do nascimento. Existem evidências que certos medicamentos
acumulam-se no sangue fetal, resultando em uma resposta exagerada ou prolongada.
Alguns medicamentos podem ainda produzir dano fetal devido a alterações em
processos fisiológicos necessários à manutenção do bem estar fetal. Um exemplo dessa
situação são os medicamentos que alteram o fluxo sangüíneo placentário que podem
causar danos fetais por diminuição do fornecimento de oxigênio e nutrientes.
Existe um crescente aumento de evidências que os medicamentos podem causar
danos ao Sistema Nervoso Central (SNC) do feto, mesmo na ausência de efeitos
estruturais e fisiológicos. Isso se deve ao fato de que o SNC fetal ainda encontra-se em
desenvolvimento na época do nascimento, e segundo alguns autores isso persistiria até,
pelo menos 18 meses após o nascimento. Assim sendo, os medicamentos podem
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
12
interferir com o amadurecimento normal do SNC e produzir anormalidades nas
habilidades mentais da criança.
Durante o parto, a maioria dos medicamentos utilizados, pode afetar a freqüência e
intensidade das contrações uterinas, se os mesmos não forem usados de forma
apropriada.
No tocante ao metabolismo fetal de medicamentos, os recém-nascidos,
principalmente os prematuros, não possuem capacidade de metabolização totalmente
desenvolvida. Os sistemas metabolizadores hepáticos demoram algum tempo após o
nascimento, para alcançar sua capacidade funcional plena. Além disso, a função renal do
recém nato também não se encontra totalmente desenvolvida no momento do
nascimento. Medicamentos metabolizados pelo fígado e excretados pela urina podem se
acumular, se os processos de eliminação não estiverem funcionando adequadamente.
Muitos medicamentos usados pela mãe são excretados, em alguma extensão, no leite
materno, podendo consistir numa fonte potencial de toxicidade para o lactente. O
principal parâmetro que determina o grau de penetração de um fármaco no leite materno
é a ligação às proteínas plasmáticas. A fração ligada à proteína permanece na circulação
materna, enquanto a fração do medicamento livre pode ser transferida para o leite da
mãe. Fármacos que apresentam uma elevada taxa de ligação à proteína, > 90%, são
excretadas em pequenas quantidades no leite (ex: varfarina), o que reduz a possibilidade
da exposição infantil ao medicamento. Quanto maior for a razão entre concentração de
fármaco no leite relacionada à concentração da substância no plasma (L/P), maior a
quantidade de fármaco encontrada no leite materno. A relação L/P dá uma estimativa de
distribuição do fármaco entre o leite materno e o plasma. Quando a concentração
plasmática de um medicamento cai abaixo de sua concentração no leite materno, forças
de equilíbrio direcionam a saída do medicamento de volta para o plasma da mãe afim de
que o mesmo possa ser eliminado. A melhor escolha é aquela de fármacos com baixa
razão L/P, um valor elevado para essa relação, contudo, não necessariamente contra-
indica o uso de um dado medicamento para o aleitamento materno. Isso porque a relação
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
13
L/P não fornece toda a informação sobre a quantidade absoluta de um fármaco que possa
ser transferida para o bebê através do leite.
Geralmente, determinada dose de um medicamento pode ser prejudicial ao
lactente, enquanto que, doses menores do mesmo não chegam a causar problemas. Na
maioria dos casos, os níveis dos fármacos e/ou seus metabólitos no leite materno estão
diretamente relacionados com a dose do medicamento utilizada pela mãe.
Além da quantidade da substância presente no leite e das conseqüências disso para
o lactente, importa considerar, ainda, o intervalo de tempo entre a administração do
medicamento e seu aparecimento no leite materno.
Existem muitas recomendações de que, em relação aos medicamentos excretados no
leite materno, a amamentação seja efetuada antes da administração do fármaco à mãe.
Contudo pode acontecer de um medicamento estar presente no leite materno, num
período posterior a sua administração, sendo capaz de exercer um efeito tardio ao que
era esperado.
É válido lembrar que o conteúdo de um medicamento no leite materno pode variar
dependo do período da lactação. O colostro, substância que é secretada antes da
excreção do leite, possui uma concentração relativamente menor de gorduras e açúcares.
O conteúdo lipídico do leite também difere entre cada amamentação, com as primeiras
frações contendo menos gorduras que as frações finais. Quase sem exceção, um
medicamento que é mais lipossolúvel irá se transferir mais rapidamente, e em maiores
quantidades, para o leite materno do que aquele que for menos lipossolúvel. Dessa forma,
medicamentos com baixa lipossolubilidade e aqueles que são hidrossolúveis difundem-se
lentamente para o leite materno e devem ser preferidos para as mulheres que
amamentam.
A variação na composição do leite materno afeta a passagem dos medicamentos, uma
vez que as propriedades físico-químicas dos fármacos (ex; pH, peso molecular, meia-vida
biológica (T1/2)) e o meio biológico no qual se encontram serão determinantes da
quantidade de substância que será excretada no leite materno.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
14
Fatores associados ao fármaco, fatores maternos e fatores ligados à criança, devem
ser levados em consideração conjuntamente, possibilitando ao prescritor avaliar os
possíveis riscos do aleitamento materno pela mãe que está recebendo alguma medicação.
Durante a gravidez, antes de usar qualquer medicamento, a paciente e o prescritor
devem discutir a natureza do mesmo, os efeitos que podem ter sobre o feto e se seu uso é
absolutamente necessário. O ideal seria não ter que usar qualquer tipo de medicamento
durante a gravidez, mas isso raramente ocorre. As mulheres grávidas estão expostas a
muitas categorias de medicamentos assim como as não-grávidas, embora a prevalência
relativa seja diferenciada. Vitaminas, agentes antiinfecciosos, analgésicos, antiasmáticos,
produtos dermatológicos, etc. encontram-se com freqüência nas prescrições das
gestantes.
Os benefícios do uso de um medicamento devem ser comparados aos perigos ou riscos
de usá-lo ou não. Para uma tomada de decisão sobre uma terapia medicamentosa é
sempre aconselhável consultar a literatura especializada, o que poderá ser feito
diretamente às fontes de consulta ou através dos centros de informação em
medicamentos.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
15
CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E
CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO
A bula de alguns medicamentos inclui informações sobre o nível de risco para o
feto e, quando necessário, cautela na sua utilização. O Food and Drug Administration
(FDA) criou cinco categorias (A, B, C, D, e X) para indicar o potencial teratogênico dos
fármacos. Este formato foi inicialmente anunciado em setembro 1979, no FDA Drug
Bulletin. Devido às revisões das bulas, muitos produtos já utilizam esse formato.
De forma semelhante, existe um sistema de classificação, porém pouco
divulgado, aprovado pelo Australian Drug Evaluation Committee (ADEC) em 1989. Há
ainda, uma outra classificação, Thomson Pregnancy Risk Category, derivada de
revisão clínica de literatura primária publicada, mas independente daquela do FDA ou
da ADEC.
Assim neste manual, em virtude de sua maior aceitação e utilização,
adotaremos a classificação proposta pelo FDA e, nos casos onde não foram
encontradas a classificação de acordo com esse órgão, utilizaremos a classificação
proposta pelo ADEC.
Com relação às considerações pertinentes à amamentação, foram utilizadas as
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of
Pediatrics (AAP), e da classificação Thomson.
Abaixo apresentamos as classificações propostas pelo FDA e pela ADEC na
gravidez, e a Avaliação Thomson na amamentação.
Avaliação da Agência Americana (FDA) sobre fármacos usados na gravidez
• Categoria A – A categoria A se refere a medicamentos e substâncias para as
quais os estudos controlados em mulheres não têm mostrado risco para o feto
durante o primeiro trimestre, não havendo nenhuma evidência de risco em trimestres
posteriores, sendo bastante remota a possibilidade de dano fetal.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
16
• Categoria B – Na categoria B, os estudos realizados em animais não
demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres ou animais
grávidos que mostrem efeitos adversos (que não seja uma diminuição na fertilidade),
não sendo confirmado em estudos controlados em mulheres no primeiro trimestre (e
não há nenhuma evidência de um risco em trimestres posteriores). Também se aplica
aos medicamentos nos quais os estudos em animais mostraram efeitos adversos sobre
o feto, mas os estudos controlados em humanos não demostraram riscos para o feto.
Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como
de prescrição com Cautela.
• Categoria C - Os estudos em animais têm demonstrado que esses
medicamentos podem exercer efeitos teratogênicos ou é tóxico para os embriões, mas
não há estudos controlados em mulheres ou não há estudos controlados disponíveis
em animais nem em humanos. Este tipo de medicamento deve ser utilizado apenas se
o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto. Podemos considerar os
medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de prescrição com Risco.
• Categoria D – Na categoria D já existe evidência de risco para os fetos
humanos, mas os benefícios em certas situações, como nas doenças graves ou em
situações que põem em risco a vida, e para as quais não existe outra alternativa
terapêutica – para os quais fármacos seguros não podem ser utilizados ou são
ineficazes – podem justificar seu uso durante a gravidez, apesar dos riscos. Podemos
considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de
prescrição com Alto Risco.
• Categoria X – Na categoria X, os estudos em animais ou humanos têm
demonstrado que o medicamento causa anormalidades fetais ou há evidências de
risco fetal baseada em experiências em humanos ou ambos. O risco supera claramente
qualquer possível benefício. Os medicamentos e substâncias dessa classe são contra –
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
17
indicados em mulheres gestantes e são considerados como de prescrição com Perigo
(contra-indicada).
Avaliação do Comitê Australiano (ADEC) sobre fármacos usados na gravidez
• Avaliação A: medicamentos que têm sido tomados por um grande número de
mulheres grávidas e mulheres em idade fértil sem provas de aumento na freqüência
de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenham sido
observados.
• Avaliação B1: medicamentos que tenham sido tomados somente por um
limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que aumento
na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto
tenha sido observado. Estudos em animais não têm mostrado evidência de ocorrência
aumentada de dano fetal.
• Avaliação B2: medicamentos que tenham sido tomados somente por um
limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento
na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto
tenha sido observado. Estudos em animais são inadequados ou podem ser deficientes,
mas os dados disponíveis não mostram evidência de ocorrência de dano fetal
aumentado.
• Avaliação B3: medicamentos que tenham sido tomados somente por um
limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento
na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto
tenha sido observado. Estudos em animais têm mostrado evidência de ocorrência
aumentada de dano fetal, a conseqüência da mesma é considerada incerta em
humanos.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
18
• Avaliação C: medicamentos os quais, obedecendo a seus efeitos
farmacológicos, têm causado ou pode ser suspeito de causar efeitos nocivos sobre o
feto ou o neonato sem causar malformações. Esses efeitos podem ser reversíveis.
Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes.
• Avaliação D: Medicamentos que tenham causado, ou são suspeitos de ter
causado ou podem ser esperados causar um aumento na incidência de malformações
fetais ou danos irreversíveis. Esses medicamentos podem ter efeitos farmacológicos
adversos. Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes.
• Avaliação X: Medicamentos que têm um alto risco de causar danos
permanentes ao feto que não deverão ser usados na gravidez ou quando existe a
possibilidade de gravidez.
Avaliação Thomson sobre medicamentos na amamentação
• Risco infantil não pode ser descartado: evidência disponível e/ou o consenso
de peritos é inconclusiva ou inadequada para determinar o risco infantil quando o
medicamento é usado durante a amamentação. Pesar os benefícios potenciais do
tratamento medicamentoso contra os riscos potenciais antes de se prescrever o
fármaco durante a amamentação.
• Risco infantil tem sido demonstrado: Evidência e /ou consenso de peritos tem
demonstrado efeitos de dano infantil quando o medicamento é usado durante a
amamentação. Uma alternativa para esse fármaco deverá ser prescrita ou as pacientes
deverão ser aconselhadas a descontinuar o fármaco durante a amamentação.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
19
• Risco infantil é mínimo: o peso de um corpo adequado de evidência e ou o
consenso de peritos sugere que esse fármaco possui risco mínimo para o bebê quando
usado durante a amamentação.
• Efeitos sobre o leite são possíveis: Evidência sugere que esse fármaco possa
alterar a produção ou composição do leite. Se uma alternativa a esse fármaco não é
prescrita, deve-se monitorar o bebê quanto a efeitos adversos e/ou ingestão
adequada de leite.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
20
MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO
SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE
DOENÇAS
1. Anestésicos e Adjuvantes
1.1 Anestésicos Gerais
1.1.1 Agentes de inalação e oxigênio
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Halotano
(líquido volátil)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Isoflurano
(líquido volátil)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Óxido nitroso
(gás inalante)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Estudos retrospectivos e
relatos de casos individuais
não têm mostrado ser
fetotóxico em humanos.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Oxigênio
(gás inalante)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
1.1.2 Agentes intravenosos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de cetamina
(solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC).
Compatível com a amamentação
(OMS).
Propofol Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
21
(emulsão injetável) com Cautela. descartado (Thomson).
Tiopental sódico
(pó para solução)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a amamentação
(AAP, OMS).
1.1.3 Medicamentos adjuvantes da anestesia geral e usados em
procedimentos anestésicos de curta duração
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Citrato de fentanila
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Usualmente compatível com a
amamentação (AAP).
Cloridrato de midazolam
(solução injetável)
Maleato de midazolam
(solução oral)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Os estudos sobre esse fármaco
durante esse período são
inconclusivos. (Thomson)
Diazepam
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Risco infantil foi demonstrado
(Thomson).
O fármaco só deve ser utilizado
com a suspensão da
amamentação.
Sulfato de atropina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação, mas deve-se
monitorar a criança para efeitos
adversos (OMS).
Sulfato de morfina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação. (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
22
1.2 Anestésicos Locais
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de bupivacaína
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação. (OMS).
Cloridrato de bupivacaína +
glicose
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Cloridrato de lidocaína
(solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Cloridrato de lidocaína + glicose
(solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Cloridrato de lidocaína +
hemitartarato de epinefrina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Cloridrato de prilocaína +
felipressina
(solução injetável para uso
odontológico)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Não foi encontrado menção
na literatura sobre a
felipressina.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não foi encontrado menção na
literatura sobre a felipressina.
1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e
Anticolinesterásicos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Besilato de atracúrio
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não há evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considerar os
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
23
benefícios potenciais do fármaco
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
amamentação.
Brometo de pancurônio
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não há evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considere os
benefícios potenciais do fármaco
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
amamentação.
Brometo de piridostigmina
(comprimido)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria C (ADEC).
• Usualmente compatível
com a amamentação
(OMS, AAP).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Cloreto de suxametônio
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não há evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considere os
benefícios potenciais do fármaco
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
amamentação.
Metilsulfato de neostigmina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar a amamentação (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
24
2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da
Enxaqueca
2.1 Analgésicos e Antipiréticos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Ácido acetilsalicilico
(comprimido/ solução oral)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar a amamentação (OMS).
Dipirona sódica
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
A amamentação deve ser evitada
durante e até 48 horas após o uso
de dipirona, devido à excreção
dos metabólitos da dipirona no
leite (CBM).
Ibuprofeno
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Paracetamol
(comprimido/ solução oral)
Categoria B – prescrição com
Cautela.
Compatível com a amamentação
(OMS).
2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Citrato de fentanila
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Usualmente compatível com a
amamentação (AAP).
Cloridrato de naloxona
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não há evidência conclusiva que
comprove o risco infantil
durante a amamentação.
Considere os benefícios
potenciais do fármaco contra os
riscos potenciais antes de
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
25
prescrever este medicamento
durante a amamentação.
Fosfato de codeína
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação (OMS).
Sulfato de morfina
(solução injetável/ solução oral/
cápsula de liberação prolongada/
comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação (OMS).
2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Ácido acetilsalicilico
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar a amamentação (OMS).
Paracetamol
(comprimido/ solução oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Cloridrato de amitriptilina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considere os
benefícios potenciais da droga
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
amamentação.
Cloridrato de propranolol
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
26
3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota
3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Ácido acetilsalicílico
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar a amamentação (OMS).
Ibuprofeno
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Compatível com a amamentação
(OMS).
3.2 Antiinflamatórios Esteróides
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Dexametasona
(comprimido/ elixir)
Fosfato dissódico de
dexametasona
(solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC).
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Fosfato sódico de prednisolona
(solução oral)
Categoria C – prescrição
com Risco.
Compatível com a
amamentação (OMS).
Succinato sódico de
metilprednisolona
(pó para solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC).
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Prednisona
(comprimido)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considere os
benefícios potenciais da droga
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
27
amamentação.
Succinato sódico de
hidrocortisona
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição
com Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Não evidência conclusiva que
comprove o risco infantil durante
a amamentação. Considere os
benefícios potenciais da droga
contra riscos potenciais antes de
prescrever esta droga durante a
amamentação.
3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios
Reumatóides e Adjuvantes
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Azatioprina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar a amamentação (OMS).
Folinato de cálcio
(comprimido/ pó para solução
injetável)
Categoria C – prescrição
com Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Metotrexato de sódio
(comprimido/ solução injetável)
Categoria X – prescrição
com Perigo (contra-
indicada).
O uso de metotrexato e
outros antagonistas do
ácido fólico durante o
primeiro trimestre da
gravidez estão associados à
teratogenicidade e um risco
Evitar amamentação (OMS).
Uso contra-indicado durante a
amamentação. Para o lactente, o
efeito do fármaco sobre o
crescimento ou associação com
carcinogênese é desconhecido.
Mesmo que o fármaco não passe
para o leite materno, o aumento
de energia e de nutrientes,
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
28
significativo de aborto
espontâneo. O uso do
metotrexato para psoríase e
artrite reumatóide é contra-
indicado durante a gravidez.
requisitos para a produção de
leite, poderia impactar
negativamente a recuperação da
mãe.
Sulfassalazina
(comprimido)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Obs.: Sulfonamidas não
devem ser usadas depois da
32ª semana de gravidez.
Evitar amamentação (OMS)
Sulfato de hidroxicloroquina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Alopurinol
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Ibuprofeno
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Obs.: pode causar efeitos
adversos se usado nos
últimos meses da gravidez.
Compatível com a amamentação
(OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
29
4. Antialérgicos e medicamentos usados em Anafilaxia
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de prometazina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
OBS.: recém-nascidos
podem ter problemas de
coagulação sanguínea se
prometazina for tomada pela
mãe 2 semanas antes do
parto.
Compatível com a amamentação
(OMS).
OBS.: é possível que o fluxo de
leite materno possa ser reduzido
em algumas lactantes.
Fosfato sódico de prednisolona
(solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Obs.: Fator de risco D se
usada no primeiro trimestre.
Compatível com a amamentação
(OMS).
A maioria dos médicos considera
prednisolona, prednisona e
metilprednisolona como os
agentes de escolha para o
tratamento com corticóide
sistêmico durante a
amamentação.
Cloridrato de epinefrina ou
Hemitartarato de epinefrina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não há experiência clínica
suficiente para determinar a
segurança de epinefrina
durante a gravidez. Embora
alguns efeitos adversos
tenham sido associados ao
uso de epinefrina, este
agente continua sendo
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
30
utilizado na prática. Pode
reduzir o fluxo de sangue
uterino e a contratilidade.
Loratadina
(comprimido/ xarope)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Maleato de dexclorfeniramina
(comprimido/ solução oral/
xarope)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Prednisona
(comprimido)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC).
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Succinato sódico de
hidrocortisona
(pó para solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC).
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Recomenda-se precaução
quando hidrocortisona tópica ou
sistêmica é administrada a
mulheres que amamentam.
5. Antiinfectantes
5.1 Antibacterianos
5.1.1 Penicilinas
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Amoxicilina
(cápsula/ comprimido/ pó para
suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Penicilinas são geralmente
consideradas seguras para
uso em pacientes não-
Compatível com a amamentação
(OMS).
Não há efeitos nocivos
conhecidos para o lactente, com
exceção da sensibilidade
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
31
alérgicas durante a gravidez. associada à excreção de
quantidades mínimas de
amoxicilina no leite materno e
modificação da flora intestinal.
Amoxicilina + Ácido clavulânico
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria B (amoxicilina).
O tratamento profilático
com amoxicilina +
clavulanato pode estar
associado a um risco
aumentado de enterocolite
necrotizante em neonatos.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Ampicilina sódica
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Tohmson).
Os efeitos adversos são raros.
Pode ocorrer alergia em lactentes
sensíveis e modificação da flora
intestinal.
Raramente, diarréia e erupções
cutâneas são vistas em lactentes
tratados com ampicilina.
Benzilpenicilina benzatina
(pó para suspensão injetável)
Os efeitos sobre o feto são
desconhecidos.
A utilização deve ser
segundo critério médico.
Os efeitos para o lactente são
desconhecidos.
Administração segundo critério
médico.
Reações alérgicas, diarréia,
infecções fúngicas e erupções
cutâneas podem ocorrer.
Benzilpenicilina potássica
(pó para solução injetável)
Os efeitos sobre o feto são
desconhecidos.
Os efeitos para o lactente são
desconhecidos.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
32
Benzilpenicilina procaína +
benzilpenicilina potássica
(suspensão injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Oxacilina sódica
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
5.1.2 Carbapenêmico
FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Imipenem + cilastatina sódica
(solução injetável)
Categoria C – prescrição
com Risco.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• Não pode ser estimado
(Thomson).
5.1.3 Cefalosporinas
FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cefalexina sódica
(cápsula)
ou
Cloridrato de cefalexina
(suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Cefalotina sódica
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Cefazolina sódica
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
• Compatível com a
amamentação (AAP,
OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Cefotaxima Categoria B – prescrição • Compatível com a
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
33
(pó para solução injetável) com Cautela. amamentação (AAP).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Ceftazidima
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
• Compatível com a
amamentação (AAP,
OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
A concentração no leite é mais
elevada que a das outras
cefalosporinas.
Ceftriaxona sódica
(pó para solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
• Compatível com a
amamentação (APP,
OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
5.1.4 Aminoglicosídeos
FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Sulfato de amicacina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Há evidências de
nefrotoxicidade, na mãe e
no feto, e ototoxicidade no
feto. Os aminoglicosídeos
podem causar danos ao feto
quando administrados a
mulheres grávidas.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
34
Sulfato de gentamicina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Devido a relatos de
ototoxicidade com outros
aminoglicosídeos,
gentamicina não é
recomendada durante a
gestação.
• Compatível com a
amamentação (APP,
OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
5.1.5 Sulfonamidas e anti-sépticos urinários
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Nitrofurantoína
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
OBS.: Não pode ser usada há
uma ou duas semanas do
parto ou durante o parto ou
trabalho de parto.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Pode causar problemas nos
lactentes, especialmente
naqueles com deficiência de
GLICOSE 6-FOSFATO
DESIDROGENASE.
Sulfadiazina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco
Uso deve ser evitado, se
possível.
OBS.: O uso de sulfonamidas
não é recomendado durante
o parto.
Evitar amamentação (OMS).
Pode causar problemas
hepáticos, anemia e outros
efeitos não-desejáveis ao
lactente, especialmente naqueles
com deficiência de GLICOSE 6-
FOSFATO DESIDROGENASE.
Sulfametoxazol + trimetropima
(comprimido/ solução injetável/
suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Podem interferir com o
metabolismo do ácido fólico.
Compatível com amamentação,
mas deve-se monitorar o
lactente quanto a reações
adversas (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
35
Combinações de
sulfonamidas e trimetoprima
não devem ser usadas
durante o primeiro trimestre
da gravidez.
Deve-se evitar o uso durante
o último estágio da gravidez
devido ao riso de kernicterus
no neonato.
Podem causar problemas
hepáticos, anemia e outros
efeitos não-desejáveis em
lactentes, especialmete aqueles
com deficiência de GLICOSE 6-
FOSFATO DESIDROGENASE.
5.1.6 Macrolídeos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Azitromicina
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Deve ser usada apenas
quando alternativas
adequadas não estiverem
disponíveis.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Deve ser usada apenas quando
alternativas adequadas não
estiverem disponíveis, já que os
efeitos de exposição do lactente
são desconhecidos.
Claritromicina
(cápsula/ comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Estearato de eritromicina
(cápsula/ comprimido/ suspensão
oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
5.1.7 Fluorquinolonas
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de ciprofloxacino Categoria C – prescrição com • Evitar amamentação
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
36
(comprimido/ solução injetável) Risco.
Ciprofloxacino não é
recomendado para uso geral
durante a gravidez, devido à
possibilidade de efeitos
teratogênicos, como
sugeridos em estudos em
animais.
(OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
O uso de fluoroquinolonas não é
recomendado em gestantes, pois
há relatos de problemas de
desenvolvimento ósseo.
OBS.: em situações em que a
administração de ciprofloxacino
para mulheres que estejam
amamentando for inevitável, é
sugerido que a amamentação
não retome até quarenta e oito
horas após a última dose tomada
pela mãe.
5.1.8 Glicopeptídios
FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de vancomicina
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco não pode ser
estiamado (Thomson).
5.1.9 Lincosamidas
FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de clindamicina
(cápsula)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Evitar amamentação se possível.
Mas, se utilizada durante este
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
37
Fosfato de clindamicina
(solução injetável)
Obs: Deve ser usada no 1º
trimestre apenas se
estritamente necessária.
período, monitorar o lactente
para efeitos adversos (OMS).
5.1.10 Tetraciclinas
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de doxicilina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Assim como ocorre com outras
tetraciclinas, a doxiciclina forma
um complexo cálcico estável em
qualquer tecido ósseo em
formação. Foi observada uma
redução no índice de crescimento
da fíbula em prematuros
recebendo doses orais de
25mg/kg a cada 6 horas.
5.1.11 Anfenicóis
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloranfenicol
(cápsula/ comprimido)
Palmitato de cloranfenicol
(suspensão oral)
Succinato sódico de clorafenicol
(pó para solução injetável)
Sem categoria de risco
definida com o FDA.
Categoria A (ADEC)
A administração de
cloranfenicol para a mãe a
curto prazo pode resultar no
desenvolvimento da
“síndrome do bebê
cinzento” e eventual
Evitar amamentação se possível.
Mas, se utilizada durante este
período, monitorar o lactente
para efeitos adversos (OMS).
O efeito em lactentes é
desconhecido, mas pode ser
motivo de preocupação devido
ao pontencial para supressão
idiossincrática da medula óssea.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
38
mortalidade infantil devido
ao colapso cardiovascular.
OBS.: Não é recomendado
dentro de uma a duas
semanas do parto, pois pode
causar problemas no bebê.
5.1.12 Outros
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Metronidazol
(comprimido/ solução injetável)
Categoria B - prescrição com
Cautela.
Uso não recomendado
durante o primeiro trimestre
da gravidez, devendo seu
uso ficar restrito às mulheres
em que o tratamento local
se mostrou inadequado para
combater os sintomas.
Evitar amamentação (OMS).
Pelo fato de o fármaco ser
mutagênico e carcinogênico em
alguns testes especiais, a
exposição desnecessária ao
metronidazol deve ser evitada.
Devido o fármaco ser eliminado
no leite (que fica com gosto
desagradável), pode haver uma
modificação da flora intestinal do
lactente.
Obs: Orientar a mãe a extrair o
seu leite com antecedência, e
estocar em congelador para
alimentar o bebê.
5.1.13 Medicamentos para o tratamento de tracoma
FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO
Azitromicina Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
39
(comprimido/ suspensão oral) com Cautela.
Deve ser usada apenas
quando alternativas
adequadas não estiverem
disponíveis.
descartado (Thomson).
Deve ser usada apenas quando
alternativas adequadas não
estiverem disponíveis, já que os
efeitos de exposição do lactente
são desconhecidos.
Cloridrato de doxicilina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Assim como ocorre com outras
tetraciclinas, a doxiciclina forma
um complexo cálcico estável em
qualquer tecido ósseo em
formação. Foi observada uma
redução no índice de crescimento
da fíbula em prematuros
recebendo doses orais de
25mg/kg a cada 6 horas.
Cloridrato de tetraciclina
(pomada oftálmica)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria D (ADEC).
Estudos em animais
indicaram que tetraciclinas
atravessam a placenta, são
encontradas nos tecidos
fetais e podem apresentar
efeitos tóxicos no feto em
formação. Podem causar
manchas dentárias e inibição
do crescimento ósseo.
Uso não recomendado, pois
passam para o leite e podem
causar manchas dentárias e
inibição do crescimento ósseo.
Podem também aumentar a
sensibilidade cutânea dos
lactentes à luz solar e causar
infecções fúngicas de boca e
vagina (USPDI).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
40
5.1.14 Medicamentos para o tratamento de peste
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloranfenicol
(cápsula/ comprimido)
Palmitato de cloranfenicol
(suspensão oral)
Succinato sódico de cloranfenicol
(pó para solução injetável)
Sem categoria de risco
definida com o FDA.
Categoria A (ADEC)
A administração de
cloranfenicol para a mãe a
curto prazo pode resultar no
desenvolvimento da
“síndrome do bebê
cinzento” e eventual
mortalidade infantil devido
ao colapso cardiovascular.
OBS.: Não é recomendado
dentro de uma a duas
semanas do parto, pois pode
causar problemas no bebê.
Evitar amamentação se possível,
mas, se utilizada durante este
período, monitorar o lactente
para efeitos adversos (OMS).
O efeito em lactentes é
desconhecido, mas pode ser
motivo de preocupação devido
ao pontencial para supressão
idiossincrática da medula óssea.
Cloridrato de doxicilina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Assim como ocorre com outras
tetraciclinas, a doxiciclina forma
um complexo cálcico estável em
qualquer tecido ósseo em
formação. Foi observada uma
redução no índice de crescimento
da fíbula em prematuros
recebendo doses orais de
25mg/kg a cada 6 horas.
Sulfato de estreptomicina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
41
Alguns relatos têm
demonstrado que
aminoglicosídeos,
especialmente
estreptomicina e
tobramicina, podem causar
danos à audição, ao senso de
equilíbrio e aos rins da
criança se a mãe tiver
recebido o medicamento
durante a gravidez.
Sulfato de gentamicina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Devido a relatos de
ototoxicidade com outros
aminoglicosídeos,
gentamicina não é
recomendada durante a
gestação.
• Compatível com a
amamentação (AAP,
OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
5.1.15 Medicamentos para tratamento da tuberculose
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de etambutol
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Etionamida
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Isoniazida
(comprimido)
Sem categoria de risco
definida com o FDA.
Categoria A (ADEC)
• Compatível com a
amamentação (OMS).
• O risco infantil não pode
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
42
Isoniazida é considerada
relativamente segura, tanto
para a mãe quanto para o
feto, para tratar tuberculose
ativa durante a gravidez.
Avaliar a relação risco-
benefício.
OBS.: Suplementação de
Piridoxina (25 mg/dia) é
recomendada para todas as
mulheres tomando
isoniazida e que estejam
grávidas.
ser descartado
(Thomson).
Avaliar o risco-benefício.
OBS.: Suplementação de
Piridoxina (25 mg/dia) é
recomendada para todas as
mulheres tomando isoniazida e
que estejam amamentando.
Isoniazida + Rifampicina
(cápsula)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Pirazinamida
(comprimido/ solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
OBS.: A Organização Mundial da
Saúde (OMS) recomenda o
acompanhamento da criança
para icterícia.
Rifampicina
(cápsula/ suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Quando rifampicina é
administrada durante as
últimas semanas de
gravidez, hemorragias
podem ocorrer na mãe e na
criança.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
43
Sulfato de estreptomicina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Alguns relatos têm
demonstrado que
aminoglicosídeos,
especialmente
estreptomicina e
tobramicina, podem causar
danos à audição, ao senso de
equilíbrio e aos rins da
criança se a mãe tiver
recebido o medicamento
durante a gravidez.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
5.1.16 Medicamentos para tratamento da hanseníase
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Clofazimina
(cápsula)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com amamentação,
mas deve-se monitorar o
lactente quanto a reações
adversas (OMS).
É excretada no leite materno,
podendo resultar em rubor e
hiperpigmentação da pele do
bebê, que é reversível com a
suspensão do fármaco.
Cloridrato de minociclina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Podem causar manchas
dentárias e inibição do
Efeitos sobre o leite são
possíveis (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
44
crescimento ósseo.
Dapsona
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Pode causar problemas
sanguíneos em lactentes com
deficiência de GLICOSE 6-
FOSFATO DESIDROGENASE.
Lactantes podem necessitar da
interrupção do tratamento por
causa dos riscos para o lactente.
Ofloxacino
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O uso não é recomendado
durante a gravidez, pois
fluoroquinolonas têm sido
reportadas por causar
problemas de
desenvolvimento ósseo em
animais jovens.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Ofloxacino é excretado no leite
humano. Fluoroquinolonas
passam para o leite materno e
podem causar problemas de
desenvolvimento ósseo.
Há conflito de recomendações
sobre sua utilização durante a
lactação humana. A Academia
Americana de Pediatria considera
ofloxacino geralmente
compatível com a amamentação;
no entanto, o fabricante declara
que, devido ao potencial de
reações adversas graves em
lactentes, deve-se decidir por
interromper amamentação ou o
uso do fármaco.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
45
Rifampicina
(cápsula/ suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Quando rifampicina é
administrada durante as
últimas semanas de
gravidez, hemorragias
podem ocorrer na mãe e na
criança.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
5.2 Antifúngicos Sistêmicos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Anfotericina B
(pó para solução injetável em
desoxicolato de sódio)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Embora ainda seja
necessária avaliação da
segurança de anfotericina B
na gravidez, ela é
considerada a primeira linha
de tratamento para
infecções micóticas
suscetíveis durante a
gravidez.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Fluconazol
(cápsula/ solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar uso durante a
gravidez, exceto em
pacientes com infecções
fúngicas graves.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Itraconazol Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
46
(cápsula/ solução oral) Risco.
Durante a experiência pós-
comercialização, foram
relatados casos de anomalias
congênitas.
descartado (Thomson).
5.3 Antifúngicos Tópicos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cetoconazol
(xampu)
Categoria C – prescrição com
Risco.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Nistatina
(suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Nitrato de miconazol
(creme/ creme vaginal/ loção/ gel
oral/ pó)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Esses medicamentos são
seguros e eficazes quando
usados ao menos sete dias
durante o segundo ou
terceiro trimestre de
gravidez.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
47
5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de clindamicina
(cápsula/ comprimido)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Altas doses demonstraram
produzir significante e
persistente aumento da
pressão sanguínea, bem
como nefrotoxicidade em
ratos expostos.
Evitar amamentação se possível.
Mas, se utilizada durante este
período, monitorar o lactente
para efeitos adversos (OMS).
Difosfato de primaquina
(comprimido)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria D (ADEC).
O ‘Centers for Disease
Control’ recomenda que
primaquina não seja
administrada durante a
gravidez por causa da
possibilidade de o feto ter
deficiência de GLICOSE 6-
FOSFATO DESIDROGENASE,
especialmente em
pacientes com alto risco
para essa desordem.
O risco infantil não pode
descartado (Thomson).
Monitorar neonatos e
prematuros expostos à
primaquina para icterícia e
hemólise, sinais de deficiência de
GLICOSE 6-FOSFATO
DESIDROGENASE.
Isetionato de pentamidina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição
com Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Sulfametoxazol + trimetropima
(comprimido/ solução injetável/
suspensão oral)
Categoria C – prescrição
com Risco.
Podem interferir com o
Compatível com amamentação,
mas deve-se monitorar o
lactente quanto a reações
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
48
metabolismo do ácido
fólico. Combinações de
sulfonamidas e
trimetoprima não devem
ser usadas durante o
primeiro trimestre da
gravidez.
Deve-se evitar o uso
durante o último estágio da
gravidez devido ao riso de
kernicterus no neonato.
adversas (OMS).
Podem causar problemas
hepáticos, anemia e outros
efeitos não-desejáveis em
lactentes, especialmete aqueles
com deficiência de GLICOSE 6-
FOSFATO DESIDROGENASE.
5.5 Antivirais
5.5.1 Inibidores da polimerase viral
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Aciclovir
(comprimido)
Aciclovir sódico
(solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
• Compatível com
amamentação (OMS,
AAP).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Ganciclovir sódico
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Evitar amamentar durante o
tratamento. Instruir à mãe voltar
amamentar somente até, no
mínimo, depois de 72h após o
tratamento.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
49
5.5.2 Anti-Retrovirais
5.5.2.1 Inibidores de transcriptase reversa análogos de
nucleosídeo
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Abacavir
(comprimido/ solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Mães infectadas pelo vírus HIV
não devem amamentar seus
filhos para evitar a transmissão.
Didanosina
(comprimido/ pó para solução
oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Por causa dos sérios riscos de
efeitos adversos no lactente e
para evitar a transmissão do vírus
HIV, a amamentação não é
recomendada.
Lamivudina
(comprimido/ solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Para evitar a transmissão do vírus
HIV, mães infectadas não devem
amamentar seus filhos.
Zidovudina
(cápsula/ solução oral/ solução
injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
É administrado antes e
depois do parto para evitar a
transmissão do vírus HIV
para a criança.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Para evitar a transmissão do vírus
HIV, mães infectadas não devem
amamentar seus filhos.
Zidovudina + Lamivudina Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
50
(comprimido) Risco.
É administrado antes e
depois do parto para evitar a
transmissão do vírus HIV
para a criança.
descartado (Thomson).
Para evitar a transmissão do vírus
HIV, mães infectadas não devem
amamentar seus filhos.
5.5.2.2 Inibidores da transcriptase reversa não-análogos
de nucleosídeo
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Efavirenz
(cápsula/ solução oral)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Para evitar a transmissão do vírus
HIV, mães infectadas não devem
amamentar seus filhos.
Nevirapina
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Para evitar a transmissão do vírus
HIV, mães infectadas não devem
amamentar seus filhos.
5.5.2.3 Inibidores de transcriptase reversa análogos de
nucleotídeo
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Fumarato de tenofovir
desoproxila
(comprimido)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
51
5.5.2.4 Inibidores de protease
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Lopinavir + ritonavir
(cápsula/ solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Pode ser administrado
somente se o benefício
justificar o possível risco
para o feto.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Mulheres infectadas pelo vírus
HIV não devem amamentar seus
filhos para evitar a transmissão.
Mesilato de saquinavir
(cápsula)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Mulheres infectadas pelo vírus
HIV não devem amamentar seus
filhos para evitar a transmissão.
Nelfinavir
(comprimido/ pó para solução)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Por causa dos sérios riscos de
efeitos adversos no lactente e
para evitar a transmissão do vírus
HIV, a amamentação não é
recomendada.
Ritonavir
(cápsula/ solução oral)
Categoria B – prescrição
com Cautela
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Por causa dos sérios riscos de
efeitos adversos no lactente e
para evitar a transmissão do vírus
HIV, a amamentação não é
recomendada.
Sulfato de atazanavir
(cápsula)
Categoria B – prescrição
com Cautela
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
52
Por causa dos sérios riscos de
efeitos adversos no lactente e
para evitar a transmissão do vírus
HIV, a amamentação não é
recomendada.
5.6 Antiparasitários
5.6.1 Anti-helmínticos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Albendazol
(comprimido mastigável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Citrato de dietilcarbamazina
(comprimido)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Ivermectina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Mebendazol
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Praziquantel
(comprimido)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Tiabendazol
(comprimido/ suspensão oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
5.6.2 Antiprotozoários
5.6.2.1 Amebicida, giardicida e tricomonicida
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Metronidazol
(comprimido/ suspensão oral/
creme vaginal)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Como o metronidazol
Evitar amamentação (OMS).
Pelo fato de o fármaco ser
mutagênico e carcinogênico em
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
53
atravessa a barreira
placentária e entra na
circulação fetal rapidamente,
a utilização de metronidazol
é contra-indicada durante o
primeiro trimestre da
gravidez. Recomenda-se que
o metronidazol seja utilizado
durante a gravidez apenas se
o benefício materno justifica
o risco potencial para o feto.
Uso não recomendado
durante o primeiro trimestre
da gravidez, devendo seu
uso ficar restrito às mulheres
em que o tratamento local
se mostrou inadequado para
combater os sintomas.
alguns testes especiais, a
exposição desnecessária ao
metronidazol deve ser evitada.
Devido o fármaco ser eliminado
no leite (que fica com gosto
desagradável), pode haver uma
modificação da flora intestinal do
lactente
Obs: Orientar a mãe a extrair o
seu leite com antecedência, e
estocar em congelador para
alimentar o bebê.
5.6.2.2 Antimaláricos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Arteméter
(solução injetável)
O arteméter é a segunda,
para o tratamento
parenteral de malária
falciparum grave durante o
segundo e terceiro
trimestres. No primeiro
trimestre, até que haja mais
provas disponíveis, o
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
54
artesunato pode ser
considerado como uma
opção (OMS).
Artesunato de sódio
(comprimido/ pó para solução
injetável)
O risco fetal não pode ser
descartado (Thomson).
Compatível com amamentação,
mas deve-se monitorar o
lactente quanto a reações
adversas (OMS).
Cloridrato de clindamicina
(cápsula)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Evitar amamentação se possível.
Porém, se utilizada, deve-se
monitorar a criança para efeitos
adversos (OMS).
Risco de diarréia e colite
pseudomembranosa.
Cloridrato de mefloquina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Obs.: Não deve ser usado no
1º trimestre de gestação.
Evitar amamentação (OMS).
Sulfato de cloroquina
(solução injetável)
Difosfato de cloroquina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
OMS não recomenda o uso em
crianças com deficiência de
GLICOSE 6-FOSFATO
DESIDROGENASE, e aconselha
acompanhamento de prematuros
e neonatos de efeitos
secundários, tais como hemólise
e icterícia.
Doxiciclina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
55
Primaquina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco
Possibilidade de o feto
nascer com deficiência de
GLICOSE 6-FOSFATO
DESIDROGENASE (Centers
for Disease Control).
• Compatível com a
amamentação (OMS)
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Sulfato de quinina
(comprimido)
Dicloridrato de quinina
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
OMS considera que é seguro
quando usados em doses
terapêuticas normais,
embora o problema de
hipoglicemia nos segundo e
terceiro trimestre possam
sugerir que os derivados de
artemisina possam ser
melhores.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
5.6.2.3 Medicamentos contra toxoplasmose e
adjuvantes
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de clindamicina
(cápsula)
Fosfato de clindamicina
(solução injetável)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
Evitar a amamentação se
possível. Porém, se utilizada
durante este período, monitorar
a criança para efeitos adversos
(OMS).
Espiramicina É usada primariamente na Uso criterioso. Não há
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
56
(comprimido) prevenção da toxoplasmose
congênita, no 1º trimestre
da gestação. As
concentrações elevadas da
espiramicina observadas na
placenta e cordão umbilical
fazem com que esse fármaco
seja recomendado para o
tratamento pré-natal de
toxoplasmose congênita. É
desprovida de complicação
para o feto.
informações disponíveis.
Folinato de cálcio
(comprimido/ pó para solução
injetável/ solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Pirimetamina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Compatível com a
amamentação, mas deve-se
monitorar a criança para efeitos
adversos (OMS).
Excretada no leite materno em
quantidades significativas e
interfere no metabolismo do
ácido fólico.
Sulfadiazina
(comprimido)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
57
5.6.2.4 Medicamento contra tripanossomíase
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Benzinidazol
(comprimido)
É contra-indicado no 1 º
trimestre da gravidez.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
5.6.2.5 Medicamentos contra leishmaníase
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Anfotericina B
(pó para solução injetável em
desoxicolato de sódio)
Categoria B – prescrição
com Cautela.
O uso só deve ser feito no
caso de infecções em que
outros fármacos mais
seguros não podem ser
usados.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado
(Thomson).
Antimoniato de meglumina
(solução injetável)
É contra-indicado para
gravidez, exceto em casos de
leishmaniose visceral, que
pode levar ao óbito.
O recém-nascido e o lactente não
ficam expostos a níveis tóxicos de
antimônio pentavalente, pois o
nível absoluto máximo
encontrado no leite materno foi
de 3-5μm/mL.
Isetionato de pentamidina
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Pode provocar aborto, o que
não impede de tratar a
forma visceral, que tem alta
letalidade.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
58
5.6.2.6 Medicamentos contra filaríase
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Citrato de dietilcarbamazina
(comprimido)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Ivermectina
(comprimido)
Categoria C - prescrição com
Risco.
• Dados insuficientes para
avaliação do risco (OMS).
• O risco infantil não pode
ser descartado (Thomson).
5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Álcool etílico
(solução 70% m/V)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Gliconato de Clorexidina
(solução degermante 2% a 4%)
É utilizado para anti-sepsia
pré-operatória.
Não há informações disponíveis.
Glutaral
(solução 2%)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Hipoclorito de sódio
(solução 10mg de cloro/mL)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Iodopovidona
(solução alcoólica 10%/ solução
aquosa 10%/ solução
degermante 10%)
Categoria C – prescrição
com Risco.
Hipotiroidismo tem sido
relatado em prematuros e
infantes de baixo peso após
utilização de iodopovidona
para rotina de anti-sepsia, e
hipertiroidismo em bebês
atermo após lavagem do
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Alguns estudos relatam elevadas
concentrações de iodo no leite
materno e um odor de iodo na
pele do bebê.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
59
mediastino.
A utilização perinatal
vaginal de iodopovidona
pode causar disfunção
neonatal da tireóide.
Permanganato de Potássio
(pó/ comprimido)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias
6.1 Antineoplásicos
6.1.1 Alquilantes
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Ciclofosfamida
(pó para solução injetável/
comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Clorambucila
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar a amamentação se
possível. Porém, se utilizada
durante este período, monitorar
a criança para efeitos adversos
(OMS).
Dacarbazina
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Ifosfamida.
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Melfalana
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
60
6.1.2 Antimetabólitos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Citarabina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Cladribina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Fluoruracila
(creme/ solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Amamentação não recomendada
durante quimioterapia, devido o
risco para a criança (USPDI).
Mercaptopurina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Metotrexato de sódio
(comprimido/ solução injetável)
Categoria X – prescrição com
Perigo (contra-indicada).
Evitar amamentação (OMS).
Tioguanina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
6.1.3 Alcalóides e outros produtos naturais
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Docetaxel
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Etoposídeo
(cápsula/ solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Paclitaxel
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Sulfato de vimblastina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Sulfato de vincristina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
61
Teniposídeo
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
6.1.4 Antibióticos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de daunorrubicina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Cloridrato de doxorrubicina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Cloridrato de Idarrubicina
(pó para solução injetável/
cápsula)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Dactinomicina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Sulfato de bleomicina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
6.1.5 Compostos de platina
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Carboplatina
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Cisplatina
(solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
6.1.6 Outros agentes citotóxicos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Asparaginase
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar amamentação (OMS).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
62
Hidroxiuréia
(cápsula)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
6.2 Terapia Hormonal
6.2.1 Progestógenos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Acetato de megestrol
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
6.2.2 Análogos de Hormônios Liberadores de Gonadotrofina
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Acetato de leuprorrelina
(pó para suspensão injetável)
Categoria X – prescrição com
Perigo (contra-indicada).
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
6.2.3 Antiestrógenos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Citrato de tamoxifeno
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
Evitar amamentação (OMS).
6.2.4 Inibidores enzimáticos
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Anastrozol
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Cloridrato de ondansetrona Categoria B – prescrição com O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
63
(comprimido/ solução injetável) Cautela. descartado (Thomson).
Dexametasona
(comprimido/ elixir)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC)
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Filgrastrim
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Folinato de cálcio
(comprimido/ pó para solução
injetável/ solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Fosfato dissódico dexametasona
(solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC)
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Fosfato sódico prednisolona
(solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Mesna
(solução injetável/ comprimido)
Categoria B – prescrição com
Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Pamidronato dissódico
(pó para solução injetável)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Prednisona
(comprimido)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC)
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Succinato sódico de
metilprednisolona
(pó para solução injetável)
Sem categoria de risco
definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC)
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
64
7. Imunossupressores e Imunoterápicos
7.1 Imunossupressores
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Azatioprina
(comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
OBS: é recomendado o uso
de métodos contraceptivos
durante o tratamento.
Evitar a amamentação (OMS).
Ciclofosfamida
(pó para solução injetável/
comprimido)
Categoria D – prescrição
com Alto Risco.
OBS: é recomendado o uso
de métodos contraceptivos
durante o tratamento.
Evitar a amamentação (OMS),
devido à citotoxicidade do
fármaco, que pode interferir com
o metabolismo celular do
lactente, demonstrando risco
infantil.
Ciclosporina
(cápsula/ solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Evitar a amamentação (OMS),
devido à citotoxicidade do
fármaco, que pode interferir com
o metabolismo celular do
lactente, demonstrando risco
infantil.
Fosfato sódico de prednisolona
(solução)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Metotrexato de sódio
(comprimido/ solução injetável)
Categoria X – prescrição com
Perigo (contra-indicada).
OBS: é recomendado o uso
de métodos contraceptivos
durante o tratamento.
Evitar a amamentação (OMS),
devido à citotoxicidade do
fármaco, que pode interferir com
o metabolismo celular do
lactente, demonstrando risco
infantil.
Prednisona Sem categoria de risco O risco infantil não pode ser
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
65
(comprimido) definida pelo FDA.
Categoria A (ADEC)
descartado (Thomson).
7.2 Vacinas e Toxóides
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Vacina BCG – ID (contra
tuberculose, bacilos atenuados)
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Em gestantes, recomenda-se
transferir a aplicação do BCG
para depois de terminada a
gravidez.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Vacina de vírus vivos atenuados
de febre amarela
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Risco para o feto, utilizar
como última alternativa
terapêutica.
• Compatível com a
amamentação (OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Vacina contra hepatite B (ADNR
recombinante)
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
A vacina deve ser
administrada a mulheres
grávidas apenas se
estritamente necessário e
aquelas que se enquadrem
dentro das normas dos
Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais
(CRIES).
• Compatível com a
amamentação (OMS).
• O risco infantil é mínimo
(Thomson)
Vacina contra raiva (uso humano,
cultivo celular) = Anti-rábica
Categoria C – prescrição com
Risco.
• Compatível com a
amamentação (OMS)
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
66
humana preparada sobre células
VERO
(pó para solução injetável)
A vacina deve ser
administrada a mulheres
grávidas apenas se
estritamente necessário e
aquelas que se enquadrem
dentro das normas dos
Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais
(CRIES).
OBS: a gravidez não deve
ser considerada uma contra-
indicação para vacinação
contra raiva em situações
de pós-exposição.
• O risco infantil é mínimo
(Thomson).
É aconselhável definir
cuidadosamente o benefício
esperado contra o risco potencial
antes da administração
profilática da vacina durante a
lactação. Nenhum risco para o
recém-nascido foi relatado até a
presente data.
OBS: a lactação não é contra-
indicação para a vacinação.
Vacina de vírus vivos contra
sarampo = vírus hiperatenuados
(pó para solução injetável)
Categoria X – prescrição com
Perigo (contra-indicada)
Obs.: recomenda-se que a
gravidez seja evitada nos
três meses seguintes à
vacinação.
• Compatível com a
amamentação (OMS)
• O risco infantil é mínimo
(Thomson)
Recomenda-se o uso com
cautela, visto não haver registro
de problemas causados nos
lactentes pela utilização da
vacina durante a lactação.
Vacina antidiftérica e antitetânica
uso adulto (DT)
(suspensão injetável)
É uma vacina de rotina na
gestação.
Não há estudos conclusivos.
Vacina oral contra poliomielite
tipos 1,2 e 3
(solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não existem contra-
Não foram documentados
problemas relacionados ao uso
da vacina inativa contra
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
67
indicações absolutas para a
aplicação de vacina contra
poliomielite.
Embora a imunização de
rotina não seja
recomendada em mulheres
grávidas, a vacinação poderá
ser efetuada em caso de
risco de exposição ao vírus
da poliomielite durante a
gravidez.
poliomielite durante a lactação.
Vacina tríplice bacteriana, contra
difteria, tétano e coqueluche
(DTP)
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Somente utilizar se os
benefícios justificarem os
riscos para o feto.
Não existem relatos de
incompatibilidade.
Vacina tríplice viral, contra
sarampo, rubéola e caxumba
(SRC)
(solução injetável)
Categoria X – prescrição com
Perigo (contra-indicada).
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Vacina contra febre tifóide
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não há dados sobre a
segurança das vacinas Vi ou
Ty21a na gestação, mas se
for indicado o seu uso, em
função de riscos
epidemiológicos, é preferível
usar a vacina polissacáride
Raciocínio semelhante se aplica
ao seu uso em mães que estejam
amamentando.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
68
Vi, por ser vacina não-viva,
ao contrário da Ty21a.
Vacina contra influenza
(conjugada c proteína tetánica
contra Haemophilus tipo b)
(solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não foram realizados
estudos investigando seu
uso na gravidez.
Compatível com a amamentação
e o risco infantil é mínimo.
Não foram documentados
problemas relacionados à
lactação em humanos.
Vacina anti-meningococo A e C
(A+C)
(pó para solução injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não são vacinas de uso
rotineiro, sendo indicadas
apenas para o controle de
surtos e epidemias.
Não foram realizados
estudos investigando o
efeito sobre a gravidez,
porém deve-se tomar
cuidado na vacinação de
mulheres grávidas.
A vacina não é formalmente
contra-indicada durante a
gravidez e pode ser utilizada
em caso de risco substancial
de infecção.
A vacina não é formalmente
contra-indicada durante a
lactação e pode ser utilizada em
caso de risco substancial de
infecção.
Vacina anti-meningococo B e C
(suspensão injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não é utilizada na rotina dos
serviços de saúde pública,
ficando seu uso
Não deve ser administrada em
mulheres amamentando a não
ser que seja considerado
necessário e justificado seu uso
por um alto risco epidemiológico,
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
69
condicionado a instruções do
Programa Nacional de
Imunizações, em situações
epidemiológicas especiais.
Não deve ser administrada
em mulheres grávidas a não
ser que seja considerado
necessário e justificado seu
uso por um alto risco
epidemiológico, neste caso
deve ser examinada a
relação risco/benefício para
poder liberar uma possível
imunização.
neste caso deve ser examinada a
relação risco/benefício para
poder liberar uma possível
imunização.
Vacina oral de rotavírus humano
(VORH)
(pó para solução oral)
Categoria C – prescrição com
Risco.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Vacina tetravalente (DPT+HiB)
anti-diftérica, anti-tetânica, anti-
pertússica e contra meningite e
outras infecções causadas por
Haemophilus influenzae tipo B
(suspensão injetável)
Categoria C – prescrição com
Risco.
Não se recomenda a
utilização em mulheres
grávidas. Contudo, em caso
de administração
inadvertida, não há registro
de risco de teratogenicidade;
porém, uma reação febril
pode aumentar o risco de
aborto ou parto prematuro.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
70
7.3 Soros e Imunoglobulinas
FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO
Imunoglobulina anti-D (Rh)
(solução injetável)
Categoria A – é bastante
remota a possibilidade de
dano fetal.
Experiência clínica não
mostrou sinais de efeitos
mutagênicos e/ou
teratogênicos. Não foram
observados efeitos
prejudiciais durante a
gestação, nem no feto e nem
no neonato.
O risco infantil é mínimo
(Thomson).
Imunoglobulina antitetânica
(solução injetável)
Categoria B – prescrição com
Cautela.
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Imunoglobulina anti – rábica
(solução injetável)
Categoria B – prescrição com
Cautela.
Deve ser administrada a
mulheres grávidas apenas se
estritamente necessário e
aquelas que se enquadrem
dentro das normas dos
Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais
(CRIES).
O risco infantil não pode ser
descartado (Thomson).
Soro anti-rábico
(solução injetável)
Categoria B – prescrição com
Cautela.
Deve ser administrada a
mulheres grávidas apenas se
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
71
estritamente necessário e
aquelas que se enquadrem
dentro das normas dos
Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais
(CRIES).
Soro antiaracnídico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antibotrópico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antibotrópico-crotálico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antibotrópico- laquético
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antibotulínico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro anticrotálico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antidiftérico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Avaliar o risco-benefício.
Soro antielapídico
(solução injetável)
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
Uso criterioso. Não há
informações disponíveis.
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Manual aleitamento

  • 1. Universidade Federal do Ceará – UFC Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação
  • 2. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação Fortaleza – CE Agosto 2008 Universidade Federal do Ceará – UFC Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM
  • 3. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 2 Elaboração e Informações: GRUPO DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE MEDICAMENTOS – GPUIM Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Enfermagem e Odontologia. Departamento de Farmácia Rua Capitão Francisco Pedro, n° 1210, 2° andar, sala do GPUIM, Rodolfo Teófilo CEP: 60431-32, Fortaleza – CE Tel.: (85) 3366 – 8276 (fone/fax); 3366 – 8293 E-mail: cimufc@ufc.br Revisão técnica geral: Farm. Luis Davi Alves Lima U51i Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos. Informações para o uso de medicamentos na gravidez e lactação. / Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos. Coordenação Mirian Parente Monteiro. Fortaleza - CE, 2008. 112p. 1. Uso de medicamentos. 2. Gravidez. 3. Lactação. I. Monteiro, Mirian Parente (Coord.). II. Título. CDD 615.1 EQUIPE ELABORADORA: Coordenadora: Mirian Parente Monteiro Farmacêuticos: Ana Cláudia de Brito Passos Camila Peixoto de Lima Freire Eudiana Vale Francelino Germano Paulino Dias Henry Pablo Lopes Campos e Reis Larisse Mota Marques Luis Davi Alves Lima Estudantes de Farmácia: Antônio Átila de Sousa Danúsio Pinheiro Sartori Luiz Henrique Portácio dos Santos Marina dos Santos Garruti de Medeiros Priscilla Moreira Bessa Apoio: Conselho Regional de Farmácia (CRF – CE)
  • 4. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 3 ÍNDICE PREFÁCIO................................................................................................8 INTRODUÇÃO..........................................................................................10 CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO...................................15 MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO....................................20 SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE DOENÇAS.............................................................................20 1. Anestésicos e Adjuvantes...............................................................20 1.1 Anestésicos Gerais....................................................................20 1.2 Anestésicos Locais.....................................................................22 1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e Anticolinesterásicos..................................................................22 2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da Enxaqueca......................................................................................24 2.1 Analgésicos e Antipiréticos.......................................................24 2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas........................................24 2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca.................................25 3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota...............................................................................................26 3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides.............................................26 3.2 Antiinflamatórios Esteróides.....................................................26 3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios Reumatóides e Adjuvantes........................................................27 3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota...................28
  • 5. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 4 4. Antialérgicos e medicamentos usados em anafilaxia.....................29 5. Antiinfectantes..............................................................................30 5.1 Antibacterianos........................................................................30 5.2 Antifúngicos Sistêmicos...........................................................45 5.3 Antifúngicos Tópicos................................................................46 5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose.............................47 5.5 Antivirais..................................................................................48 5.6 Antiparasitários.......................................................................52 5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes..........................58 6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias....................59 6.1 Antineoplásicos.......................................................................59 6.2 Terapia Hormonal...................................................................62 6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica.............................62 7. Imunossupressores e Imunoterápicos...........................................64 7.1 Imunossupressores..................................................................64 7.2 Vacinas e Toxóides...................................................................65 7.3 Soros e Imunoglobulinas..........................................................70 8. Medicamentos e Antídotos Usados em Intoxicaçõees Exógenas.......................................................................................72 8.1 Não-Específicos........................................................................72 8.2 Específicos................................................................................73 9. Soluções Hidroelétricas e Corretoras do Equilíbrio Ácido- básico...........................................................................................75 10.Vitaminas e Substâncias Minerais.................................................76
  • 6. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 5 SEÇÃO B. MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE ÓRGÃOS E SISTEMAS ORGÂNICOS........................................................77 11. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Nervoso Central e Periférico......................................................................................77 11.1 Anticonvulsivantes..................................................................77 11.2 Antidepressivos e Estabilizadores de Humor..........................78 11.3 Antiparkinsonianos.................................................................79 11.4 Antipsicóticos..........................................................................79 11.5 Ansiolíticos e Hipno-Sedativo..................................................80 12. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Cardiovascular e Renal............................................................................................80 12.1 Medicamentos Utilizados na Insuficiência Cardíaca...............80 12.2 Medicamentos Antiarrítmicos.................................................81 12.3 Medicamentos Usados em Cardiopatia Isquêmica.................82 12.4 Anti-Hipertensivos...................................................................84 12.5 Diuréticos.................................................................................86 12.6 Medicamentos Usados no Choque Cardiovascular..................86 12.7 Hipolipemiante.........................................................................87 13. Medicamentos que Atuam Sobre o Sangue..................................87 13.1 Antianêmicos............................................................................87 13.2 Anticoagulantes e Antagonistas...............................................88 13.3 Antiagregante Plaquetário.......................................................89 13.4 Fatores de Coagulação e Relacionados....................................89 13.5 Frações do Plasma para Fins Específicos.................................90 13.6 Expansor Volêmico..................................................................90
  • 7. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 6 13.7 Trombolítico............................................................................90 14. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Digestivo.................90 14.1 Antiácidos................................................................................90 14.2 Anti-secretores........................................................................91 14.3 Antimicrobianos (erradicação de Helicobacter pylori)............91 14.4 Antieméticos e Agentes Prócinéticos......................................92 14.5 Antidiarréico Sintomático........................................................93 14.6 Laxativos..................................................................................93 14.7 Outros......................................................................................93 15. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Respiratório............94 15.1 Antiasmáticos..........................................................................94 15.2 Agentes Tensoativos Pulmonares e Outros que Atuam na Síndrome do Desconforto Respiratório em Neonatos.............94 15.3 Preparações Nasais..................................................................95 16. Medicamentos que Atuam Sobre os Sistemas Endócrino e Reprodutor....................................................................................95 16.1 Hormônios Hipofisários e Relacionados...................................95 16.2 Hormônio Tireoidiano, Medicamentos Antitireoidianos e Adjuvantes...............................................................................95 16.3 Insulinas e Antidiabéticos Orais...............................................96 16.4 Hormônios Sexuais, Antagonistas e Medicamentos Relacionados...........................................................................97 17. Medicamentos Tópicos Usados em Pele, Mucosas e Fâneros.....101 17.1 Anestésico Local.....................................................................101 17.2 Antiinfectantes.......................................................................101
  • 8. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 7 17.3 Antipruriginoso e Antiinflamatório........................................103 17.4 Agentes Ceratolíticos e Ceratoplásticos.................................105 17.5 Escabicida e Pediculicida........................................................105 17.6 Outros.....................................................................................105 18. Medicamentos Tópicos Usados no Sistema Ocular.....................106 18.1 Anestésico Local.....................................................................106 18.2 Antiinfectantes.......................................................................106 18.3 Antiinflamatório e Antialérgico..............................................106 18.4 Midriático e Cicloplégico........................................................107 18.5 Antiglaucomatosos.................................................................108 18.6 Substituto da Lágrima.............................................................108 18.7 Agentes Diagnósticos..............................................................108 SEÇÃO C. OUTROS MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA SAÚDE............109 19. Produtos para o Tratamento do Tabagismo................................109 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................110 FONTES PARA CONSULTA.......................................................................112
  • 9. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 8 PREFÁCIO A primeira versão desse manual foi elaborada como parte das atividades do Projeto de Extensão intitulado Centro de Estudos e Apoio à Assistência Farmacêutica – CEAAF, integrante do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM. O CEAAF dedicou-se especialmente a elaboração do manual “Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação”, atendendo a uma necessidade sentida por meio das muitas solicitações feitas ao Centro de Informação sobre Medicamentos da Universidade Federal do Ceará – CIM/UFC, outro Projeto de Extensão ligado ao GPUIM, que atende tanto aos profissionais da área da saúde como a comunidade em geral. A busca de informações sobre a possível utilização de medicamentos durante a gestação e o período de lactação é sempre constante, o que nos fez pensar em desenvolver esse trabalho de modo que o mesmo possa vir a ser um instrumento para consulta dos profissionais de saúde, gestantes e lactantes que no seu cotidiano deparam- se com muitas interrogações sobre o assunto. Na construção desse material informativo foi seguida a lista de medicamentos constante da última edição da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME, uma vez que consiste no elenco de medicamentos comumente encontrados e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Os fármacos foram descritos por grupo farmacológico, segundo a ordenação da RENAME, sendo apresentado de forma objetiva e sucinta a informação sobre a segurança do uso do medicamento na gravidez e lactação. Esperamos, através desse instrumento de consulta, poder auxiliar todos os profissionais de saúde que buscam orientar com segurança às gestantes e nutrizes quanto à utilização correta de medicamentos. Gostaria de ressaltar, especialmente, o empenho e a dedicação de, Rosilândia Trajano Bandeira, responsável pela 1ªversão desse manual e de Luis Davi Alves Lima que cuidou da revisão que foi feita para essa versão atualizada.
  • 10. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 9 Como coordenadora do Centro de Informação sobre Medicamentos quero também enfatizar a colaboraçãode todos os alunos, bolsistas e voluntários, e dos demais membros integrantes do GPUIM que colaboraram para que essa tarefa tivesse êxito. Por fim, destacamos nossos agradecimentos ao Conselho Regional de Farmácia pelo apoio aos Projetos desenvolvidos pelo GPUIM, traduzidos em bolsas concedidas aos nossos estudantes, o que tem possibilitado a execução de muitos dos nossos trabalhos. Profª Mirian Parente Monteiro Coordenadora do CIM/ GPUIM/ UFC
  • 11. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 10 INTRODUÇÃO A grande dificuldade encontrada na elaboração do Manual consistiu no fato de que, para uma significativa quantidade de fármacos, não existem dados científicos sobre o verdadeiro risco associado a seu uso durante a gravidez. Exceto se um medicamento está sendo testado para alguma condição relacionada à gestação, ensaios clínicos não são realizados em mulheres grávidas. Por razões legais e éticas não são permitidos estudos científicos dos efeitos dos fármacos, por métodos convencionais, prospectivos e duplo – cegos, sobre a utilização de medicamentos na gravidez e lactação. A primeira linha de informação para qualquer produto comercializado que venha a ser utilizado por gestantes e nutrizes consiste em relatos espontâneos de eventos adversos seja para o laboratório produtor o para o Food and Drug Administration (FDA), através do programa MedWatch. A notificação e o relato de uma possível ligação entre o medicamento e um evento adverso particular, é freqüentemente a primeira indicação de problemas, às vezes muito raros para serem identificados nos ensaios clínicos pré- comercialização. As referências mais comuns do uso de medicamentos nessas situações provêm de relatos de casos observados e relatados por médicos cuja paciente ou mais de uma, tenham feito uso de um medicamento em particular coincidentemente com o período da gestação ou durante a amamentação. Tal informação é, na realidade, um dado observacional não podendo ser considerado de caráter definitivo ou conclusivo no que diz respeito ao risco associado ao medicamento nessas circunstâncias. É possível encontrar na literatura relatos com conclusões divergentes, muitas vezes por que outros fatores possam ter sido levados em consideração, ou pelo contrário, ignorados durante as análises feitas sobre o assunto. Também é importante considerar que os dados obtidos a partir de estudos com animais não podem ser, integralmente, extrapolados para a gravidez humana. Esses dados provêm da interpretação dos dados observados pelos autores ou compilação das análises de outrem, existindo dessa forma sempre a possibilidade de uma avaliação incorreta ou inconsistente com as intenções do autor. Por fim, a ausência de informações publicadas
  • 12. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 11 sobre o uso de medicamentos, especialmente na gestação, bem como na amamentação, não pode ser interpretado como evidência de sua segurança. Devido à histórica escassez de estudos bem controlados de medicamentos na gravidez humana, várias iniciativas surgiram nos anos 90. Atualmente muitos desses projetos começam a mostrar resultados partir de um simples follow-up de exposições a um dado medicamento, ou grupos de estudos de classes terapêuticas as quais vêm sendo estudadas em sua totalidade, patrocinados por consórcios de empresas financiadoras. Os fármacos apresentam efeitos mais intensos quando administrados durante o primeiro trimestre da gravidez. Este período é dito ser de diferenciação embriológica dos sistemas e a introdução de substâncias químicas, como os medicamentos, pode interferir com esse processo, resultando em malformações fetais. Diz-se que um agente é teratogênico quando o mesmo produz uma alteração, maior ou menor, em relação à morfologia e fisiologia normais no feto, quando de sua administração durante o desenvolvimento embriológico ou fetal, considerando principalmente o primeiro trimestre da gestação. A proporção da incidência total de defeitos de nascimento associada ao uso de medicamentos não é conhecida com exatidão. Os fármacos administrados durante a gravidez, provavelmente, estarão presentes na circulação fetal por ocasião do nascimento. Existem evidências que certos medicamentos acumulam-se no sangue fetal, resultando em uma resposta exagerada ou prolongada. Alguns medicamentos podem ainda produzir dano fetal devido a alterações em processos fisiológicos necessários à manutenção do bem estar fetal. Um exemplo dessa situação são os medicamentos que alteram o fluxo sangüíneo placentário que podem causar danos fetais por diminuição do fornecimento de oxigênio e nutrientes. Existe um crescente aumento de evidências que os medicamentos podem causar danos ao Sistema Nervoso Central (SNC) do feto, mesmo na ausência de efeitos estruturais e fisiológicos. Isso se deve ao fato de que o SNC fetal ainda encontra-se em desenvolvimento na época do nascimento, e segundo alguns autores isso persistiria até, pelo menos 18 meses após o nascimento. Assim sendo, os medicamentos podem
  • 13. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 12 interferir com o amadurecimento normal do SNC e produzir anormalidades nas habilidades mentais da criança. Durante o parto, a maioria dos medicamentos utilizados, pode afetar a freqüência e intensidade das contrações uterinas, se os mesmos não forem usados de forma apropriada. No tocante ao metabolismo fetal de medicamentos, os recém-nascidos, principalmente os prematuros, não possuem capacidade de metabolização totalmente desenvolvida. Os sistemas metabolizadores hepáticos demoram algum tempo após o nascimento, para alcançar sua capacidade funcional plena. Além disso, a função renal do recém nato também não se encontra totalmente desenvolvida no momento do nascimento. Medicamentos metabolizados pelo fígado e excretados pela urina podem se acumular, se os processos de eliminação não estiverem funcionando adequadamente. Muitos medicamentos usados pela mãe são excretados, em alguma extensão, no leite materno, podendo consistir numa fonte potencial de toxicidade para o lactente. O principal parâmetro que determina o grau de penetração de um fármaco no leite materno é a ligação às proteínas plasmáticas. A fração ligada à proteína permanece na circulação materna, enquanto a fração do medicamento livre pode ser transferida para o leite da mãe. Fármacos que apresentam uma elevada taxa de ligação à proteína, > 90%, são excretadas em pequenas quantidades no leite (ex: varfarina), o que reduz a possibilidade da exposição infantil ao medicamento. Quanto maior for a razão entre concentração de fármaco no leite relacionada à concentração da substância no plasma (L/P), maior a quantidade de fármaco encontrada no leite materno. A relação L/P dá uma estimativa de distribuição do fármaco entre o leite materno e o plasma. Quando a concentração plasmática de um medicamento cai abaixo de sua concentração no leite materno, forças de equilíbrio direcionam a saída do medicamento de volta para o plasma da mãe afim de que o mesmo possa ser eliminado. A melhor escolha é aquela de fármacos com baixa razão L/P, um valor elevado para essa relação, contudo, não necessariamente contra- indica o uso de um dado medicamento para o aleitamento materno. Isso porque a relação
  • 14. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 13 L/P não fornece toda a informação sobre a quantidade absoluta de um fármaco que possa ser transferida para o bebê através do leite. Geralmente, determinada dose de um medicamento pode ser prejudicial ao lactente, enquanto que, doses menores do mesmo não chegam a causar problemas. Na maioria dos casos, os níveis dos fármacos e/ou seus metabólitos no leite materno estão diretamente relacionados com a dose do medicamento utilizada pela mãe. Além da quantidade da substância presente no leite e das conseqüências disso para o lactente, importa considerar, ainda, o intervalo de tempo entre a administração do medicamento e seu aparecimento no leite materno. Existem muitas recomendações de que, em relação aos medicamentos excretados no leite materno, a amamentação seja efetuada antes da administração do fármaco à mãe. Contudo pode acontecer de um medicamento estar presente no leite materno, num período posterior a sua administração, sendo capaz de exercer um efeito tardio ao que era esperado. É válido lembrar que o conteúdo de um medicamento no leite materno pode variar dependo do período da lactação. O colostro, substância que é secretada antes da excreção do leite, possui uma concentração relativamente menor de gorduras e açúcares. O conteúdo lipídico do leite também difere entre cada amamentação, com as primeiras frações contendo menos gorduras que as frações finais. Quase sem exceção, um medicamento que é mais lipossolúvel irá se transferir mais rapidamente, e em maiores quantidades, para o leite materno do que aquele que for menos lipossolúvel. Dessa forma, medicamentos com baixa lipossolubilidade e aqueles que são hidrossolúveis difundem-se lentamente para o leite materno e devem ser preferidos para as mulheres que amamentam. A variação na composição do leite materno afeta a passagem dos medicamentos, uma vez que as propriedades físico-químicas dos fármacos (ex; pH, peso molecular, meia-vida biológica (T1/2)) e o meio biológico no qual se encontram serão determinantes da quantidade de substância que será excretada no leite materno.
  • 15. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 14 Fatores associados ao fármaco, fatores maternos e fatores ligados à criança, devem ser levados em consideração conjuntamente, possibilitando ao prescritor avaliar os possíveis riscos do aleitamento materno pela mãe que está recebendo alguma medicação. Durante a gravidez, antes de usar qualquer medicamento, a paciente e o prescritor devem discutir a natureza do mesmo, os efeitos que podem ter sobre o feto e se seu uso é absolutamente necessário. O ideal seria não ter que usar qualquer tipo de medicamento durante a gravidez, mas isso raramente ocorre. As mulheres grávidas estão expostas a muitas categorias de medicamentos assim como as não-grávidas, embora a prevalência relativa seja diferenciada. Vitaminas, agentes antiinfecciosos, analgésicos, antiasmáticos, produtos dermatológicos, etc. encontram-se com freqüência nas prescrições das gestantes. Os benefícios do uso de um medicamento devem ser comparados aos perigos ou riscos de usá-lo ou não. Para uma tomada de decisão sobre uma terapia medicamentosa é sempre aconselhável consultar a literatura especializada, o que poderá ser feito diretamente às fontes de consulta ou através dos centros de informação em medicamentos.
  • 16. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 15 CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO A bula de alguns medicamentos inclui informações sobre o nível de risco para o feto e, quando necessário, cautela na sua utilização. O Food and Drug Administration (FDA) criou cinco categorias (A, B, C, D, e X) para indicar o potencial teratogênico dos fármacos. Este formato foi inicialmente anunciado em setembro 1979, no FDA Drug Bulletin. Devido às revisões das bulas, muitos produtos já utilizam esse formato. De forma semelhante, existe um sistema de classificação, porém pouco divulgado, aprovado pelo Australian Drug Evaluation Committee (ADEC) em 1989. Há ainda, uma outra classificação, Thomson Pregnancy Risk Category, derivada de revisão clínica de literatura primária publicada, mas independente daquela do FDA ou da ADEC. Assim neste manual, em virtude de sua maior aceitação e utilização, adotaremos a classificação proposta pelo FDA e, nos casos onde não foram encontradas a classificação de acordo com esse órgão, utilizaremos a classificação proposta pelo ADEC. Com relação às considerações pertinentes à amamentação, foram utilizadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of Pediatrics (AAP), e da classificação Thomson. Abaixo apresentamos as classificações propostas pelo FDA e pela ADEC na gravidez, e a Avaliação Thomson na amamentação. Avaliação da Agência Americana (FDA) sobre fármacos usados na gravidez • Categoria A – A categoria A se refere a medicamentos e substâncias para as quais os estudos controlados em mulheres não têm mostrado risco para o feto durante o primeiro trimestre, não havendo nenhuma evidência de risco em trimestres posteriores, sendo bastante remota a possibilidade de dano fetal.
  • 17. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 16 • Categoria B – Na categoria B, os estudos realizados em animais não demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres ou animais grávidos que mostrem efeitos adversos (que não seja uma diminuição na fertilidade), não sendo confirmado em estudos controlados em mulheres no primeiro trimestre (e não há nenhuma evidência de um risco em trimestres posteriores). Também se aplica aos medicamentos nos quais os estudos em animais mostraram efeitos adversos sobre o feto, mas os estudos controlados em humanos não demostraram riscos para o feto. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de prescrição com Cautela. • Categoria C - Os estudos em animais têm demonstrado que esses medicamentos podem exercer efeitos teratogênicos ou é tóxico para os embriões, mas não há estudos controlados em mulheres ou não há estudos controlados disponíveis em animais nem em humanos. Este tipo de medicamento deve ser utilizado apenas se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de prescrição com Risco. • Categoria D – Na categoria D já existe evidência de risco para os fetos humanos, mas os benefícios em certas situações, como nas doenças graves ou em situações que põem em risco a vida, e para as quais não existe outra alternativa terapêutica – para os quais fármacos seguros não podem ser utilizados ou são ineficazes – podem justificar seu uso durante a gravidez, apesar dos riscos. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de prescrição com Alto Risco. • Categoria X – Na categoria X, os estudos em animais ou humanos têm demonstrado que o medicamento causa anormalidades fetais ou há evidências de risco fetal baseada em experiências em humanos ou ambos. O risco supera claramente qualquer possível benefício. Os medicamentos e substâncias dessa classe são contra –
  • 18. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 17 indicados em mulheres gestantes e são considerados como de prescrição com Perigo (contra-indicada). Avaliação do Comitê Australiano (ADEC) sobre fármacos usados na gravidez • Avaliação A: medicamentos que têm sido tomados por um grande número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil sem provas de aumento na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenham sido observados. • Avaliação B1: medicamentos que tenham sido tomados somente por um limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que aumento na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenha sido observado. Estudos em animais não têm mostrado evidência de ocorrência aumentada de dano fetal. • Avaliação B2: medicamentos que tenham sido tomados somente por um limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenha sido observado. Estudos em animais são inadequados ou podem ser deficientes, mas os dados disponíveis não mostram evidência de ocorrência de dano fetal aumentado. • Avaliação B3: medicamentos que tenham sido tomados somente por um limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenha sido observado. Estudos em animais têm mostrado evidência de ocorrência aumentada de dano fetal, a conseqüência da mesma é considerada incerta em humanos.
  • 19. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 18 • Avaliação C: medicamentos os quais, obedecendo a seus efeitos farmacológicos, têm causado ou pode ser suspeito de causar efeitos nocivos sobre o feto ou o neonato sem causar malformações. Esses efeitos podem ser reversíveis. Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes. • Avaliação D: Medicamentos que tenham causado, ou são suspeitos de ter causado ou podem ser esperados causar um aumento na incidência de malformações fetais ou danos irreversíveis. Esses medicamentos podem ter efeitos farmacológicos adversos. Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes. • Avaliação X: Medicamentos que têm um alto risco de causar danos permanentes ao feto que não deverão ser usados na gravidez ou quando existe a possibilidade de gravidez. Avaliação Thomson sobre medicamentos na amamentação • Risco infantil não pode ser descartado: evidência disponível e/ou o consenso de peritos é inconclusiva ou inadequada para determinar o risco infantil quando o medicamento é usado durante a amamentação. Pesar os benefícios potenciais do tratamento medicamentoso contra os riscos potenciais antes de se prescrever o fármaco durante a amamentação. • Risco infantil tem sido demonstrado: Evidência e /ou consenso de peritos tem demonstrado efeitos de dano infantil quando o medicamento é usado durante a amamentação. Uma alternativa para esse fármaco deverá ser prescrita ou as pacientes deverão ser aconselhadas a descontinuar o fármaco durante a amamentação.
  • 20. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 19 • Risco infantil é mínimo: o peso de um corpo adequado de evidência e ou o consenso de peritos sugere que esse fármaco possui risco mínimo para o bebê quando usado durante a amamentação. • Efeitos sobre o leite são possíveis: Evidência sugere que esse fármaco possa alterar a produção ou composição do leite. Se uma alternativa a esse fármaco não é prescrita, deve-se monitorar o bebê quanto a efeitos adversos e/ou ingestão adequada de leite.
  • 21. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 20 MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE DOENÇAS 1. Anestésicos e Adjuvantes 1.1 Anestésicos Gerais 1.1.1 Agentes de inalação e oxigênio FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Halotano (líquido volátil) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Isoflurano (líquido volátil) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Óxido nitroso (gás inalante) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Estudos retrospectivos e relatos de casos individuais não têm mostrado ser fetotóxico em humanos. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Oxigênio (gás inalante) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. 1.1.2 Agentes intravenosos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de cetamina (solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC). Compatível com a amamentação (OMS). Propofol Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser
  • 22. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 21 (emulsão injetável) com Cautela. descartado (Thomson). Tiopental sódico (pó para solução) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (AAP, OMS). 1.1.3 Medicamentos adjuvantes da anestesia geral e usados em procedimentos anestésicos de curta duração FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Citrato de fentanila (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Usualmente compatível com a amamentação (AAP). Cloridrato de midazolam (solução injetável) Maleato de midazolam (solução oral) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Os estudos sobre esse fármaco durante esse período são inconclusivos. (Thomson) Diazepam (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Risco infantil foi demonstrado (Thomson). O fármaco só deve ser utilizado com a suspensão da amamentação. Sulfato de atropina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação, mas deve-se monitorar a criança para efeitos adversos (OMS). Sulfato de morfina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação. (OMS).
  • 23. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 22 1.2 Anestésicos Locais FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de bupivacaína (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação. (OMS). Cloridrato de bupivacaína + glicose (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (OMS). Cloridrato de lidocaína (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. Compatível com a amamentação (OMS). Cloridrato de lidocaína + glicose (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. Compatível com a amamentação (OMS). Cloridrato de lidocaína + hemitartarato de epinefrina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Cloridrato de prilocaína + felipressina (solução injetável para uso odontológico) Categoria B – prescrição com Cautela. Não foi encontrado menção na literatura sobre a felipressina. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não foi encontrado menção na literatura sobre a felipressina. 1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e Anticolinesterásicos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Besilato de atracúrio (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não há evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considerar os
  • 24. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 23 benefícios potenciais do fármaco contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a amamentação. Brometo de pancurônio (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não há evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais do fármaco contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a amamentação. Brometo de piridostigmina (comprimido) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria C (ADEC). • Usualmente compatível com a amamentação (OMS, AAP). • O risco infantil é mínimo (Thomson). Cloreto de suxametônio (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não há evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais do fármaco contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a amamentação. Metilsulfato de neostigmina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar a amamentação (OMS).
  • 25. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 24 2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da Enxaqueca 2.1 Analgésicos e Antipiréticos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Ácido acetilsalicilico (comprimido/ solução oral) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar a amamentação (OMS). Dipirona sódica (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. A amamentação deve ser evitada durante e até 48 horas após o uso de dipirona, devido à excreção dos metabólitos da dipirona no leite (CBM). Ibuprofeno (comprimido/ suspensão oral) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Compatível com a amamentação (OMS). Paracetamol (comprimido/ solução oral) Categoria B – prescrição com Cautela. Compatível com a amamentação (OMS). 2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Citrato de fentanila (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Usualmente compatível com a amamentação (AAP). Cloridrato de naloxona (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não há evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais do fármaco contra os riscos potenciais antes de
  • 26. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 25 prescrever este medicamento durante a amamentação. Fosfato de codeína (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (OMS). Sulfato de morfina (solução injetável/ solução oral/ cápsula de liberação prolongada/ comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (OMS). 2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Ácido acetilsalicilico (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar a amamentação (OMS). Paracetamol (comprimido/ solução oral) Categoria B – prescrição com Cautela. Compatível com a amamentação (OMS). Cloridrato de amitriptilina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais da droga contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a amamentação. Cloridrato de propranolol (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (OMS).
  • 27. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 26 3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota 3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Ácido acetilsalicílico (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar a amamentação (OMS). Ibuprofeno (comprimido/ suspensão oral) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Compatível com a amamentação (OMS). 3.2 Antiinflamatórios Esteróides FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Dexametasona (comprimido/ elixir) Fosfato dissódico de dexametasona (solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC). O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Fosfato sódico de prednisolona (solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação (OMS). Succinato sódico de metilprednisolona (pó para solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC). O risco infantil é mínimo (Thomson). Prednisona (comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais da droga contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a
  • 28. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 27 amamentação. Succinato sódico de hidrocortisona (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Não evidência conclusiva que comprove o risco infantil durante a amamentação. Considere os benefícios potenciais da droga contra riscos potenciais antes de prescrever esta droga durante a amamentação. 3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios Reumatóides e Adjuvantes FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Azatioprina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar a amamentação (OMS). Folinato de cálcio (comprimido/ pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Metotrexato de sódio (comprimido/ solução injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra- indicada). O uso de metotrexato e outros antagonistas do ácido fólico durante o primeiro trimestre da gravidez estão associados à teratogenicidade e um risco Evitar amamentação (OMS). Uso contra-indicado durante a amamentação. Para o lactente, o efeito do fármaco sobre o crescimento ou associação com carcinogênese é desconhecido. Mesmo que o fármaco não passe para o leite materno, o aumento de energia e de nutrientes,
  • 29. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 28 significativo de aborto espontâneo. O uso do metotrexato para psoríase e artrite reumatóide é contra- indicado durante a gravidez. requisitos para a produção de leite, poderia impactar negativamente a recuperação da mãe. Sulfassalazina (comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. Obs.: Sulfonamidas não devem ser usadas depois da 32ª semana de gravidez. Evitar amamentação (OMS) Sulfato de hidroxicloroquina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Alopurinol (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Ibuprofeno (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Obs.: pode causar efeitos adversos se usado nos últimos meses da gravidez. Compatível com a amamentação (OMS).
  • 30. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 29 4. Antialérgicos e medicamentos usados em Anafilaxia FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de prometazina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. OBS.: recém-nascidos podem ter problemas de coagulação sanguínea se prometazina for tomada pela mãe 2 semanas antes do parto. Compatível com a amamentação (OMS). OBS.: é possível que o fluxo de leite materno possa ser reduzido em algumas lactantes. Fosfato sódico de prednisolona (solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. Obs.: Fator de risco D se usada no primeiro trimestre. Compatível com a amamentação (OMS). A maioria dos médicos considera prednisolona, prednisona e metilprednisolona como os agentes de escolha para o tratamento com corticóide sistêmico durante a amamentação. Cloridrato de epinefrina ou Hemitartarato de epinefrina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não há experiência clínica suficiente para determinar a segurança de epinefrina durante a gravidez. Embora alguns efeitos adversos tenham sido associados ao uso de epinefrina, este agente continua sendo • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 31. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 30 utilizado na prática. Pode reduzir o fluxo de sangue uterino e a contratilidade. Loratadina (comprimido/ xarope) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Maleato de dexclorfeniramina (comprimido/ solução oral/ xarope) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Prednisona (comprimido) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC). O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Succinato sódico de hidrocortisona (pó para solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC). O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Recomenda-se precaução quando hidrocortisona tópica ou sistêmica é administrada a mulheres que amamentam. 5. Antiinfectantes 5.1 Antibacterianos 5.1.1 Penicilinas FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Amoxicilina (cápsula/ comprimido/ pó para suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. Penicilinas são geralmente consideradas seguras para uso em pacientes não- Compatível com a amamentação (OMS). Não há efeitos nocivos conhecidos para o lactente, com exceção da sensibilidade
  • 32. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 31 alérgicas durante a gravidez. associada à excreção de quantidades mínimas de amoxicilina no leite materno e modificação da flora intestinal. Amoxicilina + Ácido clavulânico (comprimido/ suspensão oral) Categoria B (amoxicilina). O tratamento profilático com amoxicilina + clavulanato pode estar associado a um risco aumentado de enterocolite necrotizante em neonatos. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Ampicilina sódica (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Tohmson). Os efeitos adversos são raros. Pode ocorrer alergia em lactentes sensíveis e modificação da flora intestinal. Raramente, diarréia e erupções cutâneas são vistas em lactentes tratados com ampicilina. Benzilpenicilina benzatina (pó para suspensão injetável) Os efeitos sobre o feto são desconhecidos. A utilização deve ser segundo critério médico. Os efeitos para o lactente são desconhecidos. Administração segundo critério médico. Reações alérgicas, diarréia, infecções fúngicas e erupções cutâneas podem ocorrer. Benzilpenicilina potássica (pó para solução injetável) Os efeitos sobre o feto são desconhecidos. Os efeitos para o lactente são desconhecidos.
  • 33. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 32 Benzilpenicilina procaína + benzilpenicilina potássica (suspensão injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Oxacilina sódica (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil é mínimo (Thomson). 5.1.2 Carbapenêmico FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Imipenem + cilastatina sódica (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • Não pode ser estimado (Thomson). 5.1.3 Cefalosporinas FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cefalexina sódica (cápsula) ou Cloridrato de cefalexina (suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil é mínimo (Thomson). Cefalotina sódica (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil é mínimo (Thomson). Cefazolina sódica (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. • Compatível com a amamentação (AAP, OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). Cefotaxima Categoria B – prescrição • Compatível com a
  • 34. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 33 (pó para solução injetável) com Cautela. amamentação (AAP). • O risco infantil é mínimo (Thomson). Ceftazidima (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. • Compatível com a amamentação (AAP, OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). A concentração no leite é mais elevada que a das outras cefalosporinas. Ceftriaxona sódica (pó para solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. • Compatível com a amamentação (APP, OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). 5.1.4 Aminoglicosídeos FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Sulfato de amicacina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Há evidências de nefrotoxicidade, na mãe e no feto, e ototoxicidade no feto. Os aminoglicosídeos podem causar danos ao feto quando administrados a mulheres grávidas. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 35. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 34 Sulfato de gentamicina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Devido a relatos de ototoxicidade com outros aminoglicosídeos, gentamicina não é recomendada durante a gestação. • Compatível com a amamentação (APP, OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). 5.1.5 Sulfonamidas e anti-sépticos urinários FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Nitrofurantoína (comprimido/ suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. OBS.: Não pode ser usada há uma ou duas semanas do parto ou durante o parto ou trabalho de parto. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Pode causar problemas nos lactentes, especialmente naqueles com deficiência de GLICOSE 6-FOSFATO DESIDROGENASE. Sulfadiazina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco Uso deve ser evitado, se possível. OBS.: O uso de sulfonamidas não é recomendado durante o parto. Evitar amamentação (OMS). Pode causar problemas hepáticos, anemia e outros efeitos não-desejáveis ao lactente, especialmente naqueles com deficiência de GLICOSE 6- FOSFATO DESIDROGENASE. Sulfametoxazol + trimetropima (comprimido/ solução injetável/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco. Podem interferir com o metabolismo do ácido fólico. Compatível com amamentação, mas deve-se monitorar o lactente quanto a reações adversas (OMS).
  • 36. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 35 Combinações de sulfonamidas e trimetoprima não devem ser usadas durante o primeiro trimestre da gravidez. Deve-se evitar o uso durante o último estágio da gravidez devido ao riso de kernicterus no neonato. Podem causar problemas hepáticos, anemia e outros efeitos não-desejáveis em lactentes, especialmete aqueles com deficiência de GLICOSE 6- FOSFATO DESIDROGENASE. 5.1.6 Macrolídeos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Azitromicina (comprimido/ suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. Deve ser usada apenas quando alternativas adequadas não estiverem disponíveis. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Deve ser usada apenas quando alternativas adequadas não estiverem disponíveis, já que os efeitos de exposição do lactente são desconhecidos. Claritromicina (cápsula/ comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Estearato de eritromicina (cápsula/ comprimido/ suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.1.7 Fluorquinolonas FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de ciprofloxacino Categoria C – prescrição com • Evitar amamentação
  • 37. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 36 (comprimido/ solução injetável) Risco. Ciprofloxacino não é recomendado para uso geral durante a gravidez, devido à possibilidade de efeitos teratogênicos, como sugeridos em estudos em animais. (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). O uso de fluoroquinolonas não é recomendado em gestantes, pois há relatos de problemas de desenvolvimento ósseo. OBS.: em situações em que a administração de ciprofloxacino para mulheres que estejam amamentando for inevitável, é sugerido que a amamentação não retome até quarenta e oito horas após a última dose tomada pela mãe. 5.1.8 Glicopeptídios FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO Cloridrato de vancomicina (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco não pode ser estiamado (Thomson). 5.1.9 Lincosamidas FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO Cloridrato de clindamicina (cápsula) Categoria B – prescrição com Cautela. Evitar amamentação se possível. Mas, se utilizada durante este
  • 38. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 37 Fosfato de clindamicina (solução injetável) Obs: Deve ser usada no 1º trimestre apenas se estritamente necessária. período, monitorar o lactente para efeitos adversos (OMS). 5.1.10 Tetraciclinas FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de doxicilina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Assim como ocorre com outras tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo cálcico estável em qualquer tecido ósseo em formação. Foi observada uma redução no índice de crescimento da fíbula em prematuros recebendo doses orais de 25mg/kg a cada 6 horas. 5.1.11 Anfenicóis FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloranfenicol (cápsula/ comprimido) Palmitato de cloranfenicol (suspensão oral) Succinato sódico de clorafenicol (pó para solução injetável) Sem categoria de risco definida com o FDA. Categoria A (ADEC) A administração de cloranfenicol para a mãe a curto prazo pode resultar no desenvolvimento da “síndrome do bebê cinzento” e eventual Evitar amamentação se possível. Mas, se utilizada durante este período, monitorar o lactente para efeitos adversos (OMS). O efeito em lactentes é desconhecido, mas pode ser motivo de preocupação devido ao pontencial para supressão idiossincrática da medula óssea.
  • 39. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 38 mortalidade infantil devido ao colapso cardiovascular. OBS.: Não é recomendado dentro de uma a duas semanas do parto, pois pode causar problemas no bebê. 5.1.12 Outros FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Metronidazol (comprimido/ solução injetável) Categoria B - prescrição com Cautela. Uso não recomendado durante o primeiro trimestre da gravidez, devendo seu uso ficar restrito às mulheres em que o tratamento local se mostrou inadequado para combater os sintomas. Evitar amamentação (OMS). Pelo fato de o fármaco ser mutagênico e carcinogênico em alguns testes especiais, a exposição desnecessária ao metronidazol deve ser evitada. Devido o fármaco ser eliminado no leite (que fica com gosto desagradável), pode haver uma modificação da flora intestinal do lactente. Obs: Orientar a mãe a extrair o seu leite com antecedência, e estocar em congelador para alimentar o bebê. 5.1.13 Medicamentos para o tratamento de tracoma FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO Azitromicina Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser
  • 40. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 39 (comprimido/ suspensão oral) com Cautela. Deve ser usada apenas quando alternativas adequadas não estiverem disponíveis. descartado (Thomson). Deve ser usada apenas quando alternativas adequadas não estiverem disponíveis, já que os efeitos de exposição do lactente são desconhecidos. Cloridrato de doxicilina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Assim como ocorre com outras tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo cálcico estável em qualquer tecido ósseo em formação. Foi observada uma redução no índice de crescimento da fíbula em prematuros recebendo doses orais de 25mg/kg a cada 6 horas. Cloridrato de tetraciclina (pomada oftálmica) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria D (ADEC). Estudos em animais indicaram que tetraciclinas atravessam a placenta, são encontradas nos tecidos fetais e podem apresentar efeitos tóxicos no feto em formação. Podem causar manchas dentárias e inibição do crescimento ósseo. Uso não recomendado, pois passam para o leite e podem causar manchas dentárias e inibição do crescimento ósseo. Podem também aumentar a sensibilidade cutânea dos lactentes à luz solar e causar infecções fúngicas de boca e vagina (USPDI).
  • 41. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 40 5.1.14 Medicamentos para o tratamento de peste FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloranfenicol (cápsula/ comprimido) Palmitato de cloranfenicol (suspensão oral) Succinato sódico de cloranfenicol (pó para solução injetável) Sem categoria de risco definida com o FDA. Categoria A (ADEC) A administração de cloranfenicol para a mãe a curto prazo pode resultar no desenvolvimento da “síndrome do bebê cinzento” e eventual mortalidade infantil devido ao colapso cardiovascular. OBS.: Não é recomendado dentro de uma a duas semanas do parto, pois pode causar problemas no bebê. Evitar amamentação se possível, mas, se utilizada durante este período, monitorar o lactente para efeitos adversos (OMS). O efeito em lactentes é desconhecido, mas pode ser motivo de preocupação devido ao pontencial para supressão idiossincrática da medula óssea. Cloridrato de doxicilina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Assim como ocorre com outras tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo cálcico estável em qualquer tecido ósseo em formação. Foi observada uma redução no índice de crescimento da fíbula em prematuros recebendo doses orais de 25mg/kg a cada 6 horas. Sulfato de estreptomicina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 42. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 41 Alguns relatos têm demonstrado que aminoglicosídeos, especialmente estreptomicina e tobramicina, podem causar danos à audição, ao senso de equilíbrio e aos rins da criança se a mãe tiver recebido o medicamento durante a gravidez. Sulfato de gentamicina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Devido a relatos de ototoxicidade com outros aminoglicosídeos, gentamicina não é recomendada durante a gestação. • Compatível com a amamentação (AAP, OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). 5.1.15 Medicamentos para tratamento da tuberculose FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de etambutol (comprimido/ suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Etionamida (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Isoniazida (comprimido) Sem categoria de risco definida com o FDA. Categoria A (ADEC) • Compatível com a amamentação (OMS). • O risco infantil não pode
  • 43. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 42 Isoniazida é considerada relativamente segura, tanto para a mãe quanto para o feto, para tratar tuberculose ativa durante a gravidez. Avaliar a relação risco- benefício. OBS.: Suplementação de Piridoxina (25 mg/dia) é recomendada para todas as mulheres tomando isoniazida e que estejam grávidas. ser descartado (Thomson). Avaliar o risco-benefício. OBS.: Suplementação de Piridoxina (25 mg/dia) é recomendada para todas as mulheres tomando isoniazida e que estejam amamentando. Isoniazida + Rifampicina (cápsula) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Pirazinamida (comprimido/ solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). OBS.: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o acompanhamento da criança para icterícia. Rifampicina (cápsula/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco. Quando rifampicina é administrada durante as últimas semanas de gravidez, hemorragias podem ocorrer na mãe e na criança. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 44. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 43 Sulfato de estreptomicina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Alguns relatos têm demonstrado que aminoglicosídeos, especialmente estreptomicina e tobramicina, podem causar danos à audição, ao senso de equilíbrio e aos rins da criança se a mãe tiver recebido o medicamento durante a gravidez. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.1.16 Medicamentos para tratamento da hanseníase FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Clofazimina (cápsula) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com amamentação, mas deve-se monitorar o lactente quanto a reações adversas (OMS). É excretada no leite materno, podendo resultar em rubor e hiperpigmentação da pele do bebê, que é reversível com a suspensão do fármaco. Cloridrato de minociclina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Podem causar manchas dentárias e inibição do Efeitos sobre o leite são possíveis (Thomson).
  • 45. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 44 crescimento ósseo. Dapsona (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Pode causar problemas sanguíneos em lactentes com deficiência de GLICOSE 6- FOSFATO DESIDROGENASE. Lactantes podem necessitar da interrupção do tratamento por causa dos riscos para o lactente. Ofloxacino (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O uso não é recomendado durante a gravidez, pois fluoroquinolonas têm sido reportadas por causar problemas de desenvolvimento ósseo em animais jovens. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Ofloxacino é excretado no leite humano. Fluoroquinolonas passam para o leite materno e podem causar problemas de desenvolvimento ósseo. Há conflito de recomendações sobre sua utilização durante a lactação humana. A Academia Americana de Pediatria considera ofloxacino geralmente compatível com a amamentação; no entanto, o fabricante declara que, devido ao potencial de reações adversas graves em lactentes, deve-se decidir por interromper amamentação ou o uso do fármaco.
  • 46. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 45 Rifampicina (cápsula/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco. Quando rifampicina é administrada durante as últimas semanas de gravidez, hemorragias podem ocorrer na mãe e na criança. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.2 Antifúngicos Sistêmicos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Anfotericina B (pó para solução injetável em desoxicolato de sódio) Categoria B – prescrição com Cautela. Embora ainda seja necessária avaliação da segurança de anfotericina B na gravidez, ela é considerada a primeira linha de tratamento para infecções micóticas suscetíveis durante a gravidez. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Fluconazol (cápsula/ solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar uso durante a gravidez, exceto em pacientes com infecções fúngicas graves. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Itraconazol Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser
  • 47. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 46 (cápsula/ solução oral) Risco. Durante a experiência pós- comercialização, foram relatados casos de anomalias congênitas. descartado (Thomson). 5.3 Antifúngicos Tópicos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cetoconazol (xampu) Categoria C – prescrição com Risco. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Nistatina (suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Nitrato de miconazol (creme/ creme vaginal/ loção/ gel oral/ pó) Categoria C – prescrição com Risco. Esses medicamentos são seguros e eficazes quando usados ao menos sete dias durante o segundo ou terceiro trimestre de gravidez. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 48. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 47 5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de clindamicina (cápsula/ comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. Altas doses demonstraram produzir significante e persistente aumento da pressão sanguínea, bem como nefrotoxicidade em ratos expostos. Evitar amamentação se possível. Mas, se utilizada durante este período, monitorar o lactente para efeitos adversos (OMS). Difosfato de primaquina (comprimido) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria D (ADEC). O ‘Centers for Disease Control’ recomenda que primaquina não seja administrada durante a gravidez por causa da possibilidade de o feto ter deficiência de GLICOSE 6- FOSFATO DESIDROGENASE, especialmente em pacientes com alto risco para essa desordem. O risco infantil não pode descartado (Thomson). Monitorar neonatos e prematuros expostos à primaquina para icterícia e hemólise, sinais de deficiência de GLICOSE 6-FOSFATO DESIDROGENASE. Isetionato de pentamidina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Sulfametoxazol + trimetropima (comprimido/ solução injetável/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco. Podem interferir com o Compatível com amamentação, mas deve-se monitorar o lactente quanto a reações
  • 49. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 48 metabolismo do ácido fólico. Combinações de sulfonamidas e trimetoprima não devem ser usadas durante o primeiro trimestre da gravidez. Deve-se evitar o uso durante o último estágio da gravidez devido ao riso de kernicterus no neonato. adversas (OMS). Podem causar problemas hepáticos, anemia e outros efeitos não-desejáveis em lactentes, especialmete aqueles com deficiência de GLICOSE 6- FOSFATO DESIDROGENASE. 5.5 Antivirais 5.5.1 Inibidores da polimerase viral FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Aciclovir (comprimido) Aciclovir sódico (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. • Compatível com amamentação (OMS, AAP). • O risco infantil é mínimo (Thomson). Ganciclovir sódico (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Evitar amamentar durante o tratamento. Instruir à mãe voltar amamentar somente até, no mínimo, depois de 72h após o tratamento.
  • 50. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 49 5.5.2 Anti-Retrovirais 5.5.2.1 Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeo FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Abacavir (comprimido/ solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Mães infectadas pelo vírus HIV não devem amamentar seus filhos para evitar a transmissão. Didanosina (comprimido/ pó para solução oral) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Por causa dos sérios riscos de efeitos adversos no lactente e para evitar a transmissão do vírus HIV, a amamentação não é recomendada. Lamivudina (comprimido/ solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Para evitar a transmissão do vírus HIV, mães infectadas não devem amamentar seus filhos. Zidovudina (cápsula/ solução oral/ solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. É administrado antes e depois do parto para evitar a transmissão do vírus HIV para a criança. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Para evitar a transmissão do vírus HIV, mães infectadas não devem amamentar seus filhos. Zidovudina + Lamivudina Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser
  • 51. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 50 (comprimido) Risco. É administrado antes e depois do parto para evitar a transmissão do vírus HIV para a criança. descartado (Thomson). Para evitar a transmissão do vírus HIV, mães infectadas não devem amamentar seus filhos. 5.5.2.2 Inibidores da transcriptase reversa não-análogos de nucleosídeo FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Efavirenz (cápsula/ solução oral) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Para evitar a transmissão do vírus HIV, mães infectadas não devem amamentar seus filhos. Nevirapina (comprimido/ suspensão oral) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Para evitar a transmissão do vírus HIV, mães infectadas não devem amamentar seus filhos. 5.5.2.3 Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleotídeo FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Fumarato de tenofovir desoproxila (comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 52. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 51 5.5.2.4 Inibidores de protease FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Lopinavir + ritonavir (cápsula/ solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. Pode ser administrado somente se o benefício justificar o possível risco para o feto. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Mulheres infectadas pelo vírus HIV não devem amamentar seus filhos para evitar a transmissão. Mesilato de saquinavir (cápsula) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Mulheres infectadas pelo vírus HIV não devem amamentar seus filhos para evitar a transmissão. Nelfinavir (comprimido/ pó para solução) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Por causa dos sérios riscos de efeitos adversos no lactente e para evitar a transmissão do vírus HIV, a amamentação não é recomendada. Ritonavir (cápsula/ solução oral) Categoria B – prescrição com Cautela O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Por causa dos sérios riscos de efeitos adversos no lactente e para evitar a transmissão do vírus HIV, a amamentação não é recomendada. Sulfato de atazanavir (cápsula) Categoria B – prescrição com Cautela O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 53. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 52 Por causa dos sérios riscos de efeitos adversos no lactente e para evitar a transmissão do vírus HIV, a amamentação não é recomendada. 5.6 Antiparasitários 5.6.1 Anti-helmínticos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Albendazol (comprimido mastigável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Citrato de dietilcarbamazina (comprimido) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Ivermectina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Mebendazol (comprimido/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Praziquantel (comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Tiabendazol (comprimido/ suspensão oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.6.2 Antiprotozoários 5.6.2.1 Amebicida, giardicida e tricomonicida FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Metronidazol (comprimido/ suspensão oral/ creme vaginal) Categoria B – prescrição com Cautela. Como o metronidazol Evitar amamentação (OMS). Pelo fato de o fármaco ser mutagênico e carcinogênico em
  • 54. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 53 atravessa a barreira placentária e entra na circulação fetal rapidamente, a utilização de metronidazol é contra-indicada durante o primeiro trimestre da gravidez. Recomenda-se que o metronidazol seja utilizado durante a gravidez apenas se o benefício materno justifica o risco potencial para o feto. Uso não recomendado durante o primeiro trimestre da gravidez, devendo seu uso ficar restrito às mulheres em que o tratamento local se mostrou inadequado para combater os sintomas. alguns testes especiais, a exposição desnecessária ao metronidazol deve ser evitada. Devido o fármaco ser eliminado no leite (que fica com gosto desagradável), pode haver uma modificação da flora intestinal do lactente Obs: Orientar a mãe a extrair o seu leite com antecedência, e estocar em congelador para alimentar o bebê. 5.6.2.2 Antimaláricos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Arteméter (solução injetável) O arteméter é a segunda, para o tratamento parenteral de malária falciparum grave durante o segundo e terceiro trimestres. No primeiro trimestre, até que haja mais provas disponíveis, o Uso criterioso. Não há informações disponíveis.
  • 55. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 54 artesunato pode ser considerado como uma opção (OMS). Artesunato de sódio (comprimido/ pó para solução injetável) O risco fetal não pode ser descartado (Thomson). Compatível com amamentação, mas deve-se monitorar o lactente quanto a reações adversas (OMS). Cloridrato de clindamicina (cápsula) Categoria B – prescrição com Cautela. Evitar amamentação se possível. Porém, se utilizada, deve-se monitorar a criança para efeitos adversos (OMS). Risco de diarréia e colite pseudomembranosa. Cloridrato de mefloquina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Obs.: Não deve ser usado no 1º trimestre de gestação. Evitar amamentação (OMS). Sulfato de cloroquina (solução injetável) Difosfato de cloroquina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). OMS não recomenda o uso em crianças com deficiência de GLICOSE 6-FOSFATO DESIDROGENASE, e aconselha acompanhamento de prematuros e neonatos de efeitos secundários, tais como hemólise e icterícia. Doxiciclina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS).
  • 56. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 55 Primaquina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco Possibilidade de o feto nascer com deficiência de GLICOSE 6-FOSFATO DESIDROGENASE (Centers for Disease Control). • Compatível com a amamentação (OMS) • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Sulfato de quinina (comprimido) Dicloridrato de quinina (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. OMS considera que é seguro quando usados em doses terapêuticas normais, embora o problema de hipoglicemia nos segundo e terceiro trimestre possam sugerir que os derivados de artemisina possam ser melhores. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.6.2.3 Medicamentos contra toxoplasmose e adjuvantes FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de clindamicina (cápsula) Fosfato de clindamicina (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. Evitar a amamentação se possível. Porém, se utilizada durante este período, monitorar a criança para efeitos adversos (OMS). Espiramicina É usada primariamente na Uso criterioso. Não há
  • 57. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 56 (comprimido) prevenção da toxoplasmose congênita, no 1º trimestre da gestação. As concentrações elevadas da espiramicina observadas na placenta e cordão umbilical fazem com que esse fármaco seja recomendado para o tratamento pré-natal de toxoplasmose congênita. É desprovida de complicação para o feto. informações disponíveis. Folinato de cálcio (comprimido/ pó para solução injetável/ solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Pirimetamina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Compatível com a amamentação, mas deve-se monitorar a criança para efeitos adversos (OMS). Excretada no leite materno em quantidades significativas e interfere no metabolismo do ácido fólico. Sulfadiazina (comprimido) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar amamentação (OMS).
  • 58. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 57 5.6.2.4 Medicamento contra tripanossomíase FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Benzinidazol (comprimido) É contra-indicado no 1 º trimestre da gravidez. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. 5.6.2.5 Medicamentos contra leishmaníase FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Anfotericina B (pó para solução injetável em desoxicolato de sódio) Categoria B – prescrição com Cautela. O uso só deve ser feito no caso de infecções em que outros fármacos mais seguros não podem ser usados. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Antimoniato de meglumina (solução injetável) É contra-indicado para gravidez, exceto em casos de leishmaniose visceral, que pode levar ao óbito. O recém-nascido e o lactente não ficam expostos a níveis tóxicos de antimônio pentavalente, pois o nível absoluto máximo encontrado no leite materno foi de 3-5μm/mL. Isetionato de pentamidina (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Pode provocar aborto, o que não impede de tratar a forma visceral, que tem alta letalidade. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 59. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 58 5.6.2.6 Medicamentos contra filaríase FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Citrato de dietilcarbamazina (comprimido) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Ivermectina (comprimido) Categoria C - prescrição com Risco. • Dados insuficientes para avaliação do risco (OMS). • O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Álcool etílico (solução 70% m/V) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Gliconato de Clorexidina (solução degermante 2% a 4%) É utilizado para anti-sepsia pré-operatória. Não há informações disponíveis. Glutaral (solução 2%) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Hipoclorito de sódio (solução 10mg de cloro/mL) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Iodopovidona (solução alcoólica 10%/ solução aquosa 10%/ solução degermante 10%) Categoria C – prescrição com Risco. Hipotiroidismo tem sido relatado em prematuros e infantes de baixo peso após utilização de iodopovidona para rotina de anti-sepsia, e hipertiroidismo em bebês atermo após lavagem do O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Alguns estudos relatam elevadas concentrações de iodo no leite materno e um odor de iodo na pele do bebê.
  • 60. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 59 mediastino. A utilização perinatal vaginal de iodopovidona pode causar disfunção neonatal da tireóide. Permanganato de Potássio (pó/ comprimido) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. 6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias 6.1 Antineoplásicos 6.1.1 Alquilantes FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Ciclofosfamida (pó para solução injetável/ comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Clorambucila (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar a amamentação se possível. Porém, se utilizada durante este período, monitorar a criança para efeitos adversos (OMS). Dacarbazina (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar amamentação (OMS). Ifosfamida. (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Melfalana (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
  • 61. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 60 6.1.2 Antimetabólitos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Citarabina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Cladribina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Fluoruracila (creme/ solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Amamentação não recomendada durante quimioterapia, devido o risco para a criança (USPDI). Mercaptopurina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Metotrexato de sódio (comprimido/ solução injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra-indicada). Evitar amamentação (OMS). Tioguanina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 6.1.3 Alcalóides e outros produtos naturais FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Docetaxel (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Etoposídeo (cápsula/ solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Paclitaxel (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Sulfato de vimblastina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Sulfato de vincristina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS).
  • 62. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 61 Teniposídeo (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. 6.1.4 Antibióticos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de daunorrubicina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Cloridrato de doxorrubicina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Cloridrato de Idarrubicina (pó para solução injetável/ cápsula) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Dactinomicina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). Sulfato de bleomicina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). 6.1.5 Compostos de platina FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Carboplatina (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Cisplatina (solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). 6.1.6 Outros agentes citotóxicos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Asparaginase (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar amamentação (OMS).
  • 63. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 62 Hidroxiuréia (cápsula) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 6.2 Terapia Hormonal 6.2.1 Progestógenos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Acetato de megestrol (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 6.2.2 Análogos de Hormônios Liberadores de Gonadotrofina FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Acetato de leuprorrelina (pó para suspensão injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra-indicada). O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 6.2.3 Antiestrógenos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Citrato de tamoxifeno (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. Evitar amamentação (OMS). 6.2.4 Inibidores enzimáticos FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Anastrozol (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). 6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Cloridrato de ondansetrona Categoria B – prescrição com O risco infantil não pode ser
  • 64. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 63 (comprimido/ solução injetável) Cautela. descartado (Thomson). Dexametasona (comprimido/ elixir) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC) O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Filgrastrim (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Folinato de cálcio (comprimido/ pó para solução injetável/ solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Fosfato dissódico dexametasona (solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC) O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Fosfato sódico prednisolona (solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Mesna (solução injetável/ comprimido) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Pamidronato dissódico (pó para solução injetável) Categoria D – prescrição com Alto Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Prednisona (comprimido) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC) O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Succinato sódico de metilprednisolona (pó para solução injetável) Sem categoria de risco definida pelo FDA. Categoria A (ADEC) O risco infantil é mínimo (Thomson).
  • 65. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 64 7. Imunossupressores e Imunoterápicos 7.1 Imunossupressores FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Azatioprina (comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. OBS: é recomendado o uso de métodos contraceptivos durante o tratamento. Evitar a amamentação (OMS). Ciclofosfamida (pó para solução injetável/ comprimido) Categoria D – prescrição com Alto Risco. OBS: é recomendado o uso de métodos contraceptivos durante o tratamento. Evitar a amamentação (OMS), devido à citotoxicidade do fármaco, que pode interferir com o metabolismo celular do lactente, demonstrando risco infantil. Ciclosporina (cápsula/ solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. Evitar a amamentação (OMS), devido à citotoxicidade do fármaco, que pode interferir com o metabolismo celular do lactente, demonstrando risco infantil. Fosfato sódico de prednisolona (solução) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Metotrexato de sódio (comprimido/ solução injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra-indicada). OBS: é recomendado o uso de métodos contraceptivos durante o tratamento. Evitar a amamentação (OMS), devido à citotoxicidade do fármaco, que pode interferir com o metabolismo celular do lactente, demonstrando risco infantil. Prednisona Sem categoria de risco O risco infantil não pode ser
  • 66. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 65 (comprimido) definida pelo FDA. Categoria A (ADEC) descartado (Thomson). 7.2 Vacinas e Toxóides FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Vacina BCG – ID (contra tuberculose, bacilos atenuados) (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Em gestantes, recomenda-se transferir a aplicação do BCG para depois de terminada a gravidez. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Vacina de vírus vivos atenuados de febre amarela (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Risco para o feto, utilizar como última alternativa terapêutica. • Compatível com a amamentação (OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson). Vacina contra hepatite B (ADNR recombinante) (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. A vacina deve ser administrada a mulheres grávidas apenas se estritamente necessário e aquelas que se enquadrem dentro das normas dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIES). • Compatível com a amamentação (OMS). • O risco infantil é mínimo (Thomson) Vacina contra raiva (uso humano, cultivo celular) = Anti-rábica Categoria C – prescrição com Risco. • Compatível com a amamentação (OMS)
  • 67. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 66 humana preparada sobre células VERO (pó para solução injetável) A vacina deve ser administrada a mulheres grávidas apenas se estritamente necessário e aquelas que se enquadrem dentro das normas dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIES). OBS: a gravidez não deve ser considerada uma contra- indicação para vacinação contra raiva em situações de pós-exposição. • O risco infantil é mínimo (Thomson). É aconselhável definir cuidadosamente o benefício esperado contra o risco potencial antes da administração profilática da vacina durante a lactação. Nenhum risco para o recém-nascido foi relatado até a presente data. OBS: a lactação não é contra- indicação para a vacinação. Vacina de vírus vivos contra sarampo = vírus hiperatenuados (pó para solução injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra-indicada) Obs.: recomenda-se que a gravidez seja evitada nos três meses seguintes à vacinação. • Compatível com a amamentação (OMS) • O risco infantil é mínimo (Thomson) Recomenda-se o uso com cautela, visto não haver registro de problemas causados nos lactentes pela utilização da vacina durante a lactação. Vacina antidiftérica e antitetânica uso adulto (DT) (suspensão injetável) É uma vacina de rotina na gestação. Não há estudos conclusivos. Vacina oral contra poliomielite tipos 1,2 e 3 (solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. Não existem contra- Não foram documentados problemas relacionados ao uso da vacina inativa contra
  • 68. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 67 indicações absolutas para a aplicação de vacina contra poliomielite. Embora a imunização de rotina não seja recomendada em mulheres grávidas, a vacinação poderá ser efetuada em caso de risco de exposição ao vírus da poliomielite durante a gravidez. poliomielite durante a lactação. Vacina tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Somente utilizar se os benefícios justificarem os riscos para o feto. Não existem relatos de incompatibilidade. Vacina tríplice viral, contra sarampo, rubéola e caxumba (SRC) (solução injetável) Categoria X – prescrição com Perigo (contra-indicada). Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Vacina contra febre tifóide (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não há dados sobre a segurança das vacinas Vi ou Ty21a na gestação, mas se for indicado o seu uso, em função de riscos epidemiológicos, é preferível usar a vacina polissacáride Raciocínio semelhante se aplica ao seu uso em mães que estejam amamentando.
  • 69. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 68 Vi, por ser vacina não-viva, ao contrário da Ty21a. Vacina contra influenza (conjugada c proteína tetánica contra Haemophilus tipo b) (solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não foram realizados estudos investigando seu uso na gravidez. Compatível com a amamentação e o risco infantil é mínimo. Não foram documentados problemas relacionados à lactação em humanos. Vacina anti-meningococo A e C (A+C) (pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não são vacinas de uso rotineiro, sendo indicadas apenas para o controle de surtos e epidemias. Não foram realizados estudos investigando o efeito sobre a gravidez, porém deve-se tomar cuidado na vacinação de mulheres grávidas. A vacina não é formalmente contra-indicada durante a gravidez e pode ser utilizada em caso de risco substancial de infecção. A vacina não é formalmente contra-indicada durante a lactação e pode ser utilizada em caso de risco substancial de infecção. Vacina anti-meningococo B e C (suspensão injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não é utilizada na rotina dos serviços de saúde pública, ficando seu uso Não deve ser administrada em mulheres amamentando a não ser que seja considerado necessário e justificado seu uso por um alto risco epidemiológico,
  • 70. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 69 condicionado a instruções do Programa Nacional de Imunizações, em situações epidemiológicas especiais. Não deve ser administrada em mulheres grávidas a não ser que seja considerado necessário e justificado seu uso por um alto risco epidemiológico, neste caso deve ser examinada a relação risco/benefício para poder liberar uma possível imunização. neste caso deve ser examinada a relação risco/benefício para poder liberar uma possível imunização. Vacina oral de rotavírus humano (VORH) (pó para solução oral) Categoria C – prescrição com Risco. O risco infantil é mínimo (Thomson). Vacina tetravalente (DPT+HiB) anti-diftérica, anti-tetânica, anti- pertússica e contra meningite e outras infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B (suspensão injetável) Categoria C – prescrição com Risco. Não se recomenda a utilização em mulheres grávidas. Contudo, em caso de administração inadvertida, não há registro de risco de teratogenicidade; porém, uma reação febril pode aumentar o risco de aborto ou parto prematuro. O risco infantil é mínimo (Thomson).
  • 71. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 70 7.3 Soros e Imunoglobulinas FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO Imunoglobulina anti-D (Rh) (solução injetável) Categoria A – é bastante remota a possibilidade de dano fetal. Experiência clínica não mostrou sinais de efeitos mutagênicos e/ou teratogênicos. Não foram observados efeitos prejudiciais durante a gestação, nem no feto e nem no neonato. O risco infantil é mínimo (Thomson). Imunoglobulina antitetânica (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Imunoglobulina anti – rábica (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. Deve ser administrada a mulheres grávidas apenas se estritamente necessário e aquelas que se enquadrem dentro das normas dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIES). O risco infantil não pode ser descartado (Thomson). Soro anti-rábico (solução injetável) Categoria B – prescrição com Cautela. Deve ser administrada a mulheres grávidas apenas se Uso criterioso. Não há informações disponíveis.
  • 72. Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação 71 estritamente necessário e aquelas que se enquadrem dentro das normas dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIES). Soro antiaracnídico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antibotrópico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antibotrópico-crotálico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antibotrópico- laquético (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antibotulínico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro anticrotálico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antidiftérico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Avaliar o risco-benefício. Soro antielapídico (solução injetável) Uso criterioso. Não há informações disponíveis. Uso criterioso. Não há informações disponíveis.