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Prepared by:
Fernando Quijano and Yvonn Quijano
25
C A P Í T U L O
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Política Monetária:
Um Resumo
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Taxa Ótima de Inflação
25-1
 A inflação tem apresentado um declínio
persistente nos países ricos desde o início da
década de 1980.
 Alcançar uma taxa ainda menor depende dos
custos e dos benefícios da inflação.
24
2,5
2000
1995
21
5,2
10
6,6
1985
* Taxa média de inflação, usando o defletor do PIB e os PIBs relativos aos preços corrigidos
pela PPC.
** De um total de 30 países.
Número de países com
inflação abaixo de 5%**
Média da OCDE (%)*
Taxas de inflação na OCDE, 1981-2000
Tabela 25-1
15
2
6,2
10,5
1990
1981
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Custos da Inflação
 Custos de sola de sapato são os custos de ir ao
banco com maior freqüência na presença de inflação.
Eles refletem um aumento no custo de oportunidade
de reter moeda.
 Distorções tributárias ocorrem quando as alíquotas
do imposto não aumentam automaticamente com a
inflação, um conceito conhecido como mudança de
categoria. A renda para fins de tributação inclui os
pagamentos de juros nominais, não os pagamentos
de juros reais.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Custos da Inflação
 Ilusão monetária – custo da inflação
associado à noção de que as pessoas
cometem repetidos erros ao avaliar as
variações nominais versus reais, levando as
pessoas a tomar decisões incorretas.
 Variabilidade da inflação – os ativos
financeiros, como os títulos que prometem
pagamentos nominais fixos no futuro, tornam-
se mais arriscados.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Benefícios da Inflação
 Senhoriagem ou as receitas provenientes da
emissão de moeda permitem ao governo
emprestar menos do público, ou diminuir os
impostos.
 Uma economia com uma taxa média de
inflação maior, tem mais oportunidade de usar
a política monetária para combater uma
recessão.
 A existência de inflação permite diminuir o
salário real com maior facilidade do que se
não houvesse inflação.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Taxa Ótima de Inflação: o Debate
Atual
 Os que querem uma taxa de inflação pequena, porém
positiva, ressaltam que os custos de uma inflação
positiva podem ser evitados e que os benefícios
dessa inflação compensam.
 Os que querem eliminar a inflação, argumentam que
ela corresponde à estabilidade de preços, o que
simplifica as decisões e elimina a ilusão monetária.
 O debate não terminou. Por ora, a maioria dos
bancos centrais parece desejar uma inflação baixa,
mas positiva, em torno de 2%.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Formulação da Política
Monetária
25-2
 A escolha de uma taxa ótima de inflação
determina a taxa de crescimento da moeda.
  
g g
m y
 O banco central pode querer anunciar uma meta
para o crescimento da moeda nominal e deixar
claro como irá desviar dela para solucionar as
flutuações de curto prazo.
 Até recentemente essa era a base da condução
de uma política monetária na maioria dos países.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Expansão Monetária e Inflação Revisitadas
 A formulação de uma política monetária em
torno do crescimento da moeda nominal
baseia-se na hipótese de uma relação estreita
entre inflação e crescimento da moeda
nominal no médio prazo.
 O problema é que essa relação não é tão
estreita.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Expansão de M1 e Inflação
Expansão de
M1 e inflação:
médias
decenais, 1970-
2000
Não há relação
estreita entre a
expansão de M1
e a inflação, nem
mesmo no médio
prazo.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
De M1 para M2, M3 e Outros
Agregados Monetários
 A relação entre a expansão de M1 e a inflação
não é estreita, devido aos deslocamentos da
demanda por moeda.
 Muitos ativos financeiros têm muita liquidez, o
que os torna substitutos atraentes para a
moeda. Entretanto, esses ativos não estão
incluídos em M1.
 Quando as pessoas reduzem os saldos de suas
contas correntes para aplicar nos fundos do
mercado monetário, há um grande
deslocamento negativo na demanda por moeda.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
De M1 para M2, M3 e Outros
Agregados Monetários
 Indicadores que incluem não apenas moeda, mas
também outros ativos líquidos são chamados
agregados monetários e recebem o nome de M2, M3,
e assim por diante.
 Nos Estados Unidos, M2, às vezes, também é
denominado moeda no sentido amplo e inclui M1.
 O banco central poderia escolher metas para a
expansão de M2, entretanto:
 A relação entre a expansão M2 e a inflação também não é
muito estreita.
 O banco central não controla M2.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Expansão de M2: Metas de Banda
de Variação e a Realidade
Expansão de M2 e
inflação: médias
decenais, 1970-2000
Embora a relação entre
a expansão de M2 e a
inflação seja mais
estreita do que a
relação entre a
expansão de M1 e a
inflação, ainda não é
estreita o suficiente.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Expansão de M2: Metas de Banda
de Variação e a Realidade
Expansão de M2, 1975-
2000: taxa efetiva de
expansão e meta de
banda de variação
A expansão efetiva de
M2 desviou-se das
metas com banda de
variação em 11 dos 26
últimos anos.
Como o Fed desviou-se
da meta com tanta
freqüência, decidiu não
anunciar uma banda de
variação para M2 após
2000.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Meta de Inflação e
Regras para Taxa de Juros
 Em muitos países, o banco central definiu
como seu principal e, às vezes, único objetivo
atingir uma taxa de inflação baixa. Isso é
conhecido como meta de inflação.
 A meta de inflação levaria o banco central a
agir de modo a eliminar todos os desvios do
produto em relação a seu nível natural.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
, então, o banco
central deve fixar it em um valor igual a sua
meta, i*.
Regra de Taylor
 Segundo Taylor, como é a taxa de juros que
afeta diretamente os gastos, o banco central
deveria escolher uma taxa de juros em vez de
uma taxa de crescimento da moeda nominal.
π π
* e
t t t n
i i a( ) b(u u )
= + - - -
 Se 1
π π
t t-
= u u
t n

e
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Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Regra de Taylor
 Quanto maior o valor de a, mais o banco central
aumentará a taxa de juros em resposta à
inflação.
 Quanto maior o valor de b, maior é a disposição
do banco central de se desviar da meta de
inflação para tentar manter o desemprego
próximo de sua taxa natural.
 Em suma, esses coeficientes refletem o grau de
preocupação do banco central com o
desemprego em relação à inflação.
π π
* e
t t t n
i i a( ) b(u u )
= + - - -
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Regra de Taylor
 A regra de Taylor oferece uma maneira de
pensar sobre a política monetária: uma vez que
o banco central tenha escolhido uma meta
inflacionária deve tentar atingi-la ajustando a
taxa de juros nominal.
 Esta regra descreve bem o comportamento dos
bancos centrais nos últimos 15 ou 20 anos.
π π
* e
t t t n
i i a( ) b(u u )
= + - - -
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
O Fed em Ação
 A mais recente definição das atribuições do
Fed foi feita pela Lei Humphrey–Hawkins,
aprovada pelo Congresso dos EUA em 1978.
 Para mais informações sobre a organização
do Fed, visite o site:
www.federalreserve.gov/
25-3
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Organização do Fed
 O Federal Reserve System é composto de três
partes:
 Um conjunto de 12 distritos do Federal
Reserve.
 O Conselho de Diretores.
 A Comissão Federal do Mercado Aberto (CFMA)
e a Mesa do Mercado Aberto.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Instrumentos da Política Monetária
 A taxa de juros de equilíbrio é aquela em que
a oferta (lado esquerdo) e a demanda (lado
direito) por moeda do banco central são
iguais.
 A oferta de moeda, H, refere-se à base
monetária. A demanda total por moeda é a
soma da demanda por moeda em espécie
com a demanda dos bancos por reservas
(veja o Capítulo 4 para uma revisão).
θ 1
H [c ( c )]$YL(i )
= + -
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Exigibilidades de Reservas
 As exigibilidades de reservas são a
quantidade mínima de reservas que os
bancos devem manter em proporção aos
depósitos à vista.
 Ao alterar as exigibilidades de reservas, o
Fed efetivamente altera a demanda por
moeda do banco central.
 Este instrumento de política monetária não é
amplamente utilizado, porque os bancos
podem tomar medidas drásticas para
aumentar suas reservas, tal como cobrar
alguns dos empréstimos que fizeram.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Empréstimos aos Bancos
 O Fed também pode conceder empréstimos
aos bancos e, dessa forma, afetar a oferta de
moeda do banco central.
 O conjunto de condições sob as quais o Fed
empresta aos bancos é chamado de política
de desconto. A taxa à qual ele empresta aos
bancos é chamada de taxa de desconto, por
meio da janela de desconto.
 Today, changes in the discount rate are used
mostly as a signal to financial markets.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Operações de Mercado Aberto
 As operações de mercado aberto, nas quais o
Fed compra e vende títulos de dívida no
mercado, são o principal instrumento da
política monetária dos Estados Unidos. É
conveniente e flexível.
 Quando o Fed compra títulos, faz o pagamento
por meio de emissão de moeda, aumentando
H; quando vende títulos, diminui H.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
A Política Monetária na Prática
 As decisões mais importantes de política
monetária são tomadas nas reuniões da
CFMA.
 Para essas reuniões, a equipe do Fed
prepara previsões e simulações dos efeitos
de diferentes políticas monetárias sobre a
economia e identifica as principais fontes de
incerteza.
 A condução das operações de mercado
aberto entre as reuniões do CFMA fica a
cargo da Mesa do Mercado Aberto.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
A Política Monetária na Prática
 O Fed tem uma meta de inflação ou segue uma
regra de taxas de juros? A resposta é: não
sabemos. O presidente do Fed, Alan Greenspan,
é famoso por sua falta de transparência.
 A evidência sugere que o Fed tem uma meta
inflacionária implícita em torno de 3%. Está claro
também que o Fed ajusta a taxa dos fundos
federais em resposta tanto à inflação como a
desvios do desemprego de sua taxa natural.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
A Política Monetária na Prática
Taxa dos fundos
federais, 1987-
2001
Em 1990-1992, e
novamente em
2001, o Fed
reduziu
drasticamente a
taxa dos fundos
federais para
tentar evitar uma
recessão.
© 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard
Capítulo
25:
Política
Monetária:
Um
Resumo
Termos-Chave
 custos de sola de sapato
 ilusão monetária,
 liquidez,
 agregados monetários
 moeda no sentido amplo (M2)
 meta de inflação
 Regra de Taylor
 lei Humphrey–Hawkins
 Distritos da Reserva Federal
 Conselho de Diretores
 Comissão Federal do Mercado
Aberto (CFMA)
 Mesa do Mercado Aberto
 exigibilidades de reservas
 política de desconto
 taxa de desconto
 janela de desconto

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Resumo da política monetária

  • 1. Prepared by: Fernando Quijano and Yvonn Quijano 25 C A P Í T U L O © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Política Monetária: Um Resumo
  • 2. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Taxa Ótima de Inflação 25-1  A inflação tem apresentado um declínio persistente nos países ricos desde o início da década de 1980.  Alcançar uma taxa ainda menor depende dos custos e dos benefícios da inflação. 24 2,5 2000 1995 21 5,2 10 6,6 1985 * Taxa média de inflação, usando o defletor do PIB e os PIBs relativos aos preços corrigidos pela PPC. ** De um total de 30 países. Número de países com inflação abaixo de 5%** Média da OCDE (%)* Taxas de inflação na OCDE, 1981-2000 Tabela 25-1 15 2 6,2 10,5 1990 1981
  • 3. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Custos da Inflação  Custos de sola de sapato são os custos de ir ao banco com maior freqüência na presença de inflação. Eles refletem um aumento no custo de oportunidade de reter moeda.  Distorções tributárias ocorrem quando as alíquotas do imposto não aumentam automaticamente com a inflação, um conceito conhecido como mudança de categoria. A renda para fins de tributação inclui os pagamentos de juros nominais, não os pagamentos de juros reais.
  • 4. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Custos da Inflação  Ilusão monetária – custo da inflação associado à noção de que as pessoas cometem repetidos erros ao avaliar as variações nominais versus reais, levando as pessoas a tomar decisões incorretas.  Variabilidade da inflação – os ativos financeiros, como os títulos que prometem pagamentos nominais fixos no futuro, tornam- se mais arriscados.
  • 5. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Benefícios da Inflação  Senhoriagem ou as receitas provenientes da emissão de moeda permitem ao governo emprestar menos do público, ou diminuir os impostos.  Uma economia com uma taxa média de inflação maior, tem mais oportunidade de usar a política monetária para combater uma recessão.  A existência de inflação permite diminuir o salário real com maior facilidade do que se não houvesse inflação.
  • 6. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Taxa Ótima de Inflação: o Debate Atual  Os que querem uma taxa de inflação pequena, porém positiva, ressaltam que os custos de uma inflação positiva podem ser evitados e que os benefícios dessa inflação compensam.  Os que querem eliminar a inflação, argumentam que ela corresponde à estabilidade de preços, o que simplifica as decisões e elimina a ilusão monetária.  O debate não terminou. Por ora, a maioria dos bancos centrais parece desejar uma inflação baixa, mas positiva, em torno de 2%.
  • 7. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Formulação da Política Monetária 25-2  A escolha de uma taxa ótima de inflação determina a taxa de crescimento da moeda.    g g m y  O banco central pode querer anunciar uma meta para o crescimento da moeda nominal e deixar claro como irá desviar dela para solucionar as flutuações de curto prazo.  Até recentemente essa era a base da condução de uma política monetária na maioria dos países.
  • 8. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Expansão Monetária e Inflação Revisitadas  A formulação de uma política monetária em torno do crescimento da moeda nominal baseia-se na hipótese de uma relação estreita entre inflação e crescimento da moeda nominal no médio prazo.  O problema é que essa relação não é tão estreita.
  • 9. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Expansão de M1 e Inflação Expansão de M1 e inflação: médias decenais, 1970- 2000 Não há relação estreita entre a expansão de M1 e a inflação, nem mesmo no médio prazo.
  • 10. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo De M1 para M2, M3 e Outros Agregados Monetários  A relação entre a expansão de M1 e a inflação não é estreita, devido aos deslocamentos da demanda por moeda.  Muitos ativos financeiros têm muita liquidez, o que os torna substitutos atraentes para a moeda. Entretanto, esses ativos não estão incluídos em M1.  Quando as pessoas reduzem os saldos de suas contas correntes para aplicar nos fundos do mercado monetário, há um grande deslocamento negativo na demanda por moeda.
  • 11. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo De M1 para M2, M3 e Outros Agregados Monetários  Indicadores que incluem não apenas moeda, mas também outros ativos líquidos são chamados agregados monetários e recebem o nome de M2, M3, e assim por diante.  Nos Estados Unidos, M2, às vezes, também é denominado moeda no sentido amplo e inclui M1.  O banco central poderia escolher metas para a expansão de M2, entretanto:  A relação entre a expansão M2 e a inflação também não é muito estreita.  O banco central não controla M2.
  • 12. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Expansão de M2: Metas de Banda de Variação e a Realidade Expansão de M2 e inflação: médias decenais, 1970-2000 Embora a relação entre a expansão de M2 e a inflação seja mais estreita do que a relação entre a expansão de M1 e a inflação, ainda não é estreita o suficiente.
  • 13. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Expansão de M2: Metas de Banda de Variação e a Realidade Expansão de M2, 1975- 2000: taxa efetiva de expansão e meta de banda de variação A expansão efetiva de M2 desviou-se das metas com banda de variação em 11 dos 26 últimos anos. Como o Fed desviou-se da meta com tanta freqüência, decidiu não anunciar uma banda de variação para M2 após 2000.
  • 14. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Meta de Inflação e Regras para Taxa de Juros  Em muitos países, o banco central definiu como seu principal e, às vezes, único objetivo atingir uma taxa de inflação baixa. Isso é conhecido como meta de inflação.  A meta de inflação levaria o banco central a agir de modo a eliminar todos os desvios do produto em relação a seu nível natural.
  • 15. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo , então, o banco central deve fixar it em um valor igual a sua meta, i*. Regra de Taylor  Segundo Taylor, como é a taxa de juros que afeta diretamente os gastos, o banco central deveria escolher uma taxa de juros em vez de uma taxa de crescimento da moeda nominal. π π * e t t t n i i a( ) b(u u ) = + - - -  Se 1 π π t t- = u u t n  e
  • 16. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Regra de Taylor  Quanto maior o valor de a, mais o banco central aumentará a taxa de juros em resposta à inflação.  Quanto maior o valor de b, maior é a disposição do banco central de se desviar da meta de inflação para tentar manter o desemprego próximo de sua taxa natural.  Em suma, esses coeficientes refletem o grau de preocupação do banco central com o desemprego em relação à inflação. π π * e t t t n i i a( ) b(u u ) = + - - -
  • 17. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Regra de Taylor  A regra de Taylor oferece uma maneira de pensar sobre a política monetária: uma vez que o banco central tenha escolhido uma meta inflacionária deve tentar atingi-la ajustando a taxa de juros nominal.  Esta regra descreve bem o comportamento dos bancos centrais nos últimos 15 ou 20 anos. π π * e t t t n i i a( ) b(u u ) = + - - -
  • 18. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo O Fed em Ação  A mais recente definição das atribuições do Fed foi feita pela Lei Humphrey–Hawkins, aprovada pelo Congresso dos EUA em 1978.  Para mais informações sobre a organização do Fed, visite o site: www.federalreserve.gov/ 25-3
  • 19. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Organização do Fed  O Federal Reserve System é composto de três partes:  Um conjunto de 12 distritos do Federal Reserve.  O Conselho de Diretores.  A Comissão Federal do Mercado Aberto (CFMA) e a Mesa do Mercado Aberto.
  • 20. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Instrumentos da Política Monetária  A taxa de juros de equilíbrio é aquela em que a oferta (lado esquerdo) e a demanda (lado direito) por moeda do banco central são iguais.  A oferta de moeda, H, refere-se à base monetária. A demanda total por moeda é a soma da demanda por moeda em espécie com a demanda dos bancos por reservas (veja o Capítulo 4 para uma revisão). θ 1 H [c ( c )]$YL(i ) = + -
  • 21. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Exigibilidades de Reservas  As exigibilidades de reservas são a quantidade mínima de reservas que os bancos devem manter em proporção aos depósitos à vista.  Ao alterar as exigibilidades de reservas, o Fed efetivamente altera a demanda por moeda do banco central.  Este instrumento de política monetária não é amplamente utilizado, porque os bancos podem tomar medidas drásticas para aumentar suas reservas, tal como cobrar alguns dos empréstimos que fizeram.
  • 22. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Empréstimos aos Bancos  O Fed também pode conceder empréstimos aos bancos e, dessa forma, afetar a oferta de moeda do banco central.  O conjunto de condições sob as quais o Fed empresta aos bancos é chamado de política de desconto. A taxa à qual ele empresta aos bancos é chamada de taxa de desconto, por meio da janela de desconto.  Today, changes in the discount rate are used mostly as a signal to financial markets.
  • 23. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Operações de Mercado Aberto  As operações de mercado aberto, nas quais o Fed compra e vende títulos de dívida no mercado, são o principal instrumento da política monetária dos Estados Unidos. É conveniente e flexível.  Quando o Fed compra títulos, faz o pagamento por meio de emissão de moeda, aumentando H; quando vende títulos, diminui H.
  • 24. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo A Política Monetária na Prática  As decisões mais importantes de política monetária são tomadas nas reuniões da CFMA.  Para essas reuniões, a equipe do Fed prepara previsões e simulações dos efeitos de diferentes políticas monetárias sobre a economia e identifica as principais fontes de incerteza.  A condução das operações de mercado aberto entre as reuniões do CFMA fica a cargo da Mesa do Mercado Aberto.
  • 25. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo A Política Monetária na Prática  O Fed tem uma meta de inflação ou segue uma regra de taxas de juros? A resposta é: não sabemos. O presidente do Fed, Alan Greenspan, é famoso por sua falta de transparência.  A evidência sugere que o Fed tem uma meta inflacionária implícita em torno de 3%. Está claro também que o Fed ajusta a taxa dos fundos federais em resposta tanto à inflação como a desvios do desemprego de sua taxa natural.
  • 26. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo A Política Monetária na Prática Taxa dos fundos federais, 1987- 2001 Em 1990-1992, e novamente em 2001, o Fed reduziu drasticamente a taxa dos fundos federais para tentar evitar uma recessão.
  • 27. © 2004 by Pearson Education Macroeconomia, 3ª edição Olivier Blanchard Capítulo 25: Política Monetária: Um Resumo Termos-Chave  custos de sola de sapato  ilusão monetária,  liquidez,  agregados monetários  moeda no sentido amplo (M2)  meta de inflação  Regra de Taylor  lei Humphrey–Hawkins  Distritos da Reserva Federal  Conselho de Diretores  Comissão Federal do Mercado Aberto (CFMA)  Mesa do Mercado Aberto  exigibilidades de reservas  política de desconto  taxa de desconto  janela de desconto