2. GEOLOGIA E ENGENHARIA
Praticamente todas as atividades de um engenheiros envolvem elementos de nosso planeta e, sendo assim, é
útil conhecê-lo. Alguns exempos
• Escolha de materiais mais apropriados, isto é, mais baratos, depende do conhecimento de sua
disponibilidade na composição da Terra, bem como sua facilidade de extração. Em especial, a escolha de
materiais com características específicas depende de sua existência na quantidade desejada e com acesso
disponível
• Processos de extração de materiais, como ferro, cobre e outros, depende do conhecimento de como esses
minerais ocorrem na natureza.
• Uso de rochas como material de construção civil depende do conhecimento de suas propriedades físicas,
que dependem diretamente de seu processo de formação.
• Projeto de estrutura de qualquer obra civil depende das características do solo e das rochas que o
compõem, sendo necessário seu conhecimento para que soluções adequadas sejam adotadas para cada tipo
de solo. Se a região sofre abalos sísmicos, estes precisam ser conhecidos e compreendidos para que
possam ser considerados.
• Projeto e construção de túneis, em especial, depende do conhecimento da estrutura do solo, incluindo sua
composição e a existência de fraturas.
• Identificação de novos poços de petróleo é feita, em grande parte, a partir do perfil geológico do terreno,
isto é, do conjunto de rochas que compõem uma determinada região, visto que os depósitos de petróleo
usualmente estão em regiões com o mesmo tipo de formação (formaram-se em épocas similares ou por
processos similares).
• Definição de características externas de construções tem o objetivo de fornecer proteções contra a ação
do intemperismo e, sendo assim, estes agentes devem ser estudados.
• Projeto de estrutura de qualquer obra civil depende das características
3. A Terra é formada por três grandes camadas, com características
distintas entre si.
•Crosta terrestre: é a camada mais externa, formada basicamente
por rochas e minerais, sendo fragmentada por meio da formação
das placas tectônicas. A crosta terrestre é dividida em continental e
oceânica, ou, ainda, em sima e sial. Já o manto terrestre é a
camada intermediária, composta basicamente por rochas, em sua
maioria em estado pastoso, como o magma.
•Manto terrestre: é o local de origem de fenômenos importantes da
dinâmica terrestre, como o vulcanismo e o tectonismo.
•Núcleo terrestre: é a camada mais interna do planeta, e também a
mais desconhecida pela ciência. É formado basicamente por ferro e
níquel, e é dividido em núcleo externo e interno.
O sial - é a parte mais externa da litosfera, com 15 a 25 Km de
espessura, e é nele que se formam o solo e o subsolo. Predominam
no sial os minerais silício e alumínio, de onde vem seu nome (Si, de
silício, e Al, de alumínio).
O sima - logo abaixo do sial, tem a espessura de 30 a 35 Km e nele
predominam o silício (Si) e o magnésio (Ma). Os minerais que
compõem o sima apresentam maior densidade que os do sial.
A crosta terrestre, também chamada de litosfera, é a camada estreita e fina que forma a porção mais externa
da esfera planetária. Ela é formada basicamente por minerais diversos, como silício, alumínio e magnésio.
Apresenta uma estrutura fragmentada, formada por grandes blocos rochosos chamados de placas tectônicas,
que se movimentam mediante os agentes geomorfológicos internos do planeta.
4. "Placas tectônicas são grandes blocos
rochosos semirrígidos que compõem a crosta
terrestre. A Terra divide-se em quatorze
principais placas tectônicas, as quais se
movimentam sobre o manto de forma lenta e
contínua, podendo aproximar-se ou se
afastar umas das outras.A movimentação das
placas resulta na formação de montanhas,
fossas oceânicas, atividades vulcânicas,
terremotos e tsunamis
PLACAS TECTONICAS
As placas tectônicas são grandes blocos rígidos da crosta
terrestre que se movem e se deslocam sobre a astenosfera,
que é uma camada mais plástica e menos rígida abaixo da
crosta. Estas placas são compostas por rochas e minerais e
podem ter tamanhos variados, desde algumas centenas até
milhares de quilômetros.
A teoria da tectônica de placas descreve como estas placas se
deslocam lentamente na superfície da Terra, interagindo entre
si e dando origem a diversos fenômenos geológicos, como a
formação de montanhas, vales, fossas oceânicas, vulcões e
terremotos.
Existem várias placas tectônicas importantes, como a placa do
Pacífico, a placa da América do Sul, a placa da América do
Norte, a placa Africana, a placa Euroasiática, entre outras. A
maioria dos vulcões e terremotos ocorrem nas bordas dessas
placas, onde elas se encontram e interagem.
A teoria da tectônica de placas é uma das mais importantes e
aceitas na geologia, e tem sido comprovada por várias
evidências científicas, incluindo o estudo da propagação das
ondas sísmicas e a análise da distribuição de rochas e fósseis
em diferentes partes do mundo.
5. "Principais placas tectônicas”
O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de
placas principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores
podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas.
“MOVIMNTO PLACAS TECTONICAS”
1) Limite divergente
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta
terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da
Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às
bordas das placas, que aumentam de tamanho. A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais
mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico,
originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar
vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das
porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia."
6. 2) Limite convergente
No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o
movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao
manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas
são mais densas que as rochas das placas continentais.Quando ocorre um choque entre duas placas
oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas.Quando o choque ocorre
entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma,
logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-
Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.
7. 3) Limite transformante
No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na
região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em
alguns casos, originar falhas.Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do
Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados
Unidos.
9. O ciclo das rochas é o processo de transformação das rochas, que mudam sua composição mineralógica e
propiciam a existência de seus três principais tipos: magmáticas, metamórficas e sedimentares. A existência
desse ciclo evidencia o caráter dinâmico da litosfera terrestre, fruto tanto das ações dos agentes endógenos
quanto dos agentes exógenos de transformação da superfície.
Caso o ciclo não existisse, a litosfera terrestre seria composta apenas por rochas magmáticas, pois elas são
oriundas da solidificação do magma, o que faria com que os geólogos tivessem que realizar outra forma de
classificação. Por esse motivo, podemos compreender que os demais tipos só podem existir a partir da
transformação de tipos rochosos preexistentes.
Para compreender o ciclo das rochas, é preciso primeiro entender como cada tipo se origina.
Rochas magmáticas ou ígneas: essas rochas, como já afirmamos, surgem do processo de resfriamento e
solidificação do magma (cristalização), que pode ou não ter se originado de rochas derretidas.
Rochas metamórficas: quando rochas preexistentes (podendo ser magmáticas, sedimentares ou até outras
rochas metamórficas) passam por uma alteração em sua estrutura em virtude da elevação ou diminuição das
condições de temperatura e pressão (metamorfismo), surgem as rochas metamórficas. Um exemplo é o calcário
(rocha sedimentar) que se transforma em mármore.
Rochas sedimentares: surgem a partir da compressão e junção de camadas de sedimentos, que se originam
da fragmentação (ou sedimentação) de outros tipos de rochas preexistentes. Após a sedimentação dessas
rochas, ocorre os processos de transporte e deposição que, após milhares de anos, dão origem às rochas
sedimentares.