O documento discute a importância da pontualidade em sessões espíritas e centros mediúnicos. Aponta que entidades superiores não podem compartilhar da negligência e irresponsabilidade de alguns grupos que começam sessões atrasadas ou desorganizadas. Reforça que a pontualidade e preparação adequada são essenciais para atrair a assistência de espíritos elevados.
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ORIENTAÇÃO DO MENTOR RAMA SCHAIN (continuação)
E, ante a surpresa de André Luiz, continuou:
«Ninguém ilude a justiça. As reparações podem ser
transferidas no tempo, mas são sempre fatais.»
Não podemos reprimir o entusiasmo ante as luzes que o livro
“Nos Domínios da Mediunidade” trouxe aos espiritistas,
particularmente em face do complexo e delicadíssimo problema do
mediunismo e da sua prática.
É um livro que chegou, como não podia deixar de ser, na hora
oportuna. A Espiritualidade viu as nossas necessidades, nesse setor.
Anotou-nos as deficiências e precariedades, os abusos e a
exploração inferior. Verificou os rumos que os trabalhos tomavam,
como se tivéssemos olvidado os conselhos e as diretrizes inseridos
nos luminosos trabalhos do Codificador, completados pelos seus
eminentes continuadores, especialmente Léon Denis.
E o livro foi psicografado, exaltando o serviço mediúnico por
abençoada sementeira de luz e fraternidade. Em face de problemas
tão sérios, que se repetem aos milhares, saberemos todos nós,
dirigentes de sessões e médiuns, ser mais comedidos em nossas
afirmativas de solução para os intrincados problemas com que se
defrontam os grupos mediúnicos.
Mesmo que se trate de obsessão simples», decorrente de
transitória influenciação de Espíritos desocupados, sem real
expressão de maldade, a prudência e o bom-senso aconselham
moderação nos prognósticos de cura imediata, uma vez que o
desequilíbrio do encarnado poderá acomodar» o hóspede na sua casa
mental», por dilatado período.
E quando o encarnado age dessa maneira, quem poderá
garantir a eficácia do esforço assistencial?
Não podemos, nem devemos jamais prometer o
“desenovelamento” de um drama complexo, cujo prólogo se perde na
noite dos séculos ou dos milênios.
Dirigentes e médiuns esclarecidos sabem que existe uma Lei de
justiça funcionando, inexorável, na estrutura das obsessões. Sabem
que as perseguições, cujas raízes se acham imersas no pretérito,
pedem tempo e paciência, compreensão e amor.
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Exigem, ainda, esquecimento e perdão. De posse dessa certeza, não
digamos ao enfermo:
— Você vai ser curado em dois meses.
Falemos, simplesmente, assim:
— Meu irmão, confiemos em Jesus e busquemos, com Ele, a solução
do seu caso. Trabalhadores precipitados comprometem a Doutrina
através de promessas insensatas.
Servidores esclarecidos contribuem, com a prudência, para o
engrandecimento, cada vez maior, do ideal que nos irmana.
Repitamos, ainda uma vez, com Léon Denis: “o Espiritismo será o
que dele os homens fizerem.”
O caso do irmão Pedro teve o início do seu processo evolutivo
com a fascinação. Depois, à medida que ele se foi entregando, vieram
a subjugação e a possessão.
O irmão ultrajado de ontem imantou-se à sua organização
psíquica e somática. Comanda-lhe a mente desarvorada. Domina-lhe
o corpo. Derruba-o, fá-lo gemer e gritar. Tornou-o um epiléptico aos
olhos do mundo.
Ambos receberão, se contribuírem para isso, a bênção do
esclarecimento renovador. As leituras edificantes, as palavras
confortadoras e as vibrações amorosas repercutir-lhes-ão no íntimo,
à maneira de suave reconforto, concitando-os ao perdão recíproco.
Se ambos abrirem, de par em par, as dobras do coração,
tocados pela carinhosa advertência de Jesus, de que devemos
reconciliar-nos com o adversário, enquanto estamos a meio do
caminho, destruirão, sob a assistência dos protetores e com o
concurso dos encarnados, os tenebrosos laços que, de forma tão
lastimável, vincularam os seus destinos num turbilhão de rancor...
Enquanto isso, a esposa invigilante de ontem abre, hoje, ao
infeliz sedutor, o seio transbordante de ternura, não só para
«purificação do seu amor, como também para redimi-lo...
Pontualidade:
Transcrevamos, literalmente, as palavras iniciais do
capítulo “Assimilação de correntes mentais”, da pág. 41 de
«Nos Domínios da Mediunidade»:
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“Faltavam apenas dois minutos para as vinte horas, quando o
dirigente espiritual mais responsável deu entrada no pequeno
recinto”.
Eis aí uma observação de capital importância para os que dirigem ou
compõem, na qualidade de médiuns ou colaboradores, núcleos de
trabalhos práticos de Espiritismo. Pontualidade!
Hora certa para início das tarefas, sem esquecimento da
preparação que nos compete, enquanto aguardamos o momento dos
santos labores do mediunismo com Jesus!
Notemos que somente dois minutos antes o dirigente espiritual
deu entrada no recinto. Imaginemos, agora, que aquele elevado
instrutor se defrontasse, como às vezes acontece, com um
agrupamento heterogêneo, de encarnados barulhentos e
irresponsáveis, cada um a comentar a seu modo e a ressaltar, muita
vez maliciosamente, os acontecimentos do dia, de nenhum interesse
para os trabalhos da noite.
Imaginemos a posição do devotado benfeitor que, após
concluir, noutros setores, encargos respeitáveis, comparece, nobre e
digno, para os serviços preparados, e encontra companheiros
negligentes e descuidados, ruidosos e inconvenientes, a comentarem
assuntos de natureza exclusivamente material; uns médiuns
chegando agora, outros mais tarde; o dirigente descontrolado, a
censurar uns e outros, contribuindo, mais ainda, para a desarmonia
psíquica do ambiente.
Será que entidades tão venerandas, com tamanhos afazeres a
realizar, investidas de tão santas responsabilidades e compreensão
dos deveres, continuarão, numa verdadeira «pregação no deserto»,
assistindo núcleos que funcionam na base da negligência e da
irresponsabilidade?
Temos nossas dúvidas a este respeito.
É-nos impossível crer que Espíritos realmente superiores
compartilhem da indisciplina que é própria a nós outros,
cooperadores encarnados, de modo geral.
Há grupos que têm o início dos seus trabalhos marcado para as
vinte horas, porém, por este ou aquele motivo, tais serviços vão
começar lá para as vinte e trinta horas e, às vezes, até mais tarde...
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Será que os Bons Espíritos, cujos instantes, na Espiritualidade,
são contados e aplicados na execução de programas enobrecedores,
não somente benefício dos outros, mas de si mesmos, uma vez que
estão sujeitos, igualmente, a programas de aprendizado, recebendo
instruções em setores especializados, será que Espíritos desse quilate
suportarão, indefinidamente, a ausência de responsabilidade que
ainda se verifica em muitos núcleos, onde a compreensão mais
elevada do serviço de intercâmbio construtivo entre os dois planos
ainda não se fez de todo?
Que eles suportem algum tempo, acreditamos; mas,
indefinidamente, não podemos crer. O fato de o irmão Clementino ter
chegado às vinte horas menos dois minutos, mostra-nos, claramente,
como o problema da pontualidade é levado a sério no Espaço, o que,
aliás, é muito lógico e racional, uma vez que entre os encarnados
responsáveis existem o gosto e o cultivo da pontualidade.
Um núcleo espírita, de trabalhos mediúnicos ou doutrinários,
que inicia os serviços hoje às vinte horas, na próxima semana às
vinte e trinta e, assim, sucessivamente, sem o mais elementar senso
de pontualidade, não pode, evidentemente, esperar a assistência de
Espíritos superiores, mas, sim, de Espíritos dotados de ideias e
programas» equivalentes aos dos próprios componentes de tais
núcleos.
Colocamos a palavra programa entre aspas, porque existem
programas de todo o tipo, inclusive para destruir. Quando
penetrarmos num centro espírita, deixemos do lado de fora a desídia
e a irresponsabilidade.
Um templo espírita é um santuário de prece e de trabalho. O
recinto, onde se realizam serviços mediúnicos, é o altar desse
santuário. Ao ocuparmos o lugar que nos é reservado, iniciemos logo
a preparação que nos compete, através do silêncio e da meditação
superior, da prece sincera e da concentração, a fim de que,
alimentando as nossas mentes de forças superiores, criemos para os
trabalhadores do Espaço o clima de harmonia que eles esperam,
desejam e precisam.
Se desejamos valorizar o nosso trabalho, devemos honrá-lo
pelo respeito e pela sinceridade de propósitos, atraindo, assim, as
atenções e o amparo de entidades respeitáveis.
Se, entretanto, desejamos conduzir os serviços mediúnicos com
aquele espírito de frivolidade que caracterizou a observação dos
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fenômenos nos aristocráticos salões da França do século 19,
continuemos a realizá-los sem método e sem espírito de misericórdia,
sem caridade e sem elevação de propósitos, ficando, entretanto,
certos de uma coisa: as entidades da sombra comandarão tais
serviços...
RACIOCÍNIO X CONTRA-RACIOCÍNIO
(VERSÃO PERSONA X VERSÃO ESPÍRITO)
Nós, os psicoterapeutas (mediuns) Espiritualista, trabalhando com a
Psicoterapia da alma, a Terapia da Reforma Íntima, escutando as
histórias de vida e as infâncias das pessoas, histórias permeadas de
mágoa, sentimento de rejeição, raiva, crítica, medo, insegurança,
etc., podemos afirmar que elas são apenas as histórias que a nossa
persona criou, a história como nós a lemos quando éramos crianças, a
história que continuamos a ler quando já adolescentes, adultos ou
idosos, são interpretações do nosso ego, a maneira limitada como nos
vemos e como vemos os outros, incluindo a nossa família e as demais
pessoas que entram e passam pela nossa vida.
Explicando melhor: cada um de nós, desde criança, aprende que
é uma certa pessoa, de uma certa família, de um certo gênero sexual,
uma certa cor de pele, de um lugar, de um país, etc., e passa a vida
inteira acreditando nisso, principalmente por que todas as demais
pessoas acreditam nisso também em relação a si, e em todos os
terapeutas que vamos, eles mesmos acreditam nisso a seu respeito e
então não têm dúvidas sobre isto em relação a seus pacientes.
Mas o que a quase totalidade das pessoas não percebe, ou melhor,
não recorda, mesmo as pessoas que acreditam na reencarnação, é
que, se pensarem no tempo anterior a sua fecundação, a sua vida
gestacional, onde estavam, quem eram, lá em cima, no Plano Astral,
quando não eram uma pessoa, não eram de nenhuma família, não
tinham cor de pele (aliás, nem tinham pele...), não eram de um certo
lugar, um certo país, etc., ou seja, se todos nós pensarmos onde
estávamos há um ano antes da nossa fecundação, recordaremos que
éramos um espírito, no mundo espiritual, no chamado no período
inter-vidas, ou erraticidade, nome dado pelos Espíritas, vindo da
nossa encarnação anterior a essa, nos preparando para retornar a
Terra, encarnarmos novamente, para continuar o nosso caminho
kármico de retorno à luz, à perfeição, ao um, ao todo.
E se não éramos nada do que pensamos que somos, como nos
conhecemos e vemos os outros, o raciocínio consequente é de que
estamos imersos no que os orientais chamam de maya, a ilusão. O
que é isso? Significa que tudo é real, mas é temporário, mas é
passageiro, parece permanente mas é impermanente. Ora, se é
temporário, se é passageiro, se é impermanente, então não pode ser
realmente real e verdadeiro e então é, podemos dizer, uma realidade
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ilusória, ou uma ilusão aparentemente verdadeira.
Todas as pessoas que acreditam na reencarnação sabem disso mas
não lembram com a intensidade e a frequência que o assunto merece.
E por que esse assunto merece um estudo mais aprofundado e uma
atenção mais redobrada do que comumente se dá a ele?
Por que aí está o que chamamos em Psicoterapia Espiritualita, de
Raciocínio X Contra-Raciocínio, ou seja o raciocínio não-
Reencarnacionista a seu respeito, da nossa vida, da nossa infância, e
das demais pessoas que fazem parte disso, incluindo a nossa família
de origem e as demais pessoas que fazem parte disso, incluindo a
nossa família de origem e as demais pessoas que entram na história,
e o raciocínio Reencarnacionista disso tudo, totalmente oposto em sua
visão e abordagem, em sua interpretação e resultado.
Vamos, então, explicar melhor: uma pessoa vem à 1ª consulta para
iniciar um tratamento de Psicoterapia Espiritualista, que consta de
consultas e sessões de tratamentos, que tem a finalidade de ajudar as
pessoas a saberem para o que reencarnaram, qual a sua proposta de
Reforma Íntima, e como realmente aproveitarmos essa encarnação
nesse sentido, que nos trará mais evolução espiritual, e a
agradabilíssima sensação de dever cumprido após desencarnarmos e
retornarmos para casa. Essa pessoa nos fala de si, da sua vida, vai
nos contando o que lhe incomoda, os seus conflitos, frequentemente
relata a sua infância, e nós vamos escutando a sua história que é, em
100% dos casos, o que chamamos de “a história ilusória de uma
persona”. Ela não está nos contando a história verdadeira, está
relatando o que sabe de si e de tudo o mais, como leu a sua infância,
como lê a sua vida atual, como vê as pessoas, como sente e
interpreta tudo isso, e geralmente o relato vem impregnado de
mágoa, de sentimentos de rejeição, de raiva, etc.
Com bastante frequência, essa pessoa já consultou outros
profissionais, já contou essa história muitas vezes tanto para eles
como para pessoas amigas, para familiares, e todos escutam e
analisam a sua história exatamente da mesma maneira que ela: como
algo real e verdadeiro.
Mas é ilusório... Como ilusório? Basta ir para 1 ano antes da sua
fecundação, da sua vida gestacional, e lembrar quem era, onde
estava, por que o seu espírito precisou dessa infância, necessitou
dessa família, desse pai, dessa mãe, desses irmãos, ou ser filho(a)
único(a), porque veio o(a) mais velho(a), ou 2º(ª), ou 3º(ª), ou
caçula, porque precisou vir homem ou mulher, bonito(a) ou feio(a),
branco(a) ou negro(a), rico(a) ou pobre, etc., tudo isso acessado de
forma natural acompanhada pelo seu mentor espiritual e os mentores
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da casa que se propõem a fazer este tipo de terapia Espiritual, que se
processa através da regressão de memória espontânea ou seja não
induzida pelo Terapeuta.
Se todos nós fizermos esse exercício de imaginação, no mínimo,
começaremos a nos questionar a esse respeito, a nos perguntar “por
quê?”, e a partir daí o nosso raciocínio, até agora vigente, começará a
estremecer, a desmanchar-se, e todas aquelas convicções tipo “meu
pai não gostava de mim!” Ou “eu sou assim porque vim numa família
muito pobre, muitos filhos, passamos fome...”, permeadas de mágoa
e rejeição, dor e sofrimento, começarão a transformar-se no que
chamamos de contrarraciocínio. Ou seja, o raciocínio anterior, não-
reencarnacionista, criado pela persona em conjunto com as demais
personas, numa sociedade de personas, começará a dar lugar a um
novo raciocínio, reencarnacionista, baseado nos questionamentos de
por que o nosso espírito “pediu” por isso?
Essa questão Raciocínio x Contra-Raciocínio é uma das bases
fundamentais da Psicoterapia Espiritualista, a Terapia da Reforma
Íntima, pois baseando-se na reencarnação, ela lida com as leis divinas
que regem a nossa encarnação e das demais pessoas que estão em
nossa vida: a Lei da Finalidade, a Lei da Necessidade e a Lei do
Merecimento. A finalidade é para que o nosso espírito tem de passar
por situações desde a nossa vida gestacional, a necessidade é por que
precisa passar por isso e o merecimento é o que merece receber do
amor universal, que sempre está certo e justo, mesmo quando parece
errado e injusto.
A principal tarefa do psicoterapeuta Espiritualista é ajudar as pessoas
que vêm realizar um tratamento, e acreditam na reencarnação, a
libertarem-se da história ilusória de sua persona e iniciarem uma
busca da história verdadeira, a do seu espírito.
A primeira, que chamamos de “raciocínio”, mantém as pessoas
firmemente atreladas aos seus sentimentos negativos, de uma
maneira tão forte e estreita, que torna-se praticamente impossível
uma cura verdadeira desses sentimentos. A segunda, que chamamos
de “contrarraciocínio”, vai fazendo com que, pela mudança da visão
da nossa infância, dos fatos lá ocorridos, da interpretação que demos
a ela quando éramos crianças, e que ainda mantemos em nossa
criança interior, vão desmanchando-se os sentimentos negativos, vão
enfraquecendo-os de uma maneira tão segura e gentil, de um modo
tão profundo e regenerador, que, aos poucos, pela mudança do
pensamento, os sentimentos vão desaparecendo por si só.
No curso de formação em Psicoterapia Espiritualista, os alunos
aprendem, primeiramente, a realizar isso em si mesmos, para
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capacitarem-se a ajudar as pessoas nessa missão fundamental, a de
colocar o ego sob comando superior, retirar-lhe a supremacia, tirar
seus distintivos e medalhas e, em seu lugar, colocar curativos e
poções para curar as dores e as tristezas que lhes mantinham no
lugar, sentimentos esses que, na verdade, criaram esses artifícios. A
Psicoterapia Espiritualista é a terapia da libertação das ilusões, da
libertação do domínio do ego, da libertação de nós mesmos, como
viemos sempre e sempre, vida após vida, nos vendo e entendendo,
para que o nosso espírito possa, finalmente, assumir o comando de
nossa vida. Mas para isso é necessário que o contrarraciocínio
sobrepuje e elimine o raciocínio, senão não conseguiremos nos
libertar verdadeiramente do comando egóico, que nos aprisiona e
onde está a mágoa, o sentimento de rejeição, a raiva, o medo, a
sensação de inferioridade, a timidez, ou os seus contrapontos,
igualmente ilusórios, a vaidade, o orgulho, o autoritarismo, a
prepotência, a soberba.
Existem 2 caminhos, existem 2 terapias que podem ser realizadas:
1. A tradicional, a terapia do ego e suas coisas, que é fadada a
um provável fracasso pois é impossível curar as ilusões de
uma estrutura ilusória.
2. A terapia da libertação do ego, e essa é a Psicoterapia
Espiritualista, que visa passar o comando para o nosso eu superior,
para o nosso espírito, para os nossos mentores espirituais, e através
da qual é possível, e até bem fácil, curar nossas inferioridades: é só
nos libertarmos do ego e a sua história ilusória.
A maior parte dessas pessoas que fizeram terapias, cerca de 60%,
após desencarnar, relata a sua saída do corpo físico e a subida para
um lugar muito iluminado: o Plano Astral. Descrevem áreas de
natureza, cidades, falam de hospitais, de escolas, de grupos de
estudo etc.
Algumas pessoas, porém, após desencarnarem, não chegam a esse
lugar bonito e iluminado, e, sim, a uma zona tenebrosa, que o
Espiritismo chama de Umbral, e algumas Igrejas chamam de Inferno,
que é realmente terrível. Isso ocorre porque, ao morrer o seu corpo
físico, a frequência vibratória do seu corpo astral (sentimento e
emoções) é tão baixa que não lhes possibilita ultrapassar essa zona e
alcançar áreas de frequência mais elevada.
Sintonizam-se com essa região onde encontram somente a escuridão,
o cheiro ruim, os gritos de dor, os pedidos de socorro, os seres que
dominam esse lugar.
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Raríssimas pessoas em terapia da reforma intima acessam o período
intervidas, mas na Psicoterapia Espiritualista é completamente
diferente, pois cerca de 60% dos clientes vivenciam este período.
Provavelmente isso ocorre pelo auxilio que os próprios mentores e
amigos espirituais do próprio cliente participando intensamente da
proposta espiritual lançada pelo mundo maior, proposta essa sem
hipnose, apenas sob relaxamento profundo e com expansão da
consciência, retirando-a do corpo físico e lavando-a para o corpo
astral.
E porque, quando de um desencarne, sempre peço aos clientes me
dizerem para onde vão, agora que saíram do corpo físico.
Faz parte de minha missão coletiva desvincular reencarnação de
religião, e introduzir definitivamente esse conceito no dia a dia de
cada um dos clientes que passam por mim ou pelo Grupo
Espiritualista em que faço parte. A reencarnação na religião é o
sentido da vida de cada um. Enquanto que na Psicologia e na
Psiquiatria passa ser uma abordagem terapêutica.
É muito importante buscarmos, dentro de nós mesmos, uma
convicção pessoal a respeito dessas questões. É fundamental que
cada um encontre a sua própria verdade interna, não por livros, ou
opiniões, não pelo que está escrito ou lhe dizem, mas, sim, a partir
de suas próprias vivencias e experiências.
A opinião sobre qualquer assunto, sem uma experiência pessoal, sem
uma vivencia pratica é cega por basear-se apenas no que vem de
fora, sem uma solida base interna, e isso gera o fanatismo, que é a
maneira corriqueira pela qual a insegurança se manifesta.
A futilidade da nossa sociedade, o materialismo, a superficialidade, o
“aproveitar a vida”, as injustiças sociais decorrente disso, as guerras,
o racismo, etc. São filhos da não crença na reencarnação. As
depressões, os suicídios e tantos outros males que afligem os seres
humanos, quando eles vivem apenas para esta vida e não para a
eternidade, originam-se da falta de sentido da vida que só pode ser
encontrado na reencarnação.
A reencarnação traz consigo a justiça social, o respeito com a nossa
vida e a de todas as pessoas, o compromisso com o planeta. E o
conhecimento de que estaremos por aqui durante milhares de anos e
que as nossas diferenças (cor da pele, nacionalidade, classe social,
religião, etc.) são apenas do corpo físico, fato que nos torna
realmente irmãos, filhos do mesmo “Pai”.
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A Medicina oficial (apenas do corpo físico), a Psicologia oficial (apenas
desta vida) e a Psiquiatria oficial (que não acredita no que os
pacientes veem e ouvem e não entende as ressonâncias de suas
encarnações passadas) são herdeiras das ideias estabelecidas nos
séculos negros... Em que o lado ocidental do planeta foi dominado, a
ferro e fogo, pela Inquisição, começa a retornar o antigo
conhecimento, a Sabedoria milenar, que lida com a reencarnação,
com a estrutura energética do ser humano, a sua origem a partir de
Um (Deus) e o seu caminha de volta.
Ainda estamos demasiadamente condicionados, aqui no Ocidente, às
ideias estabelecidas nesses séculos negros e, comumente,
esquecemos que existem outras ideias diferentes a respeito desses
assuntos. A cultura europeia, branca, racista e prepotente,
praticamente conseguiu aniquilar valores tradicionais de povos negros
e índios, chamando-os de “primitivos”.
É muito importante entender as leis que regem a reencarnação, como
e porque ela ocorre, qual a sua finalidade e, principalmente, como
saber aproveitá-la, do ponto de vista do nosso Eu Superior, e como
libertar-se das ilusões das personas atuantes, as “cascas”. (Corpo
Físico)
O Eu Superior é a nossa estrutura energética superior, a nossa
individualidade (Átmico, Búdico, Mental Superior), enquanto o Eu
Encarnado é a nossa estrutura energética inferior, a nossa
personalidade, (Corpo Físico, Duplo Etérico, Corpo Astral, mental
inferior). Geralmente a personalidade é desobediente em relação à
essência, e é aí que desperdiçamos a encarnação, e esse desperdícios
se fazem através da influenciarão que sofremos e que nos permitimos
durante a nossa existência.
O primeiro pré-requisito para aproveitarmos uma encarnação é saber
que não somos o Corpo Físico, nós simplesmente estamos nele.
Nós somos o que as religiões chamam de Espírito, mas podemos
chamar de Consciência.
O que vai determinar o aproveitamento ou não dessas curtas
passagens terrenas é obtermos uma elevação em nosso grau
evolutivo, um aprimoramento nas nossas características pessoais.
Ela é, basicamente, a gradativa eliminação das nossas imperfeições e
a nossa capacidade de amar incondicionalmente; em termos
religiosos isso se chama evolução espiritual; em termos psicológicos
chama-se aprimoramento pessoal; em termos bioenergéticos chama-
se elevação da frequência vibratória.
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Para sabermos o que devemos melhorar em nós, devemos nos
basear na personalidade congênita, que se revela desde a infância.
A nossa outra missão, que chamo de coletiva, consiste na busca do
resgate e da harmonização com outros seres, com os quais trazemos
“problemas” de encarnações anteriores, e procurarmos desenvolver
um vinculo amoroso com essas pessoas próximas, mas também com
as não tão próximas e com toda humanidade.
A concretização dessa tarefa externa passa, necessariamente, pela
outra, a missão pessoal, pois somente por meio da nossa própria
evolução (eliminação da raiva, da mágoa ou qualquer outro
sentimento inferior) é que poderemos realizar a missão coletiva.
Espero que esta apostila ajude as pessoas a aproveitarem realmente
esta encarnação, para mudarmos a estatística dos livros espíritas, em
que os irmãos do Plano Astral superior lamentam nossos retornos
fracassados e frustrados, quanto aos objetivos pré-reencarnatórios.
A base da Psicoterapia Espiritualista é a personalidade congênita e a
certeza de que somos uma Consciência eterna e não essa “casca”
temporária (corpo físico), que serve apenas para nos tornar visíveis,
nesta passagem. Esta é a chave para o aproveitamento de uma
encarnação.
A Psicologia vigente, não lida com a reencarnação e a personalidade
congênita e, então, elabora teorias e mais teorias para entendermos
um inicio (da personalidade) (na infância) que nunca vai entender,
pois não é um inicio, é uma continuação.
Espero atingir meus objetivos e transmitir aos leitores um método
que tenho aplicado em mim há algum tempo, passando para meus
pacientes e alunos, e que, acredito, dá ótimo resultado. Ele é muito
simples e consistente, a partir da noção de personalidade congêni-ta,
em buscarmos eliminar as nossas imperfeições que ainda temos,
quando elas aparecem no nosso dia-a-dia, mesmo que acreditemos
ter razão para senti-las e externa-las.
A tarefa da purificação, almejada por do nosso Eu superior, que olha
as coisas de cima, é mais importante do que os míopes raciocínios de
nosso Eu encarnado, que olha de baixo.
Muitas pessoas perguntam-se por que viemos de um lugar superior
para um inferior para evoluir e por que não o fazemos lá? A resposta
é simples: porque ainda temos inferioridades para eliminar e estar
em um plano inferior faz com que elas venham à tona e tenham a
possibilidade de ser eliminadas, o que não ocorre quando estamos no
Astral superior, porque lá faltam os “gatilhos” que as façam emergir.
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Lá nos evoluímos teoricamente, pois as nossas imperfeições não
afloram, e então a evolução pratica só pode ser concretizada aqui. Os
fatos da vida terrena são os fatos, aliás, nos reencarnamos
justamente para passar pelos fatos, e o que realmente importa é o
que aflora de imperfeito de dentro de nós diante deles, aí está a
finalidade da encarnação! No Astral Superior a frequência vibratória é
muito elevada e atua em nossos chacras superiores, e aí afloram as
nossas perfeições, enquanto que aqui, pela baixa frequência que atua
em nossos chacras inferiores, afloram as nossas imperfeições.
Quando nós desencarnamos e subimos para o Plano Astral,
permanecemos ligados à Terra por cordões energéticos, bem como
há outras pessoas e, então, após um certo tempo, maior ou menor, a
Terra nos “puxa” para perto daquelas pessoas com as quais estamos
sintonizados. Este é um conhecimento muito importante e serve para
que lembremos que estamos “presos” a este planeta, por sintonia
vibratória, e apenas quando conseguirmos elevar suficientemente
nossa frequência conseguiremos nos libertar e passaremos, então, a
habitar definitivamente o Plano Astral. E, ao seu tempo, sempre pela
elevação da nossa frequência, subiremos para o Plano Mental, daí
para o Causal, e assim por diante.
A maior parte das pessoas encarnadas não sabe disso e fica presa,
por magoa, por tristeza, por raiva, aos fatos desagradáveis de sua
“vida” atual, não percebendo que esses fatos “negativos” são
potencialmente positivos para sua evolução, pois ai estão para
revelar as suas imperfeições congênitas.
FRATERNIDADE ESPIRITUALISTA: Rua Manoel Penellas 536 – Santa Rosa Guarujá - SP