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Unidade
2 Trabalho e sociedade
Há sempre muitas perguntas a fazer sobre o
trabalho. Por exemplo: por que ele existe?
Quem o inventou? Seu significado é
semelhante nas diferentes sociedades?
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Em nossa sociedade, a produção de um objeto
envolve uma complexa rede de trabalhadores e de
trabalho. Outros tipos de sociedade apresentam
características bem diversas, como veremos a seguir.
Campo de cultivo de trigo na Índia (1995) e panificadora no Brasil (2001).Cada produto resulta do trabalho
de uma infinidade de pessoas com diferentes especialidades.
©Arvind
Garg/Corbis/LatinStock
Luiz
Carlos
Murauskas/Folhapress
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
A produção nas sociedades tribais
As sociedades tribais diferenciam-se umas das
outras em muitos aspectos, mas em geral não
são estruturadas pela atividade que em nossa
sociedade denominamos trabalho.
Nelas todos fazem quase tudo, e as atividades
relacionadas à obtenção do que as pessoas
necessitam para se manter integram-se a todas
as esferas da vida social.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
A explicação para o fato de os membros das
sociedades tribais trabalharem menos do que
nós está no modo como se relacionam uns
com os outros e com a natureza.
O antropólogo estadunidense Marshall Sahlins
as denomina “sociedades da abundância” ou
“sociedades do lazer”, pois seus membros
têm todas as necessidades materiais e sociais
satisfeitas dedicando um mínimo de horas ao
que chamamos trabalho.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Anísio
Magalhães/Samba
Photo
Xingu, Mato Grosso, 1995. Jovem yawalapity prepara folhas de buriti para artesanato.
Nas sociedades tribais, todos compartilham os conhecimentos necessários para a obtenção de
matérias-primas e a elaboração de objetos. Apenas a idade e o sexo definem a divisão das tarefas.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Escravidão e servidão
Nas sociedades grega e
romana, a mão de obra
escrava garantia a
produção necessária para
suprir as necessidades da
população.
Representação do trabalho escravo em detalhe de mural romano
do século IV.
Mausoléu
de
Santa
Constanza,
Roma,
Itália
Os gregos utilizavam
diferentes termos para
expressar suas concepções
de trabalho: labor significava esforço
físico; poiesis, atividade manual;
práxis, a atividade do discurso.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Nessas sociedades, havia outras formas de trabalho,
como as atividades artesanais, desenvolvidas nas
cidades e nos feudos, e as atividades comerciais.
Nas sociedades medievais, a terra era o principal
meio de produção, e os trabalhadores tinham
direito a seu usufruto e ocupação, mas nunca à
propriedade. Prevalecia um sistema de deveres
do servo para com o senhor e deste para com
aquele.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Da Antiguidade até o fim da Idade Média, o trabalho
não orientava as relações sociais. Estas se definiam
pela hereditariedade, pela religião, pela honra, pela
lealdade e pela posição em relação às questões
públicas: elementos que permitiam a alguns viver
do trabalho dos outros.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Com a emergência do
mercantilismo e do capitalismo
e o fim do serviço compulsório,
era preciso convencer as
pessoas de que trabalhar para
os outros era bom.
Foi preciso, então, mudar a
concepção de trabalho: de
atividade vil, passou a ser visto
como atividade que dignifica o
ser humano.
Trabalho artesanal representado em iluminura
do século XVI.
Coleção
particular/AKG/Latin
Stock
As bases do trabalho na sociedade moderna
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
A transformação dos artesãos e pequenos
produtores em assalariados ocorreu por meio
de dois processos de organização do trabalho:
a cooperação simples e a manufatura.
Cooperação simples  o artesão desenvolvia
todo o processo produtivo, mas trabalhava
para quem financiava a matéria-prima e os
instrumentos de trabalho, e definia o local e
a jornada de trabalho.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Manufatura  o trabalho continuava a ser
artesanal, mas uma pessoa não fazia tudo,
do começo ao fim. Cada indivíduo passou a
fazer apenas uma parte do trabalho.
Trabalho em manufatura na Inglaterra.
Fotografia do século XIX.
The
Bridgeman
Art
Library/
Keystone
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Na manufatura, o produto tornou-se resultado
das atividades de muitos trabalhadores.
O trabalho transformou-se em mercadoria que
podia ser vendida e comprada.
Surgiu, então, a maquinofatura, na qual o
espaço de trabalho passou a ser a fábrica.
A destreza manual do trabalhador foi
substituída pela máquina.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
O trabalhador foi convencido
de que a situação presente era
melhor do que a anterior.
Diversos setores da sociedade
colaboraram para essa
mudança:
as igrejas;
os governantes;
os empresários;
as escolas.
Cena da fábula “A cigarra e a formiga”, em gravura
de Gustave Doré, 1867.As escolas passaram às
crianças de várias gerações a ideia de que o
trabalho era fundamental para a sociedade: quem
não trabalhava “levava sempre a pior”.
©
Chris
Hellier/Corbis/Latin
Stock
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
O trabalhador estava livre
apenas legalmente porque, na
realidade, via-se forçado pela
necessidade a fazer o que lhe
impunham. E trabalhava mais
horas do que antes.
De acordo com Max Weber, em
seu livro História econômica
(1923), isso era necessário para
que o capitalismo existisse.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas
jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles
não estava acostumada a isso.
A maior parte da
população que foi para
as cidades trabalhava
anteriormente no
campo, onde o único
“patrão” era o ritmo
da natureza.
Thinkstock/Getty
Images
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
Exercícios
1. Leia um resumo da fábula “A cigarra e a formiga”,
atribuída a Esopo.
Durante todo o verão, enquanto a formiga trabalhava,
a cigarra só cantou. Quando chegou o inverno, a cigarra
pediu comida à formiga que, indignada, perguntou:
− Mas o que você fez no verão?
− No verão eu cantei.
− Então agora dance.
Capítulo
4
O trabalho nas diferentes sociedades
2. Junte-se um colega e reescrevam essa fábula com
base no que as tarefas relacionadas à produção
representavam para:
a) as sociedades tribais;
b) as sociedades medievais.

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Evolução do trabalho em diferentes sociedades

  • 1. Unidade 2 Trabalho e sociedade Há sempre muitas perguntas a fazer sobre o trabalho. Por exemplo: por que ele existe? Quem o inventou? Seu significado é semelhante nas diferentes sociedades?
  • 2. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Em nossa sociedade, a produção de um objeto envolve uma complexa rede de trabalhadores e de trabalho. Outros tipos de sociedade apresentam características bem diversas, como veremos a seguir. Campo de cultivo de trigo na Índia (1995) e panificadora no Brasil (2001).Cada produto resulta do trabalho de uma infinidade de pessoas com diferentes especialidades. ©Arvind Garg/Corbis/LatinStock Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
  • 3. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades A produção nas sociedades tribais As sociedades tribais diferenciam-se umas das outras em muitos aspectos, mas em geral não são estruturadas pela atividade que em nossa sociedade denominamos trabalho. Nelas todos fazem quase tudo, e as atividades relacionadas à obtenção do que as pessoas necessitam para se manter integram-se a todas as esferas da vida social.
  • 4. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades A explicação para o fato de os membros das sociedades tribais trabalharem menos do que nós está no modo como se relacionam uns com os outros e com a natureza. O antropólogo estadunidense Marshall Sahlins as denomina “sociedades da abundância” ou “sociedades do lazer”, pois seus membros têm todas as necessidades materiais e sociais satisfeitas dedicando um mínimo de horas ao que chamamos trabalho.
  • 5. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Anísio Magalhães/Samba Photo Xingu, Mato Grosso, 1995. Jovem yawalapity prepara folhas de buriti para artesanato. Nas sociedades tribais, todos compartilham os conhecimentos necessários para a obtenção de matérias-primas e a elaboração de objetos. Apenas a idade e o sexo definem a divisão das tarefas.
  • 6. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Escravidão e servidão Nas sociedades grega e romana, a mão de obra escrava garantia a produção necessária para suprir as necessidades da população. Representação do trabalho escravo em detalhe de mural romano do século IV. Mausoléu de Santa Constanza, Roma, Itália Os gregos utilizavam diferentes termos para expressar suas concepções de trabalho: labor significava esforço físico; poiesis, atividade manual; práxis, a atividade do discurso.
  • 7. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Nessas sociedades, havia outras formas de trabalho, como as atividades artesanais, desenvolvidas nas cidades e nos feudos, e as atividades comerciais. Nas sociedades medievais, a terra era o principal meio de produção, e os trabalhadores tinham direito a seu usufruto e ocupação, mas nunca à propriedade. Prevalecia um sistema de deveres do servo para com o senhor e deste para com aquele.
  • 8. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Da Antiguidade até o fim da Idade Média, o trabalho não orientava as relações sociais. Estas se definiam pela hereditariedade, pela religião, pela honra, pela lealdade e pela posição em relação às questões públicas: elementos que permitiam a alguns viver do trabalho dos outros.
  • 9. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Com a emergência do mercantilismo e do capitalismo e o fim do serviço compulsório, era preciso convencer as pessoas de que trabalhar para os outros era bom. Foi preciso, então, mudar a concepção de trabalho: de atividade vil, passou a ser visto como atividade que dignifica o ser humano. Trabalho artesanal representado em iluminura do século XVI. Coleção particular/AKG/Latin Stock As bases do trabalho na sociedade moderna
  • 10. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades A transformação dos artesãos e pequenos produtores em assalariados ocorreu por meio de dois processos de organização do trabalho: a cooperação simples e a manufatura. Cooperação simples  o artesão desenvolvia todo o processo produtivo, mas trabalhava para quem financiava a matéria-prima e os instrumentos de trabalho, e definia o local e a jornada de trabalho.
  • 11. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Manufatura  o trabalho continuava a ser artesanal, mas uma pessoa não fazia tudo, do começo ao fim. Cada indivíduo passou a fazer apenas uma parte do trabalho. Trabalho em manufatura na Inglaterra. Fotografia do século XIX. The Bridgeman Art Library/ Keystone
  • 12. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Na manufatura, o produto tornou-se resultado das atividades de muitos trabalhadores. O trabalho transformou-se em mercadoria que podia ser vendida e comprada. Surgiu, então, a maquinofatura, na qual o espaço de trabalho passou a ser a fábrica. A destreza manual do trabalhador foi substituída pela máquina.
  • 13. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades O trabalhador foi convencido de que a situação presente era melhor do que a anterior. Diversos setores da sociedade colaboraram para essa mudança: as igrejas; os governantes; os empresários; as escolas. Cena da fábula “A cigarra e a formiga”, em gravura de Gustave Doré, 1867.As escolas passaram às crianças de várias gerações a ideia de que o trabalho era fundamental para a sociedade: quem não trabalhava “levava sempre a pior”. © Chris Hellier/Corbis/Latin Stock
  • 14. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades O trabalhador estava livre apenas legalmente porque, na realidade, via-se forçado pela necessidade a fazer o que lhe impunham. E trabalhava mais horas do que antes. De acordo com Max Weber, em seu livro História econômica (1923), isso era necessário para que o capitalismo existisse.
  • 15. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles não estava acostumada a isso. A maior parte da população que foi para as cidades trabalhava anteriormente no campo, onde o único “patrão” era o ritmo da natureza. Thinkstock/Getty Images
  • 16. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades Exercícios 1. Leia um resumo da fábula “A cigarra e a formiga”, atribuída a Esopo. Durante todo o verão, enquanto a formiga trabalhava, a cigarra só cantou. Quando chegou o inverno, a cigarra pediu comida à formiga que, indignada, perguntou: − Mas o que você fez no verão? − No verão eu cantei. − Então agora dance.
  • 17. Capítulo 4 O trabalho nas diferentes sociedades 2. Junte-se um colega e reescrevam essa fábula com base no que as tarefas relacionadas à produção representavam para: a) as sociedades tribais; b) as sociedades medievais.