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Joana Aguiar
Doutoranda Ensino de Química
(Programa de Pós graduação Interunidades em Ensino de Ciências)
Por que otimizar o material de estudo
é tão importante?
Considerações acerca das cargas cognitivas e
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• Sem exposição ao material de química
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diagramático gastam menos
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2 (alta interatividade) leva menos
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F(1,22) = 5.93, indicando que o
diagrama é o grande causador
da melhora na performance na
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F(1,22) = 2.27  não há
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declarado pelos alunos em
ambas as tarefas, independente
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F(1,22) = 37.91  independente
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Para nomear sufixos (funções) em compostos orgânicos (regra 2 – alta
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para nomear prefixos (número de carbonos) em compostos orgânicos (regra 1 –
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• Experimento 1 (laboratório): a forma diagramática para construir modelos
moleculares só auxilia nos casos em que há alta interatividade entre
elementos (moléculas grandes).
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do grupo diagramático só foi significativamente maior apenas nos aspectos
que envolviam alta interatividade entre elementos (aplicar o sufixos de
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• Alto esforço mental apenas para tarefas com alta interatividade entre
elementos, sendo que a forma diagramática faz diminuir drasticamente
esse esforço.
• Teoria da Carga Cognitiva é especialmente útil para compreender as cargas
cognitivas associadas aos materiais instrucionais para ensinar ciências e
consequentemente para guiar a otimização dos mesmos.
• Limitação: estudo de caso  pouca generalização (conteúdo e situações)
Sobre a autora
Joana Aguiar
Universidade de São Paulo
joanaguilares@usp.br
10-abr-2015
http://www.mapasconceituais.com.br/

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Mapas conceituais aplicados à aprendizagem no ensino superior
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Por que vale a pena conhecer e explorar o potencial acadêmico e pedagógico do...
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Por que otimizar o material de estudo é tão importante?

  • 1. Joana Aguiar Doutoranda Ensino de Química (Programa de Pós graduação Interunidades em Ensino de Ciências) Por que otimizar o material de estudo é tão importante? Considerações acerca das cargas cognitivas e implicações para o ensino de ciências
  • 3. Processos cognitivos envolvidos na compreensão e aprendizagem Informação Múltiplos elementos (verbais e sensoriais) Materiais de ensino Atenção Memória de trabalho Limitada em capacidade e duração Sujeita a uma carga mental Codificação Memória de longo-prazo Ilimitada, guarda os esquemas 1. Construção de esquema (encapsula) 2. Automatização de esquemas (ensaios) 3. Altamente organizada e hierarquizada Com/sem esforço mental imposto APRENDER Recuperação ARTIGO
  • 4. Fontes de cargas cognitivas que afetam a compreensão e a aprendizagem CG INTRÍNSECA •Natureza, complexidade e dificuldade do conteúdo ao qual o aluno precisa lidar durante a tarefa de aprendizagem. CG EXTRÍNSECA •Natureza do planejamento instrucional usado para apresentar o material a ser aprendido ou o formato da tarefa. CG GENERATIVA PROCESSAMENTO GENERATIVO •Recursos da MT destinados a lidar com a construção de esquemas a partir da manipulação de informações apresentadas no material instrucional
  • 5. CGI: interatividade entre elementos CGE: uso de diagramas Intrínseca: complexidade do material = quantidade de elementos que interagem durante a tarefa Vocabulário ≠ Gramática Extrínseca: afetada apenas pela forma como o material é apresentado. Formas diagramáticas são mais intuitivas. Diagrama ≠ Texto
  • 6. Experimento I Uma atividade para refletir… • Tarefa: construir modelos moleculares • Hipóteses a serem testadas • Para ↑interatividade → diagrama é melhor • Para ↓ interatividade ≈ tanto faz o formato • Experimento 2 X 2 (variáveis independentes) • Graus de interatividade entre elementos (baixo e alto) • Formato da instrução (texto ou diagrama)
  • 7. Experimento I • Participantes • 24 alunos do 7° ano (12-13 anos) – Sidney • Sem exposição ao material de química • Procedimento • Medições (variáveis dependentes) • Tempo para completar cada tarefa • Esforço mental declarado em cada tarefa Distribuição aleatória dos alunos (Textual x Diagramático) Familiarização com os modelos – cores e ligações Tarefa 1: baixa interatividade (10 moléculas pequenas) Esforço mental para tarefa 1 (escala 7 níveis) Tarefa 2: alta interatividade (2 moléculas grandes) Esforço mental para tarefa 2 (escala 7 níveis)
  • 8. Resultados – tempo dispendido F(1,22) = 11.52  independente da tarefa (interatividade entre elementos), os alunos no grupo diagramático gastam menos tempo do que no textual F(1,22) = 14.66  independente do formato da instrução, a tarefa 2 (alta interatividade) leva menos tempo para ser feita Interação instrução x tarefa F(1,22) = 5.93, indicando que o diagrama é o grande causador da melhora na performance na tarefa 2 (alta interatividade)
  • 9. Resultados – esforço mental F(1,22) = 2.27  não há diferença entre o esforço mental declarado pelos alunos em ambas as tarefas, independente do formato da tarefa F(1,22) = 37.91  independente do formato da instrução, a tarefa 2 (alta interatividade) gera um esforço mental maior. Interação instrução x tarefa F(1,22) = 4.59, indicando que para atividades com baixa interatividade tanto faz o formato da tarefa, porém ela é crítica para tarefas de alta interatividade
  • 10. Experimento I – eficiência da instrução normalizados 𝑬 = 𝑷 − 𝑴 𝟐 Baixa eficiência, E<0 se P<M Alta eficiência, E>0 se P > M Eficiência cai drasticamente quando o material com alta interatividade é apresentado de forma textual
  • 11. Experimento II • Tarefa: compreender as regras para nomear compostos orgânicos (cadeias e funções) • Duas modificações em relação ao experimento I: • Não irá mais ver como os alunos seguiram a instrução (tempo) e sim quão bem eles farão isso (desempenho). • Ambiente de classe e não mais em condições “laboratoriais” • Hipótese a ser testadas • Para ↑interatividade → diagrama é melhor • Experimento 2 X 2 (variáveis independentes) • Graus de interatividade entre elementos (baixo e alto) • Formato da instrução (texto ou diagrama)
  • 12. Experimento II • Participantes • 28 alunos do 8° ano (13-14 anos) – Sidney • Sem exposição ao material de química • Procedimento • Medições (variáveis dependentes) • Esforço mental declarado para compreender cada regra • Desempenho no teste 1 (prefixo – baixa interatividade) • Desempenho no teste 2 (sufixo – alta interatividade) Distribuição aleatória dos alunos (Textual x Diagramático) Ambiente de sala de aula comum (75min) Fase de instrução – orientações gerais (cor, ligações, sufixos e prefixos) Estudo da regra 1: prefixo de compostos orgânicos Esforço mental regra 1 (escala 7 níveis) Estudo da regra 2: sufixo de funções orgânicas Esforço mental para regra 2 (escala 7 níveis) Fase de teste 1: 12 problemas em 8 min para nomear compostos (com acesso) Fase de teste 2: 6 problemas em 12 min para nomear compostos (sem acesso)
  • 13. Resultados – esforço mental F(1,26) = 65.00  independente do formato da instrução, compreender a regra 2 gera muito mais esforço mental. Interação instrução x regra F(1,26) = 4.59, indicando que o diagrama é o grande causador da diminuição do esforço mental da regra 1 F(1,26) = 5.37  independente da regra aprendida, os alunos no grupo diagramático declaram menor esforço mental
  • 14. Resultados – desempenho no teste 1 F(1,26) = 7.46  alunos do grupo diagramático se saíram melhor no teste 1 F(1,26) = 0.15  não há diferença entre nomear prefixos ou sufixos durante o teste 1 Interação instrução x regra F(1,26) = 8.73, indicando que instruções diagramáticas geram uma melhora no desempenho na hora de nomear sufixo mas não de nomear prefixos.
  • 15. Resultados – desempenho no teste 2 F(1,26) = 0.02  alunos se saíram igualmente no teste 2, independente do formato da instrução. Contar carbonos no diagrama pode ter superado a ideia de relacionar número com prefixo. F(1,26) = 21.39  já no teste 2, os alunos se saem melhor em nomear prefixos do que sufixos Interação instrução x regra F(1,26) = 3.55*, indicando que não há relação entre o formato da tarefa e as regras aprendidas durante a resolução dos problemas. *(0.05 < p < 0.10)
  • 16. Experimento II – eficiências da instrução Teste 1 Teste 2 Para nomear sufixos (funções) em compostos orgânicos (regra 2 – alta interatividade), a forma diagramática (DT) é muito melhor do que a textual (TT). Já para nomear prefixos (número de carbonos) em compostos orgânicos (regra 1 – baixa interatividade) o diagrama não fará tanta diferença.
  • 17. Discussões gerais e fechamento • Experimento 1 (laboratório): a forma diagramática para construir modelos moleculares só auxilia nos casos em que há alta interatividade entre elementos (moléculas grandes). • Experimento 2 (sala de aula): replicou os resultados do exp. 1; desempenho do grupo diagramático só foi significativamente maior apenas nos aspectos que envolviam alta interatividade entre elementos (aplicar o sufixos de compostos orgânicos - funções). • Alto esforço mental apenas para tarefas com alta interatividade entre elementos, sendo que a forma diagramática faz diminuir drasticamente esse esforço. • Teoria da Carga Cognitiva é especialmente útil para compreender as cargas cognitivas associadas aos materiais instrucionais para ensinar ciências e consequentemente para guiar a otimização dos mesmos. • Limitação: estudo de caso  pouca generalização (conteúdo e situações)
  • 18. Sobre a autora Joana Aguiar Universidade de São Paulo joanaguilares@usp.br 10-abr-2015 http://www.mapasconceituais.com.br/