1. PONTAL- AOS MEUS VERDADEIROS AMIGOS
Tudo na vida tem limites, e para mim o meu limite chegou. Já vinha sofrendo
pressões, sobre esta minha participação no Pontal Criativo/Feira Criativa, e por
incrível que parece por pessoas, que se dizem pontalenses, só porque aqui
residem.
Diante dos últimos acontecimentos, divulgados num Facebook de uma pessoa,
que solicitou a minha amizade e apoiada por alguns outros, se deixando levar,
me leva a tomar esta decisão de me afastar de vez deste Movimento
Pontalense de Cidadania, para o bem da minha própria saúde.
Isto tudo está sendo para mim muito desgastante, por tudo que já realizei na
vida. Entrei neste processo, para simplesmente ajudar os artesãos do Pontal, a
pedido do meu grande amigo Abobreira. Aceitei para que junto com todos eles
chegasse num caminho mais profissional e desgarrar de vez do amadorismo,
que ainda infelizmente assola estes artistas de mãos criativas. Era uma forma
não só de me completar como pessoa e ao mesmo tempo fazer algo pelo meu
Pontal, onde nasci me criei e moro até hoje. Era o complemento de tudo que
desejamos no livro do Pontal, onde o passado naquela praça pudesse voltar a
ser realidade.
2. Como poderia eu, ajudar este povo, sem uma praça decente? E foi por ai que
fui, junto com o amigo Abobreira, e conseguimos como o Cidadelle a sua
adoção. E ainda de quebra o projeto de forma gratuita, feito pela
pontalense/arquiteta, Simone Flores. Foi uma luta de quase um ano, para ver
finalmente a ordem de serviço para a execução das obras de reforma, e alguns
não entenderam isso, ou não querem entender, e aí dispara pedras para todos
os lados.
No Facebook, daquela que se dizia ser nossa amiga, de domingo para cá, já
nos presenteou com vários adjetivos pejorativos como: lambedor de botas,
covardes, bajuladores, oportunistas e tudo porque não comungamos a mesma
cartilha.
Fico pasmo, porque estes não me conhecem bem, não sabe do meu passado e
nem tão pouco do meu presente.
Por esta razão amigos, estarei abandonando esta minha vontade de servir, que
envolva o serviço público. Continuarei servindo, como sempre fiz nos meus 63
anos de modo particular.
Não vale a pena, não que queiramos aplausos, mas que nos deixassem
trabalhar sem humilhações, e com adjetivos pejorativos muito fortes para nós,
que não estamos acostumados com isso.
Sempre mantive minha vida com dignidade e não vai ser agora que deixarei
que me desmoralizem sem merecer, portanto deixo a vez, para aqueles que
aguentam pressões infames, dos que só querem criticar por criticar, e não
apresentam soluções concretas, e disto o país está cheio.
Mas, na verdade o povo parece que perdeu sua alta estima, não acreditam em
mais nada. Quase ninguém espera nada da classe política e nem naqueles que
começam a querer fazer alguma coisa pelo seu bairro. A desconfiança vem
logo, admitindo que estes serão os próximos a fazerem promessas eleitoreiras,
afim de um dia se candidatarem a alguma coisa.
A verdade é que ninguém se surpreende mais com escândalos. Essa perda de
valores éticos e morais nos assuntam, e nos fazem a acreditar e nos levam a
igualar o bom senso de eleitores e candidatos de compradores de votos, e dos
que vendem sua dignidade, como se fosse à coisa mais comum desse mundo,
que nos levam também a crer que está tudo perdido.
Aos amigos expositores da Feira Criativa, e todos aqueles que de mim
precisarem, estarei sempre pronto. O que faço para sempre e me afastar deste
mundo, onde não tem jeito sem que você faça alguma coisa deste porte, sem
envolver o serviço público.
3. Talvez alguns possam me chamar de covarde, mas para mim que não gosto de
política, é melhor sair como um covarde vivo, do que como um herói morto,
como foi o caso de meu pai, que tentou fazer a mesma coisa por este Pontal, e
o assassinaram aos seus trinta e três (33) anos e eu fui testemunha de tudo
aos meus sete (7) anos, por está do seu lado.
Obrigado a todos.
José Rezende Mendonça.