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Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Médio, 1ª Série
O conceito de feudalismo como um sistema,
envolvendo o nível econômico, o social, o político e
o ideológico
FEUDALISMO
• Sistema econômico, político, social e cultural
característico da Europa na Idade Média (476-
1453).
Imagens da esquerda para direita: (a) M. Pujadas/ Equestrian armor of Philip II, 1879/ Historia General de España, Tomo II, p. 9, Montaner y
Simon Editores/ public domain. (b) Michel wal/ Mixtec shield, wood and turquoise, from Tehuacan, state of Puebla, Mexico. 1200-1521/Musées
Royaux d'Art et d'Histoire, Brussels, Belgium/ GNU Free Documentation License.(c) Roberto Lyra / 17th century Portuguese armor of D. Pedro II,
King of Portugal, with Buff Coat 1658–1708 /Metropolitan Museum of Art - New York / public domain
IMPORTANTE
• Nenhuma descrição do regime feudal pode
ser rigorosamente precisa, porque este
regime variava muito de um lugar para o
outro;
• O feudalismo inglês, por exemplo, foi muito
diferente do que se estabeleceu no
continente europeu (1).
CURIOSIDADE
• A palavra feudalismo vem do latim feodum e
significa a concessão – geralmente uma
propriedade territorial – que um nobre
recebia de outro senhor, igualmente nobre,
mediante certas obrigações (2).
Imagem: René d'Anjou/ Livre des tournois France Provence XV e siècle Barthélemy d'Eyck/ public domain
AS CAUSAS
 Invasões Bárbaras;
 Elementos romanos - clientela e colonato;
 Elementos germânicos - comitatus e
beneficium;
 Desmembramento do Império Carolíngio;
 Hegemonia muçulmana no Mediterrâneo.
AS CARACTERÍSTICAS
 Poder político descentralizado;
 Sociedade estamental (imóvel);
 Influência da aristocracia rural;
 Economia natural;
 Pouco uso da moeda;
 Comércio pouco desenvolvido;
 Mão de obra servil;
 Predomínio do poder espiritual sobre o poder
temporal.
O FEUDO
• Unidade de produção do Feudalismo;
• Era uma propriedade territorial indivisível,
hereditária e reversível;
• Senhor feudal (suserano) doava o feudo ao
servo (vassalo), mediante certas obrigações.
AS OBRIGAÇÕES SERVIS
 Talha  pagamento ao senhor em dinheiro ou
em produtos;
 Corveia  trabalho obrigatório na reserva do
senhor, dois ou três dias por semana, sem
pagamento;
 Banalidades  taxa que o servo pagava pelo
uso das instalações do castelo (moinho, forno,
celeiro, etc.);
 Mão-morta  taxa paga na transmissão da
herança.
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
• Poder político descentralizado, exercido
pelos senhores feudais;
• O rei era o "suserano dos suseranos",
possuía o poder de direito, mas não o
exercia de fato;
• Feudos autônomos  poder localizado.
O CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO
 Homenagem  era a declaração solene da
dependência do vassalo para com o suserano;
 Juramento  era feito pelo vassalo sobre os
Evangelhos ou a relíquia de um santo;
 Investidura  era o ato pelo qual o suserano
investia o vassalo na posse do feudo,
simbolizado por um objeto qualquer.
Vale salientar que...
• A relação entre o vassalo e o suserano
implicava deveres para cada um deles;
• Na realidade, o vassalo apenas “possuía” o
feudo, mas não sua propriedade. Enquanto
prestasse serviços, continuaria a manter o feudo
e a transmiti-lo a seu herdeiro.
OBSERVAÇÃO
 REI  chefe do poder temporal (do Estado).
 PAPA  chefe do poder espiritual (da Igreja).
Imagens da esquerda
para direita: (a)
Maycoll F. Vieira/
domínio público. (b)
Giotto di Bondone/
Basilique Assise,
Legend of St Francis,
Confirmation of the
Rule by Innocentius
III / public domain .
OS DEVERES DOS SUSERANOS
• A natureza da obrigação do suserano era
simples: devia defender o vassalo na posse
do feudo;
• Caso o vassalo fosse atacado por outros
senhores, o suserano convocava os outros
vassalos para defendê-lo.
AS PRERROGATIVAS DOS
SENHORES FEUDAIS
 Administrar a justiça;
 Arrecadar impostos e taxas;
 Declarar guerra, recrutar soldados para a
defesa e assinar a paz;
 Receber dádivas dos servos.
A ORGANIZAÇÃO SOCIAL
• Sociedade rural, dividida em três
estamentos:
clero  aqueles que rezam;
nobreza  aqueles que lutam;
campesinato  aqueles que trabalham.
Um texto medieval...
• “O próprio Deus quis que entre os homens
alguns fossem senhores e outros servos, de
modo que os senhores venerem e amem a
Deus, e que os servos amem e venerem a
seu senhor, seguindo temporais com amor e
apreensão; senhores, tratai vossos servos de
acordo com a justiça e a equidade.”
V. H. Green (bispo católico)
O CLERO
 A Igreja, nos primórdios do feudalismo, foi
um elemento dinâmico e progressista;
 Preservou muito da cultura romana, fundou
escolas, ajudou os pobres, cuidou das
crianças desamparadas, construiu hospitais,
administrou melhor suas terras e prestou
auxílio espiritual (3).
PORQUE A IGREJA TORNOU-SE
PODEROSA
 Os homens, temerosos do inferno, pela vida que
tinham levado, doavam-lhe antes de morrer,
suas terras;
 Recebia dos reis e dos nobres, vencedores de
guerras, doações valiosas;
 Não dividiu as terras, como o fizeram os nobres,
procurava adquirir cada vez mais;
 Cobrava o dízimo (imposto territorial) e outros
tributos.
A NOBREZA
• Estava dividida em:
Alta nobreza  duques, condes, marqueses;
Baixa nobreza  barões, viscondes,
cavaleiros.
 Apenas a alta nobreza tinha o direito de “enfeudar”
(conceder feudos a outros nobres)
O CASTELO
• Era a residência do
senhor feudal. Até o
século XI era
construído de madeira.
Mais tarde, passou a
ser construído de
pedra, em lugar
elevado, cercado por
muralha e fosso.
Imagem: Manfred Heyde/ GNU Free Documentation License
OS TORNEIOS
• Eram competições
disputadas pelos
cavaleiros (ou
nobres) em épocas
de paz. Os torneios
(ou justas)
desapareceram no
século XVI. Imagem: David Ball/ GNU Free Documentation License
A CAÇA
• Era uma atividade
importante na vida do
senhor feudal.
Propiciava carne para
a alimentação e
exercícios físicos.
Isso era privilégio dos
nobres.
Imagem: Autor desconhecido/ Azulejos in Biscainhos Palace, in Braga,
Portuga/ Creative Commons Licença 3.0
A VIDA DOS NOBRES
A GUERRA PRIVADA
• Era a guerra travada entre os senhores
feudais;
• O motivo dessas guerras era a ambição de
conquistar feudos ou o espírito belicista dos
senhores feudais.
Curiosidade Histórica
A Igreja procurava impedir as guerras privadas
servindo-se de dois expedientes;
• A Paz de Deus, que punia os que violassem os
lugares de adoração e roubassem os pobres;
• A Trégua de Deus, que proibia a luta desde o
anoitecer da sexta-feira até o amanhecer da
segunda e em época de plantio e de colheita;
• Quem desobedecesse, era excomungado.
A CAVALARIA
• Era um código de honra, de conduta e de
comportamento dos cavaleiros medievais, de
caráter militar e religioso;
• A Cavalaria, além da influência cristã,
recebeu influências germânicas e
sarracenas.
A CAVALARIA
• Exaltava o ideal do cavaleiro bravo, fiel,
generoso e defensor dos oprimidos;
• A educação de um cavaleiro passava por
três etapas: pajem, escudeiro, cavaleiro;
• As principais ordens da cavalaria foram: os
Templários, os Hospitalários e os Teutônicos.
Imagem: The Bayeux Tapestry/ Chronicling the
English/Norman battle in 1066 which led to the Norman
Conquest/ domínio público
OS DEZ MANDAMENTOS DO
CAVALEIRO
 I - Acreditarás em tudo o que a Igreja ensina
e observarás todos os seus mandamentos;
 II - Protegerás a Igreja;
 III - Defenderás todos os fracos;
 IV - Amarás o país onde nasceste;
 V - Jamais retrocederás ante o inimigo;
OS DEZ MANDAMENTOS DO
CAVALEIRO
 VI - Farás guerra aos infiéis até exterminá-los;
 VII - Cumprirás com teus deveres feudais, se
estes não forem contrários à lei de Deus;
 VIII - Nunca mentirás e serás fiel à palavra
empenhada;
 IX - Serás liberal e generoso com todos;
 X - Serás o defensor do direito e do bem, contra
a injustiça e contra o mal (4).
OS CAMPONESES
OS SERVOS DA GLEBA
• Não eram escravos. Estavam presos à terra e
não podiam ser vendidos separados dela.
Quando um feudo era transferido a outro, os
servos da gleba também eram transferidos.
OS CAMPONESES
OS VILÕES
• Eram os habitantes das vilas. Os vilões eram
mais privilegiados social e economicamente do
que os servos. Alguns estavam dispensados
das dívidas, outros pagavam ao senhor uma
parcela de sua produção como se fossem
meeiros.
A ECONOMIA
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
 Agrária  a agricultura como atividade
principal;
 Autossuficiente  tudo o que o feudo precisava
era produzido lá mesmo;
 Natural  não visava lucro;
 De subsistência  produzia os alimentos do
feudo.
A AGRICULTURA FEUDAL
• A economia feudal era baseada na agricultura;
• A terra arável dividia-se em duas partes: uma,
do senhor, era cultivada para ele; a outra era
dividida entre os arrendatários;
• As terras não eram contínuas, mas sim
dispersas em faixas;
• Para não exaurir o solo foi adotado o sistema de
rodízio de culturas.
AS PRIMEIRAS MANUFATURAS
• A indústria da época feudal era doméstica;
• No pátio interno do domínio do senhor
feudal, fiava-se, tecia-se, espremiam-se as
uvas para fazer vinho, executavam-se os
serviços rudimentares de ferreiro e moía-se o
grão para fazer farinha.
O COMÉRCIO E O FEUDALISMO
• O comércio era pobre, na base da troca;
• Os principais comerciantes eram os judeus;
• A Igreja Católica dificultava o comércio porque
pregava o preço justo (sem lucro) e condenava a
usura (prática de empréstimo de dinheiro a juros).
FATORES QUE IMPEDIAM O
COMÉRCIO
 O feudo produzia aquilo de que necessitava e o
dinheiro pouco mudava de mãos;
 As estradas eram péssimas, malfeitas,
estreitas, enlameadas, frequentadas por
salteadores e havia a cobrança de pedágio;
 As moedas variavam de um feudo para outro;
 Os transportes eram caros e inseguros;
 A Igreja possuía capital, mas estático, inativo,
imóvel, improdutivo.
AS CAUSAS DA DECADÊNCIA
 As Cruzadas;
 O Renascimento Urbano;
 O Renascimento Comercial;
 A Formação das Monarquias Nacionais;
 A Peste Negra;
 A Guerra dos Cem Anos;
 A Guerra das Duas Rosas (Inglaterra).
CONCLUSÃO
• Apesar da sua decadência no final da
Baixa Idade Média, as relações feudais
ainda vão existir por um longo tempo no
continente europeu;
• Os resquícios do feudalismo só serão
abolidos totalmente em 1789, com a
Revolução Francesa, de caráter burguês.
Referências Bibliográficas
 A. MELLO, Leonel Itaussu & AMAD COSTA, Luís
César. História Antiga e Medieval. São Paulo:
Scipione, 1994.
 COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral.
Volume único. São Paulo: Saraiva, 1997.
FILHO, Orlando Paes Filho. O Código da Cavalaria.
São Paulo: Manole, 2007.
 SOUZA, Osvaldo Rodrigues. História Antiga e
Medieval. São Paulo: Ática, 1992.
Imagem: Eugenio Hansen / public domain
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
2 (a)M. Pujadas/ Equestrian armor of Philip
II/Historia General de España, Tomo II, p. 9,
Montaner y Simon Editores, 1879/public domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Felipe_I
I_-_Armadura_ecuestre.JPG
16/04/2012
2 (b) Michel wal/ Mixtec shield, wood and
turquoise, from Tehuacan, state of Puebla,
Mexico. Postclassic period (1200-1521)/Musées
Royaux d'Art et d'Histoire, Brussels, (Belgium)/
GNU Free Documentation License
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mixtec_
shield.jpg?uselang=pt-br
16/04/2012
2 (c) Roberto Lyra/ 17th century Portuguese armor
of D. Pedro II, King of Portugal, with Buff Coat.
Armor attributed to Richard Holden (English,
London, recorded 1658–1708)/Metropolitan
Museum of Art - New York/public domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Armadu
ra_Portuguesa.JPG
16/04/2012
4 René d'Anjou Livre des tournois France Provence
XVe siècle Barthélemy d'Eyck/ public domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Armadu
ra_medieval.jpg
16/04/2012
12 (a) Maycoll F. Vieira/ Coroa Real Fechada
Portuguesa/ domínio público
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:CoroaR
eal.jpg?uselang=pt-br
16/04/2012
12 (b) Giotto di Bondone/ Basilique Assise, Legend
of St Francis, Confirmation of the Rule by
Innocentius III/ public domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Giotto_-
_Legend_of_St_Francis_-_-07-_-
_Confirmation_of_the_Rule.jpg
16/04/2012
20 Manfred Heyde/ Entrance of the Castle of Brézé,
located in the departement of Maine-et-Loire,
France/ GNU Free Documentation License
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Castle_
Breze_2007_03.jpg
16/04/2012
Tabela de Imagens
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
21 David Ball/ Jousting knight in a modern
reenactment in en:Livermore, California/ GNU
Free Documentation License
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Modern-
Knight.jpg
16/04/2012
22 Autor desconhecido/Azulejos in Biscainhos
Palace, in Braga, Portuga/ Creative Commons -
Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Azulejos_in
_Biscainhos_Palace.jpg
16/04/2012
26 The Bayeux Tapestry/ The Bayeux Tapestry,
chronicling the English/Norman battle in 1066
which led to the Norman Conquest/século XI/
domínio público
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bayeux_Tap
estry_WillelmDux.jpg
16/04/2012
38 Eugenio Hansen/ Book icon/ public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Livro_.s
vg
16/04/2012
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O feudalismo como sistema econômico, político, social e cultural na Idade Média

  • 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias - História Ensino Médio, 1ª Série O conceito de feudalismo como um sistema, envolvendo o nível econômico, o social, o político e o ideológico
  • 2. FEUDALISMO • Sistema econômico, político, social e cultural característico da Europa na Idade Média (476- 1453). Imagens da esquerda para direita: (a) M. Pujadas/ Equestrian armor of Philip II, 1879/ Historia General de España, Tomo II, p. 9, Montaner y Simon Editores/ public domain. (b) Michel wal/ Mixtec shield, wood and turquoise, from Tehuacan, state of Puebla, Mexico. 1200-1521/Musées Royaux d'Art et d'Histoire, Brussels, Belgium/ GNU Free Documentation License.(c) Roberto Lyra / 17th century Portuguese armor of D. Pedro II, King of Portugal, with Buff Coat 1658–1708 /Metropolitan Museum of Art - New York / public domain
  • 3. IMPORTANTE • Nenhuma descrição do regime feudal pode ser rigorosamente precisa, porque este regime variava muito de um lugar para o outro; • O feudalismo inglês, por exemplo, foi muito diferente do que se estabeleceu no continente europeu (1).
  • 4. CURIOSIDADE • A palavra feudalismo vem do latim feodum e significa a concessão – geralmente uma propriedade territorial – que um nobre recebia de outro senhor, igualmente nobre, mediante certas obrigações (2). Imagem: René d'Anjou/ Livre des tournois France Provence XV e siècle Barthélemy d'Eyck/ public domain
  • 5. AS CAUSAS  Invasões Bárbaras;  Elementos romanos - clientela e colonato;  Elementos germânicos - comitatus e beneficium;  Desmembramento do Império Carolíngio;  Hegemonia muçulmana no Mediterrâneo.
  • 6. AS CARACTERÍSTICAS  Poder político descentralizado;  Sociedade estamental (imóvel);  Influência da aristocracia rural;  Economia natural;  Pouco uso da moeda;  Comércio pouco desenvolvido;  Mão de obra servil;  Predomínio do poder espiritual sobre o poder temporal.
  • 7. O FEUDO • Unidade de produção do Feudalismo; • Era uma propriedade territorial indivisível, hereditária e reversível; • Senhor feudal (suserano) doava o feudo ao servo (vassalo), mediante certas obrigações.
  • 8. AS OBRIGAÇÕES SERVIS  Talha  pagamento ao senhor em dinheiro ou em produtos;  Corveia  trabalho obrigatório na reserva do senhor, dois ou três dias por semana, sem pagamento;  Banalidades  taxa que o servo pagava pelo uso das instalações do castelo (moinho, forno, celeiro, etc.);  Mão-morta  taxa paga na transmissão da herança.
  • 9. A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA • Poder político descentralizado, exercido pelos senhores feudais; • O rei era o "suserano dos suseranos", possuía o poder de direito, mas não o exercia de fato; • Feudos autônomos  poder localizado.
  • 10. O CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO  Homenagem  era a declaração solene da dependência do vassalo para com o suserano;  Juramento  era feito pelo vassalo sobre os Evangelhos ou a relíquia de um santo;  Investidura  era o ato pelo qual o suserano investia o vassalo na posse do feudo, simbolizado por um objeto qualquer.
  • 11. Vale salientar que... • A relação entre o vassalo e o suserano implicava deveres para cada um deles; • Na realidade, o vassalo apenas “possuía” o feudo, mas não sua propriedade. Enquanto prestasse serviços, continuaria a manter o feudo e a transmiti-lo a seu herdeiro.
  • 12. OBSERVAÇÃO  REI  chefe do poder temporal (do Estado).  PAPA  chefe do poder espiritual (da Igreja). Imagens da esquerda para direita: (a) Maycoll F. Vieira/ domínio público. (b) Giotto di Bondone/ Basilique Assise, Legend of St Francis, Confirmation of the Rule by Innocentius III / public domain .
  • 13. OS DEVERES DOS SUSERANOS • A natureza da obrigação do suserano era simples: devia defender o vassalo na posse do feudo; • Caso o vassalo fosse atacado por outros senhores, o suserano convocava os outros vassalos para defendê-lo.
  • 14. AS PRERROGATIVAS DOS SENHORES FEUDAIS  Administrar a justiça;  Arrecadar impostos e taxas;  Declarar guerra, recrutar soldados para a defesa e assinar a paz;  Receber dádivas dos servos.
  • 15. A ORGANIZAÇÃO SOCIAL • Sociedade rural, dividida em três estamentos: clero  aqueles que rezam; nobreza  aqueles que lutam; campesinato  aqueles que trabalham.
  • 16. Um texto medieval... • “O próprio Deus quis que entre os homens alguns fossem senhores e outros servos, de modo que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos amem e venerem a seu senhor, seguindo temporais com amor e apreensão; senhores, tratai vossos servos de acordo com a justiça e a equidade.” V. H. Green (bispo católico)
  • 17. O CLERO  A Igreja, nos primórdios do feudalismo, foi um elemento dinâmico e progressista;  Preservou muito da cultura romana, fundou escolas, ajudou os pobres, cuidou das crianças desamparadas, construiu hospitais, administrou melhor suas terras e prestou auxílio espiritual (3).
  • 18. PORQUE A IGREJA TORNOU-SE PODEROSA  Os homens, temerosos do inferno, pela vida que tinham levado, doavam-lhe antes de morrer, suas terras;  Recebia dos reis e dos nobres, vencedores de guerras, doações valiosas;  Não dividiu as terras, como o fizeram os nobres, procurava adquirir cada vez mais;  Cobrava o dízimo (imposto territorial) e outros tributos.
  • 19. A NOBREZA • Estava dividida em: Alta nobreza  duques, condes, marqueses; Baixa nobreza  barões, viscondes, cavaleiros.  Apenas a alta nobreza tinha o direito de “enfeudar” (conceder feudos a outros nobres)
  • 20. O CASTELO • Era a residência do senhor feudal. Até o século XI era construído de madeira. Mais tarde, passou a ser construído de pedra, em lugar elevado, cercado por muralha e fosso. Imagem: Manfred Heyde/ GNU Free Documentation License
  • 21. OS TORNEIOS • Eram competições disputadas pelos cavaleiros (ou nobres) em épocas de paz. Os torneios (ou justas) desapareceram no século XVI. Imagem: David Ball/ GNU Free Documentation License
  • 22. A CAÇA • Era uma atividade importante na vida do senhor feudal. Propiciava carne para a alimentação e exercícios físicos. Isso era privilégio dos nobres. Imagem: Autor desconhecido/ Azulejos in Biscainhos Palace, in Braga, Portuga/ Creative Commons Licença 3.0
  • 23. A VIDA DOS NOBRES A GUERRA PRIVADA • Era a guerra travada entre os senhores feudais; • O motivo dessas guerras era a ambição de conquistar feudos ou o espírito belicista dos senhores feudais.
  • 24. Curiosidade Histórica A Igreja procurava impedir as guerras privadas servindo-se de dois expedientes; • A Paz de Deus, que punia os que violassem os lugares de adoração e roubassem os pobres; • A Trégua de Deus, que proibia a luta desde o anoitecer da sexta-feira até o amanhecer da segunda e em época de plantio e de colheita; • Quem desobedecesse, era excomungado.
  • 25. A CAVALARIA • Era um código de honra, de conduta e de comportamento dos cavaleiros medievais, de caráter militar e religioso; • A Cavalaria, além da influência cristã, recebeu influências germânicas e sarracenas.
  • 26. A CAVALARIA • Exaltava o ideal do cavaleiro bravo, fiel, generoso e defensor dos oprimidos; • A educação de um cavaleiro passava por três etapas: pajem, escudeiro, cavaleiro; • As principais ordens da cavalaria foram: os Templários, os Hospitalários e os Teutônicos. Imagem: The Bayeux Tapestry/ Chronicling the English/Norman battle in 1066 which led to the Norman Conquest/ domínio público
  • 27. OS DEZ MANDAMENTOS DO CAVALEIRO  I - Acreditarás em tudo o que a Igreja ensina e observarás todos os seus mandamentos;  II - Protegerás a Igreja;  III - Defenderás todos os fracos;  IV - Amarás o país onde nasceste;  V - Jamais retrocederás ante o inimigo;
  • 28. OS DEZ MANDAMENTOS DO CAVALEIRO  VI - Farás guerra aos infiéis até exterminá-los;  VII - Cumprirás com teus deveres feudais, se estes não forem contrários à lei de Deus;  VIII - Nunca mentirás e serás fiel à palavra empenhada;  IX - Serás liberal e generoso com todos;  X - Serás o defensor do direito e do bem, contra a injustiça e contra o mal (4).
  • 29. OS CAMPONESES OS SERVOS DA GLEBA • Não eram escravos. Estavam presos à terra e não podiam ser vendidos separados dela. Quando um feudo era transferido a outro, os servos da gleba também eram transferidos.
  • 30. OS CAMPONESES OS VILÕES • Eram os habitantes das vilas. Os vilões eram mais privilegiados social e economicamente do que os servos. Alguns estavam dispensados das dívidas, outros pagavam ao senhor uma parcela de sua produção como se fossem meeiros.
  • 31. A ECONOMIA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:  Agrária  a agricultura como atividade principal;  Autossuficiente  tudo o que o feudo precisava era produzido lá mesmo;  Natural  não visava lucro;  De subsistência  produzia os alimentos do feudo.
  • 32. A AGRICULTURA FEUDAL • A economia feudal era baseada na agricultura; • A terra arável dividia-se em duas partes: uma, do senhor, era cultivada para ele; a outra era dividida entre os arrendatários; • As terras não eram contínuas, mas sim dispersas em faixas; • Para não exaurir o solo foi adotado o sistema de rodízio de culturas.
  • 33. AS PRIMEIRAS MANUFATURAS • A indústria da época feudal era doméstica; • No pátio interno do domínio do senhor feudal, fiava-se, tecia-se, espremiam-se as uvas para fazer vinho, executavam-se os serviços rudimentares de ferreiro e moía-se o grão para fazer farinha.
  • 34. O COMÉRCIO E O FEUDALISMO • O comércio era pobre, na base da troca; • Os principais comerciantes eram os judeus; • A Igreja Católica dificultava o comércio porque pregava o preço justo (sem lucro) e condenava a usura (prática de empréstimo de dinheiro a juros).
  • 35. FATORES QUE IMPEDIAM O COMÉRCIO  O feudo produzia aquilo de que necessitava e o dinheiro pouco mudava de mãos;  As estradas eram péssimas, malfeitas, estreitas, enlameadas, frequentadas por salteadores e havia a cobrança de pedágio;  As moedas variavam de um feudo para outro;  Os transportes eram caros e inseguros;  A Igreja possuía capital, mas estático, inativo, imóvel, improdutivo.
  • 36. AS CAUSAS DA DECADÊNCIA  As Cruzadas;  O Renascimento Urbano;  O Renascimento Comercial;  A Formação das Monarquias Nacionais;  A Peste Negra;  A Guerra dos Cem Anos;  A Guerra das Duas Rosas (Inglaterra).
  • 37. CONCLUSÃO • Apesar da sua decadência no final da Baixa Idade Média, as relações feudais ainda vão existir por um longo tempo no continente europeu; • Os resquícios do feudalismo só serão abolidos totalmente em 1789, com a Revolução Francesa, de caráter burguês.
  • 38. Referências Bibliográficas  A. MELLO, Leonel Itaussu & AMAD COSTA, Luís César. História Antiga e Medieval. São Paulo: Scipione, 1994.  COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. Volume único. São Paulo: Saraiva, 1997. FILHO, Orlando Paes Filho. O Código da Cavalaria. São Paulo: Manole, 2007.  SOUZA, Osvaldo Rodrigues. História Antiga e Medieval. São Paulo: Ática, 1992. Imagem: Eugenio Hansen / public domain
  • 39. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 2 (a)M. Pujadas/ Equestrian armor of Philip II/Historia General de España, Tomo II, p. 9, Montaner y Simon Editores, 1879/public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Felipe_I I_-_Armadura_ecuestre.JPG 16/04/2012 2 (b) Michel wal/ Mixtec shield, wood and turquoise, from Tehuacan, state of Puebla, Mexico. Postclassic period (1200-1521)/Musées Royaux d'Art et d'Histoire, Brussels, (Belgium)/ GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mixtec_ shield.jpg?uselang=pt-br 16/04/2012 2 (c) Roberto Lyra/ 17th century Portuguese armor of D. Pedro II, King of Portugal, with Buff Coat. Armor attributed to Richard Holden (English, London, recorded 1658–1708)/Metropolitan Museum of Art - New York/public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Armadu ra_Portuguesa.JPG 16/04/2012 4 René d'Anjou Livre des tournois France Provence XVe siècle Barthélemy d'Eyck/ public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Armadu ra_medieval.jpg 16/04/2012 12 (a) Maycoll F. Vieira/ Coroa Real Fechada Portuguesa/ domínio público http://commons.wikimedia.org/wiki/File:CoroaR eal.jpg?uselang=pt-br 16/04/2012 12 (b) Giotto di Bondone/ Basilique Assise, Legend of St Francis, Confirmation of the Rule by Innocentius III/ public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Giotto_- _Legend_of_St_Francis_-_-07-_- _Confirmation_of_the_Rule.jpg 16/04/2012 20 Manfred Heyde/ Entrance of the Castle of Brézé, located in the departement of Maine-et-Loire, France/ GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Castle_ Breze_2007_03.jpg 16/04/2012 Tabela de Imagens
  • 40. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 21 David Ball/ Jousting knight in a modern reenactment in en:Livermore, California/ GNU Free Documentation License http://en.wikipedia.org/wiki/File:Modern- Knight.jpg 16/04/2012 22 Autor desconhecido/Azulejos in Biscainhos Palace, in Braga, Portuga/ Creative Commons - Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Azulejos_in _Biscainhos_Palace.jpg 16/04/2012 26 The Bayeux Tapestry/ The Bayeux Tapestry, chronicling the English/Norman battle in 1066 which led to the Norman Conquest/século XI/ domínio público http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bayeux_Tap estry_WillelmDux.jpg 16/04/2012 38 Eugenio Hansen/ Book icon/ public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Livro_.s vg 16/04/2012 Tabela de Imagens