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Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Palavras-chave: Concreto. Ultra-som 8 páginas
Concreto endurecido - Determinação
da velocidade de propagação de onda
ultra-sônica
NBR 8802
FEV 1994
Origem: Projeto NBR 8802/1992
CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:301.05 - Comissão de Estudo de Ensaios de Concreto na Estrutura
NBR 8802 - Hardened concrete - Determination of ultrasonic wave transmission
velocity - Method of test
Descriptors: Concrete. Ultrasound
Esta Norma substitui a NBR 8802/1985
Válida a partir de 30.03.1994
Método de ensaio
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Definições
3 Aparelhagem
4 Execução do ensaio
5 Resultados
ANEXO A - Verificação da homogeneidade do concreto
ANEXO B - Posição relativa entre os dois transdutores
ANEXOC-Principaisfatoresqueinfluenciamosresultados
1 Objetivo
Esta Norma prescreve o método de ensaio não-destrutivo
para determinar a velocidade de propagação de ondas
longitudinais, obtidas por pulsos ultra-sônicos, através de
um componente de concreto, e tem como principais
aplicações:
a) verificação da homogeneidade do concreto (ver
Anexo A);
b) detecção de eventuais falhas internas de concre-
tagem, profundidade de fissuras e outras imper-
feições;
c) monitoramento de variações no concreto, ao longo
do tempo, decorrentes de agressividade do meio
(ataque químico) principalmente pela ação de sul-
fatos.
2 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 2.1 a 2.4.
2.1 Acoplante
Material a ser utilizado entre as faces dos transdutores e
do material a ser ensaiado, a fim depermitir o contato con-
tínuo entre as superfícies, na menor espessura possível.
Nota: Graxas de silicone ou mineral, e vaselina fornecem boa
conexão quando usadas em concretos que tenham a
superfície lisa.
2.2 Freqüência ultra-sônica
Freqüência de vibração de onda longitudinal acima de
20 kHz.
2.3 Onda longitudinal
Vibração ou distúrbio que percorre o interior do material
onde o modo de vibração das partículas, em cada instan-
te, tem o deslocamento na mesma direção da propa-
gação do distúrbio.
2.4 Velocidade de propagação
Relação entre distância percorrida por uma vibração ou
distúrbio durante um intervalo de tempo.
3 Aparelhagem
A aparelhagem necessária ao ensaio está descrita em 3.1
a 3.6.
Cópia não autorizada
2 NBR8802/1994
3.1 Circuito gerador-receptor
Aparelho de pulso elétrico de baixa freqüência ultra-sô-
nica, com alta estabilidade e precisão de leitura de pelo
menos 0,1 µs.
3.2 Transdutor-emissor
Aparelho que possibilita a transformação do pulso elétri-
co em onda de choque numa faixa de 24 kHz a 500 kHz.
3.3 Transdutor-receptor
Aparelho que possibilita a transformação da onda de
choque em pulso elétrico, com amplificação adequada
ao circuito do gerador-receptor.
3.4 Circuito medidor de tempo
Aparelho que possibilita medir o tempo decorrido desde
a emissão da onda até a sua recepção. Este circuito pode
ser provido de um ajuste para descontar o tempo gasto
nos cabos conectores entre o gerador-receptor e os trans-
dutores. O tempo gasto no percurso pode ser lido em um
tubo de raios catódicos ou em um mostrador digital.
3.5 Cabos coaxiais
Cabos que devem permitir a conexão perfeita dos trans-
dutores ao circuito gerador-receptor.
3.6 Barra de referência
Peça que possibilita a aferição do equipamento ultra-
sônico, feita de material metálico, com superfícies de aco-
plamento com acabamento polido e vibração do tempo de
trânsito gravada.
4 Execução do ensaio
4.1 Preparação dos corpos-de-prova ou componentes de
concreto
4.1.1 Os corpos-de-prova ou componentes de concreto
a serem ensaiados devem ter as superfícies planas, lisas
e isentas de sujeira.
4.1.2 Os corpos-de-prova ou componentes de concreto a
serem ensaiados que não sejam suficientemente lisos
devem ter suas superfícies de ensaio regularizadas atra-
vés de processos mecânicos ou com camada de pasta
de cimento, gesso ou resina epóxi, em espessura mínima
afim depossibilitarbomacoplamento comostransdutores.
Nota: Caso a regularização das superfície de ensaio dos corpos-
de-prova ou do componente a ser ensaiado seja feita por
processos mecânicos, as vibrações não devem afetar a
estrutura interna do material a ser ensaiado.
4.1.3 Os corpos-de-prova ou os componentes de con-
creto a serem ensaiados devem ter as mesmas condi-
ções de composição e umidade relativa.
Nota: Superfícies úmidas não causam problemas.
4.2 Ensaio
4.2.1 Calibrar o aparelho usando a barra de referência ou
dispositivo equivalente.
4.2.2 Verificar se as superfícies de ensaio dos corpos-de-
prova ou componentes de concreto correspondem ao de-
finido em 4.1.
4.2.3 Aplicar fina camada de acoplante nas faces dos
transdutores ou no corpo-de-prova a ser ensaiado.
4.2.4 Posicionar os transdutores de acordo com os arran-
jos descritos no Anexo B:
a) transmissão direta, com os transdutores nas faces
opostas do material;
b) transmissão indireta, com os transdutores na mes-
ma face;
c) transmissão semidireta, com os transdutores nas
faces adjacentes.
4.2.5 O acoplamento e a pressão entre as superfícies dos
transdutores e do corpo-de-prova ou componente que
está sendo ensaiado devem ser considerados satisfató-
rios quando for obtido o valor mínimo de leitura com va-
riação de até ± 1%.
4.2.6 A medida da distância entre os pontos onde devem
ser acoplados os centros das faces dos transdutores de-
ve ser determinada com precisão de ± 1%.
5 Resultados
5.1 Calcular a velocidade de propagação de ondas con-
forme a seguinte fórmula:
L
V =
t
Onde:
V = velocidade de propagação (m/s)
L = distância entre os pontos de acoplamento dos
centros das faces dos transdutores (m)
t = tempo decorrido desde a emissão da onda até a
sua recepção (s)
Nota: O tempo efetivo é o tempo mínimo lido menos o tempo
gasto nos cabos condutores, caso o aparelho (ver 3.4) não
seja provido desta correção.
5.2 A apresentação dos resultados deve conter as se-
guintes informações:
a) localização na estrutura e identificação dos cor-
pos-de-prova, ou componentes de concreto en-
saiados;
Cópia não autorizada
NBR8802/1994 3
b) distância entre as superfícies de contato dos trans-
dutores durante o ensaio;
c) direção de propagação da onda;
d) indicação da posição relativa dos transdutores;
e) velocidade de propagação;
f) descrição sucinta da preparação das superfícies e
condições de umidade do concreto;
g) outras que ainda se fizerem necessárias.
/ANEXO A
Cópia não autorizada
4 NBR8802/1994
Cópia não autorizada
NBR8802/1994 5
A-1 Deve ser definido um sistema de pontos para cobrir
uniformemente um volume apropriado de concreto na es-
trutura, para se verificar a homogeneidade do concreto. O
espaçamento entre os pontos individuais depende das
dimensões do componente da estrutura, da precisão re-
querida e da variabilidade do concreto. Em grandes es-
truturas e onde o concreto é razoavelmente uniforme, a
verificação pode ser feita em pontos dispostos em malha
de 1 m2
. Em pequenas peças ou em concreto com muita
variação é necessário um espaçamento menor.
A-2 Devem ser evitados os pontos onde exista grande
concentração de armadura, principalmente no sentido
ANEXO A - Verificação da homogeneidade do concreto
longitudinalao depropagaçãodasondas,poisavelocidade
de propagação de ondas é maior no aço do que no con-
creto.
A-3 É possível expressar a homogeneidade do concreto
em forma de parâmetros estatísticos, tais como o desvio
padrão (s) ou o coeficiente de variação (δ) das medidas de
velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas no con-
creto, feitas em pontos da malha. Contudo, tais parâme-
tros só podem ser usados para comparar variações em
componentes de concreto similares, devendo ser con-
siderados os fatores expressos no Anexo C.
/ANEXO B
Cópia não autorizada
6 NBR8802/1994
B-1 Transmissão direta
Este arranjo é o mais recomendado na determinação da
velocidade de propagação de ondas através de um mate-
rial, pois desta forma as ondas são recebidas com maior
intensidade. Os transdutores se posicionam em faces
opostas, conforme indicado na Figura 1.
B-2 Transmissão indireta
Este arranjo é utilizado quando se tem acesso a apenas
uma face do corpo-de-prova ou componente e essa face
tem comprimento suficiente para propiciar o desloca-
mento do transdutor-receptor.
B-2.1 Para se determinar a velocidade de propagação é
necessário:
a) fixar o transdutor-emissor em um ponto (E);
b) fazer a leitura do tempo de propagação de ondas
estando o transdutor-receptor nos pontos R1
, R2
,
ANEXO B - Posição relativa entre os dois transdutores
R3
,........., Rn
, eqüidistantes entre si e sobre uma
mesma reta que contém o ponto fixo do trans-
dutor-emissor, conforme indicado na Figura 2;
c) locar, em um sistema cartesiano de eixos, as dis-
tânciasentreospontos EeR1
a Rn
eostempos lidos
para quea onda ultra-sônica percorra estas distân-
cias, conforme indicado na Figura 3.
B-2.2 A inclinação da reta obtida é a velocidade de pro-
pagação de onda do material ensaiado.
Nota: Na transmissão indireta é necessário atentar para a correta
determinação da distância entre os transdutores.
B-3 Transmissão semidireta
Este arranjo entre os transdutores só deve ser utilizado
quando não houver a possibilidade de acesso a duas fa-
ces opostas de um corpo-de-prova ou componente de
concreto e a única face acessível não tenha comprimento
suficiente para se utilizar o arranjo de transmissão indire-
ta. Ver Figura 4.
Figura 2 - Transmissão indireta
Figura 1 - Transmissão direta
Cópia não autorizada
NBR8802/1994 7
Figura 3 - Transmissão indireta
Figura 4 - Transmissão semidireta
/ANEXO C
Cópia não autorizada
8 NBR8802/1994
C-4 Tipo, densidade e outras características dos agre-
gados.
C-5 Tipo de cimento e grau de hidratação.
C-6 Direção de ensaio da peça.
C-7 Tipo de adensamento do concreto.
C-8 Idade do concreto.
C-1 Distância entre as superfícies de contato dos trans-
dutores.
C-2 Presença de armadura, principalmente no sentido de
propagação da onda.
C-3 Densidade do concreto, que depende do traço e das
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ANEXO C - Principais fatores que influenciam os resultados
Cópia não autorizada

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Nbr 03108 1998 - cabos de aco para uso geral - determinacao da carga de rup...
 

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  • 1. Copyright©1990, ABNT–AssociaçãoBrasileira deNormasTécnicas PrintedinBrazil/ ImpressonoBrasil Todososdireitosreservados Sede: RiodeJaneiro Av. TrezedeMaio,13-28ºandar CEP 20003-900-CaixaPostal 1680 RiodeJaneiro -RJ Tel.: PABX(021)210-3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR EndereçoTelegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Concreto. Ultra-som 8 páginas Concreto endurecido - Determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica NBR 8802 FEV 1994 Origem: Projeto NBR 8802/1992 CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados CE-18:301.05 - Comissão de Estudo de Ensaios de Concreto na Estrutura NBR 8802 - Hardened concrete - Determination of ultrasonic wave transmission velocity - Method of test Descriptors: Concrete. Ultrasound Esta Norma substitui a NBR 8802/1985 Válida a partir de 30.03.1994 Método de ensaio SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Definições 3 Aparelhagem 4 Execução do ensaio 5 Resultados ANEXO A - Verificação da homogeneidade do concreto ANEXO B - Posição relativa entre os dois transdutores ANEXOC-Principaisfatoresqueinfluenciamosresultados 1 Objetivo Esta Norma prescreve o método de ensaio não-destrutivo para determinar a velocidade de propagação de ondas longitudinais, obtidas por pulsos ultra-sônicos, através de um componente de concreto, e tem como principais aplicações: a) verificação da homogeneidade do concreto (ver Anexo A); b) detecção de eventuais falhas internas de concre- tagem, profundidade de fissuras e outras imper- feições; c) monitoramento de variações no concreto, ao longo do tempo, decorrentes de agressividade do meio (ataque químico) principalmente pela ação de sul- fatos. 2 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 2.1 a 2.4. 2.1 Acoplante Material a ser utilizado entre as faces dos transdutores e do material a ser ensaiado, a fim depermitir o contato con- tínuo entre as superfícies, na menor espessura possível. Nota: Graxas de silicone ou mineral, e vaselina fornecem boa conexão quando usadas em concretos que tenham a superfície lisa. 2.2 Freqüência ultra-sônica Freqüência de vibração de onda longitudinal acima de 20 kHz. 2.3 Onda longitudinal Vibração ou distúrbio que percorre o interior do material onde o modo de vibração das partículas, em cada instan- te, tem o deslocamento na mesma direção da propa- gação do distúrbio. 2.4 Velocidade de propagação Relação entre distância percorrida por uma vibração ou distúrbio durante um intervalo de tempo. 3 Aparelhagem A aparelhagem necessária ao ensaio está descrita em 3.1 a 3.6. Cópia não autorizada
  • 2. 2 NBR8802/1994 3.1 Circuito gerador-receptor Aparelho de pulso elétrico de baixa freqüência ultra-sô- nica, com alta estabilidade e precisão de leitura de pelo menos 0,1 µs. 3.2 Transdutor-emissor Aparelho que possibilita a transformação do pulso elétri- co em onda de choque numa faixa de 24 kHz a 500 kHz. 3.3 Transdutor-receptor Aparelho que possibilita a transformação da onda de choque em pulso elétrico, com amplificação adequada ao circuito do gerador-receptor. 3.4 Circuito medidor de tempo Aparelho que possibilita medir o tempo decorrido desde a emissão da onda até a sua recepção. Este circuito pode ser provido de um ajuste para descontar o tempo gasto nos cabos conectores entre o gerador-receptor e os trans- dutores. O tempo gasto no percurso pode ser lido em um tubo de raios catódicos ou em um mostrador digital. 3.5 Cabos coaxiais Cabos que devem permitir a conexão perfeita dos trans- dutores ao circuito gerador-receptor. 3.6 Barra de referência Peça que possibilita a aferição do equipamento ultra- sônico, feita de material metálico, com superfícies de aco- plamento com acabamento polido e vibração do tempo de trânsito gravada. 4 Execução do ensaio 4.1 Preparação dos corpos-de-prova ou componentes de concreto 4.1.1 Os corpos-de-prova ou componentes de concreto a serem ensaiados devem ter as superfícies planas, lisas e isentas de sujeira. 4.1.2 Os corpos-de-prova ou componentes de concreto a serem ensaiados que não sejam suficientemente lisos devem ter suas superfícies de ensaio regularizadas atra- vés de processos mecânicos ou com camada de pasta de cimento, gesso ou resina epóxi, em espessura mínima afim depossibilitarbomacoplamento comostransdutores. Nota: Caso a regularização das superfície de ensaio dos corpos- de-prova ou do componente a ser ensaiado seja feita por processos mecânicos, as vibrações não devem afetar a estrutura interna do material a ser ensaiado. 4.1.3 Os corpos-de-prova ou os componentes de con- creto a serem ensaiados devem ter as mesmas condi- ções de composição e umidade relativa. Nota: Superfícies úmidas não causam problemas. 4.2 Ensaio 4.2.1 Calibrar o aparelho usando a barra de referência ou dispositivo equivalente. 4.2.2 Verificar se as superfícies de ensaio dos corpos-de- prova ou componentes de concreto correspondem ao de- finido em 4.1. 4.2.3 Aplicar fina camada de acoplante nas faces dos transdutores ou no corpo-de-prova a ser ensaiado. 4.2.4 Posicionar os transdutores de acordo com os arran- jos descritos no Anexo B: a) transmissão direta, com os transdutores nas faces opostas do material; b) transmissão indireta, com os transdutores na mes- ma face; c) transmissão semidireta, com os transdutores nas faces adjacentes. 4.2.5 O acoplamento e a pressão entre as superfícies dos transdutores e do corpo-de-prova ou componente que está sendo ensaiado devem ser considerados satisfató- rios quando for obtido o valor mínimo de leitura com va- riação de até ± 1%. 4.2.6 A medida da distância entre os pontos onde devem ser acoplados os centros das faces dos transdutores de- ve ser determinada com precisão de ± 1%. 5 Resultados 5.1 Calcular a velocidade de propagação de ondas con- forme a seguinte fórmula: L V = t Onde: V = velocidade de propagação (m/s) L = distância entre os pontos de acoplamento dos centros das faces dos transdutores (m) t = tempo decorrido desde a emissão da onda até a sua recepção (s) Nota: O tempo efetivo é o tempo mínimo lido menos o tempo gasto nos cabos condutores, caso o aparelho (ver 3.4) não seja provido desta correção. 5.2 A apresentação dos resultados deve conter as se- guintes informações: a) localização na estrutura e identificação dos cor- pos-de-prova, ou componentes de concreto en- saiados; Cópia não autorizada
  • 3. NBR8802/1994 3 b) distância entre as superfícies de contato dos trans- dutores durante o ensaio; c) direção de propagação da onda; d) indicação da posição relativa dos transdutores; e) velocidade de propagação; f) descrição sucinta da preparação das superfícies e condições de umidade do concreto; g) outras que ainda se fizerem necessárias. /ANEXO A Cópia não autorizada
  • 5. NBR8802/1994 5 A-1 Deve ser definido um sistema de pontos para cobrir uniformemente um volume apropriado de concreto na es- trutura, para se verificar a homogeneidade do concreto. O espaçamento entre os pontos individuais depende das dimensões do componente da estrutura, da precisão re- querida e da variabilidade do concreto. Em grandes es- truturas e onde o concreto é razoavelmente uniforme, a verificação pode ser feita em pontos dispostos em malha de 1 m2 . Em pequenas peças ou em concreto com muita variação é necessário um espaçamento menor. A-2 Devem ser evitados os pontos onde exista grande concentração de armadura, principalmente no sentido ANEXO A - Verificação da homogeneidade do concreto longitudinalao depropagaçãodasondas,poisavelocidade de propagação de ondas é maior no aço do que no con- creto. A-3 É possível expressar a homogeneidade do concreto em forma de parâmetros estatísticos, tais como o desvio padrão (s) ou o coeficiente de variação (δ) das medidas de velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas no con- creto, feitas em pontos da malha. Contudo, tais parâme- tros só podem ser usados para comparar variações em componentes de concreto similares, devendo ser con- siderados os fatores expressos no Anexo C. /ANEXO B Cópia não autorizada
  • 6. 6 NBR8802/1994 B-1 Transmissão direta Este arranjo é o mais recomendado na determinação da velocidade de propagação de ondas através de um mate- rial, pois desta forma as ondas são recebidas com maior intensidade. Os transdutores se posicionam em faces opostas, conforme indicado na Figura 1. B-2 Transmissão indireta Este arranjo é utilizado quando se tem acesso a apenas uma face do corpo-de-prova ou componente e essa face tem comprimento suficiente para propiciar o desloca- mento do transdutor-receptor. B-2.1 Para se determinar a velocidade de propagação é necessário: a) fixar o transdutor-emissor em um ponto (E); b) fazer a leitura do tempo de propagação de ondas estando o transdutor-receptor nos pontos R1 , R2 , ANEXO B - Posição relativa entre os dois transdutores R3 ,........., Rn , eqüidistantes entre si e sobre uma mesma reta que contém o ponto fixo do trans- dutor-emissor, conforme indicado na Figura 2; c) locar, em um sistema cartesiano de eixos, as dis- tânciasentreospontos EeR1 a Rn eostempos lidos para quea onda ultra-sônica percorra estas distân- cias, conforme indicado na Figura 3. B-2.2 A inclinação da reta obtida é a velocidade de pro- pagação de onda do material ensaiado. Nota: Na transmissão indireta é necessário atentar para a correta determinação da distância entre os transdutores. B-3 Transmissão semidireta Este arranjo entre os transdutores só deve ser utilizado quando não houver a possibilidade de acesso a duas fa- ces opostas de um corpo-de-prova ou componente de concreto e a única face acessível não tenha comprimento suficiente para se utilizar o arranjo de transmissão indire- ta. Ver Figura 4. Figura 2 - Transmissão indireta Figura 1 - Transmissão direta Cópia não autorizada
  • 7. NBR8802/1994 7 Figura 3 - Transmissão indireta Figura 4 - Transmissão semidireta /ANEXO C Cópia não autorizada
  • 8. 8 NBR8802/1994 C-4 Tipo, densidade e outras características dos agre- gados. C-5 Tipo de cimento e grau de hidratação. C-6 Direção de ensaio da peça. C-7 Tipo de adensamento do concreto. C-8 Idade do concreto. C-1 Distância entre as superfícies de contato dos trans- dutores. C-2 Presença de armadura, principalmente no sentido de propagação da onda. C-3 Densidade do concreto, que depende do traço e das condições de concretagem. ANEXO C - Principais fatores que influenciam os resultados Cópia não autorizada