1) O documento discute os conceitos de arte, beleza e estética ao longo da história, abordando visões de Platão, Aristóteles e padrões de beleza em diferentes períodos. 2) São apresentados os objetivos da aula que incluem discutir a função da arte, beleza e conceitos relacionados. 3) Os padrões de beleza variaram ao longo dos séculos, desde a delicadeza da Idade Média até a magreza extrema valorizada hoje.

1. Produção de produtos de Arte:
uma proposta teórica para uma boa prática
Estética da arte
Professora: Mônica Souza

2. Arte e Beleza
Objetivos da aula
Para que serve os produtos artístico? Eles possuem Beleza?
Precisa de sensibilização para criar uma obra de arte? Qual a sua função?
Precisa ter funcionalidade?
Tudo que produzimos culturalmente podemos considerar arte?
Será que o belo é elemento indispensável para que uma produção artística seja
considerada arte?
Por que necessitamos da arte do belo? Porque seguimos padrões estéticos?
Você consegue ficar indiferente à beleza?
Por que gastamos dinheiro, com roupas, cosméticos e ginástica?

3. Qual será o motivo que atrai o nosso olhar para as coisas e as
pessoas que achamos bela?
Elas são bonitas por si mesmas ou é a cultura que nos leva a vê-las
desse modo?
O que é beleza?
Há uma diferença entre o Belo e o Bonito?
O feio também pode ser belo?
A beleza está apenas no olhar de quem ver?

4. Conceitos
A arte é todo o fazer humano, tudo que produz culturalmente pelo homem
através dos tempos.
A palavra arte vem do latin ars (fazer com as mãos) que corresponde em grego
techne (técnica) significando toda espécie de atividades humanas.
▪ Ars significa: habilidade, fazer com as mãos.
▪ Techne: instrumento, ofício, ciência.
O Homem cria arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa.
Então, a função da arte é transformar o mundo, de revelar as contradições
sociais, através de uma crítica social, revelar ou representar a vida interior do
homem como a cultura.

5. Ela pode também em:
▪ se transformar em mercadoria,
▪ pode servir de decoração do mundo,
▪ para ajudar no dia-a-dia (utilitária),
▪ para explicar e descrever a história do mundo
▪ e os padrões estéticos para consumo.
A função mais importante da arte é proporcionar o prazer. O
mundo da arte possibilita a imaginação e o sonho.
A arte Pode ser vista de três maneiras:
▪ Visualizada
▪ Ouvida
▪ Mistas – audiovisual – algumas obras o público participa,
(arte conceitual) tudo isso para a comunicação.

6. Estética
A estética – é uma disciplina filosófica que se ocupa dos
problemas, teorias e argumentos acerca da arte.
É o estudo daquilo que é belo nas manifestações do natural e
também nas manifestações artísticas.
Tudo vem e volta para a natureza.
Estética é uma palavra com origem no termo grego aisthetiké,
que significa “aquele que nota, que percebe”.
A estética como ciência, aborda o sentimento que alguma
coisa bela desperta dentro de cada indivíduo, que é a emoçao.

7. • A beleza é o aspecto mais sedutor do ser: todos
nós somos atraídos por aquilo que consideramos
belo.
Platão:
• O Belo é identificado com o bem, com a
verdade, o conhecimento da razao, única
ferramenta para alcançar esse ideal.
• A beleza existe em si, separada do mundo
sensível, no que é material, ou seja a
imagem das ideias, os fenômenos físicos.
• Esse mundo sensível seria a realidade pela
qual confrontamos no nosso cotidiano,
pelas nossas experiências.
• Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua
participação na idéia suprema de beleza,
idealismo, obtido pelo intelecto e o que obtido
pelos sentidos é enganoso.
• .

8. Platão criticou a arte porque se limitava a “copiar” a natureza, o
mundo sensível, afastando-se assim o homem da beleza que
reside no mundo das idéias.
Esse mundo, infelizmente não pode ser acessado pelos nossos
limitados sentidos, somente pela razão.
Ele, acreditava que por de trás do nosso mundo dos sentidos,
existe uma realidade abstrata, as “ideias”.

9. Essa realidade, era chamada
de mundo das ideias, onde
tudo era perfeito e eterno.
O seu significado -Era o lar de
todas as ideias primordiais, só
que poderia encontrar as
ideias imortais e perfeitas.
Tudo que é visto aqui é apenas
uma sombra do que realmente
existe lá.
Neste mundo estariam as
essências das coisas, os
conceitos, as abstrações.
Mundo celestial (sem autor)

10. Aristóteles:
O belo não pode ser desligado do homem, está
em nós. Separa a beleza da arte.
A fealdade, o estranho ou o surpreendente
converte-se no principal objetivo da criação
artística.
Há dois tipos de arte segundo Aristóteles:
A) as que possuem uma utilidade prática, isto
é, completam o que falta na natureza.
B) as que imitam a natureza, mas também
podem abordar o que é impossível,
irracional, verossímil.
▪ O que confere a beleza uma obra de arte é
a sua proporção, simetria, ordem, isto é,
uma justa medida. Tudo é a medida do
homem.

11. ▪ O que diferencia o belo do bonito?
▪ A beleza vem da emoção que
temos diante de uma obra de arte
quando percebemos o que o artista
tenta transmitir.
▪ É uma emoção profunda e sutil.
▪ O Bonito é um critério de aparência
Está relacionada ao útil, o agradáve
o alegre, o saudável.(
▪ A feiúra: é outro aspecto da
aparência, é o oposto do bonito.
▪ O feio é tudo aquilo, que pela
desproporção ou deformação dos
traços de sua aparência, desperta
uma sensação de terror e rejeição.
▪ Essa sensação remete o medo,
pavor, horror, impotência e a
insegurança ou seja, gera uma
emoção.
O Grito - Eduard Munch

12. Padrões de beleza
Vamos ver o que o homem produziu para o mundo
nestes 20 séculos de história no que diz respeito aos
padrões estéticos culturais a serem seguidos e
consumidos até os de hoje.

13. A mulher bela deste período é vista como
heroína que conquista os corações dos jovens
cavaleiros. Cujas características são:
▪ jovem, ainda adolescente,
▪ tem a pele branca testa grande e redonda
sobrancelhas finas e separadas.
▪ a boca é pequena e vermelha
▪ o queixo tem uma covinha e a papada remetia
a maternidade e aumentava a sensualidade,
▪ o cabelo é louro e longo (sinal de nobreza,
▪ corpo é esguio e delicado
▪ busto comprido
▪ membros longos, quadris arrebitados
▪ ventre arredondado e proeminente
▪ cintura fina

14. A Mulher bela deste período histórico
para ser bela tem:
• rosto oval com traços regulares
• testa alta
• nariz reto e delicado
• boca pequena
• os olhos , os cílios e as sobrancelhas
são escuras
• as mãos, os dentes e a pele são brancos
• lábios, faces e unhas são vermelhos
• o corpo tem curvas
• abundância de carne era sinal de
opulência e ócio
• seios fartos, coxas grossas, flancos
exagerados

15. A Mulher ou musa da metade do séc XIX
para atingir a imagem de mulher bela:
▪cobria o rosto com açafrão ou tinta
azul,
▪ bebiam vinagre,
▪ limão,
▪ jejuavam, a ponto de desmaiar
eliminando qualquer traço de saúde
de sua aparência. Características:
• palidez esverdeada
• olheiras
• cabelo longo e negro
• aparência de fragilidade e doença.

16. O livro “La Garçonne” tornou-se o
símbolo da mulher destas década,
fumava em público, despreocupada
com o respeito aos bons costumes.
A atriz norte-americana Louise Brooks
encarnava esse ideal com seu
penteado à Garçonne (corte reto e
franja curta). Características:
• cabelos curtos
• cintura baixa desenhava uma
silhueta andrógena
• magreza total
• peitos achatados por cintas e
maiôs para escondê-los, bem
como toda a silhueta.
• curvas do corpo disfarçados

17. Dois arquétipos distintos coexistiam como
ideal de beleza na década de 50: dona de
casa e mulher ingênua.
Estereotipo da mulher ingênua e provocante
foi encarnado pela atriz norte americana
Marlin Monroe símbolo sexual da década.
Características:
• cabelos armados com laquê
• delineador
• unhas vermelhas
• sobrancelhas levemente sublinhadas
• lábios claros
• cabelos emoldurando o rosto

18. Nesta década a tradução da beleza era
simbolizada pela atriz Farah Fawcett do
seriado “As Panteras”.
Surgiram os primeiros trajes de banho
com os seios parcialmente a mostra.
Havia uma preocupação em cultivar o
corpo para poder mostrá-los sem
complexos.
Começa a proliferar os regimes de
emagrecimentos e exercícios de
musculação. Características:
• cabelos livres e volumosos
• pele bronzeada
• corpo esguio
• lábios brilhantes de gloss.

19. É a década do exagero de um corpo
perfeito e malhado para não fazer feio nos
tailleurs , legging .
Madona é o ícone da mulher desta década.
Características:
▪ lábios muito vermelhos
▪ sombra esfumaçada
▪ blush cor de tijolo
▪ gloss de cores metálicas
▪ cílios com rímel à prova d’água
▪ cabelos loiros de raízes pretas
▪ luvas com dedos a mostra
▪ roupa lingerie

20. ▪Tem início a era das supermodelos. A
modelo Kate Moss é a precursora da
ditadura da magreza com seus 44 quilos e
1,70m de altura.
▪ A tatuagem é o novo emblema da
feminilidade. Em contraste com o excesso
dos anos 80, a ordem é o minimalismo.
Características:
▪ saias no joelho
▪ cores neutras
▪ cabelos compridos
▪ maquiagem invisível
▪ aeróbica dá lugar a yoga.

21. A Mulher no inicio do século 21para ser bela
faz de tudo para alcançar seu objetivo.
Lançam-se de uma série de tratamentos como
cirurgias plásticas, dietas, botox (toxina
butolínica), lipoaspiração, prótese de silicone,
para parecerem com supermodelos.
Características:
▪ magras
▪ peitos volumosos
▪ olhos grandes (marca juvenil que remete a
fertilidade)
▪ l ábios grossos
▪ queixo e maxilar pequenos ( sinalizam baios
níveis de hormônios masculinos)
▪ cabelos compridos e loiros
▪ pele clara
▪ proporção entre cintura e quadril

22. Efeitos positivos:
Embelezou o mundo e proporcionou o prazer, levando o
homem refletir sobre a sua condição humana.
▪ Efeitos nocivos dessa pressão:
. transtornos alimentares;
. bullying;
. traumas na infância;
. bulemia – compulsão alimentar;
. ortorexia – exagero com o que se come;
. dismorfia – defeitos imaginários da aparência física;
. TDC – medo de sair de casa, por ser julgada pela aparência;
. gordofobia – aversão pessoas que estão acima do peso;
. racismo estético – negação e ataques a pessoas negras;
. efeito das mídias influenciando para o lado nefasto.
Conclusão
.

23. Bibliografia
Cury, Augusto - Ditadura da beleza. Arqueiros. 2005.
Chauí, Marilena. Convite a filosofia. Ática. São Paulo. 2000.
Cristine,Caroline Ganzaga, Gasone, Ana Elisa Bittencourt,Boiane, Fábio Oliveira,Experiências
estéticas: o que é beleza. Unoesc. Espírito Santo. 2019.
Sites
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Acedido em 2023-04-04.
https://super.abril.com.br/cultura/padores-de-beleza-valor-
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ador%20Ra%C3%AD%2C%20a%C3%AD%20em%20cima. Por Da Redação Atualizado em
31 out 2016, 18h45 - Publicado em 14 nov 1999, 22h00 Leia mais em:
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