O documento discute pseudartrose, ou a não consolidação de uma fratura. Ele explica que instabilidade e vascularização inadequada são os principais fatores que levam a pseudartrose e descreve vários tratamentos possíveis, incluindo autoenxerto esponjoso, distração do calo ósseo e estabilização interna. O documento também discute fatores como neuropatias que podem afetar a consolidação da fratura.
2. Introdução
Pseudartrose
Pseudartrose significa a não consolidação de uma fratura, ou
seja, é uma complicação no tratamento de uma fratura.
O termo pseudartrose é aplicado para designar a situação em
que a fratura não mostra evidências radiográficas de
progressão do processo de consolidação, indicadas por
esclerose nas extremidades da fratura, presença de um
hiato, calo ausente ou hipertrófico e persistência ou
alargamento do traço de fratura.
3. Cont…
Na língua inglesa, o termo "pseudarthrose" significa o desenvolvimento de
uma falsa articulação, em português chamamos de pseudartrose sinovial.
"Nonunion" designa a condição na qual a fratura não apresenta
consolidação e não há evidência de que possa ocorrer sem melhora das
condições mecânicas e/ou biológicas.
4. Etiologia
A instabilidade e a falta de vascularização adequada são os principais fatores que conduzem à
pseudartrose.
Infeção, falta de cooperação do paciente e neuropatias também devem ser consideradas na gênese da
falta de consolidação.
Fatores gerais, tais como desnutrição, anticoagulantes, anti-inflamatórios, irradiação e queimaduras
podem ser contributivos, mas não constituem causas primárias da falta de união.
Em última análise, sempre encontramos alteração da estabilidade e/ou da vascularização na gênese da
pseudartrose.
6. Instabilidade
A estabilização inadequada da fratura com aparelhos externos ou osteossíntese pode
permitir movimentação excessiva no foco da fratura, dificultando ou impedindo a
consolidação.
7. Vascularização inadequada
A causa importante de comprometimento da vascularização é a
redução aberta com descolamento excessivo do periósteo e lesão do
suprimento sanguíneo do osso e tecidos moles durante a manipulação
e inserção do implante.
8. Neuropatias
Diabetes melito, paraplegia e alcoolismo crônico podem afetar a propriocepção protetora,
limitando a capacidade do paciente de controlar a carga, o que pode comprometer a
consolidação da fratura, pela instabilidade surgida. O perfil psicológico do paciente é
fator importante na decisão sobre as diversas linhas de tratamento das fraturas. O paciente
e o médico devem trabalhar juntos para garantir o resultado.
16. Distração do calo ósseo
Este método pode ser utilizado em casos de perda óssea segmentar maior que 6cm. Pode ser doloroso e não é isento de
complicações; requer, portanto, um compromisso mútuo entre paciente e médico. Tem como vantagem o fato de que as
partes moles sofrem distração juntamente com o calo ósseo, minimizando a necessidade de reconstrução adicional de
partes moles.