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La enseñanza de la lengua portuguesa
en el Brasil: la construcción histórica
de la asignatura en el currículo escolar. *
Émerson de Pietri
(USP – Faculdade de Educação)
email: pietri@usp.br
*Resultados de pesquisa realizada com o apoio do CNPq.
Períodos históricos brasileiros:
1. Colonial:
- de 1500 (descobrimento do Brasil pelos Portugueses)
a 1815 (Reino Unido com Portugal)
1822: Proclamação da Independência em relação a Portugal
2. Império
-1815 a 1888 (fim da escravatura)
3. República
- De 1889 à atualidade
Sobre a disciplina de língua portuguesa na escola brasileira:
- Brasil colonial: conviviam o português, a língua geral
(provinda de línguas do tronco tupi e prevalente no cotidiano),
e o latim (em que se sustentava o ensino secundário e
superior dos jesuítas).
- Português: aprendido na escola, não como componente
curricular, mas como instrumento para a alfabetização. Da
alfabetização passava-se direto ao latim.
- Ensino secundário e superior: estudo da gramática latina e
da retórica (com base em autores latinos e em Aristóteles).
- Até o século XVII, apesar da produção de
gramáticas e dicionários, o português ainda não
se constituíra em área de conhecimento em
condições de gerar uma disciplina curricular —
além de seu pouco uso no intercurso verbal, e de
seu pouco valor como bem cultural.
-Século XVIII - anos 50: Reformas pombalinas (referência ao
Marquês de Pombal, ministro do Rei José, de Portugal):
-torna-se obrigatório o uso da língua portuguesa no Brasil e
proibe-se o uso de outras línguas.
- Também na escola, apenas o português deveria ser usado.
- Objetivo: garantir o poder sobre as colônias.
- Consolida-se a língua portuguesa no Brasil.
- Segundo alguns autores, a reforma é a responsável pela
formação de um público leitor de jornal e literatura.
- A reforma propunha ensinar a ler e escrever o
português; ensinar a gramática portuguesa, ao lado da
latina; manteve-se a retórica, dada sua valorização desde
os jesuítas.
- Português: instrumento para aprender a gramática
latina.
- Gramática e retórica: prevaleceram do século XVI ao
século XIX na área de estudos da língua.
- Apesar de no século XIX já existir a polêmica sobre a
existência da língua brasileira, o ensino da gramática
permaneceu como ensino da gramática da língua
portuguesa, e de uma única modalidade da língua.
- Retórica (preceitos relativos à arte de bem falar, à arte
de elaboração dos discursos, à arte da elocução):
passa a ser progressivamente estudada também em
autores da língua portuguesa;
inicialmente incluía também a Poética (equivalente ao que
se chama hoje literatura ou teoria da literatura), que
depois se torna componente curricular independente.
- Século XIX (Colégio Pedro II – no Rio de Janeiro):
Retórica, Poética e Gramática foram as disciplinas
referentes ao ensino de língua portuguesa, até o fim do
Império.
- 1871: criado por decreto imperial o cargo de “professor
de português”
- Perda do valor do ensino de latim leva, no século XX, à
autonomia do ensino da gramática do português.
- Até os anos 40 do século XX: mantém-se o ensino de
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- Retórica sofre modificações: em lugar do falar bem, algo
já não tão valorizado socialmente, encontra-se o escrever
bem, já então exigência social.
- 5 primeiras décadas do séc. XX: convivência de dois
manuais didáticos diferentes e independentes – as
gramáticas e as coletâneas de textos.
- Faculdades de filosofia para formação de professores:
surgem apenas nos anos 30 do século XX.
- A partir dos anos 1950, começa a ocorrer real
modificação no conteúdo da disciplina língua portuguesa
em função de:
- progressiva transformação nas condições sociais e
culturais (projeto desenvolvimentista para o país – “50
anos em 5”);
possibilidades de acesso à escola, o que exige
reformulação das funções e objetivos dessa instituição.
-Começa a modificar-se o alunado (democratização da
escola);
- Gramática e texto, estudo sobre língua e estudo da
língua começam a constituir realmente uma disciplina
com conteúdo articulado.
A partir dos anos 1950, começa a ocorrer real modificação
no conteúdo da disciplina língua portuguesa:
- DÉCADAS DE 1950/1960:
- estuda-se gramática a partir do texto e vice-versa; a fusão
se faz de forma progressiva;
- manuais passam a apresentar exercícios — de
vocabulário, de interpretação, de redação, de gramática;
- intensifica-se o processo de depreciação da função
docente;
- o livro didático (seu autor) se propõe a tarefa de preparar
aulas e exercícios.
DÉCADAS DE 60 E 70 DO SÉCULO XX:
⇒ Constituição de uma nova ordem para o
ensino de língua portuguesa no Brasil
- DÉCADA DE 1970:
=> Gramática e texto, estudo sobre língua e
estudo da língua começam a constituir
realmente uma disciplina com conteúdo
articulado (Soares, 2002).
Década de 70 do século XX: projeto desenvolvimentista
estabelecido pelo Regime Militar
- Escolarização obrigatória passa de 4 para 8 anos (Lei n.
5.692/71)
-Mudança curricular na escola básica - CFE n.8/71: três
matérias reúnem um conjunto de disciplinas obrigatórias:
-Estudos Sociais incluía as disciplinas geografia, história e
organização social e política do Brasil;
-Ciências incluía matemática e ciências físicas e biológicas.

-COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO incluía língua
portuguesa, educação física e educação artística
Implantação da Linguística no currículo mínimo
dos cursos de Letras, através de um decreto de
1962, que começa a vigorar em 1963:
Segundo Kato (1983), tratou-se de implantação
precoce, dada a inexistência de professores com
formação linguística.
Esse seria, segundo a autora, um dos fatores
responsáveis
pelos
questionamentos,
na
sociedade brasileira, sobre a relevância
pedagógica da Linguística.
2010: 84% da população brasileira vive em meio urbano
Década de 70:
contribuições da pesquisa linguística a
uma escola projetada
-Trata-se, portanto, de um momento em que:
-A Linguística se implementa nos cursos de
Letras e inicia o desenvolvimento de pesquisas
sobre a realidade linguística brasileira;
-A escola básica se amplia e reúne em seu
interior a heterogeneidade linguística que até
então não tinha acesso aos bancos escolares;
-A disciplina de língua portuguesa se reconfigura
para assumir seu estado ainda atual: leitura e

interpretação
redação.

de

texto,

gramática

e
 Referências bibliográficas
BRASIL.  Secretaria  de  Educação  Fundamental.  Parâmetros curriculares nacionais:
língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
GERALDI, J.W., SILVA, L.L.M. & FIAD, R.S. Linguística, Ensino de Língua Materna e 
Formação de Professores, in D.E.L.T.A., vol.12, nº 2, pp.307 -326, 1996.
MARINHO, M. “O discurso da ciência e da divulgação em orientações curriculares 
de Língua Portuguesa”, in Revista Brasileira de Educação, n. 24, set-dez, 2003.
PIETRI, E. Relatório de Pesquisa- CNPq. São Paulo, 2011.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação.  Guias Curriculares para o ensino de 1º grau. 
São Paulo, Cerhupe, 1975.
PAULO.  Secretaria  da  Educação.  Subsídios à Proposta Curricular de Língua
Portuguesa para o 1º e 2º graus – coletânea de textos.  São  Paulo:  CENP,  vol.  1, 
1986 [1988]
SOARES,  Magda.  Português  na  escola  –  História  de  uma  disciplina  curricular.  In: 
BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.

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  • 1. La enseñanza de la lengua portuguesa en el Brasil: la construcción histórica de la asignatura en el currículo escolar. * Émerson de Pietri (USP – Faculdade de Educação) email: pietri@usp.br *Resultados de pesquisa realizada com o apoio do CNPq.
  • 2. Períodos históricos brasileiros: 1. Colonial: - de 1500 (descobrimento do Brasil pelos Portugueses) a 1815 (Reino Unido com Portugal) 1822: Proclamação da Independência em relação a Portugal 2. Império -1815 a 1888 (fim da escravatura) 3. República - De 1889 à atualidade
  • 3. Sobre a disciplina de língua portuguesa na escola brasileira: - Brasil colonial: conviviam o português, a língua geral (provinda de línguas do tronco tupi e prevalente no cotidiano), e o latim (em que se sustentava o ensino secundário e superior dos jesuítas). - Português: aprendido na escola, não como componente curricular, mas como instrumento para a alfabetização. Da alfabetização passava-se direto ao latim. - Ensino secundário e superior: estudo da gramática latina e da retórica (com base em autores latinos e em Aristóteles).
  • 4. - Até o século XVII, apesar da produção de gramáticas e dicionários, o português ainda não se constituíra em área de conhecimento em condições de gerar uma disciplina curricular — além de seu pouco uso no intercurso verbal, e de seu pouco valor como bem cultural.
  • 5. -Século XVIII - anos 50: Reformas pombalinas (referência ao Marquês de Pombal, ministro do Rei José, de Portugal): -torna-se obrigatório o uso da língua portuguesa no Brasil e proibe-se o uso de outras línguas. - Também na escola, apenas o português deveria ser usado. - Objetivo: garantir o poder sobre as colônias. - Consolida-se a língua portuguesa no Brasil. - Segundo alguns autores, a reforma é a responsável pela formação de um público leitor de jornal e literatura.
  • 6. - A reforma propunha ensinar a ler e escrever o português; ensinar a gramática portuguesa, ao lado da latina; manteve-se a retórica, dada sua valorização desde os jesuítas. - Português: instrumento para aprender a gramática latina. - Gramática e retórica: prevaleceram do século XVI ao século XIX na área de estudos da língua. - Apesar de no século XIX já existir a polêmica sobre a existência da língua brasileira, o ensino da gramática permaneceu como ensino da gramática da língua portuguesa, e de uma única modalidade da língua.
  • 7. - Retórica (preceitos relativos à arte de bem falar, à arte de elaboração dos discursos, à arte da elocução): passa a ser progressivamente estudada também em autores da língua portuguesa; inicialmente incluía também a Poética (equivalente ao que se chama hoje literatura ou teoria da literatura), que depois se torna componente curricular independente.
  • 8. - Século XIX (Colégio Pedro II – no Rio de Janeiro): Retórica, Poética e Gramática foram as disciplinas referentes ao ensino de língua portuguesa, até o fim do Império. - 1871: criado por decreto imperial o cargo de “professor de português” - Perda do valor do ensino de latim leva, no século XX, à autonomia do ensino da gramática do português. - Até os anos 40 do século XX: mantém-se o ensino de Retórica, Poética e Gramática.
  • 9. - Retórica sofre modificações: em lugar do falar bem, algo já não tão valorizado socialmente, encontra-se o escrever bem, já então exigência social. - 5 primeiras décadas do séc. XX: convivência de dois manuais didáticos diferentes e independentes – as gramáticas e as coletâneas de textos. - Faculdades de filosofia para formação de professores: surgem apenas nos anos 30 do século XX.
  • 10. - A partir dos anos 1950, começa a ocorrer real modificação no conteúdo da disciplina língua portuguesa em função de: - progressiva transformação nas condições sociais e culturais (projeto desenvolvimentista para o país – “50 anos em 5”); possibilidades de acesso à escola, o que exige reformulação das funções e objetivos dessa instituição. -Começa a modificar-se o alunado (democratização da escola); - Gramática e texto, estudo sobre língua e estudo da língua começam a constituir realmente uma disciplina com conteúdo articulado.
  • 11. A partir dos anos 1950, começa a ocorrer real modificação no conteúdo da disciplina língua portuguesa: - DÉCADAS DE 1950/1960: - estuda-se gramática a partir do texto e vice-versa; a fusão se faz de forma progressiva; - manuais passam a apresentar exercícios — de vocabulário, de interpretação, de redação, de gramática; - intensifica-se o processo de depreciação da função docente; - o livro didático (seu autor) se propõe a tarefa de preparar aulas e exercícios.
  • 12. DÉCADAS DE 60 E 70 DO SÉCULO XX: ⇒ Constituição de uma nova ordem para o ensino de língua portuguesa no Brasil
  • 13. - DÉCADA DE 1970: => Gramática e texto, estudo sobre língua e estudo da língua começam a constituir realmente uma disciplina com conteúdo articulado (Soares, 2002).
  • 14. Década de 70 do século XX: projeto desenvolvimentista estabelecido pelo Regime Militar - Escolarização obrigatória passa de 4 para 8 anos (Lei n. 5.692/71) -Mudança curricular na escola básica - CFE n.8/71: três matérias reúnem um conjunto de disciplinas obrigatórias: -Estudos Sociais incluía as disciplinas geografia, história e organização social e política do Brasil; -Ciências incluía matemática e ciências físicas e biológicas. -COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO incluía língua portuguesa, educação física e educação artística
  • 15. Implantação da Linguística no currículo mínimo dos cursos de Letras, através de um decreto de 1962, que começa a vigorar em 1963: Segundo Kato (1983), tratou-se de implantação precoce, dada a inexistência de professores com formação linguística. Esse seria, segundo a autora, um dos fatores responsáveis pelos questionamentos, na sociedade brasileira, sobre a relevância pedagógica da Linguística.
  • 16. 2010: 84% da população brasileira vive em meio urbano
  • 17.
  • 18. Década de 70: contribuições da pesquisa linguística a uma escola projetada
  • 19. -Trata-se, portanto, de um momento em que: -A Linguística se implementa nos cursos de Letras e inicia o desenvolvimento de pesquisas sobre a realidade linguística brasileira; -A escola básica se amplia e reúne em seu interior a heterogeneidade linguística que até então não tinha acesso aos bancos escolares; -A disciplina de língua portuguesa se reconfigura para assumir seu estado ainda atual: leitura e interpretação redação. de texto, gramática e
  • 20.  Referências bibliográficas BRASIL.  Secretaria  de  Educação  Fundamental.  Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.  GERALDI, J.W., SILVA, L.L.M. & FIAD, R.S. Linguística, Ensino de Língua Materna e  Formação de Professores, in D.E.L.T.A., vol.12, nº 2, pp.307 -326, 1996. MARINHO, M. “O discurso da ciência e da divulgação em orientações curriculares  de Língua Portuguesa”, in Revista Brasileira de Educação, n. 24, set-dez, 2003. PIETRI, E. Relatório de Pesquisa- CNPq. São Paulo, 2011. SÃO PAULO. Secretaria da Educação.  Guias Curriculares para o ensino de 1º grau.  São Paulo, Cerhupe, 1975. PAULO.  Secretaria  da  Educação.  Subsídios à Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o 1º e 2º graus – coletânea de textos.  São  Paulo:  CENP,  vol.  1,  1986 [1988] SOARES,  Magda.  Português  na  escola  –  História  de  uma  disciplina  curricular.  In:  BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.