O documento apresenta a biografia e entrevista de Pedro Gorki, jovem político negro e presidente da UBES. Gorki defende a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, e vê os movimentos estudantis como essenciais para fortalecer a democracia e lutar contra os ataques ao ensino público. Ele também analisa os desafios da juventude brasileira em construir um país mais justo e igualitário nos próximos anos.
1. UNIVERSIDADE POTIGUAR
ESCOLA DE NEGÓCIOS, HOSPITALIDADE E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
PROF. JOÃO FLORÊNCIO COSTA TURMA: RI-RF 3MA
DISCENTE: MARÍLIA GOMES DE BRITO (201906062)
Projeto do Aluno (A3 e A5):
1.1. Biografia – (Mínimo 500 palavras):
Pedro Gorki: o futuro potiguar. (Nota 3 e 5)
Pedro Lucas Gorki Azevedo de Oliveira – nome que foi inspirado no
escritor Máximo Gorki -, atualmente com 19 anos, é um jovem político negro,
nascido em um bairro de pescadores na cidade do Natal, seus pais são
servidores públicos, a mãe é formada em Direito e ambos os pais são filiados ao
PCdoB, partido ao qual Gorki se filiou com 16 anos, logo após emitir seu título
de eleitor junto com estudantes natalenses, no movimento Se liga 16 que levou
estudantes de escolas públicas de toda Natal para tirar seu título de eleitor,
organizado pela UMES Natal (União Metropolitana dos Estudantes
Secundaristas), que na época era presidida pelo próprio Gorki, que ajudou a
reativar a instituição. Em entrevista à revista Veja, que o elegeu, em conjunto
com a atriz Larissa Manoela e outros jovens ilustres brasileiros, como um dos 20
jovens que valem a pena acompanhar, Gorki se lança como candidato a vereador
pela cidade de Natal, se a candidatura vingar isso pode trazer novos ares a
Câmara Municipal de Natal.
Ainda em 2013, quando tinha apenas 12 anos, Gorki já gritava nas ruas
contra o aumento das passagens, o mesmo nasceu para a política e em 2020
pode vir a provar ainda mais seu talento nato, que veio do berço, porém a carreira
política de Gorki já nascia bem antes do ano de 2013, quando tinha 9 anos o
mesmo se filiou a UJS (União da Juventude Socialista) e foi aí que começou a
jornada que o levou as ruas nas conhecidas Jornadas de Junho, que buscavam
melhores condições nos transportes públicos de todo o país, até que sua jornada
alcançou a presidência da UBES, em 2017, foi eleito presidente da UBES, em
uma votação que reuniu estudantes de todo Brasil na cidade de Goiânia, com
84% dos votos, exercendo seu mandato até o mês de Maio de 2020, e o levou
inevitavelmente a linha de frente na luta política em defesa da educação pública
brasileira, onde o mesmo se encontrou com o atual ministro da Educação do
2. Brasil, Abraham Weintraub, em uma reunião da Comissão de Educação e que o
fez defender os Institutos Federais, as Universidades e as Pesquisas Cientificas
perante a Câmara dos Deputados do Brasil.
Gorki, que foi o mais jovem presidente da UBES, se mudou para São
Paulo ao assumir a presidência da instituição e já declarou ativamente que o
maior problema que enfrentou não foi assumir a presidência, mas sim o racismo
que sofreu na capital paulista. O jovem político fala ativamente sobre seu sonho
de ajudar o Brasil a se tornar mais democrático, com trabalhos dignos e
educação de qualidade para todos.
Gorki estudou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte e viveu as
manifestações de 2013, tentou participar da ocupação da Câmara dos
Vereadores de Natal em 2013/2014, mas foi proibido pela mãe, até que surgiu
as ocupações das escolas em 2016 contra a PEC do Teto de Gastos e o Escola
Sem Partido, das quais Gorki participou ativamente, hoje o estudante e jovem
político inspira centenas de jovens e seu futuro aparenta cada vez mais
promissor se continuar com a mesma garra, é, com certeza, um dos grandes
nomes potiguares Brasil a fora e o que mais demonstra luz para crescer.
1.2. Justificativa para escolha do entrevistado e correlação com a disciplina
(mínimo 500 palavras):
Ao saber sobre o trabalho inicialmente pensei em alguns nomes, de
primeira pensei em entrevistar a coordenadora do curso, Laís Caroline Kuss, pois
sinto grande admiração por ela, mas após reflexão decidi escolher alguém que
faz parte da minha vida nos últimos três anos e que venho acompanhando com
certa atenção, pois sempre tive a sensação de que ele teria um futuro promissor
e até o presente momento não venho me decepcionando com suas escolhas no
meio político, por isso acredito que Gorki é alguém que transmite uma imagem
positiva a respeito do Rio Grande do Norte, fazendo com que o mesmo seja visto
com bons olhos nacionalmente e/ou internacionalmente. De primeira me senti
insegura a respeito de entrevistar um político ao invés de alguém do ramo do
Comércio Exterior, mas meu coração só queria que o entrevistado fosse a
pessoa que tanto admiro e me inspiro, Pedro Gorki.
Acredito que economia e política andam de mãos dadas, uma estabilidade
na política dá mais confiança aos investidores, fazendo com que eles se sintam
seguros para investir em determinado país, acredito que ao olharem para Gorki
os mesmos sentem que no que depender dele não haverá escândalos que
prejudicaram economicamente o Rio Grande do Norte, fazendo com que o
estado ganhe espaço perante outros, é uma teoria que acredito que se torne
mais real ao analisarmos um estado como o Rio de Janeiro, que possui um vasto
currículo de escândalos políticos, tornando possíveis investidores inseguros.
Gorki nasceu com o dom da política e é um verdadeiro filho do Rio Grande
do Norte, nascido e criado na cidade do Sol e um exemplo que os norte-rio-
grandenses precisam conhecer, minhas opiniões mudaram e melhoraram, meus
3. conhecimentos foram amplificados e durante a elaboração do projeto mergulhei
a fundo na história e luta do mesmo, seu trabalho nos movimentos sociais é um
trabalho constante, que ele exerce de domingo à domingo, sem folga, todos os
dias Gorki está em alguma reunião buscando conquistar um futuro melhor para
o país, reunindo a juventude e elaborando propostas para um país melhor, com
mais educação e inclusão, todos que conheço elogiam Gorki e o admiram, ele
causa inspiração em jovens e pessoas mais velhas, devido a sua garra e fé em
um Brasil melhor, Gorki bate de frente com ministros e até com o próprio
presidente se for possível, o mesmo ama e acredita no Rio Grande do Norte,
apesar de em determinados momentos ter admirado políticos X, hoje o que mais
me passa confiança é Pedro Gorki, pois sei que quando a política esta boa em
um país, a economia tende a funcionar bem também, já que uma coisa é
dependente da outra, é impossível ter uma economia forte durante uma crise
política.
Espero que o anseio do entrevistado por um Brasil mais inclusivo e com
mais educação, cultura e sem corrupção seja realizado, pois acredito que nesse
cenário nossa economia se tornaria forte e teríamos tudo para avançarmos como
país mais desenvolvido da América do Sul, sem perdemos espaço para nossos
vizinhos e ganharíamos espaço no mercado internacional, precisamos de lideres
aptos a representar o Brasil com graça no cenário internacional e, na minha
cabeça, Pedro Gorki é um desses apesar de estar apenas começando.
1.3. Resposta dos entrevistados:
PERGUNTAS:
1. Como você acredita que o mundo vê os movimentos secundaristas
brasileiros? Isso pode fazer com que investidores estrangeiros se
sintam inseguros de investir no Brasil?
Pedro Gorki:
Secundarista em qualquer lugar no mundo é sinônimo de
resistência. Isso se intensifica num país tão desigual feito o Brasil e
certamente o mundo observa isso.
O mundo assistiu nós resistirmos às ditaduras e golpes, nós
conquistarmos a democracia, nós derrubarmos um presidente, nós
transformarmos o Brasil, nós ocuparmos escolas, nós formarmos um
enorme Tsunami que derrotou os cortes na educação, também adiou
o ENEM.
Não sei dimensionar sobre o impacto disso no investimento
estrangeiro no Brasil, só posso dizer que essa força do movimento
estudantil fortalece a democracia, porque democracia é povo na rua.
Os que temem povo na rua certamente ficam inseguros, mas os
democratas se sentem satisfeitos por existirem jovens patriotas
defendendo sua nação.
4. 2. Quais mudanças você acredita que o COVID-19 trará para o
movimento estudantil?
Pedro Gorki:
As mudanças já estão acontecendo. Fizemos nesse mês de
maio nos dias 8 (pelo Fora Bolsonaro) e 15 (pelo adiamento do ENEM)
os nossos primeiros grandes protestos virtuais, porque uma das
grandes coisas que estamos aprendendo é a disputar esse meio
virtual.
Acredito que a principal transformação decorrente da pandemia
no movimento estudantil será o aprendizado sobre as novas formas de
mobilização do século XXI.
3. Como você acha que a educação contribui com o desenvolvimento
social e econômico brasileiro?
Pedro Gorki:
A educação não somente contribui para o desenvolvimento
social e econômico do Brasil como também é um dos fatores mais
importantes. Existem estudos que nos mostram que cada 1 real
investido nessa pasta corresponde a R$ 1,85 de aumento no PIB.
A educação é uma das principais armas no combate à
desigualdade, fome e desalento. Além de ajudar a economia na
qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras, também é essencial
para a garantia da justiça social e desenvolvimento humano pois é a
principal forma de garantir a cidadania dos brasileiros e brasileiras.
4. Qual a importância do movimento estudantil para o atual cenário que
o Brasil se encontra? (COVID-19, Enem digital e queda do ex-ministro
da Justiça, Sergio Moro) Como você acredita que os estudantes podem
ajudar a moldar o país e a economia brasileira após esses eventos?
Pedro Gorki:
Num Brasil com tantos dramas vividos: desemprego crescente,
crescimento do PIB aquém do esperado, criminalização da pobreza,
instabilidade democrática, ódio crescente, negacionismo conduzindo o
Ministério da Saúde em meio a uma pandemia e tantos ataques à
educação, mais do que nunca é necessário o fortalecimento do
movimento estudantil que tem a tarefa histórica de garantia da
democracia, justiça social e acesso à educação.
Se há uma coisa que aprendemos nos últimos tempos é a
importância da educação, ciência e tecnologia: são as 3 principais
vacinas contra qualquer pandemia, inclusive da ignorância e da
desesperança. Portanto, o movimento estudantil é imprescindível para
o Brasil, somos os guardiões de toda essa esperança.
5. Moldaremos com aquilo que mais prezamos e buscamos: o
estudo, a ciência e a democracia. A partir de um diagnóstico preciso
do Brasil e de nossa situação socioeconômica iremos buscar construir
saídas junto ao povo para enfrentar todas as crises decorrentes da
pandemia.
Sou confiante de uma vitória se tivermos como norte a ciência e
a participação social.
5. Qual é a grande luta da juventude brasileira para os próximos 2 anos?
Pedro Gorki:
Acredito que há muitas lutas a serem travadas e vencidas que
são essenciais. Mas colocando de forma geral há duas que já vivemos
intensamente há alguns anos, mas daqui para a frente serão ainda
mais renhidas: as lutas pela democracia e contra a destruição da
educação pública.
6. Como você analisa a política econômica brasileira em relação a
educação? Acredita, como estudante federal, que existe uma tentativa
de desmantelamento do ensino público brasileiro?
Pedro Gorki:
Desde Michel Temer até Bolsonaro enfrentamos enquanto
educandos e educadores uma grande disputa contra a visão rentista
sobre a educação proposta por esses presidentes, que prioriza o que
é privado e analisa o investimento na educação como um gasto.
Por isso é mais do que correto dizer que há uma empreitada por
parte da elite brasileira para desmantelar o ensino público e inclusivo
a partir de vários ataques como a Emenda Constitucional 95, a Lei da
Mordaça, os cortes na educação, o Future-se, a negligência ao debate
do FUNDEB, entre tantas coisas.
Esses ataques só reforçam o papel dos estudantes em
combater o projeto ultraliberal na educação e defender os princípios
constitucionais que nos garantem uma educação pública, gratuita,
universal, laica e de qualidade.
1.4. Apreciação das respostas:
Em suas respostas, Gorki analisou como a educação (sua área de estudo)
é um fator importante para a Economia Brasileira, todos nós temos o
pensamento de que se o Estado investe em educação o retorno que o mesmo
recebe é positivo, um dado importante que ele nos trouxe foi de que a cada um
real investido em educação o retorno se dá em crescimento do PIB em um real
e oitenta e cinco centavos, o que pode parecer algo pequeno, mas de grão em
grão a galinha enche o papo, como diz o ditado popular.
6. Durante a entrevista também foi analisado a importância da democracia,
a democracia brasileira ainda é jovem e não superamos ainda os terrores da
ditadura, é preciso que fortaleçamos nosso Estado democrático de direito, pois
países democráticos tendem a serem mais fortes economicamente, como
grande exemplo os EUA, que são a maior potencial mundial da atualidade.
Outro fator importante destacado na entrevista é o papel da juventude na
atualidade, precisamos que a nossa geração ajude a tornar o país um local
melhor para se viver, um local que tenha sua cultura, sua educação e seu povo
valorizado, fazendo assim com que sejamos confiáveis para o investimento
estrangeiro mais uma vez, pois temos capacidade e estrutura para chegarmos
ao tão sonhado desenvolvimento completo. Acredito que a contribuição da
entrevista na economia seja expor no que precisamos focar para conseguirmos
um avanço econômico duradouro, precisamos investir na educação dos nossos
jovens para termos mais qualificação, assim sendo possível o crescimento a
longo prazo.
1.5. Pontos que podem ser explorados em futuras entrevistas:
Se soubesse que haveria uma pandemia durante o período de realização
do projeto, teria, talvez, procurado entrevistar alguém da área da saúde, apesar
de que tive uma experiencia surreal nessa busca por conhecer quem é
verdadeiro Pedro Gorki, tive a oportunidade de conhecer mais sobre o cenário
brasileiro e sobre o papel do mesmo na busca por um Brasil e Rio Grande do
Norte mais inclusivo, com mais educação e mais inclusão, tirando da margem da
sociedade muitos indivíduos. Isso é algo que vale a pena ser discutido, pois
como já falei anteriormente, é importante analisarmos a educação brasileira e
como tratamos nosso povo, só assim chegaremos a uma conclusão satisfatória
a respeito do porquê temos uma economia tão instável.
Dito tudo isso, não irei desmerecer minha escolha para elaboração do
projeto, não me arrependo e cresci muito conhecendo as visões de Gorki, mas
acredito que no atual momento que o Brasil se encontra (até o momento de
elaboração do projeto já temos 438.812 infectados pelo Coronavírus no Brasil,
somos oficialmente o novo epicentro do vírus no mundo) teria sido importante
conhecer as opiniões de um profissional da saúde sobre o crescimento brasileiro
durante uma pandemia e sobre como devemos nos conscientizar, é preciso que
o governo monte planos de ação para o combate, acredito que durante uma
pandemia podemos focar em saúde ao invés de economia, nesses momentos a
saúde se torna um fator econômico importante, já que temos capacidade para a
realização de pesquisas e produção de equipamentos que ajudem no combate
ao vírus. É preciso reinventar a economia durante uma pandemia e creio que
conhecer a visão de alguém da saúde teria sido importante no contexto atual,
apesar de que nossa entrevista tem uma análise história e mostramos pontos
que podem trazer resultados no futuro se colocados em prática.
1.6. Elementos relevantes para a disciplina:
7. Considero a democracia, educação e a cultura importantes fatores para a
economia, vejo um país como uma pirâmide, cada fator que a sustenta ajuda no
seu desenvolvimento e forma o pensamento de seu povo, para o crescimento
econômico precisamos investir na capacitação – estudo - das camadas mais
pobres de nossa sociedade, para que possamos crescer economicamente e
sustentar esse crescimento econômico, não seria um crescimento rápido, num
período de dois anos ou parecido, mas seria um crescimento que vinte anos para
frente ainda estaríamos colhendo seus resultados e evitando possíveis crises
econômicas mundiais.
O mundo econômico contemporâneo é instável, no período atual estamos
nos adaptando ao “work at home” mas daqui a dois, três anos, não sabemos qual
será nossa nova adaptação, nosso novo desafio, não existe uma economia
estável para sempre, mas existe melhores condições de vida para nossa
população, mais educação, o que nos daria conhecimento e conhecimento é a
única coisa que não podem nos tirar, e acontece do mesmo também ser um forte
aliado econômico, empresários (Jeff Bezos da Amazon, Mark Zuckerberg do
Facebook, entre outros) foram do nada aos bilhões com apenas seus
conhecimentos, a ciência é um forte aliado econômico. Acredito no
conhecimento como maior aliado da economia pois gera inovações, nossa
disciplina deve explorar a educação e a cultura para fazer análises econômicas.
1.7. Conclusões/sugestões:
A conclusão que tenho com o presente projeto é de que precisamos
buscar aliados para nossa política econômica, precisamos formar especialistas
dentro do nosso território e não busca-los fora, precisamos investir no nosso
povo se quisermos crescer gradativamente no campo econômico, um país não
é nada sem o seu povo, não podemos continuar a trabalhar apenas para os
empresários.
Acredito que contribui positivamente para a disciplina e, por incrível que
pareça, me diverti profundamente realizando o trabalho, tive que buscar o
entrevistado diversas vezes pois foi difícil arranjar um tempo na agenda e não
imaginei que seria tão gratificante elaborar o projeto, pude conhecer mais sobre
a formação do Brasil e seus fantasmas do passado, pude formar um pensamento
mais amplo a respeito da economia e política brasileira.
Como sugestões para um possível próximo semestre com o professor
João, gostaria de que se tivesse um projeto parecido com esse fosse em dupla,
pois anexaria opiniões e debates divergentes entre a dupla, fazendo assim um
debate acerca do tema.