1. Prof. Marcos 9º Ano E Ensino religioso
RELIGIÃO No Egito Antigo
A religião desempenhava papel importante na sociedade egípcia: todos os aspectos da vida de um
egípcio eram regulados por normas religiosas.
Havia cerimônias religiosas para os acontecimentos individuais: nascimento, casamento, morte,
etc., e também para os acontecimentos que envolviam toda a sociedade, como as festas na época
da colheita.
As crenças egípcias giravam em torno da adoração de vários deuses, o politeísmo, e a crença em
deuses com forma humana e animal, o antropozoomorfismo. Muitos deles eram associados a
determinadas forças da natureza. O politeísmo egípcio era acompanhado pela forte crença em
uma vida após a morte. É a partir desse princípio religioso que podemos compreender a
complexidade dos rituais funerários e a preparação dos cadáveres através do processo de
mumificação.
Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte e no retorno do espírito ao corpo. Muito
do que conhecemos hoje sobre os costumes e o modo de vida do Egito Antigo está associado a
essa crença. A maior parte do nosso conhecimento vem da análise das pinturas e dos objetos
deixados pelos egípcios nos túmulos.
RITUAIS DE VIDA E MORTE
Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se quisessem gozar o outro mundo, seus
corpos teriam de sobreviver. Por essa razão, mumificavam seus mortos. A técnica de preservar
corpos é chamada de embalsamamento e os egípcios foram verdadeiros mestres nessa atividade.
Após a morte, o corpo era esvaziado e desidratado com a ajuda de um sal especial. Em seguida,
embalsamado e envolvido com faixas de tecido de linho. As vísceras do morto eram colocadas
separadamente em quatro recipientes.
Somente o coração era substituído por algum objeto. Por ser imposs ível conservá-lo, uma peça
em forma de escaravelho (inseto de quatro asas, também chamado de bicho-bolo) era colocada
em seu lugar. Em geral, um texto sagrado envolvia o novo "coração". Assim, o anterior era
substituído simbolicamente.
Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do corpo, uma sepultura era preparada e
decorada.
Nem todos os egípcios eram enterrados em pirâmides, como acontecia com os faraós. O
sepultamento variava conforme a posição social do indivíduo e sua riqueza. Havia outros tipos de
túmulos: os hipogeus e as mastabas.
Os hipogeus eram túmulos subterrâneos cavados nas rochas, principalmente nos barrancos de rios
ou nas encostas de montanhas. Podiam possuir vários compartimentos e ser ricamente decorados.
As mastabas eram tumbas, de base retangular, que tinham no interior uma sala para oferendas,
uma capela e uma câmara mortuária subterrânea, onde ficavam os mortos. As pessoas mais
humildes eram enterradas em covas simples no meio do deserto.
Para o interior do túmulo, os egípcios levavam objetos de uso diário e as riquezas que possuíam e
pintavam cenas cotidianas. Acreditavam que, agindo assim, garantiriam o conforto na vida após a
morte.
Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais. Os animais
tidos como sagrados eram também cuidadosamente mumificados, após a morte, e depositados em
cemitérios especiais.